PROFECIA NATURAL MEDIANTE HUMANO

Livro O CONSOLADOR

CAPÍTULO   37

A SABEDORIA NÃO ESTÁ NO CÉREBRO DA HUMANIDADE, MAS SIM,

NO ARMAZÉM DEPOSITÁRIO DA SABEDORIA.

Áudio desta Mensagem, Célia de Souza

  1. Tem muitas criaturas que dizem: Eu sei e sou sábio e dificilmente alguém saberá o que eu sei, a sabedoria está em mim somente, e aos homens lhes será impossível saber o que eu sei.

  2. Estes homens orgulhosos serão arrastados pela ignorância de si próprios! Ah se pudessem enxergar quanto errada é a imaginação de quem assim pensa!

  3. Pois a sabedoria não parte do homem, isoladamente, mas sim, vem para o homem, de seu depósito caudaloso. A sabedoria é formada pelo homem, mas ela não está no homem, porque ela se acha resgatada num lugar mais puro e mais eterno que o homem.

  4. Pois, se a sabedoria estivesse isoladamente no homem, bastaria estar poucas horas ou poucos minutos fora de consciência, para ficar tudo em esquecimento, mas a sabedoria se acha fora do homem, como uma pedra resgatada. O homem pode gastar ou passar fora de consciência um minuto, uma hora, um dia ou muitos dias, mas depois que recuperar os seus sentidos e as suas forças naturais, a sabedoria estará com ele, sem haver se perdido e nem sofrido nada de alterações e nem prejuízos.

  5. A sabedoria é uma obra feita por um número incalculável de edificadores. É uma lâmpada acesa, na qual, cada um destes edificadores tem posto um ou mais pingos de óleo refinado da consciência, para sustentar acesa esta luz radiosa da espiritualidade.

  6. A sabedoria é um astro luminoso que irradia sobre a humanidade do Infinito, semelhante ao Sol que nos ilumina, nos aquece e dá Vida.

  7. Quem não enxerga esta luz? Os cegos.

  8. Pois, assim, os que são cegos ainda na espiritualidade, são os que não enxergam esta luz divina da sabedoria, porque ela está bem alta para todos verem, só não vê aqueles que voltaram as costas para ela, porque sobre a sabedoria se apoia a vida, e, de seus frutos espirituais e naturais vive e se alimenta tanto o sábio como o ignorante, tanto o crente como o incrédulo e tanto o pobre como o rico.

  9. Todos os pensamentos executados e efeitos físicos da espécie humana, se acham impressos ou fotogravados no Reino das Formas, que é reflexo condensado de tudo o que passou, aconteceu, existiu e existe.

  10. Os Mestres Naturais, ou seja, carnais e espirituais, só ensinam ao discípulo as faculdades de seu saber, o exercício da mente e da física, como verdadeiros móveis de forças atrativas da sabedoria; com estas instruções exercitadas de acordo com a vontade do discípulo, o mestre o eleva e o liga ao entendimento, colocando-o no plano de sua sabedoria, aonde o discípulo pode aprender tanto ou mais que o próprio mestre.

  11. Ora! Se a sabedoria fosse fruto do homem, depositada no homem, quando o mestre ensina a outro, ficaria sem sabedoria.

  12. Pois, qual é aquele que tendo uma coisa de si próprio e dando-a, não acha falta do que deu? Ou qual é aquele que pode dar o que não possui?

  13. É uma prova evidente que o mestre só ensina as faculdades instrutivas exercitadas, como se pode obter a sabedoria, subindo o discípulo ao plano de seu entendimento?

  14. Um discípulo é semelhante a um homem que quer elevar seu pensamento no conhecimento de terras desconhecidas, e não sabendo a estrada, pergunta a um prático qual é o caminho para lá chegar, e o prático subindo em cima de um monte, mostra-lhe o lugar e ensina o caminho, e diz: caminha e não te esqueças das minhas instruções.

  15. Pois, os mestres só ensinam o caminho e as faculdades exercitadas da sabedoria, da ciência, da virtude e do amor, aonde o discípulo pode crescer em sabedoria muito mais que o mestre.

  16. Porque a sabedoria é tão grande e “misteriosa” que não existirá homem no Infinito, que possa conhecer totalmente todos os termos fundamentais dela, mesmo porque ela cresce sempre e é impossível achar o seu ponto final, por ser eterna como a vida.

  17. Tem muitos discípulos que dizem: tenho me esquecido de tudo o que aprendi do mestre. Ele não esqueceu, mas deixando de exercitar e de trabalhar no que aprendeu, enfraquecendo o poder de vontade para este fim, levado por outros pensamentos, se desarmoniza e desprende desta sabedoria, e deixando o plano daquele entendimento, volta ao plano anterior, ficando o plano do saber abandonado e no esquecimento, pois não podemos esquecermos de que não abundamos, porque as vibrações das harmonias que nos prendem, não deixam as coisas ficarem no esquecimento, no qual harmonizamos. É só pensar que no momento temos o resultado do que pensamos, se está ao alcance e possibilidade do plano em que nos achamos, e vemos as coisas com os olhos espirituais.

  18. Têm muitos homens sábios no Infinito que conhecem diversos planos de sabedoria e, passam de um plano para outro com a rapidez do pensamento. Sem ter esquecimento de nenhum deles, vibram em harmonia, tendo contato com todos eles, sem a mínima desarmonia, mas estes Espíritos são puros e luminosos, e não estão mais sujeitos à cobiça da carne, mas, sim, são membros dos Supremos Planos de Vida.

  19. O sábio que quer comparar o ignorante com ele, não é sábio, mas sim outro ignorante, e o sábio que cobiça e lhe impressionam as faltas dos outros ou do ignorante, não é sábio, mas sim outro ignorante, porque está em harmonia com a ignorância.

  20. Os ignorantes odeiam a ignorância e falam mal dos outros ignorantes, sem enxergar os seus defeitos, guerreiam contra a luz, porque o resplendor da luz os espantam e os incomoda.

  21. Mas os verdadeiros sábios, clarividentes que estão na luz e já conhecem o verdadeiro amor, os efeitos dos ignorantes não os impressionam, nem os desarmonizam, antes, se compadecem, porque sabem que não estão na luz.

  22. Fazendo um homem uma obra durante o dia claro, e um outro homem fazendo outra obra durante a escura noite, será que aquele que fez a obra durante o dia merecerá ser aplaudido, e este que fez a obra na escura noite, merece ser castigado, por haver trabalhado mal? Ou acaso vós estando no lugar dele, não farias o mesmo ou pior?

  23. Pois, será mais punida uma falta do elaborador da luz, que mil faltas do elaborador das trevas, porque um faz o que sabe e o outro pratica o que ignora.

  24. Pois estando na luz, não vos impressionam as trevas, nem seus efeitos, mas penetrai-vos, entrai no meio delas com a lâmpada de vossa luz e dissipai-as, entrai com a paz que acalma e com o amor que consola, entrai com o sal em vossas palavras e com a comida que sustenta e a roupa que cobre as carnes, e fazei a vossa instalação; acendei a luz e fazei dissipar as trevas sobre a face desse mundo, para que todos vos torneis operários do Dia.

  25. E para que desapareça a noite dentre a espécie humana, nesse mundo, para depois entrardes no descanso material, ou mesmo espiritual; está um pouco longe o fim da nossa tarefa, pois temos que recolher tudo o que está espalhado.


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