PREFÁCIO.

 

Deus nos abençoe e nos guarde em Cristo Jesus.

Estas mensagens não tem o fim de combater crenças religiosas, sociais ou políticas.

O objetivo destas mensagens não é combater ideologias, para criar confusões e dificuldades para o progresso humano.

O objetivo destas mensagens é levantar os valores naturais humanos e os valores de todas as coisas de vida, em primeiro lugar valorizar o homem e a espécie, abaixo de Deus Pai, em Cristo Jesus, e acima de todas as coisas criadas, que compõe o Grande Conjunto da Criação, infinitamente.

Portanto, os fins especiais ou finalidades primitivas destas mensagens é construir algo de eterno sobre a rocha viva, que é Jesus Cristo, nosso Salvador e sua Doutrina: o Cristianismo, valorizando o homem e a espécie, em primeiro lugar, para que, uma vez reconhecido e estar ciente de seus verdadeiros valores, deveres e responsabilidades, o homem possa valorizar todas as coisas criadas pelo Supremo Criador.

Só o homem tem o poder para valorizar todas as coisas, bem como criar e destruir.

Não há trabalho mais bem aproveitado, nos tempos atuais, que trabalhar no levantamento dos valores naturais do homem e da espécie.

A humanidade deste mundo está gemendo sob um jugo muito pesado, de dores e sofrimentos de toda natureza, se aproximando cada vez mais para o abismo da perdição e precisa de conforto, de amor, de carinho, de harmonia e de paz.

Estas mensagens são destinadas para este fim, de trazer à humanidade um pouco de consolação, de paz, de harmonia e de entendimento, segundo a vontade de Deus e nossa compreensão.

O nosso interesse primitivo é valorizar o homem, na proporção de seus valores naturais, defender e auxiliar a espécie nos seus direitos naturais e legítimos.

Temos noções certas de que os tempos preditos se cumprem em nossos dias; a humanidade passará por uma transformação e esperamos pela volta espiritual do Senhor Jesus.

Recomendamos que a leitura destas mensagens irradiosas, seja compreendida segundo o sentimento natural e positivo de sua expressão beneficente, em plano geral, no lado do bem.

Agradecemos a todos os leitores, pois estas mensagens são direcionadas a vós, com a finalidade de preparar-vos para a Nova Vida.

 

HUMANO

 

 

O RESULTADO DESTE LIVRO.

 

Estimados leitores, que pretendem estudar e meditar sobre este Livro fiquem cientes e bem entendidos acerca do movimento de nossos pensamentos:

Alguns dados acerca da transmissão dos mesmos.

A posição da ignorância e da inocência, a responsabilidade dos adultos, segundo a carne, os quais são crianças, espiritualmente.

A gravidade de nossos erros na presença dos inocentes.

O perigo que é a nossa infância, quanto à educação moral cristã das novas gerações.

O Mestre nos esclarece, segundo a verdade, que a humanidade deste mundo ainda se encontra na infância espiritual, porque ainda domina a vida material e as trevas, o que indica claramente que são crianças espirituais, e estão ensinando as crianças, segundo a existência carnal.

Entre as novas gerações tem sempre Espíritos reencarnados, muito iluminados, os quais as acompanham dons facultativos de grande valor, cujos dons se manifestam no despertar dos novos instintos da existência seguinte.

Esses Espíritos iluminados providos de faculdades de vida são missionários que escolhem e lhes é concedido tarefas, missões a cumprirem perante a existência, ou são enviados por determinação divina para esse mesmo fim, anteriormente indicado, os quais, depois de serem aprovados como operários do bem, fazem bem em ajudar as criaturas, em tudo quanto está ao seu alcance, recebendo e colocando em prática os seus ensinamentos e orientações, desde que eles falem e pratiquem o que falam.

Não acrediteis em homem ou criatura alguma que, se tornando mestre, não respeita e nem pratica o que fala, e que no decorrer das existências sucessivas, só dormem e são lançados no esquecimento os conhecimentos da existência anterior.

Enquanto o Espírito é criança espiritual, é ignorante; depois que vence a ignorância, o Espírito, uma vez iluminado, não esquece mais os conhecimentos adquiridos nas existências anteriores.

Não vos esqueceis das responsabilidades que assumis sobre os inocentes, pois eles aprendem o que vós, adultos, lhes ensinam: bem ou mal, e vós sois responsáveis pela falta de moral nas novas gerações, e, sobre vós estará recaindo o peso da má educação de vossos sucessores, começando pelos legítimos pais, segundo a carne.

Uma existência seria suficiente para vencer o mal destino a que vos lança a vossa ignorância, consciente ou inconsciente, se, de uma vez para sempre, vos entregar nas mãos do Senhor, às ordens dos Ministros do Supremo Bem, e, para esta realização vos achais no último prazo.

O mau destino dos inocentes provem, em parte, do mau destino dos adultos.

A felicidade presente ou futura está dentro de cada um de vós.

Em Deus está o poder sobre todas as coisas, e, em vós está o querer; de vós mesmos depende a felicidade ou a infelicidade.

Bênção: Recebeis a bênção do Pai das Luzes. A paz de Deus, mediante Jesus Cristo, seu estimado Filho, repouse sobre todos vós.

Até novas inspirações meu discípulo.

Até logo, e muito agradecido meu Mestre!

 

 

ESPÍRITO E MATÉRIA.

 

O que é Espírito e matéria?

Espírito e matéria pertencem ao homem, corpo infinitamente.

O Espírito é a parte essencial da matéria e a matéria e a parte material do Espírito.

Todas as vidas se compõem de Espírito e matéria.

Quando a vida se acha revestida do corpo material, o corpo material é o invólucro do Corpo Espiritual, particularmente, e a parte espiritual, o Espírito é que embalsama e vivifica o corpo material.

A Vida Infinita, Verbo Criador, distribui a vida em direção de uma infinidade de naturezas de espécies e qualidades de minerais, vegetais, animais e humanas, de onde procedem as vidas particularmente essenciais ou materiais.

 

 

 

VIDA PARTICULAR.

 

O que é vida particular?

Vida particular é a vida de cada ser, particular ou individualmente.

A Vida Supremamente Infinita se acha distribuída a sua força motora em todo o seio do Infinito, sobre as suas vidas particulares.

Esta é a Suprema Usina do Infinito e movimenta muitas vidas, e, acende a luz em todas as lâmpadas ligadas a sua instalação.

Uma usina de força de luz elétrica assemelha-se à Suprema Usina da Vida Infinita.

Cada vida particular tem sua origem destinada por natureza.

 

 

ORIGEM E FINALIDADE DA VIDA PARTICULAR.

 

Qual é a finalidade da vida particular?

A origem da vida particular, em sua primeira encarnação e moradia, invólucro material, é criar e organizar uma vida particular pela incorporação de seus próprios efeitos, os quais vão ficando condensados seletivamente nas correntes elétricas.

A vida particular compõe-se de Espírito e matéria em sua primeira constituição, depois, no fim da vida corporal, a vida particular divide-se em três corpos, decompõe-se um e permanece dois.

 

 

DESTINO DA VIDA PARTICULAR QUANDO DEIXA O CORPO ORGÂNICO.

 

Qual é o destino da vida particular quando finda a vida materialmente orgânica?

Quando finda a existência de uma vida particular, a vida se divide em três corpos: dois espirituais e um material; dois sobrevivem e outro se decompõe.

A parte essencial da vida particular se incorpora, espiritualmente, com a vida cooperativa de seus atos executados e praticados durante a presente existência.

Esta vida particular compõe um Espírito; este Espírito é a própria vida que movimenta o corpo físico, a qual, uma vez desprendida do mesmo, se incorpora ao corpo efetivo de seus atos praticados durante a presente existência. Essa vida sobrevive no oceano da Vida Infinita, condensada nas correntes elétricas, dentro da corrente de suas harmonias.

O Espírito da vida particular move-se numa velocidade incalculável, atraído e expelido, ou retrocedido pela vontade humana.

Os Espíritos se familiarizam e formam correntes em relação com os encarnados, deste ou de outros mundos, na qual estiver a respectiva corrente a que pertence cada vida particular.

Cada vida particular é um Espírito; cada Espírito poderá passar por várias existências, podendo encarnar várias vezes por vontade própria, ou por vontade superior, isto é, no cumprimento de uma missão.

A vida particular de cada criatura e de cada vida encarnada se compõe de um corpo espiritual, um corpo fluídico e de um corpo material. Assim, uma vez vencida a existência, o corpo material se decompõe e o Espírito sobrevive.

O corpo fluídico que é a imagem do corpo material fica gravado nas correntes elétricas: Reino das Formas.

 

Então a vida particular se divide em três corpos: um espiritual, um material e um fluídico?

Exato, ela se divide em três corpos: um espiritual, um material e um fluídico, que é a imagem do material, mas, existe mais um corpo fluídico que acompanha ou veste o Espírito.

Assim, finalmente, segundo testificam as últimas análises, a vida particular se compõe de Espírito e matéria, e de dois corpos fluídicos: um é a imagem corpórea e o outro é o corpo que veste a Alma.

 

 

RELAÇÃO DIRETA OU INDIRETA E A CONVIVÊNCIA DOS ESPIRITOS ENCARNADOS E OS DESENCARNADOS, OU SEJA, DA VIVÊNCIA E SOBREVIVÊNCIA DA ALMA HUMANA.

 

Meu Mestre, os Espíritos encarnados tem relação direta com os Espíritos desencarnados?

Os Espíritos encarnados tem sim, relação direta com os desencarnados, antes, bem, os Espíritos desencarnados tem relação direta com os encarnados.

Por que motivo os Espíritos desencarnados tem relação com os encarnados, com preferência especial da vontade de sobrevivência?

Porque não é o Espírito encarnado que se revela por intermédio de Espírito desencarnado, pois não tem aparelho próprio para o mesmo se revelar.

Então, são os Espíritos desencarnados que se revelam por intermédio dos encarnados?

Sim, os Espíritos desencarnados, os quais compõem a sobrevivência da Alma, expressam ou revelam as suas íntimas vontades por intermédio dos Espíritos encarnados, utilizando os seus aparelhos para expressar as suas vontades.

Os Espíritos encarnados não apelam para os desencarnados para pedir conforto, ou revelar os seus desejos ou paixões?

Entre os Espíritos encarnados e desencarnados há liberdade de convivência, segundo as suas simpatias, e, também, existe por natureza, liberdade de trocar ideias, fazer apelos, pedir auxílio, conforto, esclarecimentos, isto é, livremente, de ambas as posições da Alma Humana.

Os Espíritos desencarnados podem auxiliar os Espíritos encarnados, no fardo pesado que carregam, na responsabilidade da vida material?

Podem ajudar e, às vezes, torná-lo mais pesado, chegando ao ponto de não poder carregar mais.

Depende muito da relação de convivência, igualmente do que acontece com a convivência dos Espíritos encarnados.

Quando um Espírito convive, intimamente, em relação com um ou vários Espíritos com tendências naturalmente para o bem, o Espírito atraído pelo mesmo ambiente daquela convivência, vai regenerando e se tornando, cada vez mais fiel e justo.

A vida para esse Espírito, em relação com a divindade, mediante a convivência, vai se tornando cada vez mais, ou seja, cada dia que passa mais fácil e mais alegre, mais vontade de viver e de ajudar o progresso.

As criaturas com que convive lhe representam uma imagem alegre e um sentimento agradável, vai acabando o medo, a superstição, a malícia, a cobiça, os desejos bastardos e corruptos da vida material, porém, quando a convivência de um Espírito encarnado se acha em relação com os Espíritos imperfeitos, de baixo moral, predominando as tendências negativas, os vícios, os maus hábitos, o sexualismo, o ódio, a vingança, a cobiça, o orgulho, o ciúme, o egoísmo, e outras de baixas paixões; em relação com esta natureza de Espíritos desencarnados ou encarnados, o convivente que é atraído por essas baixas paixões vai degenerando e se tornando cada vez pior.

As preocupações bastardas e negativas vão desencaminhando e as simpatias para o lado do mal vão aumentando, o Espírito de contradição vai crescendo nos desejos corruptos da carne, que vai crescendo e aumentando relativamente: o ódio, a vingança, o orgulho, o egoísmo, a superstição, a cobiça, os vícios, e outros instintos mortais vão se manifestando por intermédio do ser.

As criaturas com que convive representam para o Espírito, nesta posição, um semblante sombrio e diabólico, e, daí, o Espírito forçado pelos Espíritos de baixas paixões e de más intenções vai entrando em aborrecimento, em desespero, perdendo até o amor de viver, ou revoltado contra a vida dos outros, julgando como culpados de seus aborrecimentos.

 

Então os Espíritos encarnados e os desencarnados se acham ligados pelo pensamento?

Sim, os Espíritos encarnados e os desencarnados se acham ligados, porém, mais pela intenção que pelo pensamento.

Por que motivo se acham ligados os Espíritos encarnados e os desencarnados, mais pela intenção do que pelo pensamento?

Porque os Espíritos desencarnados se revelam aos encarnados pelo pensamento, intuitivamente, mas se a intenção predominante não simpatizar com o pensamento revelado, não é aceito, e, neste caso não há ligação com o expirante, ou expirador desencarnado.

Então quando os Espíritos encarnados e os desencarnados se combinam, simpaticamente, pelas intenções, vivem ligados, permutam suas expirações e sentimentos?

É sim, meu discípulo, os Espíritos de ambos os planos, quando ligados pela intenção e pelo mesmo sentimento permutam expirações, mas, o desejo dos Espíritos desencarnados é vivo e ardente para se revelar.

Por que motivo os Espíritos desencarnados tem esse desejo de revelar as suas intenções ou paixões?

Porque só por intermédio do corpo orgânico podem expirar suas intenções e satisfazer seus desejos, para o bem ou para o mal.

Quando pendemos, pensamos por vontade própria, meu Mestre?

Não existe vontade propriamente absoluta, assim como não há vida propriamente absoluta.

A vida é cooperativa e mesmo as vontades e os pensamentos tem vida cooperativa.

Quando pensamos e intencionamos de fazer uma coisa, nos colocamos em comunhão com todos os Espíritos, encarnados ou desencarnados, que simpatizam com nossas opiniões e sentimentos, os quais nos facilitam e lançam as nossas ordens todos os recursos suficientes, para que tenhamos triunfo em nossas realizações, sejam elas para o bem ou para o mal.

 

Então meu Mestre, podemos saber com quem convivemos, pela análise e contemplação de nossas intenções e sentimentos em realização?

Justamente, quando os nossos pensamentos orientados pela intenção pensam no bem, no amor fraterno, na caridade natural e positivamente, colocamo-nos em relação com os Espíritos encarnados e desencarnados, operários do bem, de todas as categorias que se acham dentro da corrente positiva do bem, os quais vêm ao nosso encontro para o bem.

Uns nos ajudam com conselhos, outros com virtudes, outros com o poder de bondade, outros, indiretamente, preparam em nossa frente as consciências para realizar a obra em andamento, ou o bem que pretenda fazer.

Portanto, quando pretendemos fazer o bem, todos os Espíritos e os poderes benéficos vêm ao nosso encontro, a nos auxiliar, porém, teremos uma grande luta a vencer com os Espíritos e poderes do mal, que vem ao nosso encontro a lutar contra nós, para atrapalhar as nossas atividades e realizações, direta ou indiretamente, invocando em nós pensamentos e sentimentos contrários ao bem, que pretendemos realizar.

 

Meu Mestre, como poderá um Espírito com tendências benéficas mudar de posição do bem para o mal?

Isto depende da influência dos Espíritos e da corrente que flui em nosso ser: se ficamos influenciados pelo Espírito ou Espíritos do bem, em relação com a corrente da mesma natureza, pensamos só no bem, ou escolhemos pensamentos benéficos, sentimos no fundo da Alma o desejo de fazer o bem, mesmo os que nos fazem o mal.

Diante de nossos olhos somem a operação do mal, a qual não nos interessa levar em consideração os seus atos.

Em nossas contemplações parece que todas as criaturas pendem para o bem, e somos fluídos e influenciamos os outros com nossas convicções.

Este estado normal de nosso progresso regenerador será combatido pelos operários e adversários do bem e da verdade, os quais lançaram contra nós todos os recursos para embaraçar e nos derrubar na obra em realização.

Se os operários adversários do bem e da verdade triunfarem sobre nós, ficamos abaixo de sua influência, então, mudamos de compreensão e de sentimento, achando que a nossa vida anterior era uma vida errada, e, influenciados pelos operários adversários do bem e da verdade mostramo-nos iguais a eles, pensando, sentindo e contemplando iguais a eles, nos tornando adversários do bem e da verdade, e inimigos dos operários, encarnados ou desencarnados, que trabalham em bem da causa universal da humanidade.

 

Então a nossa convivência e proteção será de acordo com nossos pensamentos, intenções e sentimentos?

Justamente, se pretendemos fazer um bem qualquer, dos que se acha registrado na esfera dinâmica do Bem Universal, na hora da realização nós estaremos cooperando, infinitamente, com todos os operários, encarnados ou desencarnados, simpatizantes daquele bem, os quais colocaram em nossas ordens, todos os recursos necessários para sermos triunfantes em nossas realizações benéficas daquela natureza.

Se nós pretendemos fazer um mal qualquer dos que se acham registrados na esfera dinâmica do mal universal, nós estaremos cooperando, infinitamente, com os operários simpatizantes daquele mal, como seja: se pretendemos fazer um roubo, cooperamos infinitamente com os Espíritos da mesma intenção e sentimento; se pretendemos adulterar, estaremos cooperando infinitamente com os Espíritos mentirosos, encarnados ou desencarnados; se pretendemos realizar a conquista das riquezas materiais, estaremos cooperando com os Espíritos amantes das riquezas, infinitamente; se temos o vício de beber álcool, estaremos cooperando, infinitamente, com os Espíritos beberrões, encarnados ou desencarnados.

E, assim acontece, relativamente, com todos os empreendimentos que pretendemos realizar, segundo nossos desejos, em todas as direções que colocarmos nossos pensamentos e intenções, encontraremos uma corrente, infinitamente, formada por Espíritos das mesmas intenções e sentimentos, para o bem ou para o mal, os quais colocam em nossas mãos os recursos suficientes para realizarmos aquilo que intencionamos fazer.

 

Somos forçados pelos Espíritos desencarnados para fazer coisas que, às vezes, não queremos fazer?

Somos sim, os Espíritos bons nos forçam para o bem, e os Espíritos maus nos forçam para o mal; nós pertencemos a quem servimos.

Não há probabilidade para educar, instruir os Espíritos operários do mal para que mudem de suas más tendências e instintos?

Há meios de instruí-los, mas, a ignorância dos encarnados é muita, e eles se acham alimentados pelas fraquezas dos encarnados.

Qual é o melhor meio para educar os Espíritos desencarnados?

O melhor meio e a melhor escola para educar os Espíritos desencarnados é pela educação própria de cada um de nós.

Nós, os Espíritos encarnados, somos instrumentos onde se revelam os Espíritos desencarnados, intuitivamente, em nossos pensamentos.

As intenções, sentimentos, vícios e paixões da sobrevivência, educando-nos a nós mesmos estaremos educando também os nossos irmãos desencarnados, pois eles não poderão semear a discórdia, o ódio, vícios, ciúmes, crimes, ou qualquer espécie de mal se o terreno não estiver pronto em nossos corações para fazer a sua semeadura.

Em nossa casa entrará os hóspedes que nós queremos, ao abrir a porta poderá entrar um Anjo, ou um demônio, segundo seja o hóspede será nossa tranquilidade.

Eduquemo-nos a nós mesmos, corrigindo os maus pensamentos e fazendo assim, cada Espírito encarnado será um professor, e cada corpo orgânico uma escola, por intermédio do qual transmitirá um curso regenerador, de vida positiva, para as duas convivências, encarnados ou desencarnados.

 

Os Espíritos desencarnados poderão nos auxiliar, ou perturbar, com inquisições, indiretamente, por intermédio do Espírito encarnado com que convivemos?

Podem sim, quando eles não nos podem converter e lograr as suas intenções diretamente, lutam contra nós, ou em favor de nós, indiretamente, por intermédio das criaturas de nossa convivência mais próxima.

Os Espíritos bons procuram nos ajudar por intermédio das criaturas mais bondosas, levando em seu pensamento, pensamentos benéficos a nosso favor, afastando os maus operários e os maus pensamentos que se opõem contra nossas benéficas realizações.

Os Espíritos adversários do bem e da verdade procuram Espíritos encarnados de sua mesma natureza e sentimentos, e, por intermédio dos quais vão embaraçando as nossas realizações, às vezes lutando, discutindo e renovando nossas opiniões, muitas vezes, até violentamente, e, às vezes, até fazendo vingança horrorosa por força da contradição, ou por vingança de sentimentos reservados, por acontecimentos quando encarnados na existência passada.

 

Os Espíritos desencarnados podem fazer vingança dos Espíritos encarnados, direta ou indiretamente, por sentimentos reservados, ou por acontecimentos na existência passada?

Nenhum Espírito tem a liberdade de fazer justiça à mercê de suas livres e espontâneas vontades, mas como a Lei de Deus é supremamente justa, Deus implanta o seu reto juízo entre os encarnados e os desencarnados, libertando os Espíritos bons para ajudar e restituir ao justo, na proporção de seu merecimento, pelos bens praticados em bem do próximo, nesta ou nas existências anteriores.

Para julgar a causa dos malfeitores, Deus liberta os Espíritos maus para assim estabelecer entre seus filhos o seu reto juízo, segundo a sua justa justiça.

 

Então, além dos castigos que pagamos pelo mal que praticamos, perante a justiça da vida material, ainda temos que pagar, também, perante a justiça divina de Deus, nosso Pai?

A justiça divina, ou melhor, a justiça terrena é a imagem da celestial. A terrena é materialmente limitada e subnatural; a celestial é naturalmente infinita e eterna.

Na terrena se realizam injustiças, mas na celestial não existe injustiça, cada um paga justamente o que deve.

O criminoso pagará com a pena de ter matado, o adúltero será adulterado, o ladrão será roubado, o mentiroso será enganado, o que insulta será insultado, o que é rico materialmente, tornando-se indiferente e ingrato para com a pobreza, na existência precedente será pobre e desprezado.

Aquele que abusa de uma mulher injustamente, na outra existência encarnará num corpo feminino e será abusado.

Quem bater em seus pais apanhará de seus filhos, quem abandonar seus pais será abandonado por seus filhos, enfim, todo o mal que praticarmos para nosso próximo, será ou terá a justa sentença lavrada por nós mesmos, cuja pena pagaremos sem misericórdia, e, para esta realização justa e verdadeira operação regeneradora, Deus liberta e utiliza as armas do mal e a força de seu poder.

 

Este julgamento e punição são ampliados para muito tempo?

Até o eterno arrependimento continuaremos a sofrer as consequências de nossos atos.

 

Meu Mestre, todos os que são mortos, ou recebem mal de seu próximo, punição e castigo, são réus de crimes precedentes de existências anteriores?

Não meu discípulo, tem Espíritos bons e de puros sentimentos que se submetem, ou são escalados pela providência divina, para enfrentar grandes sacrifícios em bem da humanidade, como tem acontecido com Jesus, os Profetas e os Apóstolos.

Meu Mestre, qual é o fim, ou a causa que levou Jesus, os Profetas e os Apóstolos a se submeterem a tão grande sacrifício, e ser julgado como se fossem réus de um grande crime?

Se víssemos um ente querido que estimássemos intimamente cair no fogo, te aproximaria do fogo com a fim de salvá-lo, arriscando até a vida.

O pecado é o fogo destruidor e a herança do pecado e da morte só poderá vencer os Santos, os justos e os operários do Reino de Deus, sobre cujos Espíritos, os Espíritos do mal não terão domínio e nem desculpa de suas próprias maldades criminosas.

Um que se acha na cadeia não pode diligenciar a sua liberdade; só os Espíritos livres da servidão do pecado, podem pôr em liberdade as criaturas que se acham prisioneiras pelo Espírito do mal, cuja salvação se conquista com amor e sacrifício.

Quem mais ama e mais se sacrifica em bem da causa, esse é o Supremo Rei da conquista: Jesus Cristo, nosso Senhor é o bendito para sempre, para todos os séculos da eternidade. Amém….Amém….

 

 

 

 

SEGUNDA PARTE

 

A ESCOLA DA ETERNIDADE E SEUS ALUNOS ETERNOS.

 

 

  1. Prezados irmãos, a vida é uma escola permanente e as criaturas humanas são o eterno discipulado desta escola.
  2. A criatura humana baseando a sua vida na vida material é reduzida a uma vida muito limitada e finita; uma existência na vida material, em comparação à eternidade da Alma, não é nem um segundo da eternidade.
  3. A criatura humana limitando a vida à sua existência material, regulariza a sua vida com a idade da vida material, idade do corpo; o materialista em seus sentidos não coopera, conscientemente, com as Almas da eternidade.
  4. O materialista nasce e morre todas as existências; a estrada a percorrer o materialista é bem conhecida, pois começa no berço e acaba no túmulo.
  5. O materialista só conquista as coisas materiais que favorecem a matéria e satisfazem os desejos da carne; não conquistam a eternidade, porque nem sequer sabe que existe eternidade.
  6. A criatura humana consciente da Vida Espiritual, a sua vida parte do berço em direção da eternidade, conhece o princípio, mas não conhece o fim de sua vida.

A primeira Mãe é a terra, na vida naturalmente particular; a segunda mãe, o filho do homem e da mulher, segundo a carne.

 

  1. O ser humano em direção à eternidade se divide em três períodos superiores, que são: inocência, ignorância e a vida consciente. Nestes três períodos se acha a primeira e segunda infância e a vida de adulto, ou idade avançada, vida perfeita.

 

 

A PRIMEIRA INFÂNCIA.

 

  1. A primeira infância da criatura humana na Vida Espiritual se dá nos primeiros dias de sua primeira encarnação, feita por natureza do Verbo Criador inconsciente.
  2. A inocência se acha desde a hora que a criatura nasce até que tenha distinção do bem e do mal.
  3. Todas as encarnações ou reencarnações são repetidas a inocência; esse sono da inocência será repetido em todas as existências, para favorecer a evolução da Vida Espiritual; logo que a criatura chegue a distinguir o bem do mal, passa aos planos da ignorância.

 

 

A SEGUNDA INFÂNCIA ESPIRITUAL.

 

  1. Logo que a criatura obtém conhecimento do bem e do mal, passa aos planos da ignorância.
  2. A ignorância espiritual é a segunda infância das criaturas de Deus, na espiritualidade.
  3. A segunda infância da criatura humana na Vida Espiritual começa logo que chegam o entendimento e a distinção do bem e do mal, e acaba o dia que a criatura descobre, naturalmente, os segredos da Alma, e, aí, inicia a viver exclusivamente abaixo do domínio e ordem da Vida Espiritual, abaixo dos mandamentos e das leis da mesma.
  4. Todo o tempo que a criatura humana permanecer ignorando a Vida Espiritual, segundo a parte naturalmente real e positiva, será o tempo total da segunda infância da criatura humana.
  5. Enquanto o Espírito esteja dominado pela matéria, será um infante que estará ignorando a sua parte positiva, que é a parte realmente natural de sua eternidade.

 

 

O NATALÍCIO DAS DUAS VIDAS: VIDA ESPIRITUAL E VIDA MATERIAL.

 

  1. O natalício espiritual do espírito humano, na vida particular, é justamente o dia que nossa mãe terra nos lança de seu seio, como larvas, igual aos demais seres de nosso Reino.
  2. Este foi o nosso primitivo dia natal de nossa vida particular, espiritualmente. O nosso espírito foi tomado do seio da eternidade, nosso primitivo Pai é o Verbo, e nossa primitiva Mãe é a terra, a qual pertence a matéria de nosso corpo.
  3. O nosso espírito foi tomado da eternidade, de um Corpo Eterno, nasceu uma vez para sempre; a vida particular cresce e se multiplica eternamente.
  4. A infância da Alma é a infância que mais tempo permanece no berço da ignorância, por se achar o Espírito em sua primeira infância espiritual.
  5. O natalício do corpo material se registra no dia que nasce do seio materno, humanamente.
  6. A matéria que compõe o corpo orgânico, dos filhos do homem e da mulher, é tomada de corpos transcendentes e provisórios; uma vida procede de outra vida; por isso mesmo a matéria carnal para o Espírito, é uma roupagem, uma casa, uma máquina onde o Espírito vive por um tempo determinado, e põem-se em prática as suas faculdades espirituais, boas ou más.
  7. Nesta infância o Espírito desenvolve mais ligeiro, por já ter passado da inocência à ignorância.
  8. A existência da matéria será todo tempo que o Espírito morar, dentro de seu invólucro material; portanto, a idade do corpo será aquela que o Espírito morar dentro do mesmo; logo que o Espírito deixar o corpo material, a matéria unir-se-á a nossa primitiva mãe, da qual procedemos naturalmente, da terra.
  9. Mesmo que muito limitado, o nosso corpo também tem sua primeira e segunda infância, e sua velhice, ou estado de adulto.

 

 

AS DUAS ESCOLAS: A ESCOLA DA ALMA E A ESCOLA DA VIDA MATERIAL.

 

  1. Estas duas escolas simbolizam as duas aprendizagens da criatura humana: Escola Espiritual e Escola Material.
  2. Os estudos na Escola Material começam quando o aluno tem no mínimo sete anos; nesta Escola estuda quem pode e aprende quem quer aprender, pois nem todos podem estudar, nem todos querem aprender; assim encontraremos um grande número de analfabetos.
  3. A aprendizagem material, para os sentidos dos materialistas, acaba quando finda a existência do corpo, de forma que o tanto quanto o materialista aprende na Escola Material acaba no túmulo, como o corpo. Muitos conscientes e convencidos de que tudo acaba no túmulo, juntamente acontece com a matéria orgânica, tem entrado em desânimo e não tem estudado nesta escola, resolvendo passar a existência analfabeto e sem carreira literária, deixando-se dominar pelas faculdades finitas.
  4. Os estudos na Escola Espiritual começam na primeira infância, logo que a criatura principia a utilizar os seus sentidos, conscientemente.
  5. Na Escola da Eternidade não existe analfabetos, todos podem e precisam aprender; todos quanto tem vida, tem que entrar na Escola da Eternidade, isto é, a vida particular de cada criatura já nasce na escola; a natureza só dá de prazo ao ser humano, para começar ou recomeçar a estudar, o tempo, porque demoram os sentidos adormecidos pelo sono da inocência; logo que a criatura de Deus despertar deste sono é obrigada a estudar e aprender, segundo o livre arbítrio que a natureza amplia a todos, para que, cada aluno assuma responsabilidade pelos seus estudos e aprendizagem.
  6. Todo aluno da Escola da Eternidade tem que obedecer três artigos essenciais da lei, naturalmente, que rege a todo discipulado desta Escola, segundo os deveres e obrigações deste eterno discipulado, que são: estudar, aprender e ensinar.
  7. Estes três artigos de leis, criados por natureza na Escola da Eternidade tem que ser aceitos e cumpridos por todos os discípulos desta Escola; todos terão que estudar, aprender e ensinar, eternamente.
  8. Alguém dirá: será que não existirá alguma criatura que recuse estudar nesta escola, querendo ficar analfabeto?
  9. O Supremo Mestre responde: Todos tem vida e são obrigados a estudar, aprender e ensinar; examinai e vede que todas as criaturas têm estudado e estão estudando, aprendendo e ensinando alguma coisa. Se, porventura, não encontrar em criatura alguma obra boa, em sua parte ou seção positiva, buscai no lado negativo e encontrareis realizações de obras más, pois o aluno da Escola da Eternidade tem que realizar uma obra qualquer, seja ela de vida ou de morte.
  10. Os alunos das Escolas Materiais estudam até aprender a ler e contar, mais ou menos, ou até aprender uma carreira determinada e depois não estuda mais, mas os discípulos da Escola da Eternidade estudam, aprendem e ensinam eternamente.
  11. Na vida material tem muitas escolas para desenvolver a vida facultativa da Espécie Humana.
  12. Na Vida Espiritual Humana só uma Escola tem capacidade para desenvolver todas as faculdades ou dons espirituais da criatura humana, natural e evolutivamente. Por muito que estude e aprenda o aluno naturalista, na Escola da Eternidade, sempre estará no princípio dos conhecimentos espirituais, quanto à vasta Obra da Suprema Natureza Criadora.

 

 

ALUNOS NOVOS EM CORPOS VELHOS.

 

  1. Como é sabido, cada encarnação que o Espírito faz, materialmente, manifestando-se em carne, sobre a terra é uma existência; uma existência completa poderá ser de 70 (setenta) anos até 100 (cem) anos, mais ou menos, de conformidade com os cuidados que o Espírito tem com seu aparelho orgânico.
  2. Quando está findando a existência material, o corpo vai apresentando o seu aspecto envelhecido, branqueando os cabelos, diminui a vitalidade, enfraquece o organismo, o Espírito movimenta o seu corpo orgânico com dificuldade; finalmente, o organismo enfraquece e se desequilibra de tal modo que se torna impossível movimentar o corpo, pela sua fraqueza e desorganização; o Espírito geme, queixa e chora, se não conseguir a conformidade.
  3. Este estado fenomenal da vida humana em sua existência carnal é só completamente material, mesmo que contemplamos o corpo envelhecido, muito velhinho, isto não impede que o Espírito seja novo, um infante, que se acha começando a segunda infância espiritual; assim, pois, ficamos cientes ao pé destas análises, que só o corpo material é que fica velho e se decompõe, mas, o Espírito cresce e evolui sempre e não perde seu caráter juvenil, porque, ao invés de ir se degenerando, vai sempre regenerando no seio das essências vitalizantes.
  4. Quando o Espírito não movimentar mais o seu aparelho orgânico de forma alguma, seja por velhice ou por qualquer acontecimento que impossibilite os movimentos orgânicos, o abandona, deixando-o desanimado.
  5. A Alma carrega consigo todos os atributos e frutos conseguidos pela realização efetiva durante a existência.
  6. Esse desenlace é que o materialista chama de morte, o qual só é desenlace ou separação do Espírito e da matéria.
  7. Todas as existências que o Espírito fizer sobre a terra, materialmente, em corpo orgânico, terá no Reino das Formas o registro fotográfico de sua existência, em todas as suas idades, desde a risonha infância juvenil, a qual simboliza o estado da Alma em seu crescimento evolutivo, e sua triste velhice que simboliza o estado provisório da matéria, que representa em seu aspecto a sua degeneração, pendendo para a decomposição.
  8. De maneira que, uma existência se divide em quatro escalas superiores, simbólicas, que são:

1° – Primeira infância;

2° – Segunda infância;

3° – Terceira, os adultos;

4° – Quarta, a velhice.

As três primeiras simbolizam a Vida Espiritual e a última simbólica a vida material.

  1. Assim, pois, quem quiser ter mais vida e uma existência mais prolongada, se Deus permitir, pode se cuidar, e, evidentemente, cuidando do corpo diligentemente higiênico e evitando maus vícios e costumes, e, naturalmente a vida será prolongada, viverá melhor e mais tempo.

 

 

A PRIMEIRA INFÂNCIA ESPIRITUAL.

 

  1. A primeira infância espiritual, ou mesmo material, não é perigosa porque o Espírito está adormecido no berço da inocência. Não há força física e nem malícia, ignora a lei de seus próprios efeitos. Só entra em operações intelectuais em sua segunda infância que é a planitude da ignorância, a planitude mais perigosa da vida humana, espiritualmente.

 

 

SEGUNDA INFÂNCIA ESPIRITUAL DA VIDA HUMANA.

 

  1. Assim como a primeira infância se compõe de todo o tempo que o Espírito dorme em sua inocência, a segunda infância espiritual se compõe de todo o tempo que o Espírito se acha mergulhado na atmosfera escura da ignorância. Uma pergunta: A ignorância de quem, ou de que? Ignorância de si mesmo, de sua própria vida e de todas as coisas naturais que, positivamente, pertencem à vida e à eternidade.
  2. A segunda infância, espiritualmente, na vida humana é uma infância muito perigosa, porque sem se dar por conta, muitas vezes, usa brincadeiras prejudiciais para a vida humana, isto, porque, se materializam as inteligências e os sentidos se ocupam maliciosamente, nos interesses e desejos corruptos das coisas materiais. Assim, pois, a mente humana ignorando, materializa, pendendo sempre para as realizações das coisas mortais.
  3. Alguém dirá: Até as crianças na sua segunda infância realizam obras de vida, quanto mais os adultos materiais, que compõe a segunda infância, espiritualmente. Será que não estão realizando obras de vida?
  4. A Inteligência Suprema responde: Na verdade até as crianças na sua segunda infância realizam obras de vida, quando ocupam seus pensamentos, positivamente, mas, muitas vezes deixam de realizar uma obra de vida para realizar e pôr em prática uma obra de morte.
  5. Assim e muito pior acontece com os ignorantes, componentes da segunda infância espiritual; muitas vezes deixam e abandonam realizações de vida, para entrarem maliciosamente em realizações de morte.
  6. A segunda infância espiritual é a planitude mais perigosa da vida humana, por ser o tempo que a matéria domina o Espírito. Os desejos carnais absorvem as necessidades da Alma, e a Luz Espiritual a humanidade desconhece, que é a parte positiva de sua vida.
  7. A inteligência humana materializada é muito perigosa, porque ignorando a sua vida, os valores e responsabilidades da mesma, o mal domina sobre o bem, e, a inteligência entra inconscientemente em realizações mortais, revoltando-se e entrando em guerra contra sua própria vida, na pessoa de seu próximo irmão.
  8. Logo que a criatura revoltar contra seu próximo, declara guerra contra Deus Criador, que é a Vida de nossa vida.
  9. Examinai, contemplai e vede com os olhos da Alma; homens de todas as idades realizam obras de vida, que maravilha, que beleza, que riqueza tão grande a Natureza entregou à inteligência humana.
  10. Mas contemplai e analisai e vede que os homens loucamente realizam suas brincadeiras mortais, estão quebrando, derrubando, destruindo as belezas construídas para sua Alma, e, não se contentam só com destruir a obra de suas mãos, como também estão destruindo o seu semelhante, a obra que ele não fez.
  11. Esta brincadeira louca dos homens, em suas realizações negativas, além de grandes prejuízos que os homens estão tendo na destruição das obras e coisas de vida, está custando muitos milhões de vida, constantemente, ao Criador de todas as coisas.

 

 

ADULTOS ESPIRITUAIS.

 

  1. Inicia-se a idade adulta na criatura, o dia que se rompe o véu de usar a ignorância espiritual.
  2. Todo o tempo que a criatura permanecer ignorando o porquê de sua própria vida, de onde vem e para onde vai, e o movimento naturalmente infinito da Vida Universal dos seres e das coisas, todo esse tempo é o tempo que a criatura permanece na planitude da segunda infância.
  3. Quando a criatura inicia o conhecimento da Vida Espiritual, começa a rasgar o véu de sua ignorância, entrando na planitude de adulto, espiritualmente, colocando-se em relação com as regiões da Luz e da vida realmente positiva do Reino de Deus.
  4. A criatura ao rasgar o véu da ignorância passa à planitude de adulto espiritual, começa a ter consciência da Vida Espiritual, luminosamente, tornando-se um aluno consciente da Obra de seu Criador, o qual, uma vez iluminado, começa a estudar e compreender, relativa e progressivamente, de planitude em planitude.
  5. Portanto, ao rasgar o véu da ignorância passa a estudar e conhecer a espiritualidade, e torna-se um aluno consciente da Escola da Eternidade.
  6. Todos os cooperadores conscientes do Reino de Deus são alunos conscientes da Escola da Eternidade.
  7. Deus Criador é o Filho Unigênito da Suprema Natureza Criadora, Filho Unigênito, infinitamente, do Verbo inconsciente.
  8. Deus Criador é o primeiro aluno da Escola da Eternidade, aprendeu na escola cármica da Suprema Natureza Criadora. Ele não estudou em livros escritos por mãos de homens, mas sim, em livros ditados pela voz sonora da Suprema Natureza, impressos pela própria natureza.
  9. Deus Criador é o irmão maior de nossos primitivos pais.
  10. Deus Criador é o nosso Infinito e Eterno Professor. Foi Ele que revelou e organizou, infinitamente, a Escola Natural, consciente, da Eternidade, colocando na frente destes ensinamentos, naturalmente infinitos, os alunos mais adiantados, para ensinar os mais atrasados ou ignorantes.
  11. Deus Criador é o irmão maior de nossos primitivos pais, o primeiro unigênito da Suprema Natureza Criadora, intérprete naturalmente infinito da Suprema Natureza Criadora, Mestre da Escola da Eternidade, infinitamente, criador de tudo quanto emana ou pode ser produzido pela inteligência, ou esteja ao alcance da mesma; é Pai naturalmente consciente das criaturas, seres e coisas.
  12. Deus Criador além de ser o irmão maior de nossos primitivos pais, primogênito da Suprema Natureza Criadora, é também o nosso Pai Eterno, Vida supremamente infinita de nossa vida consciente, porque Ele nos criou conscientemente na Obra da Eternidade e nos revelou e revela todos os segredos que encerra em seu seio: a Suprema Natureza Criadora, assim, como todos os segredos da vida facultativa que estão ao alcance da inteligência humana.
  13. Portanto, Deus Criador é supremamente a Cabeça Redentora do Verbo consciente, e nós, as criaturas humanas, somos criados segundo a sua imagem e semelhança, que compomos o seu infinito corpo de harmonias.
  14. Portanto, na planitude de adulto, neste corpo de harmonias, ocupam os cooperadores conscientes do Reino de Deus, relativamente.

 

 

ADULTOS COM RELAÇÃO ÀS CRIANÇAS DA PRIMEIRA E SEGUNDA INFÂNCIA.

 

  1. A criatura humana cresce em entendimento, relativamente.
  2. Na vida material existem adultos que vivem constantemente preocupados e envolvidos com a vida das crianças da primeira e segunda infância.
  3. A segunda infância, tanto na existência da Alma como na existência da vida material, é o tempo próprio de o Espírito ter tentativas de muitas realizações, solicitadas naturalmente pela lei da consciência, e, mesmo pelo pensamento, das correntes mentais que convive e faz parte, cooperativamente.
  4. A criatura na segunda infância, tanto na existência da Alma como na existência da vida material, começa desenvolver as faculdades da inteligência, em relação com as mentes que, cooperativamente, realizam as mesmas finalidades. As realizações nesta planitude não tem um ritmo certo; a incerteza e a dúvida reina nas realizações, e diante disto a incerteza confunde o inspirador.
  5. O infante espiritual ignora a Vida Espiritual e as atribuições da vida facultativa da mesma, como o infante material ignora a vida facultativa do corpo orgânico, seus deveres e obrigações, materialmente.
  6. De forma que todas as criaturas passam pelo sono da inocência, tanto espiritual como material. Após passarmos para a segunda infância, na qual começamos, inteligentemente, a trabalhar na descoberta do porquê de nossa vida e das demais vidas, orientados pelas noções que a própria Natureza Suprema, intelectualmente, nos dispensa. Assim, pois, nas primeiras tentativas da Alma, procura descobrir os segredos naturais tributáveis da Alma ou do corpo; não é difícil errar, desde que procure uma coisa que ignora seus fins ou paradeiro.
  7. Mas, na vida material há muitos adultos, de todas as idades, e até velhos cheios de dias que vivem tão preocupados com a vida das crianças, que eles mesmos se confundem e derrotam sua própria existência.
  8. Uns porque se introduzem, envolvem-se nas brincadeiras das crianças, e outros porque quer exigir das crianças uma realização perfeita, igual ao seu entendimento, ou forma de entender; com esta tentativa viola contra o progresso evolutivo do pensante, colocando-se o adulto material abaixo das próprias crianças, criando uma repulsa de ódio contra os mesmos, esquecendo-se de seus respectivos deveres de mestres, de guias orientadores experientes.
  9. As criaturas adultas que se manifestam ou se manifestarem nestas condições, acima referidas, se encontram infelizmente em pior situação que as crianças da segunda infância, por ter mistificado os deveres e responsabilidades da presente existência, desvalorizando-se a si mesmos.
  10. Não podemos exigir dos inocentes responsabilidades, nem do ignorante entendimento daquilo que justamente ignora, assim como não podemos considerar igualmente o ignorante consciente, ao ignorante inconsciente.
  11. Existem duas planitudes na segunda infância espiritual, ou material: ignorantes e ignorados conscientes. Esta última é a planitude mais perigosa, triste e degradante da vida humana.
  12. Pois, segundo a rota evolutiva natural do progresso, em seu estado normal, a segunda infância deverá apresentar o modelo que há de seguir o inocente, e, o adulto deverá apresentar o modelo que há de seguir e imitar a segunda infância.

 

 

OS DOIS REINOS, ESPIRITUALMENTE.

 

  1. A humanidade, espiritualmente, se divide em dois Reinos: Reino de Deus e Reino de Satanás.
  2. Toda criatura que está abaixo das ordens do Reino de Deus será bem conhecida, porque marcha em direção à vida; não embaraça o progresso, e a segunda infância serve de modelo para o inocente, e o adulto serve de modelo para a segunda infância, ou seja, para a ignorância.
  3. Os adultos tem muita paciência com os ignorantes e os ama como filhos, porque à força de muitas lutas estão gerando neles o conhecimento do Reino de Deus e de todas as coisas de vida, e, os ama também como discípulos, os quais lhes custam muito caro inculcar, ou colocar neles o entendimento natural das coisas, naturalmente.
  4. Todas as criaturas que estão abaixo do domínio e ordem do Espírito do mal, denominado Satanás, a segunda infância é o modelo da inocência para o mal, e o adulto é o modelo da segunda infância para o mal. Os adultos espirituais exigem dos inocentes responsabilidades e dos ignorantes entendimentos, o que produz um ódio, um pânico, uma verdadeira usina de ódio, contradição e confusão, tirando um resultado essencial à vingança.
  5. Se alguém disser ou se revelar como operário do Reino de Deus, imitando essas normas negativas e desrespeitando as normas dos operários do Reino de Deus, são sedutores e a verdade não está com eles.
  6. Assim, pois, os alunos humanos têm duas escolas para aprender; são duas faculdades:
  7. Faculdade subnatural procedente da vida material; faculdade provisória, de efeitos contra a vida, negativamente.
  8. E, Faculdade Espiritual, procedente do Reino de Deus; faculdade eternamente, de efeitos a favor da vida e de todas as coisas naturais, positivamente.
  9. Assim, pois, na Faculdade naturalmente positiva, ensina-se puramente o bem e a verdade.
  10. Mas na faculdade subnatural se ensina a desarmonia, o ódio, o interesse próprio, a vingança, enfim, todas as tendências para o mal.
  11. Para ingressar em qualquer Faculdade acima citada, a criatura poderá usar o seu livre arbítrio, mas condicionalmente. O aluno que faz a sua matrícula na faculdade do bem, Deus não permite o seu estudo na mentira ou no mal.
  12. Porém, o aluno que faz a sua matrícula na faculdade do mal, materialmente subnatural, o diretor geral desta faculdade, ou seja, o maligno não o deixará estudar, nem conhecer o bem e a verdade a seu discipulado.
  13. Mas, como Deus é Diretor Geral do Laboratório de Vida Infinita, e não quer que nada do que é de vida se perca, amplia eternamente a Lei do livre arbítrio até para o próprio maligno.

 

 

GERAÇÃO DO CORPO HUMANO.

 

O corpo humano é gerado nove meses antes de começar a sua existência terrena.

Nesses nove meses, o corpo humano realiza o seu crescimento abaixo da influência do Espírito materno, de onde o novo ser recebe o alimento espiritual e o alimento material, até o dia de sua independência.

Antes do dia de sua independência, o novo ser é um broto, uma vida procedente de duas vidas. Este broto se acha localizado no seio do corpo materno, do qual procede, vive e se alimenta até o dia de sua independência.

Todo o tempo que o novo ser está no seio materno, está se realizando o seu crescimento. Neste tempo o novo ser tem a sua inteligência adormecida, assim como toda a função de todas as suas atividades estão adormecidas e paralisadas, não pensa e nem distingue.

No novo ser não há sentimentos próprios, nem pode haver, desde que as funções mentais estão adormecidas e sem realização.

O novo ser está ligado aos sentimentos maternos, sente juntamente com a mãe as dores, as alegrias ou as tristezas, os benefícios materiais ou espirituais, ou os malefícios, mas não distingue a origem, motivo ou razão dos mesmos.

 

 

 

O NASCIMENTO DA CRIATURA HUMANA. PRINCÍPIO DA EXISTÊNCIA.

 

A vida humana, em cada encarnação ou reencarnação, passa por várias transformações, segundo a determinação mecânica da própria natureza.

Depois de decorridos nove meses de existência no seio materno, as próprias leis da Suprema Natureza determinam a sua independência espiritual e mesmo material, de com a mãe.

Na hora que se realiza o nascimento, conforme vai se realizando a independência da nova vida, vai recebendo particularmente vida própria, encarnando ou reencarnando nele um Espírito, cuja vida reside e movimenta o corpo físico, dentro do fluído da vida, universalmente infinita, abaixo da proteção consciente de um Espírito, ou de Espíritos protetores da vida e das vidas que sucedem na relatividade da criação da Espécie Humana.

 

 

AS DUAS PATERNIDADES.

 

A razão nos ensina claramente, segundo a verdade, e não podemos negar a nós mesmos.

A vida humana quando encarnada se compõe de Espírito e matéria. A parte material que compõe o invólucro de nosso corpo procede de nossos pais carnais; cada corpo criado é um pedaço de seus corpos, imagem e semelhança dos legítimos pais.

A nossa matéria é a matéria de nossos pais, contemplando o corpo de nossos pais, estamos contemplando o nosso próprio corpo. Temos os pais de geração, dos quais procedemos, digo, procede o nosso corpo; quando os legítimos pais morrem, ou abandonam seus legítimos filhos, partículas de seus próprios corpos, quando estes são pequenos, então temos os pais de criação, os quais, por amor à vida do ser gerado, recolhem o inocente e dele cuida, como se fosse um pedaço de seu próprio ser.

Assim é que temos na parte carnal os nossos legítimos pais, de geração e de criação, e temos os pais de criação; todo aquele que cria, nos ama, nos ajuda a viver, nos educa segundo a verdade e nos protege na vida material, estão nos transmitindo favores paternos.

A paternidade material, seja ela legítima ou de criação, só existe durante a existência de cada encarnação, durante a existência dos pais ou dos filhos.

 

 

PERGUNTAS SOBRE AS DUAS PATERNIDADES.

AS DUAS PATERNIDADES.

 

Então recebemos a vida, agora, por intermédio de nossos pais?

De nossos pais só recebemos transcendental e sucessivamente a parte material, o corpo orgânico, imagem de nossos pais.

 

Os nossos pais, não são pais da Alma e do corpo?

Os nossos legítimos pais são pais do corpo material, pois, o Pai da Alma é Deus.

 

Então, espiritualmente, somos filhos de Deus, e, materialmente filhos do homem?

Justamente, Deus é o Pai dos Espíritos, eternamente, e nossos primitivos pais procedem do invólucro do corpo astral, e nós descendemos de nossos pais, de geração em geração, relativamente.

 

Deus Criador não é Pai da Alma e do corpo?

Deus Criador é Pai das Almas diretamente, e Pai dos corpos orgânicos indiretamente.

 

Então, por que motivo Deus Criador é Pai dos corpos humanos indiretamente?

Porque entre as novas gerações e Deus Pai, se acham os legítimos pais, como intermediários das mesmas.

 

Então, o Espírito humano quando está encarnado terá que obedecer e respeitar as duas paternidades: a paternidade de Deus, diretamente espiritual, e, indiretamente os legítimos pais?

Justamente, espiritualmente somos todos filhos de Deus, eternamente, porque o Espírito não é transmitido por via de descendência, e nem está sujeito às coisas transitórias ou falíveis, mas, sim, à Vida Eterna, porém, as novas gerações terão que obedecer e respeitar a Deus Pai, mediante os legítimos pais, dos quais procede a sua descendência material.

 

Estamos sempre abaixo da obediência e respeito de nossos legítimos pais, segundo a carne?

Só durante a existência, porque o corpo material é falível, só serve durante a existência terrena.

 

Então, se temos duas paternidades, também temos duas infâncias: infância espiritual e infância material?

Justamente, desde que existem duas paternidades terá que existir duas infâncias.

 

 

 

INOCÊNCIA DA CRIANÇA NOS PRIMEIROS DIAS DA VIDA DE CADA EXISTÊNCIA.

 

Chama-se inocente a criança nos primeiros dias de seu nascimento. Pode ser um Espírito que já tenha reencarnado muitas vezes, mas todas as reencarnações têm que passar por esse período de inocência infantil; também pode encarnar um Espírito natural.

A palavra infância significa vida nova, muito nova, inexperiente. A infância divide-se em períodos ou graus de evolução, na marcha regeneradora do ser, distinguindo-se por: primeira, segunda e terceira infância. Estas três escalas ou graus infantis se realizam antes de passar ao período de adultos, mas a força da inocência só existe mais abundantemente na primeira infância.

A palavra inocente quer dizer: inexperiente, lançando no esquecimento todos os conhecimentos da existência anterior, volta ao mundo simples, inexperiente e sem malícia; não conhece os perigos, nem as gloriosas belezas da vida material existentes no mundo, segundo as leis, usos e costumes da presente época.

Todo o tempo que a criança está sem distinção do bem e do mal é inocente; a criança está no mundo, mas não conhece as grandezas, nem a malícia dos adultos, dos práticos e dos experientes deste mundo.

O tempo de inocência absoluta é muito limitado, no máximo é de dois anos.

As crianças na sua primeira infância fazem coisas, como, se aproximarem dos perigos, enjeitam ou estragam as coisas de valor, sem saber, ou distinguir o mal ou o bem que fazem.

Deus não leva em consideração os atos praticados pelos inocentes, pois a prova clara de sua inocência está nos atos praticados, que tanto podem prejudicar aos outros, como causar danos a si mesmos.

As crianças, muitas vezes, acontecem de ser Espírito muito habilitado ou preparado de faculdades de vida, mas elas ignoram a si mesmos e à vida facultativa de seu próprio ser.

As crianças são alunos que ingressam na escola da moral, do mundo presente; o professorado são os adultos, começando pelos pais, irmãos e seus conviventes, relativamente.

As crianças, nos primeiros dias de cada encarnação, ou reencarnação, executam três crescimentos: crescimento do corpo orgânico, crescimento nos conhecimentos materiais, e crescimento nos conhecimentos espirituais, e assim os novos viventes vão, com o decorrer do tempo, conhecendo e distinguindo os efeitos e os acontecimentos da nova vida que oferece cada existência, nas sucessivas reencarnações.

A felicidade e a bondade das crianças dependem do professorado, dos adultos com que vivem, começando pelos legítimos pais, ou pelos pais de criação.

Quando os novos viventes ocupam esta planitude de inocência, em cada existência, se os conviventes forem bem espiritualizados, podem vencer até o mau instinto das novas gerações, encarnando nos novos seres, correntes de vida e criando costumes de vida, transformando assim, o mau instinto, por influências de vida e de superior potência, de natureza positiva.

Depois que os novos viventes experimentam as coisas deste mundo, os usos e costumes da presente época, e se acostumam com eles, cada dia que passa fica mais difícil para encaminhar as novas gerações para uma vida feliz, pois a felicidade das crianças, naquilo que pertence ou procede da educação moral, tem seu ponto de partida, como marco inicial da perfeição na inocência, e isto depende da perfeição e purificação dos adultos.

Se as crianças quando nascem e começam a despertar do sono de sua inocência, ter conhecimento e distinção das coisas, encontram uma moral perfeita operando entre seus conviventes, só o bem, a verdade, a paz, o respeito, a honra, a harmonia e o bom entendimento entre as criaturas, operando só o bem em todos os setores da vida, e o amor fraterno, não haveria tanto mal, nem tantas criaturas tão infelizes, lançadas no abismo da perdição e da morte, às vezes até por seus legítimos pais.

 

 

AS DUAS INFÂNCIAS DO ESPÍRITO HUMANO: INFÂNCIA MATERIAL E INFÂNCIA ESPIRITUAL.

AS DUAS INFÂNCIAS.

 

Quando começa as duas infâncias?

Começa quando inicia a vida particular de cada um, na primeira encarnação terrena.

 

De onde foi tomada a partícula espiritual de nossos primitivos pais?

Do Espírito de Vida Infinita.

 

De onde tomou o Espírito de nossos primitivos pais o corpo material?

Do corpo astral, do pó da terra, cada um do mundo e da zona em que recebeu a primeira encarnação.

 

Então, as duas infâncias do Espírito humano tiveram seu princípio na primeira encarnação?

Justamente, quando começou a vida particular de cada um.

 

Permanecem as duas infâncias até o dia de hoje, em nosso mundo?

A infância espiritual permanece até hoje, porém, a infância material vence durante certo período, no princípio de cada existência.

 

 

INFÂNCIA ESPIRITUAL.

 

Chegamos à conclusão que a vida humana se divide em quatro supremas posições, antes de chegar a conseguir a perfeição num plano geral.

A composição da vida humana quando encarnada é composta de duas partes superiores, que são: corpo espiritual e corpo material.

Entre dois corpos unidos compõem uma vida orgânica; o corpo é o aparelho e o Espírito é a força que o movimenta, pois não poderia haver efeitos físicos sem o corpo orgânico.

Depois que se realizar a primeira existência, o Espírito humano pode ocupar duas posições: pode ter vida dentro ou fora do corpo orgânico, desde que seja uma vida particular, ou uma partícula do Criador.

O Espírito humano tem duas infâncias, como também duas existências: estas duas infâncias, uma é espiritual e a outra é material.

Na primeira encarnação tem o Espírito o princípio das duas infâncias: uma procede do lado espiritual e a outra procede do lado material.

A infância material, finda logo que o novo ser passar à planitude de adulto, ao passo que a infância espiritual finda depois que o Espírito evolui e cresce no entendimento, que, tendo vencido a ignorância, tenha congregado a luz e a verdadeira perfeição.

Portanto, a vida infantil, corporalmente, se repete em todas as existências, materialmente terrena, sucessivamente, e a infância espiritual principia na hora que nasce em sua primeira encarnação e finda no dia que o Espírito completa o seu curso de formação e de perfeição espiritual.

 

 

A INFÂNCIA ESPIRITUAL, GRADUALMENTE.

 

Como já dissemos anteriormente, começa a infância, seja ela material ou espiritual, no dia de seu nascimento, conforme o novo ser vai crescendo, evolutivamente, vai passando da primeira à segunda ou terceira infância, relativamente.

O Espírito tem seu crescimento na proporção da marcha de sua regeneração; dele mesmo depende a brevidade de seu crescimento.

Todos os Espíritos têm consciência de seus deveres espirituais; o seu primeiro objetivo é a regeneração e a perfeição de si próprios e, fazendo assim, estão acelerando e impulsionando o seu próprio crescimento.

Todo o tempo que o Espírito humano se achar mergulhado nas trevas, ignorando o porquê da vida espiritual, não conhecendo, nem distinguindo o princípio e o fim de todas as coisas mais necessárias para a vida, que estão ao alcance do pensamento, mora o Espírito na planitude da ignorância, ele é criança, novo e inexperiente, espiritualmente, mesmo que seja velho na existência material, ou mesmo na existência espiritual.

 

 

 

A INFÂNCIA ESPIRITUAL.

 

  1. O que quer dizer infância espiritual?

Infância espiritual quer dizer: novo, inexperiente, criança espiritualmente.

 

  1. Quando começa a infância espiritual?

Nos dias primitivos que começa a vida particular de cada um.

 

  1. Até que tempo abrange a infância espiritual?

Todo tempo que reine sobre a criatura a ignorância da Vida Espiritual.

 

  1. Somos ignorantes de tudo o que conhecemos?

Justamente, e os ignorantes da Vida Espiritual são crianças inexperientes, desconhecendo os valores e as faculdades da mesma. Por isso disse Jesus, mediante o Apóstolo Paulo: “Eu irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como carnais, como criancinhas em Cristo. Leite vos dei de beber, não vos dei comida, porque ainda não podeis comer, pois ainda sois carnais”.

 

  1. Como se realizou a geração de nossos primitivos pais?

No tempo que foi criado o Reino Animal, descendo o Espírito de Vida Infinita sobre a terra, mediante o Sistema Solar e o Sistema Lunar, em influência geradora, tomando pó da terra, geraram filhos e filhas de toda espécie e qualidade de animais, no meio dos quais foi criada a Espécie Humana.

 

  1. Qual é o motivo de diferença de cores entre a Espécie Humana?

A diferença de cores entre a Espécie Humana depende da qualidade e da cor da matéria astral que formou os corpos orgânicos de nossos primitivos pais, de cujos corpos materiais descendemos, de geração em geração, relativamente.

 

  1. Em todo o Infinito aconteceu assim?

Sim meu discípulo, em todo o Infinito, sobre todos os mundos, aconteceu assim; a qualidade e a cor da matéria astral, dessa dependem e procedem as diferenças de cores.

 

  1. Como se realiza a mudança de cores?

A mudança de cores se realiza pela mistura do sangue, das sucessivas gerações.

 

  1. Então, há probabilidade de mudar as cores, misturando o sangue com outras cores?

Sim, isso acontece não somente com o homem, mas também com os animais e as plantas.

 

  1. Todas as criaturas, infinitamente, têm passado ou estão passando pela infância espiritual?

Justamente, menos Deus Todo Poderoso, que nunca conheceu as trevas.

 

 

 

 

INFÂNCIA MATERIAL.

 

Chama-se criança toda criatura encarnada, nos primeiros tempos de sua encarnação, quando o tempo da existência começa e, o tamanho do corpo orgânico é reduzido, ou pequeno.

O crescimento se realiza com o decorrer do tempo, até completar o seu respectivo tamanho, ou estatura natural.

A criança passa a ser adulta quando completa quatorze anos.

Desde que nasce a criança, até a idade de quatorze anos, é um período de grande valor para desenvolver a inteligência, encaminhando-as para uma vida feliz, criando nelas usos e costumes de vida.

O desencarne do Espírito humano é uma grande probabilidade que as leis da Natureza oferecem ao Espírito para sua própria regeneração, porque cada encarnação que precede, sucessivamente, lança no esquecimento os acontecimentos da existência anterior.

Este acontecimento fenomenal do Espírito humano, segundo as determinações da Suprema Natureza Criadora é de grande valor, porque, uma vez que marchamos em direção da eternidade, evoluímos até conseguir conquistar a Santidade, que é a planitude superior da vida humana; é preciso lançar no esquecimento a inferioridade efetiva de nossos atos, para não interrompermos a marcha evolutiva de nossa regeneração, com nosso eu inferior.

 

 

 

PERGUNTAS SOBRE A INFÂNCIA MATERIAL.

INFÂNCIA MATERIAL.

 

O que quer dizer infância material?

Infância material quer dizer: vida nova na existência.

Então, a vida infantil se inicia nos primeiros dias de cada existência?

Sim, no dia que a criança nasce.

Mas, inicia-se a contagem da idade da criança só desde o dia que nasce?

A idade da criança conta-se desde o dia que nasce, mas quando a criança nasce já está com nove meses de idade.

 

Por que então, não se conta a idade toda do novo ser?

Porque começa a contagem da existência, não no tempo da germinação, mas, sim, no tempo do nascimento, isto é, quando o novo ser se torna independente do corpo materno, o Espírito começa a ter vida própria ou particular.

 

O Espírito encarna ao gerar, ou ao nascer?

O Espírito encarna ao nascer, quando o novo ser gerado recebe vida própria, independente do corpo materno.

 

Durante o tempo que o novo ser esteja no ventre materno, não terá vida própria?

Não tem vida própria o novo ser gerado; durante o tempo de gravidez, o ser gerado vive ligado ao Espírito materno, e se alimenta do corpo materno.

 

Então, o novo ser, durante o tempo que está no seio materno, não tem desejo, nem sentimentos procedentes do mesmo ser?

Não tem, os desejos e os sentimentos do ser estão adormecidos até o dia de sua independência.

 

Então, a criança durante o tempo que está no seio materno, não sente?

A criança durante o tempo que está no seio materno, está ligada à vida materna, deseja juntamente com a mãe e sente juntamente com a mãe as alegrias ou regozijos, os sentimentos, as iras ou as dores, sente em si a repercussão e os choques do bem ou do mal, mas não tem distinção da origem da causa, ou finalidade do mesmo.

 

Então, o Espírito humano quando está encarnando ou encarnado recebe a constituição da vida das duas paternidades, as quais tem que respeitar e obedecer?

Justamente, todos nós temos por dever obedecer às leis estabelecidas pelo Supremo Criador.

 

Qual é a parte de nosso ser que Deus, nosso Pai, nos dá?

A Vida Espiritual.

 

Qual é a parte de nosso ser que nos dá os nossos legítimos pais?

A vida material, que compõe o corpo orgânico.

 

O Espírito encarna só uma vez e só obtém uma existência?

O Espírito encarna ou reencarna tantas vezes quantas forem necessárias, durante o tempo de sua regeneração.

 

Então o Espírito não morre?

A vida não pode morrer, o Espírito tem vida eterna, cresce e evolui em direção à eternidade.

 

Então, o que quer dizer esse fenômeno que se chama morte?

A morte na verdade não existe, existe a decomposição do invólucro que chamamos de desenlace, que chamamos de morte.

 

Qual é a posição do Espírito durante a existência terrena neste mundo?

O Espírito encarna ou reencarna muito novo, entrando no período da inocência, da inocência passa ao período da ignorância, e, nesse período desencarna, se durante a presente existência não acabar o curso da regeneração.

 

Infância quer dizer novo, muito novo, jovem, criança?

Justamente, a palavra infantil dedica-se às crianças, às novas gerações que aparecem na relatividade da criação dos inocentes.

 

 

 

AS DUAS INFÂNCIAS: A IGNORÂNCIA E A INOCÊNCIA.

 

Assim, pois, segundo os esclarecimentos que o Espírito Santo nos revela, as duas infâncias porque passa o Espírito humano, no decorrer de sua regeneração, uma pertence à Vida Espiritual e a outra pertence à vida material.

A infância material acompanha a inocência, porque o infante material não tem malícia, nem distintivos do bem e do mal, conforme vai crescendo, vai vencendo a inocência pelos conhecimentos e distintivos que vão adquirindo na escola da vida, presente nos ensinamentos recebidos, mediante a convivência do novo ser, digo, dos adultos com que convive.

Mesmo que o Espírito vença as dificuldades da inocência, que será justamente o ponto de partida para ingressar no Reino de Deus, terá que vencer as péssimas dificuldades da infância espiritual.

O Espírito humano tem um período de inocência em cada existência terrena, em corpo orgânico, mas a infância espiritual pode ser prolongada até muitas existências terrenas.

Pode o Espírito estar encarnado, ou desencarnado, que não deixará com isto de ser criança, espiritualmente.

 

 

 

INOCÊNCIA.

 

O que quer dizer inocência?

A palavra inocência se dedica ao Espírito humano, no primeiro período de cada existência, no período infantil.

 

É muito prolongado o período da vida infantil em cada existência?

De um até quatorze anos, de quatorze anos para frente já entra no período de adulto.

 

O período da inocência é de muito tempo em cada existência?

O período da inocência se acha limitada a dois anos; de dois anos para frente começa a criatura ter distintivos do bem e do mal.

 

Mas, o que é na verdade inocência?

Inocência é a posição que ocupa cada Espírito nos primeiros dias de cada existência.

 

Por que o Espírito humano é inocente no período primitivo de cada existência?

Porque em cada existência o Espírito humano encarna ou reencarna, lança no esquecimento todos os conhecimentos da existência anterior, e entra simples, inocente e sem malícia na nova existência terrena.

 

Mas, se o Espírito entra inocente na nova existência, inocente de que?

Inocente de tudo o que existe no mundo, na época atual, do bem ou do mal, quanto às leis, usos e costumes criados entre os povos existentes no mundo.

 

Então, o Espírito humano em cada encarnação ou reencarnação, lança no esquecimento tudo o que conhecia na existência anterior?

Lança sim no esquecimento os conhecimentos da existência anterior; isso é para favorecer a marcha regeneradora do Espírito, progressivamente.

 

Mas, sempre é assim? Toda a vida continua o Espírito lançando no esquecimento os conhecimentos que obtinha na existência anterior?

Não, o Espírito passa por esse período de adormecido em cada existência, só o tempo ou período de regeneração. Logo que o Espírito regenerar e receber a Luz, e passar da vida subnatural para a vida universalmente positiva, vence a ignorância, tornando-se sábio; aí então se torna um operário consciente da Vida Espiritual e da vida material, tendo esse conhecimento e vencendo o período da ignorância e entrando na planitude dos sábios, não esquece mais dos conhecimentos e das faculdades da existência anterior.

 

O que quer dizer encarnação?

Encarnação quer dizer que o Espírito encarna, torna-se um corpo material pela primeira vez, formando uma vida particularmente individual, partícula do Criador.

 

O que quer dizer reencarnação?

Reencarnação quer dizer que o Espírito reencarna mais de uma vez.

 

Mas, o Espírito pode reencarnar mais do que uma vez?

De acordo com a lei progressiva de regeneração humana, pode sim.

 

Os inocentes são responsáveis pelos atos perante Deus?

Não são, desde que são inocentes dos atos que praticarem, devido não terem distintivos do bem e do mal.

 

Então as crianças, durante o período da inocência, não tem malícia, nem vícios e nem desejos contra a vida ou contra a moral?

Não, as crianças durante o período da inocência não tem malícia, nem distintivos contra a vida, são simples e sem malícia, por isso mesmo que disse Jesus aos discípulos e ao povo: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque elas são o Reino de Deus”. E disse também aos adultos: “Em verdade vos digo, que se não vos converterdes e vos tornardes como crianças, de maneira alguma entrareis no Reino de Deus”. E ainda acrescentou: “Aquele que receber as crianças tal como estas, em meu nome, a mim me recebe”.

 

 

 

A IGNORÂNCIA.

 

A infância espiritual acompanha a ignorância; a ignorância é muito diferente da inocência, porque o Espírito durante o período da inocência não tem malícia, nem distintivos do bem e do mal.

Mas, depois que o Espírito passa ao período da inocência, introduz-se no período da infância espiritual, recai sobre o mesmo grande responsabilidade, porque adquiriu conhecimentos e distintivos do bem e do mal, tendo discernimento dos atos que pratica: se para o bem ou para o mal.

Por isso mesmo é que Jesus disse a respeito dos inocentes: Deixai vir a mim os inocentes, porque dos tais é o Reino de Deus, e aquele que não se converter e não se tornar humilde, obediente e simples como estas criancinhas não entrará no Reino de Deus.

Por esta e outras razões que nos apontam as Escrituras reveladas pela vontade de Deus, podemos compreender muito bem qual é a posição que ocupam os adultos, materialmente, em cada existência, sobre os inocentes.

Enquanto estamos dominados pela ignorância, somos crianças ensinando os inocentes, cuja posição quase sempre é ignorada pelos adultos; vemos e contemplamos os inocentes, as crianças, na existência terrena, mas ignoramos a nossa infância espiritual, educamos as criancinhas e as tratamos com rigor, como se fôssemos adultos sábios e entendidos, impondo um jugo de respeito e de obediência aos inocentes, que nós mesmos não observamos.

Os nossos atos provam claramente que somos crianças educando e ensinando crianças, pois os adultos de hoje foram crianças de ontem, e as crianças de hoje serão os adultos de amanhã, entretanto, não achamos mudança, nem sombra de variação, tudo marcha para a perdição. A tradição da ignorância transcende de geração em geração.

Não podemos negar o resultado de nossa semeadura, pois ela está aí patente, à vista de todos, testificada pelos nossos atos e os atos de nossos filhos, resultado de nossa ignorância, pois nada os adultos materiais fizeram de perfeito, justo e bom, desde que a vida humana está em piores situações hoje, que ontem, declinando cada vez mais para o abismo, para a perdição e a morte, quanto ao plano moral, usos e costumes.

 

 

 

A IGNORÂNCIA ESPIRITUAL.

 

O que quer dizer ignorância espiritual?

Ignorância espiritual quer dizer: ignorar a espiritualidade.

 

Como se chama a pessoa que ignora a espiritualidade?

Ignorante, espiritualmente.

 

São muitos os ignorantes neste mundo?

Todos quantos ignoram os valores e finalidades da espiritualidade, que são uma imensidade.

 

O ignorante não tem luz, nem discernimento das coisas?

O ignorante não tem luz, nem discernimento das coisas; a sua morada é debaixo das trevas, às vezes a má compreensão os lança no sacrifício de si mesmo.

 

Então, o ignorante pode se prejudicar e fazer dano a si mesmo, pela sua própria ignorância, dos atos que ele mesmo pratica?

Pode sim, quantas vezes o ignorante entra inconsciente no sacrifício e nas coisas que a ele mais aborrece.

 

Então, tudo o que é ignorante espiritual mora abaixo da sombra das trevas?

Justamente, somos ignorantes de tudo quanto não conhecemos, porém, todas as criaturas que ignoram a espiritualidade, sua morada é debaixo das trevas.

 

Os ignorantes são conscientes, ou inconscientes, de sua ignorância?

A maioria é inconsciente, mas há também conscientes.

 

Quais são os ignorantes inconscientes de sua ignorância?

Os ignorantes inconscientes são aqueles que praticam coisas inconscientemente, às vezes entrando no terreno das coisas que a eles mais aborrecem, e, às vezes em prejuízo de si próprio.

 

Quais são os ignorantes conscientes de sua ignorância?

Os ignorantes conscientes de sua ignorância são aqueles que transgredem leis, viola direitos, praticam atos ou desrespeitos, e que estão cientes que não podem violar e desrespeitar, mas que por comodidade ou interesse particular de si próprio, faz-se de ignorantes e os praticam.

 

Quais são considerados por Deus como maiores transgressores: os ignorantes conscientes ou ignorantes inconscientes?

Os ignorantes conscientes que se fazem ignorantes para satisfazerem as suas vontades pessoais, estão abaixo de um juízo mais severo que os ignorantes inconscientes, desde que acometam, pela sua transgressão, maior condenação; estes estão sujeitos a um juízo mais severo.

 

Então, Deus Nosso Pai, tem compaixão e misericórdia dos ignorantes inconscientes?

Tem sim, Ele não os deixa perecer, defende-os, protege-os, ajudando em tudo quanto está ao seu alcance.

 

Mestre, a ignorância e a inocência há grande diferença? É a mesma coisa?

Entre a ignorância e a inocência há uma grande diferença.

 

Qual é a diferença que existe entre a ignorância e a inocência?

A inocência cabe ou pertence aos inocentes, àqueles que deixaram os seus conhecimentos, da sua existência anterior, mergulhados no esquecimento, e entram no período infantil, nada sabendo e nem distinguindo, não tendo malícia, nem distinguindo o bem do mal que praticam; desconhecem as leis, usos e costumes que absorvem nos adultos, ao passo que os ignorantes adultos têm distintivos subnaturais, distinguem o bem ou o mal que praticam.

 

Então, os adultos são julgados com um juízo mais severo que os inocentes, devido ter consciência e distinção subnaturais do bem e do mal que praticam, do bem que os agrada e do mal que os defende?

Justamente, sobre estes distintivos é que Deus Nosso Pai criou os dois grandes mandamentos da lei divina, dizendo: “Amarás ao Senhor teu Deus sobre todas as coisas, e ao teu próximo como a ti mesmo”, e acrescenta: “Destes dois mandamentos, depende a lei e os Profetas”.

 

O que quer dizer a palavra subnatural?

A palavra subnatural quer dizer: imitação, não é coisa segundo a sua verdadeira natureza, é uma imitação que está substituindo aquela natureza de coisa, até que entre em ação a sua natureza efetiva, ou é um substituto, ou um segundo.

 

A Luz tem domínio sobre as trevas?

Sim, a Luz tem domínio real sobre as trevas.

 

 

 

ALMA E CORPO, AS DUAS PATERNIDADES.

 

Quem é na verdade o Pai de nossas Almas?

Deus Criador, Inteligência Suprema Universalmente Infinita.

 

Deus é Pai de nosso Espírito, por todos os séculos da eternidade?

Justamente, ninguém tem vida para dar, só Deus Criador; por esta razão Deus é Pai de nossas Almas, Infinito e Eterno.

 

Então somos espiritualmente filhos de Deus Pai?

Sim, por toda a eternidade.

 

 

PAIS CARNAIS.

 

Quais são os pais de nossos primitivos pais?

Deus Criador e a terra.

 

Então nós somos sucessores, relativamente, desta primitiva encarnação?

Justamente, tanto as criaturas, animais, plantas e todas as vidas que hoje existem são descendentes desta primeira encarnação.

 

Então, todos os Espíritos foram tomados do mesmo Espírito, e todos os corpos materiais do mesmo corpo material?

Sim meu discípulo, todas as vidas foram tomadas de um mesmo Espírito, e todos os corpos de uma mesma matéria; por este motivo somos irmãos, tanto espiritualmente, como materialmente.

 

Então, Deus é hoje e sempre o Pai de nosso Espírito, e os pais segundo a carne são os pais de nosso corpo?

Sim, o Pai de nosso Espírito é Deus, por toda eternidade, e cada existência terrena temos os pais carnais.

 

Por que motivo Deus permanece sendo Pai, eternamente?

Porque o Espírito é uma parte essencial da vida, o qual permanece eternamente, seja encarnado ou desencarnado; a sua natureza não muda, nem passa pelo processo da decomposição, encarnado ou desencarnado, sempre é uma partícula do Criador.

 

Então cada existência terrena encarnada, temos os pais?

Efetivamente, cada vez que encarnamos somos filhos legítimos de um casal, que permanece sendo os legítimos pais da presente existência.

 

Os nossos legítimos pais não podem permanecer sendo pais, para mais de uma existência?

Não podem, porque o corpo orgânico, paterno e materno, se decompõe, virando pó, depois que finda a existência.

 

Mas, na existência paterna, não há probabilidade de repetir para os filhos, mais de uma encarnação, descendente dos mesmos pais?

Os filhos podem repetir até duas ou três existências, descendentes dos mesmos pais.

 

Como se realiza este processo dos filhos poderem repetir mais do que uma existência, encarnando novamente na matéria, descendente da primeira encarnação da presente existência paterna?

Pelo processo de reencarnação os filhos podem desencarnar e encarnar várias vezes durante a existência paterna, realizando novas reencarnações, dentro ou fora da família legítima.

 

Os pais tem soberania absoluta sobre seus filhos legítimos ou naturais?

Na Vida Universalmente Infinita não há nada absoluto; a vida de todos os seres é um conjunto de harmonias bem organizado, não há nada livre ou independente deste conjunto.

 

Quem assume a maior responsabilidade neste corpo orgânico, universalmente infinito, de todos os seres e coisas criadas?

É a Espécie Humana.

 

 

 

AS DUAS VISÕES DO HOMEM.

 

Segundo os ensinamentos que nos são revelados, como pode o homem conhecer-se a si mesmo e como ele poderá olhar para o lado interno da vida?

A resposta é muito simples: para o homem estudar o seu lado interno, tem que ver com os olhos de sua Alma.

Então a Alma também tem olhos para ver?

Chegando a esse ponto, temos progredido algo no setor da espiritualidade, pois passamos a admitir que somos obrigados a ver, além dos olhos do corpo humano, também pelos de nossa Alma ou nosso Espírito.

Depois de encarnado, o Espírito humano passa a ter dois sistemas de visão: uma externa e outra interna.

A externa usamos para enxergarmos as coisas concretas, palpáveis ou, por outras palavras ainda mais simples, materializadas, isto é, constantes da matéria.

Ela é muito limitada, pois qualquer lesão pode perturbar o seu efeito visual.

A visão interna de nossa Alma é Eterna, como eterno é o nosso Espírito.

Portanto, ela permanece até mesmo depois do Espírito ter desencarnado do corpo material, que lhe foi organizado por natureza.

A esfera visual dos olhos materiais é muito limitada, ao passo que a esfera visual dos olhos espirituais é ilimitada e se estende por todo o seio do Infinito, Corpo de nosso Eterno Pai.

A visão externa, que chamamos de: visão do corpo material é limitada porque apenas existe para favorecer o movimento do mesmo.

A interna, visão espiritual, é intensa e quase ilimitada porque seu campo de ação é efetivamente espiritual e ela se estende por todo o Infinito, para favorecer o movimento evolutivo da Vida Espiritual, para que o Espírito possa contemplar, estudar e conhecer a Obra do Supremo Criador, e a si mesmo, e tomar conhecimento e contato com a própria vida espiritual.

 

Assim, nos vem mais uma pergunta: Todos os animais têm as duas visões, a externa e a interna?

Quase todos os animais têm as duas visões, mas, a da Espécie Humana é diferente das demais espécies que pertencem ao Reino Animal. Ela é diferente justamente porque é dotada de inteligência, e já por natureza, possui distinção intelectual.

 

 

CONHEÇA-TE A TI MESMO.

DISTINTIVO DO BEM E DO MAL.

 

Perguntas e respostas.

  1. Como poderemos fazer uma distinção exata e plenamente compreensiva do bem e do mal?

Estudando e conhecendo-nos a nós mesmos.

  1. Mas como poderemos estudar, se nos desconhecemos a nós mesmos?

Pelo fruto se conhece a árvore; para estudarmos a nós mesmos, começaremos os estudos pelos nossos pensamentos, pelas palavras e atos realizados em nossa vida prática de cada dia, não esquecendo que pelos frutos se conhece a árvore.

  1. Nós poderemos conhecer, plena e positivamente, pelo estudo de nossos pensamentos, sentimentos e pela vida prática de nossos atos?

Também pela simpatia e agrado que sentimos em nossas relações com as criaturas, segundo os seus pensamentos, sentimentos e atos.

  1. Por favor, pode explicar-me claramente algo da vida humana, e qual é a causa da má compreensão de nossos próprios atos?

Sim, vou explicar-te e compreenderás claramente, se tens vontade de aprender:

Nós temos duas personalidades em nosso corpo: a personalidade espiritual e a personalidade material.

Estas duas personalidades constituem duas linhas distintas, cada uma marcha em direção a um Reino; estas duas linhas mentais partem de nosso Centro Espiritual ou material, para o lado exterior de nossa vida, em duas aspirais ou direções, de acordo com nossa intenção e vontade.

Uma linha parte em direção ao Eu Superior de nossa vida e a outra em direção ao eu inferior, isto é, Eu Espiritual e eu material.

São dois Eus, duas sintonias, duas estradas mentais, duas linhas, porém, tudo constitui e expressa a mesma coisa.

O mais importante é saber que em nosso receptor atuam duas personalidades; quando nosso Espírito está em sintonia com o Eu Superior, está atuando em nós a personalidade espiritual.

O nosso Espírito simpatiza com as causas espirituais, torna-se mais clarividente, distingue o bem e o mal, enxerga as coisas mais de perto, distingue melhor e mais claramente em sua forma realmente positiva, sentindo satisfação na convivência com as criaturas espiritualistas, seus sentimentos e atos; porém, sente-se em desagrado com as coisas materiais, e não simpatiza com os sentimentos e atos materiais.

Quando o nosso Espírito está em sintonia com nosso eu inferior, sintoniza-se com a personalidade material, mergulha numa atmosfera obscurecida, distingue mais dificilmente as causas espirituais; o desejo e a simpatia declinam exclusivamente pelas causas materiais, sente-se feliz entre os materialistas e simpatizam com suas opiniões, nas quais cooperam facilmente no mesmo pensar e no mesmo parecer.

Quanto à vida espiritual, torna-se uma coisa desagradável, e o Espírito não simpatiza com os espiritualistas, nem são de agrado as suas opiniões, sentimentos e atos.

 

  1. Há probabilidade de estudar em que sintonia cada criatura humana está, e a corrente que sintoniza?

Perfeitamente. Um Espírito sintonizado com a personalidade espiritual, não se agrupa, nem toma parte simpaticamente com os grupos e congregações que estão em sintonia com a personalidade material, porque não sente atração, nem simpatia com suas opiniões e, quando o Espírito, naturalmente positivo, é obrigado a cooperar por algum tempo, adormece e fica sonolento, ou procura escapar por todos os meios, formado pela indiferença e desagrado que sente no meio do ambiente que se acha. Este fenômeno se realiza em qualquer uma das duas personalidades.

Quanto à sintonia de cada Espírito nas correntes formadas, cooperativamente, é fácil de distinguir: o jogador une-se ao jogador, o beberrão com o beberrão, o sexualista com o sexualista, o criminoso com o criminoso, o bom trabalhador com o bom trabalhador, o ladrão com o ladrão, o preguiçoso com o preguiçoso, o bondoso com o bondoso, o sábio com o sábio, o ignorante com o ignorante, o honesto com o honesto, o desonesto com o desonesto, o espiritualista com o espiritualista, o materialista com o materialista, e, assim, por essa ordem, descobriremos a posição de cada um, e a nossa.

Neste esclarecimento cabe e pode ser aplicado um ditado antigo, muito verdadeiro, que foi escrito em tempos remotos, que diz: diga-me com quem andas e te direi quem és.

E assim fica tudo claro, como água cristalina.

Mensagem de 10 de novembro de 1958.

 

 

AS DUAS PLANITUDES HUMANAS, MORALMENTE INFINITAS E A FINALIDADE DAS MESMAS.

 

A espécie humana se acha dividida em duas planitudes, cada planitude pertence a um Reino.

Estes Reinos se distinguem pelos nomes: Reino Espiritual e Reino Material.

O Reino Espiritual é o Reino das Essências, o Reino das Almas puras que já fizeram sua afinidade regeneradora. Neste Reino do Conjunto Infinito das Essências, reina o bem, a benevolência e a influência vibratória que, radiativamente, chega a todas as emissoras e receptores humanos.

No Reino Infinito das Essências, que é o Reino de Deus não há vibrações de pensamentos maus e inúteis, como ocorre no Reino Material.

No Reino das Essências as Almas vivem embalsamadas e envoltas nos fluídos perfumados, radiativamente, da benevolência e em todos os corações há bons sentimentos e boa vontade para se fazer o bem.

No Reino das Essências são respeitadas e observadas as Leis Naturais, os direitos naturais, os direitos humanos e os direitos legítimos. Todos os Espíritos cumprem com seus deveres e gozam de seus respectivos direitos.

No Reino das Essências reina o Amor Universal e o interesse universal. A união é de um por todos e todos por um.

O Reino Material é o Reino de afinidade das Almas menos evoluídas.

Neste Reino o Espírito humano passa por uma porção de processos, a fim de se purificar, às vezes à custa de várias reencarnações.

Os processos de afinidade e de purificação são os seguintes: as dores, os prejuízos, os erros, os vícios, as violações, as indiferenças, o mal que praticam, o ódio que alimentam, a ingratidão, o amor próprio, o interesse próprio, a riqueza, a pobreza e outros processos oriundos da vida material.

Estes processos de afinidade e purificação têm em si, todos, a consequência da repercussão, isto é, cada Espírito colhe o que semeia, segundo a lei de causa e efeito. A consequência final é a dor e o sofrimento, que vai aproximando a criatura ao desengano de seus próprios atos.

No Reino Material que é o Reino de Satanás, reina soberanamente o mal, a vibração radiativa mental é violenta, os maus pensamentos repercutem sempre nos receptores humanos e os fluídos afetados pela influência da malignidade, provocam e invocam descontentamento, tristeza, violência, medo, inveja, cobiça, ódio, egoísmo, orgulho, desânimo, violações, ciúmes e outras consequências fluídicas da própria malignidade, porque tal como correspondemos, somos correspondidos.

Para o Reino das Essências essa forma de vida é impura e desagradável. Este Reino trabalha constantemente no processo de afinidade e purificação das almas humanas, superfluindo ao Reino Material com fluídos salutares e pensamentos benevolentes, os quais acatam os Espíritos mais evoluídos em seus receptores mentais, aparecendo a boa vontade de benevolência.

Os Espíritos Missionários encarregados de levar as boas novas da salvação e do bem aos Espíritos ignorantes e malévolos sofrem muito na sua tarefa, a fim de instruí-los, segundo a verdade do Reino de Deus.

Os Espíritos esclarecidos que, vencendo a sua inferioridade, aceitam o bem intimamente, mas permanecem presos atrativamente ao Reino Material, sob a influência do mal, sofrem muito em sua convivência com os Espíritos maldosos, de sentimentos inferiores.

Este movimento de afinidade, purificação e de luta do mal contra o bem, tem prazo, isto é, um dia determinado por Deus. Em cada mundo em regeneração, esse dia chama-se: Juízo Final. Esse dia, às vezes, é abreviado por amor aos Espíritos bondosos e leais, que sofrem horrivelmente as consequências dos Espíritos que ainda se comprazem com o mal, em todas as suas formas.

Uma vez esgotado o prazo da luta entre o bem e o mal, realiza-se o Juízo Final, isto é, discutem-se as razões, apresentam-se os deveres e responsabilidades humanas e defendem-se os direitos de cada um, segundo a reta justiça.

Deus vence no Juízo Final para sempre.

Depois do Juízo Final, os bons operários tornam-se independentes dos Espíritos maldosos e põe-se em sintonia com o Grande Conjunto do Reino de Deus. O mundo regenerado passa ao plano dos mundos puros no Reino de Deus.

Porém, os Espíritos que ainda não acabaram o seu curso expiatório de afinidade e purificação, passa por um processo de transladação ou emigração, para outro mundo, aonde continuarão esse curso de afinidade e purificação não acabado na Terra.

 

 

DOENÇAS DO CORPO E DOENÇAS DA ALMA.

 

A criatura humana quando vive abaixo do domínio do eu inferior, ou vida material, é um doente consciente, ou inconscientemente; doente do corpo ou doente da Alma, ou doente do corpo e da Alma.

Todo o tempo que a criatura humana vive abaixo do domínio do eu inferior, ou da vida material, é uma Alma doentia e enferma, a qual acaba infestando o corpo, consciente ou inconscientemente, às vezes, de boa vontade ou contra a vontade, porque o Espírito que é sintonizado com o eu inferior, é um escravo da inferioridade.

Assim como a doença material tira as forças físicas, a alegria, a vontade de comer, e desequilibra os planos criadores e construtivos do Espírito, em sua marcha progressiva, dentro da esfera dinâmica de suas responsabilidades e deveres, o mesmo acontece com as doenças espirituais.

A doença espiritual abala a força espiritual, tira a alegria de viver, abafa o perfume do amor e do bem, combate e absorve a substância operosa e construtiva das boas qualidades que acompanham cada Espírito, por natureza.

Pode haver Espíritos encarnados muito sadios de corpo, porém muito doentes, espiritualmente.

As doenças do corpo são aquelas que atacam e infeccionam a matéria do corpo orgânico.

As doenças do Espírito são aquelas que combatem, desvalorizam os valores naturais de cada um, afetam e corrompem a moral salutar e, naturalmente, divina do ser humano.

As doenças materiais são muito conhecidas pela ciência e pela humanidade, por esta razão deixaremos de explicar o conhecido e explicaremos o que conhecemos e fazemo-nos ignorados, para não entrar em luta contra a nossa vida viciada, de maus hábitos, vícios e costumes subnaturais que degeneram, adoecem e enfermam a Alma e o corpo.

 

 

OS CUIDADOS PELA CARNE, QUE É PROVISÓRIA, E O DESCUIDO PARA COM O ESPÍRITO, QUE É ETERNO.

 

Cuidamos tanto de nosso corpo material, e nosso corpo espiritual abandonamos entre pestilências e corrupções.

Arranjamos a nossa casa material, mas a nossa casa espiritual não incomodamos com ela, deixamos desmazelada, suja e totalmente desarranjada, descoberta e esburacada.

Cuidamos de arrumar a nossa estrada material, mas a nossa estrada espiritual fica toda suja, desbarrancada e furada.

Cuidamos de acumular bens para o nosso corpo material, mas deixamos na miséria, pobre, faminto, nu e sedento o nosso corpo espiritual.

 

 

A MISTIFICAÇÃO ESPIRITUAL; A FALSA ESPIRITUALIDADE.

 

Estando eu ocupado em meus trabalhos inspiratórios, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

A Santa e Gloriosa Paz de Deus, Nosso Pai, repousem sobre ti irmão, e sobre todos nossos irmãos conscientes ou inconscientes da Vida Universal.

Irmão, fale aos filhos desse mundo tudo quanto te for revelado da parte do Senhor e recomendado para falar aos irmãos.

Fale, pois, aos irmãos que assim diz o Senhor:

Irmãos e filhos no amor incorruptível de Deus, Nosso Pai, Eu enxergo todas as coisas e conheço intimamente o estado vibrante, interno e externo da consciência humana, e tudo quanto me foi confiado pelo Pai está diante de meus olhos e de minha presença, constantemente, e estou vendo e analisando todas as coisas.

E, na fase de vossa espiritualidade mundial, Eu vejo duas correntes, superiormente, que partem de dois símbolos de operários: uma se esforça heroicamente pela unificação regeneradora da Vida Universal, luta, sofre e se esforça pela propagação da verdade, e pela reconciliação universal dos irmãos ao Reino de Deus, Nosso Pai.

Outra corrente se esforça pela mistificação de tudo quanto é real e verdadeiro, natural e eterno, são operários que se esforçam pela falsificação da verdade, não tem temor a Deus, Nosso Pai, e nem amor ao próximo.

Estes tristes operários que operam falsamente e se esforçam pela propagação do erro, desencaminham a muitos irmãos ignorantes, que ainda estão desarmados de conhecimentos naturalmente espirituais, os arrastam para o erro, e depois, vendo-se iludidos, tornam-se mais incrédulos que se achavam anteriormente, ficando endurecidos a tal ponto, de não acreditarem nem na pura verdade.

Estes operários mistificadores propagam a espiritualidade unicamente pelo interesse material, para satisfazer os apetites imundos da carne, falam falsamente daquilo que não conhecem realmente, segundo a verdade, enfeitando a mentira com diversas cores aparentes, só para iludir aos ignorantes.

A carne é fraca, cheia de vícios e de más tendências, mas, estes irmãos e irmãs, demonstram em si próprios a sua fraqueza carnal, dizendo sempre: é meu guia que falou, ou, o guia é que me falou, e, assim, estão cevando os seus corações constantemente na falsidade, mistificando a Aurora Gloriosa da Vida Espiritual, e embaraçando o progresso transformador dos tempos atuais, pois, meus olhos estão vendo todas estas coisas. Cada qual será julgado e recompensado, nos dias atuais, segundo suas obras, mas, pelo estado agudo que requer a transformação mundial, é necessário muita atividade e disciplina.

Portanto, recomendo aos Presbíteros, Ministros ou Confrades, que estejam firmes no cumprimento de seus deveres, e que não sejam tão tolerantes para com as zombarias da falsa espiritualidade; aquele que estiver convicto da verdade, de acordo com o Evangelho, propague a verdade, realmente, tal como ela é, e o que não estiver convencido, vão trabalhar materialmente na obra de suas necessidades primitivas, para o sustento de sua vida material.

Assim, pois, desmascare a mentira; é preciso cumprir cada um com seus deveres e acabar com as aparências mundanas. Entretanto, entrai em disciplina severa contra vossos próprios erros e desmascare o erro universal, a mentira e toda espécie de falsidade dos planos exteriores, encarnados ou desencarnados.

Porém, intimamente, purificai vosso amor, em primeiro lugar, para os ingratos e maus, porque são os mais necessitados de compaixão e de misericórdia divina, e não esqueçais que chegou o dia da transformação mundial, e ninguém entrará no Reino de Deus, Nosso Pai, com a consciência impura.

Fale aos irmãos que assim diz o Senhor.

E que a Santa Paz de Deus, Nosso Pai, em Graça de vosso Salvador e Mestre repousem sobre todos vós, amém.

Amém, assim seja, Senhor Jesus.

 

 

 

AS DUAS ESCOLAS E OS DOIS PROFESSORES.

 

Na vida humana existem duas escolas e duas seções de professores; as duas de caráter infinito.

Estas duas supremas escolas, nas quais estudam e aprendem as criaturas humanas, uma pertence à Vida Espiritual e a outra pertence à vida material.

Cada uma tem o seu professor apropriado.

A Escola Espiritual se estende seus ensinamentos a tudo quanto está ao alcance da inteligência e do sentimento humano, dentro do campo e órbita visual da alma.

A escola material estende os seus ensinamentos a tudo quanto está ao alcance da inteligência e do sentimento no plano material, que tem sua contemplação com os olhos materiais.

Os alunos que quiserem aprender na Escola Espiritual, ou forem enviados para aprenderem na mesma, é preciso procurar os Professores Espirituais, os quais podem ensinar os dois cursos, para aqueles que desejarem aprendê-los.

Aqueles que queiram, ou sejam enviados a estudarem e aprenderem só na escola material, procurarão os professores materiais, que só ensinam o que veem, o que sentem e apalpam materialmente.

Os pais materiais mandam seus filhos estudarem e aprenderem na escola material.

O Pai Espiritual manda seus filhos estudarem e aprenderem nas duas escolas.

Eu fui enviado pelo Pai Espiritual a estudar e aprender nas duas escolas.

Eis aqui o que eu aprendi nesta existência, no primeiro ano de estudos, na Escola Espiritual, apesar de ser muito rude para aprender:

Acerca da Suprema Natureza Criadora, do Infinito e da eternidade, e das coisas pertencentes, supremamente, ao Reino Mineral.

Meu Professor me ensinou no decorrer de seus ensinamentos, cujas instruções senti estar de acordo com a lei de minha consciência, e contemplei, espiritualmente, com os olhos de minha alma.

 

 

A INFLUÊNCIA DAS GRAVAÇÕES MENTAIS FÍSICAS.

 

As palavras executadas irradiam no momento que se dá a execução e nenhuma se perde, porque se acham recolhidas na influência mental dominadora do executor.

De modo que, quando morre uma pessoa, ou melhor, quando se dá a separação da vida com o corpo orgânico mortífero, esta é a terminação da vida corporal da mente física, então se obtém a Vida Espiritual, quer dizer, as palavras que são executadas durante a vida mental física corporal, ficam impressas, vivamente, na influência mental dominadora, onde se acha um repertório executivo de palavras executadas durante a vida mental física.

O conjunto de todas estas palavras é que forma um Espírito, a execução de uma só pessoa.

De modo que, querendo saber sobre qualquer passagem executiva de uma pessoa, quando tinha vida corporal, pode se saber muito bem, mesmo que seja nas primeiras existências de vosso mundo, mas, é uma experiência que não está de acordo com o progresso eterno da Natureza, ou seja, com a Obra Eterna Natural, porque, examinando somente as experiências da mente física interior, lutaríamos através do Progresso Natural vivificador, e não poderíamos chegar à eternidade salvadora.

Porque o progresso era muito demorado e havia um avançado progresso da obra de provas mortais, corrompendo-se o vírus do progresso, ou seja, o fruto da consciência, apresentando-se o acabamento total de um ou mais mundos, como verdadeira recompensa do mortífero.

Mas, graças à Divina Obra, eterna e progressiva, não nos permite que assim seja, porque vós, até hoje, não tens compreensão da obra de Progresso Natural, e é por esta razão que o progresso pelos meios naturais é tão demorado, porque segundo seja o poder de vontade, assim é a inspiração.

Porque tem muitos graus de inspiração; segundo nossa fraqueza nós podemos ser auxiliados pelas passagens mais inferiores de nossos tempos passados, como também podemos saber os segredos mais progressistas que existiram nos tempos passados e até hoje, por meio de Espíritos que servem de intermediários, devido nossa fraqueza moral incompreensível.

A inspiração vai pôr graus de progresso, desde o mínimo progresso ao máximo, pois, até hoje não podeis passar do mínimo ao máximo, pela falta de compreensão, porque tudo vai naturalmente formado de dois mistérios primitivos: não poderia haver inspiração sem correntes elétricas e sem poder de vontade, como também existem dois graus importantes na inspiração:

O primeiro grau de inspiração, segundo, mais ou menos, o grau de adiantamento do inspirador, é por meio de intermediários espirituais, que estão abaixo do domínio do mundo que deu vida ao corpo orgânico; este domínio é sustentado pela atração do amor.

Esta inspiração intermediária é obtida por meio do Mundo Espiritual, é a mínima inspiração, por falta de compreensão e de poder de vontade.

Agora temos o segundo grau de inspiração, que é o verdadeiro, segundo o grau de compreensão da Obra Natural. Este segundo grau de inspiração progride mais, naturalmente, mas também possui suas dominações mortais. Este segundo grau de inspiração não precisa de intermediários espirituais.

Se nós, unicamente, somos suficientes pelo poder de vontade de ter inspiração direta com os irmãos encarnados, ou seja, com os vivos do Corpo Universal Infinito, é porque a união executiva mental irradia por todo o Universo Infinito, e esta união universal infinita é formada pelo poder de vontade atrativa da humanidade universal, durante a vida corporal. Todo o Mundo Universal Infinito está formado, misteriosamente.

Se não existissem estas ligações mentais tão importantíssimas, não existiria progresso algum, ficaria como uma vida adormecida, porque o poder de vontade vem por intermédio da Obra Natural, conduzido atrativamente pela posição desejosa de outras mentes.

De modo que, faltando este mistério unificado irradiador, não existiria poder de vontade, nem inspiração, nem fórmulas de nossos antepassados, quer dizer, que se não existisse a radiografia mental, como via misteriosa de inspiração, também não existiria intermediários, ou seja, Mundo Espiritual.

Estais de acordo com esta forma da obra de progresso natural?

Porque este segundo grau de inspiração, depois de unido ao Progresso Natural Eterno e ter compreensão daquele poder misterioso, ficará reconhecida a misteriosa irradiação gráfica mental no Universo Infinito.

Que tempos gloriosos o dia que o Divino Potentíssimo vos ache em condições de poder vos auxiliar na compreensão destes mistérios tão importantes! Que dermos conta de que sejamos conhecedores compreensivos de nossos desejos, e sejam purificadas as consciências da humanidade, e dirigidos os pensamentos para as boas coisas da vida; será o conforto imediato ao pedido; que tempos gloriosos nos tem guardado a Divina Natureza!

Tanto é que, saberemos claramente tudo o que desejarmos saber. Auxiliaremos aos outros e seremos auxiliados à vontade, sem necessidade de telégrafos, nem de radiografia mental física, porque todos os experimentos imitantes é um progresso mortífero, que há de ser restituído pelo verdadeiro Natural Eterno.

Eterno, quer dizer, onde termina o progresso da Natureza a verdadeira felicidade humana.

Depois do dia do Juízo Final, o dia que a humanidade poderá ver a obra de provas mortais que tem acompanhado, ditoso aquele que tem grande compreensão naquele dia, para ser reconhecido pela obra de salvação eterna.

Será que o Salvador Infinito permitirá que se salve a humanidade do Universo Infinito?

Não poderá salvar tudo devido existir graus de compreensão; um mundo se salva quando possui suficiente compreensão para isso.

Quando um mundo, à força de provas e desenganos, se apresenta as grandes aflições na vida, aumenta o sentimento, desliga-se o pensamento dos trabalhos mortíferos e vai recebendo misteriosamente a luz da vida, aí, a humanidade dele vai se aproximando do dia da salvação, porém, o dia da salvação para quem? Para aqueles que ouvem a voz do Salvador, e sem voltar a cabeça para traz, pega a cruz em seus ombros, obedecendo de corpo e alma as ordens daquela Divina Lei Infinita.

Quem acompanhar esta lei universal eterna e infinita estará salvo no último dia, o dia de tão grande tribulação, o dia sem tréguas, que se salvarão as criancinhas, quer dizer, os inocentes.

Naquele dia toda criatura humana que quiser se salvar, tem que reconhecer sua inocência e tem que se apresentar inocente, como as criancinhas.

Lembre-vos da passagem referida pelo Salvador deste Mundo, aquele que suas misteriosas palavras eram eternas, como a sua obra.

 

 

HORAS ESPIRITUAIS – PRIMEIRA CORRENTE DE VIDA NATURAL.

 

Escala de responsabilidades, gradualmente, do Reino de Deus, seguindo 10 horas do dia Espiritual; corrente naturalmente positiva do Verbo consciente:

 

Primeira Planitude de responsabilidades naturais: Deus Criador.

 

Segunda Planitude de responsabilidades naturais: Rutimberk, um dos 24 Ministros Universais.

 

Terceira Planitude de responsabilidades naturais: Júpiter Radiante, segundo Jesus Cristo.

 

Quarta Planitude de responsabilidades naturais: Humano, segundo Elias, João Batista e Alan Kardec.

 

Quinta Planitude de responsabilidades naturais: Ministério Natural.

 

Sexta Planitude de responsabilidades naturais: Primeiro Ministério de Classes.

 

Sétima Planitude de responsabilidades naturais: Segundo Ministério de Classes.

 

Oitava Planitude de responsabilidades naturais: Terceiro Ministério de Classes.

 

Nona Planitude de responsabilidades naturais: Quarto Ministério de Classes.

 

Décima Planitude de responsabilidades naturais: os Crentes.

 

 

 

ORGANIZAÇÃO DA QUINTA PLANITUDE MINISTERIAL DA VIDA INTERNA DE NOSSO MUNDO.

ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO MUNDIAL, COMEÇANDO DE INTERNO PARA EXTERNO, DE SUPERIOR PARA INFERIOR.

 

Como é sabido, apesar de Jesus ter experimentado para ver se conseguia salvar os Filhos de Deus residentes neste mundo, escravizados pelo Espírito do mal, desde os tempos primitivos, sem poder conseguir devido a força da ignorância, resolveu descer de seu Trono a este mundo, para organizar o Governo de Deus sobre a terra, em Espírito e em Verdade.

Assim, pois, o Governador de nossa Esfera Planetária e membro do Ministério Natural do Conselho Universal das Esferas, desceu ao mundo e encarnou num corpo material, para lutar e vencer a morte e todo o mal, e estabelecer o Reino de Deus sobre a terra, criando um Governo Espiritual, para reger os destinos do mundo, natural e positivamente.

Portanto, quando Jesus, O Governador da Esfera, desceu ao mundo, escolheu os Espíritos mais sábios e inteligentes.

 

 

AS DUAS CORRENTES: POSITIVA E RETENTIVA.

 

É corrente naturalmente positiva, infinita e eterna, tudo o que é criado por Natureza, que coopera e ajuda a vida real das criaturas, seres e coisas de vida; tudo o que é, naturalmente espiritual, tudo o que coopera com o Bem Universal, em sintonia com Deus Pai, e, de acordo com sua vontade. A corrente positiva não sofreu transformação, é eterna porque é de origem espiritual, Eu Superior.

A corrente retentiva ou negativa provém da vida subnatural, ou vida material, cujas leis são criadas pelos homens, as quais vão contra as Leis Naturais.

 

 

DUAS CENTRALIDADES CRIADORAS.

 

O Verbo, ou seja, a Vida Criadora tem duas grandes centralidades criadoras: a primeira se acha no Coração do Infinito, é de natureza mineral.

A segunda centralidade criadora se acha na Inteligência Suprema Universalmente Infinita, em Deus Criador e no Corpo de suas harmonias.

Deus Criador é um Espírito que supremamente representa o Verbo Criador, ou seja, a Vida Infinita, em Natureza Inteligente.

Deus Criador é um Espírito supremamente inteligente, é de Natureza Animal e pertence à Espécie Humana; é de Natureza Hominal.

O Verbo, ou a Vida Criadora, em natureza mineral, criou três Reinos: Reino Mineral, Reino Vegetal e Reino Animal.

Deus é Criador de tudo quanto emana da inteligência; primeiro cria e dá vida constante aos seres de sua criação, sustentando a Vida Eterna; Deus Criador tanto cria, como valoriza e aproveita a obra do primeiro, pois Deus Criador é o próprio Verbo, em Natureza Inteligente.

Deus Criador é o Espírito Hominal mais inteligente que foi criado no seio do Infinito; é o Espírito Primogênito do Verbo Criador, não é nascido de pais carnais; o seu Pai é o Verbo, a Vida Criadora, a sua Mãe é a Terra; desde sua primeira encarnação, passou à sua posteridade infinita.

 

 

DEUS CRIOU O HOMEM À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA.

 

  1. Há duas formas de geração e duas formas criadoras.
  2. Uma gera o ser e lhe dá vida.
  3. Outra gera o distintivo e cria o conhecimento; a primeira sem a segunda é vida morta, porque não tem distintivos naturais.
  4. A Vida Criadora gerou o Homem e lhe dá vida constante.
  5. Deus Criador gerou os distintivos humanos e criou o conhecimento dos valores dos homens, por isso mesmo o Homem é Filho de Deus, criado à sua imagem e semelhança, sendo deuses finitos, filhos do Supremo Deus Criador.
  6. Os homens que não são criados por Deus, segundo os seus conhecimentos da Obra do Supremo Criador, são vivos mortos, colocados abaixo do raciocínio animal, porque fazem mau uso da inteligência.
  7. Deus, para criar no Homem o distintivo e a compreensão de seus valores naturais, em cada mundo, separa um Homem dentre os de natureza animal, com distintivos animais, e o coloca em forma humana, fazendo sobre o Homem Verbo, humanamente, um fundamento, um princípio, como fez com Adão e Eva, colocando Adão com um corpo orgânico naturalmente completo e soberano, sobre toda criação, e Eva como um órgão ou uma partícula do corpo de Adão.
  8. A Espécie Humana, isto é, o Homem é o Verbo em Natureza Inteligente.
  9. Nesta transformação criadora, o Verbo, ou seja, a Vida Criadora se acha dividida em duas correntes.
  10. Uma corrente é formada pelo Verbo Inteligente, naturalmente consciente.
  11. A segunda é formada pelo Verbo Inteligente, inconsciente.
  12. O Verbo Inteligente, consciente, forma o Reino de Deus, infinitamente, sendo Deus Criador a Cabeça Suprema deste Reino.
  13. Neste Reino domina soberanamente a Vida Espiritual.
  14. O Verbo Inteligente, inconsciente, forma um Reino, infinitamente, e neste Reino domina soberanamente o Espírito ignorante da vida realmente positiva.
  15. Neste Reino domina soberanamente a vida material.
  16. Estes dois Reinos constituem dois Eus do Espírito Humano, ou seja, do Verbo, em natureza inteligente.
  17. O Eu Superior liga o Homem à Vida Espiritual, infinitamente, no Reino de Deus Criador.
  18. O Eu Inferior liga o Homem à vida material, infinitamente, Reino de Satanás.
  19. Este Eu inferior do Verbo, luta contra o Eu Superior do próprio Verbo, porque desconhece a sua própria vida nesta posição criadora, soberanamente.
  20. O Eu Superior, Deus e seu Reino, tem domínio sobre o Eu inferior do Verbo.
  21. O Homem, em seu Eu inferior, dominado pela ignorância de uma superioridade, é a fera mais terrível e perigosa de todos os animais do Reino, porque nele se acha o poder criador, poderosamente, da inteligência; e o pensamento se não for equilibrado pela consciência torna-se perigoso.

 

 

 

ALGUMAS DAS CAUSAS CRIADORAS DAS DOENÇAS.

 

A primeira causa criadora das doenças e enfermidades consiste no Espírito, na sua inferioridade, na vida subnatural ou material, que já é doentio, por cuja causa está aberta a porta à vida infecciosa para o eu inferior.

Na falta de higiene da Alma e do corpo se aninham os germes e micróbios criadores das doenças e enfermidades. Na alimentação também se acha uma infinidade de fatos criadores das doenças e das enfermidades.

Os maus hábitos, os vícios e costumes contra a vida também são criadores das doenças e enfermidades. O amor próprio e o interesse próprio abrem as portas a uma infinidade de causas criadoras das doenças e enfermidades; também assim acontece com o orgulho, a vaidade, a falsa ilusão, os pensamentos de ódio, de vingança, a falta de amor e desentendimentos naturais, a posição em que se encontram as criaturas, as posições dos pensamentos.

O movimento atmosférico transmite para as criaturas humanas, também, as causas criadoras de algumas doenças, quase sempre lentas ou agudas, mas de caráter transitório.

Enfim, as causas criadoras das doenças, enfermidades e sofrimentos são muitas, as quais, em sua maioria, são criadas inconscientemente pela própria humanidade.

A ignorância humana é tão grande que, muitas vezes, entra a criatura inconscientemente dentro do sofrimento que mais teme, se aproximando da que mais a amedronta, que é a morte, ou o desenlace do corpo material.

 

 

A IMORALIDADE HUMANA E A FALTA DE SENTIMENTO RELIGIOSO.

 

Na hora de meus trabalhos inspiratórios, quando eu pensava e meditava acerca da imoralidade humana e a falta de sentimento espiritualmente religioso, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

A paz e o amor de Deus e sua infinita misericórdia repouse sobre vós, irmão, e sobre todos os operários, conscientes ou inconscientes, da seara do Senhor.

A graça seja com todos.

Irmão, a Natureza Suprema cria todas as coisas perfeitas e harmoniosas, estendendo a sua vida, amorosamente, sobre o que ela cria. Mas, o Espírito, uma vez tomado para si o corpo material, esquece-se de seus deveres, degenerando o amor naturalmente íntimo da Vida do Eterno Pai, pelo interesse de si próprio.

Estou falando resumidamente, concernentes à Espécie Humana, por ser a espécie, abaixo do Sol de natureza mundial, que assume responsabilidade por todos os corpos criados.

Uma vez que é gerado na consciência humana o interesse familiar ou individualmente pessoal, vai degenerando o puro amor, gerando a desarmonia e a imoralidade, desvanecendo o sentimento naturalmente universal, ficando reduzido, tal como é o interesse familiar ou individualmente pessoal.

É indiscutivelmente, irmão, que o interesse de si próprio gera a desarmonia, a imoralidade e a falta de sentimento natural e universalmente religioso.

Deus, nosso Pai, concede a todos seus filhos a sua infinita misericórdia e os envolve em seu infinito e eterno amor, procura sempre o efeito de reconciliá-los, conscientemente, ao corpo natural de suas harmonias, porque não quer que nenhum se perca, mas sim que todos vão a ser salvos, pois quer que todos comam na mesa do Senhor.

A humanidade esqueceu-se da imensa e infinita bondade do Eterno Pai, e de que todos somos filhos de um só Pai, pelo qual motivo, todos somos irmãos, naturalmente. A Família Natural se dividiu em símbolos de família de legítima geração, porém, nunca quebrando os laços da Família Natural.

O símbolo da Família Natural é universalmente infinito e eterno.

Os Filhos do Eterno Pai se dividem em três planitudes superiores de criação, três símbolos ou três Reinos, porém, sempre conservando fortes e permanentes os laços naturais, harmoniosamente, como germes naturais de um só Pai.

O primeiro símbolo de corpos criados pelo Eterno Pai é o Reino Mineral.

O Reino Mineral se divide numa infinidade de espécies e qualidades, e vivem aliados ou ligados, harmoniosamente, universal e infinitamente, abaixo das influências de suas planitudes.

A segunda planitude simbólica criada pelo Eterno Pai é o Reino Vegetal. O Reino Vegetal se divide numa infinidade de espécies e qualidades. Todas estas espécies e qualidades vivem ligadas, harmoniosamente, universal e infinitamente, abaixo da influência do símbolo de sua planitude de criação.

A terceira planitude simbólica criada pelo Eterno Pai é o Reino Animal. O Reino Animal se divide numa infinidade de espécies e qualidades. Todas as espécies e qualidades obedecem as Leis da Natureza, e vivem ligadas harmoniosamente, universal e infinitamente, menos uma espécie, chamada de Espécie Humana; esta espécie é essencialmente superior a toda criação das demais espécies e qualidades dos dois últimos Reinos.

Os três Reinos se dividem em duas correntes: corrente naturalmente positiva ou progressiva e corrente negativa ou retentiva, porém, na corrente positiva ou progressiva, essencialmente da Espécie Humana, se acha o homem, essência das essências, de sexo masculino.

O homem sendo um elemento supremamente essencial da criação dos dois últimos Reinos desceu de sua planitude honrosa, tornando-se retentivo, antes que progressivo, só pelo interesse de si próprio.

O interesse de si próprio gera cobiça, egoísmo, orgulho, e toda sorte de decadência espiritual, e, finalmente, a morte da carne e a perdição da Alma.

Um pai e uma mãe de Legítima Família gravitam por si próprios, tratam seus filhos com um mimo desmedido, reunindo todo sentimento de sua Alma para si e para a esfera de seus legítimos, lançando o desprezo para os outros pais e sobre os filhos legítimos de outras famílias, como se eles não fossem filhos do mesmo Pai. Muitas vezes, maltratando-os, roubando-os, e até os matando, sem remover a sua consciência, estranha a todo sentimento puro e natural, como se os outros pais não sentissem as dores e as ofensas, igual, propriamente que os seus.

O interesse de si próprio e a falta de sentimento tem levado esse mundo e a muitos mundos, extraviado e apartado do puro amor, porque, destes pontos tão importantes, degenerados, é que parte a cobiça, a inveja, o ódio e a desarmonia, a guerra e a destruição abreviada da carne, pela qual, abandonam os gentios todos os caminhos naturais que nos levam a fortalecer os laços infinitos da Vida Eterna por meio de um juízo no dia da restauração.

Portanto irmãos, todos os que vos achais mergulhados no oceano da ignorância, vinde a mim, que sou sábio e entendido, e Eu vos ensinarei. Vinde a mim, todos os que vos achais sobrecarregados, pelas vossas faltas, doentes, famintos e abatidos, e Eu vos aliviarei. Ledes o Evangelho e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e tereis descanso eterno para vossas Almas.

Purificai o vosso amor e ligai as vossas consciências ao sentimento naturalmente universal de nosso Infinito e Eterno Pai, e provareis quanto bom e agradável é viver eternamente, de acordo com as vontades de Deus Todo Poderoso, conscientemente, pois, consciente ou inconsciente, sempre vos achais em seu seio universalmente infinito, porém, uma coisa vos afirmo, que todas as mudanças regeneradoras ou transformadoras da vida são naturais e permitidas por Deus, nosso Pai.

A humanidade da parte da Luz Espiritual, isto é, da parte do dia espiritual, depois que o Espírito toma corpo material ou carnal, individualmente, vai evoluindo e entregando-se à noite espiritual, com os olhos voltados com toda atenção, para a matéria, dando as costas para lado externo, para a Luz, e o Espírito vive abaixo de sua própria sombra, sem ter um verdadeiro discernimento do lado íntimo da vida.

E, assim, o Espírito vai crescendo, purificando e evoluindo, pelo fogo das provações e tentações, através das sucessivas reencarnações, e a noite espiritual vai passando e o dia vai aparecendo, e assim, sucessivamente, volta o Espírito a sua região primitiva, cheio de sabedoria e de entendimento, tendo visto, passado e aprendido uma por uma, as novidades da vida que o Espírito passou, a saber: que a humanidade é comparada com um campo plantado de trigo ou de outro qualquer vegetal: quando a maior parte da seara amadurece, abrevia-se o mais atrasado, e toda a seara chega, mais ou menos, ao mesmo tempo, porque chega o tempo da ceifa.

Assim acontece, semelhante com a humanidade de um mundo, de uma Esfera, ou de um Universo. Quando a maior parte dos Espíritos encarnados ou desencarnados se acham regenerados, com seus olhos voltados naturalmente para a Luz, para o lado íntimo da vida, então, abrevia-se a regeneração, abrevia-se a evolução, quebram-se os laços da ignorância e são dissipadas as trevas, pela luz da parte iluminada e o Mundo, Esfera ou Universo, passa para o lado dos mundos realmente puros, ao Reino de Deus, nosso Pai, vencendo a vida, a morte,  a cobiça, o egoísmo, o orgulho e toda sorte de decadência espiritual, e, finalmente, a morte da carne e a perdição da alma.

O vosso mundo, irmão, chegou o dia da ceifa, a seara humana está madura, pois, já tem chegado o dia do Juízo Final, já estão se fazendo os primeiros julgamentos. Irmãos, preparai-vos, seja ativos e vigilantes: não dormis que as horas são poucas e perigosas, estai sempre prontos, meus amados, com as vestes nupciais, as vossas candeias acesas e vossos olhos fitos em mim, diz Jesus.

Meus irmãozinhos e filhos no amor íntimo de Deus nosso Pai, ainda outra vez repito: sejais vigilantes, orai pelos vossos irmãozinhos que se acham no meio do fogo abrasador da perdição, orai por aqueles que se acham em meio do fogo tempestuoso da transformação regeneradora, na esperança da santa e confortadora misericórdia divina de Deus nosso Pai.

Irmãos, sede obedientes e obedecei ao Senhor.

Sede amorosos uns para com os outros. Tende um sentimento íntimo naturalmente uns para com os outros.

Irmãos, não ponhais os vossos olhos no instrumento que utilizo para as minhas manifestações ao mundo de vossas peregrinações, pois ele pode fazer de si próprio, antes, bem prestai toda a vossa atenção para as minhas palavras, examinai profundamente e vede que são palavras fieis, verdadeiras e eternas, cheias de virtude e de poder.

Não resistais às palavras do Senhor.

Pensai e meditai, resisti firmes contra do mal, e tornai-vos leves e simples, sem malícia, para aceitardes o bem universalmente de todos.

Tende Fé em Deus nosso Pai.

Confiai em Jesus Cristo, e Ele vos libertará e vos confortará nestes dias de dores e sofrimentos, da grande tribulação transformadora e regeneradora da vida humana nesse mundo.

Sem mais, irmão, a Paz, o Amor e a Misericórdia Divina de nosso Deus e Pai, repouse sobre vós, irmão, e sobre todos os operários da seara santa e gloriosa do Senhor.

O Senhor Jesus seja com todos e sobre todos os que o aceitar como Mestre e Salvador Eterno. Amém, assim seja, Senhor Jesus.

Mensagem do dia 30 de Abril de 1937.

 

 

 

O MUNDO É UMA ESCOLA.

 

O mundo terrestre é uma escola para o Espírito.

É aqui que se aprende e se conquista a perfeição Espiritual, sofrendo e chorando, trabalhando e pesquisando.

Do estudo e do trabalho é que o Espírito forma sua personalidade em um grau mais ou menos elevado.

O trabalho desperta interesse pela vida, o homem sente-se mais animado e capaz de enfrentar as viciosidades.

O estudo esclarece o cérebro de tal modo que, com facilidade, pode assimilar as coisas, discernir, inventar e ensinar.

Assim como o estudo e o trabalho são indispensáveis à vida do homem, as provações oriundas das dores, aflições, miséria, enfermidades são do mesmo modo indispensáveis.

Pois, se o trabalho fortifica e incentiva o homem e se o estudo desperta o cérebro, as provações despertam o coração.

O homem já não fica apto somente a trabalhar, agora somente se compadece do infortúnio de seus irmãos.

Ensina falando o bem, o útil, ensina praticando; ensina com o cérebro e o coração. O seu cérebro é luz e o seu coração é o amor.

Os que vivem tateando nas trevas da ignorância, saibam que o mundo é uma escola que nos prepara para a conquista da suprema felicidade.

Somos, todos nós, discípulos que vamos para o véu da vida, aprendendo e adquirindo na cartilha, que é o mundo, os conhecimentos necessários para nos identificar com a verdadeira vida que Cristo Jesus prometeu a todos aqueles que tinham falta de amor, fé e esperança.

E seremos um com Jesus, como é Jesus com o Pai Celestial.

Quando a maré das provocações procurar nos levar nas profundezas deste imenso mar, não nos revoltamos contra aquele que fez os céus e as estrelas.

Antes, glorifiquemos o seu santo nome, porque prestes está nossa redenção.

Só os ignorantes é que clamam contra Deus quando as provações os atormentam, quando a dor faz curvar a sua superioridade; pois a dor é a que purifica e salva.

Não é ela uma salutar lição do mundo?

Que é o tormento de uma existência em face do que nos reserva a Eternidade?

Tenhamos paciência, sofremos, pois, resignados, ajudando-nos uns aos outros com aquele amor desinteressado.

Procuremos ver em todas as vicissitudes a porta que nos dá acesso para o Reino dos céus.

O nosso coração de paz que vela sem cessar nossos filhos, nada é diante daquele coração magnânimo do Pai Universal.

Executemos o seu nome, glorifique-o nas horas de trabalho e de estudo, de dor e de alegria, que grande será a nossa recompensa.

Boa medida teremos do Senhor e nossa necessidade será sempre acudida.

O mundo é uma escola, aprende o homem e aprendem as feras e os pássaros, tudo aprende, tudo marcha, tudo evolui.

Estuda e trabalha sem cessar, homem.

Ama e faça as coisas santas e serás chamado varão do bem, do amor e da Justiça!

Não perca tempo humanidade, aprenda, estuda, estuda e compreende que a evolução da vida não para em um segundo.

Dorme o homem, dorme a humanidade, mas o tempo não dorme nem descansa, por esta razão é que a humanidade segue afetada, porque dorme.

Mas o tempo é um relógio, que não descansa nem dorme. Triste daquele vivente que o tempo o achar dormindo no leito da ignorância no dia de sua visitação, vigiai e aprendei, pratique e pratique.

 

 

A SABEDORIA.

                        PERGUNTAS E RESPOSTAS

 

1 Como poderemos ter compreensão e entendimento de todas as coisas, relativamente, do finito para o Infinito e do Infinito para o finito?

Abre a porta de tua inteligência e teu coração à SABEDORIA.

 

2 Que é Sabedoria?

Aplica-se a palavra sabedoria a tudo o que sabemos e compreendemos, plenamente.

 

3 Que quer dizer ignorância?

  1. Aplica-se a palavra ignorância a tudo o que desconhecemos e ignoramos, ou não sabemos.

 

4 Existe algum homem ou criatura humana, que tenha alcançado ou possa alcançar o fim da Sabedoria?

Não, Não. A sabedoria acompanha o progresso da Vida Natural. Todos nós somos sábios daquilo que sabemos e todos somos ignorantes daquilo que ignoramos.

 

5 Como tem homens que dão testemunho do fim da sabedoria, dizendo: Eu sei tudo?

Infelizmente, todo homem ou criatura que diz: Eu sei tudo, são os mais ignorantes, porque desconhecem a grandeza da sabedoria, o desenrolar da inteligência e a marcha relativa do progresso.

 

6 Então, não há homem que tenha descoberto o fim da sabedoria, do que está ao alcance da inteligência?

Como já dissemos anteriormente: Não há homem, nem criatura alguma que tenha descoberto o fim da Sabedoria, nem pode saber, devido a relatividade do progresso. Só Deus, pela sua imensa clarividência, que abrange o passado, o presente e o futuro, infinitamente, conhece plenamente o princípio e o fim da sabedoria.

 

7 Chegarão os homens algum dia a ser sábio como Deus Pai?

Os homens podem crescer em sabedoria e entendimento da obra de seu Criador, mas nunca os Filhos de Deus chegarão a ser Sábio como Deus, por falta de clarividência e de distintivos naturais.

 

8 Qual é o Espírito mais sábio, infinitamente?

Aquele que mais sabe. (Supremamente DEUS)

 

9 Qual é o Espírito mais ignorante?

Aquele que menos sabe.

 

10 Por que há criaturas mais sábias e outras mais ignorantes?

Esta diferença depende de vários fatores, mas o principal é o esforço de cada Espírito em seu próprio aperfeiçoamento, ou o abandono de si mesmo, abaixo do domínio da inferioridade.

 

11 Mas pode uma criatura se abandonar a si mesma?

Pode sim, o alimento da Alma é como o alimento do corpo, há criaturas que desanimadas nas lutas na conquista do necessário para a vida, deixam de trabalhar, tornando-se ociosos e vadios, lançando-se na fome e na anemia física e moral. E assim acontece com os desanimados nas lutas, na conquista do alimento da Alma: Quem desanima, cai no atraso moral, na anemia da ignorância, abaixo do domínio da inferioridade.

 

12 De quantas formas se manifesta a sabedoria?

A sabedoria se manifesta: Pela palavra falada ou escrita, por sinais, pela rápida compreensão de todas as coisas em seu estado naturalmente justo, e pela vida prática que é a superior de todas.

 

13 De que forma se consegue a sabedoria?

Trabalhando, estudando em obras de vida, constantemente.

 

 

 

ESPÍRITO E MATÉRIA.

AS DUAS VIDAS: VIDA ESPIRITUAL E VIDA MATERIAL.

AS DUAS LEIS: LEI ESPIRITUAL E LEI MATERIAL.

FALAGENS E COMPREENÇÕES DAS DUAS CORRENTES, A CONTRADIÇÃO QUE HÁ ENTRE AMBAS.

 

E – O Espiritualista enxerga com os olhos da alma e com os olhos materiais contempla conscientemente as duas vidas.

M – O Materialista desconhece o seu eu real, enxerga conscientemente só com os olhos materiais.

 

E – O Espiritualista fala das grandezas do invisível.

M – O Materialista fala só do mundo presente e revoga o que não vê.

 

E – O Espiritualista fala espiritualmente do que bem conhece.

M – O Materialista compreende e responde materialmente.

 

E – O Espiritualista pensa e realiza Espiritualmente.

M – O Materialista pensa e realiza materialmente.

 

E – O Espiritualista olha e cuida em primeiro lugar da vida Espiritual.

M – O Materialista olha e cuida somente da vida material.

 

E – O Espiritualista confia em primeiro lugar nos recursos da vida Espiritual.

M – O Materialista confia em primeiro lugar nos recursos da vida material.

 

E – O Espiritualista fala em Deus e confia em Deus e em seus ministros.

M – O Materialista fale ou não fale em Deus, ele confia no dinheiro, nos ricos, nas coisas do mundo material.

 

E – O Espiritualista procura da higiene e adorno da alma com a caridade e a prática das boas obras.

M – O Materialista, apenas trata da higiene do corpo adornando e enfeitando o corpo material.

 

E – O Espiritualista se conforma com a situação do tempo.

M – O Materialista não se conforma com nada que venha contra as suas vontades, segundo a satisfação da vida material.

 

E – O Espiritualista culpa-se a si mesmo pelos seus fracassos e sofrimentos.

M – O Materialista culpa ao tempo ou aos outros, considerando-se inculpáveis de seus fracassos e sofrimentos.

 

E – O Espiritualista agradece a Deus, por tudo quanto tem ou possui.

M – O Materialista dá-se glória a si mesmo, suas próprias atividades.

 

E – O Espiritualista luta para se defender da contaminação dos vícios, hábitos, costumes e da corrupção da vida material.

M – O Materialista luta em defesa do vício, hábitos e costumes e gostam viver livres para tomar parte na corrupção do mundo.

 

E – O Espiritualista se conforma com aquilo que tem ou possui.

M – O Materialista não se conforma com aquilo que tem ou possui, vive cobiçando o que os outros têm.

 

 

 

OS NOSSOS APELOS ÀS AUTORIDADES DO REINO DE DEUS.

 

  1. Diz o Mestre no decorrer de seus ensinamentos: “Meus irmãos, filhos muito estimados de Deus Todo Poderoso, tendes um mundo visível diante dos olhos materiais, e, tendes o seio do Infinito repleto de Universos, Esferas e Mundos, povoados iguais ao vosso mundo, e está diante dos olhos de vossa Alma e amplamente ao alcance de vossa contemplação”.
  2. Abra os olhos espirituais e contemplai a grandiosa Obra Infinita e Eterna do Criador de todas as coisas, e não vos esqueceis de que toda esta imensidão de vidas é vossa e nossa, pois nós somos os únicos herdeiros desta imensidade de Vida Infinita e Eterna. As coisas do mundo que vos parece serem grandes, imensas e poderosas não passam de ser um pequeno reflexo, uma mínima imitação das coisas celestiais. As vossas grandezas materiais são insignificantes e muito finitas em proporção com a grandeza do Reino de Deus.
  3. Os vossos desejos devem ser sempre encaminhados na conquista das coisas de vida que se acham dentro das necessidades, da época em que estamos atravessando.
  4. Quando sentir em vossa consciência um desejo e juntamente uma necessidade de vida, que esteja fora do alcance de vossas possibilidades, não lance o vosso apelo em direção ao finito, do falível, do mortal, materialmente, lançando a vossa confiança no seio da incerteza e da confusão deste mundo, esperando ser bem correspondido, pois ninguém poderá dar a outrem aquilo que não possui.
  5. Quando sentir a necessidade de vida, para que viva e transmita vidas para outros, lance o vosso apelo em direção ao Infinito, do eterno, do infalível, do natural e positivo, que é a Vida Espiritual, e, as Autoridades Infinitas e Eternas providenciarão e defenderão a vossa causa, ou vosso apelo, e sereis bem correspondidos.
  6. Não vos esqueceis de que: quem sabe de vossas necessidades é Deus Nosso Pai e seu Governo Infinito e Eterno.
  7. Lançai o vosso apelo nestas condições:

 

DEUS NOSSO INFINITO PAI, INFINITO E ETERNO, VÓS QUE CONHECES TODAS AS COISAS E É O DONO ABSOLUTO DE TUDO, QUE CONTEMPLAS E CONHECE AS NECESSIDADES E AS NECESSIDADES DE TEUS FILHOS, EM PLANO GERAL, LANÇO MEU APELO, EM NOME DO MESTRE E SALVADOR JESUS CRISTO. ESTUDE-O E SE ACHARES DE ACORDO COM MINHAS NECESSIDADES, E TAMBÉM ESTEJA DE ACORDO COM TUA VONTADE, COLOQUE SOBRE O PEDIDO, O CARIMBO DE TUA APROVAÇÃO, COLOQUE-O SENHOR EM ANDAMENTO, PARA QUE EU RECEBA A SANTA CORRESPONDÊNCIA, AUXILIADO POR VOSSA APROVAÇÃO E AUTOPROTEÇÃO, SEJA MEDIANTE VOSSO FILHO JESUS CRISTO, OU MEDIANTE SEUS MENSAGEIROS, MEDIANTE AS AUTORIDADES DESTE MUNDO, OU MEUS CONVIVENTES ESPIRITUAIS OU MATERIAIS, POIS SÓ DE VÓS SENHOR NOSSO DEUS E PAI EU ESPERO SER CORRESPONDIDO, SEJA DIRETA OU INDIRETAMENTE.

DÊ-ME SENHOR A FORÇA SUFICIENTE PARA LUTAR CONTRA O ÍMPITO TEMPESTUOSO DO MAL E DA CONTRADIÇÃO.

FAÇA DENTRO DE MEU CORAÇÃO O TEU DEPÓSITO, E COLOQUE SENHOR, SOBRE MIM, O ESPÍRITO DE FÉ, DE ESPERANÇA E DE CONFORMIDADE, COM A REALIZAÇÃO DE SUA SANTA VONTADE.

 

  1. Logo que lançais o vosso apelo, nestas condições, e recebida a vossa correspondência pelos guias mensageiros do Senhor Nosso Deus, e examinado pelas Autoridades de menor responsabilidade, depois passarão o apelo às Autoridades Superiores, e, assim feito os respectivos estudos, se for necessário, as Autoridades Superiores do Mundo, da Esfera e do Universo, levarão o apelo ao Senhor Nosso Deus e Pai, representante infinito do Criador.
  2. Depois de seu estudo e aprovação volta, automaticamente, ao destinatário.
  3. Mestre demora muito tempo para fazer estas diligências às Autoridades do Reino de Deus?
  4. No Reino de Deus as diligências são feitas rapidamente, porque todas as Autoridades do Reino tem clarividência e entendem o que é justo e necessário para a humanidade, de acordo com a vontade de Deus Pai, porém, Deus destina realizações das coisas no tempo que Ele ache conveniente, segundo a necessidade ou merecimento, e à época mais oportuna.
  5. Então é muito demorado para sermos correspondidos, quando apelamos à Divina Providência das Autoridades do Reino de Deus?
  6. Podemos ser correspondidos no momento que fazemos o apelo, ou em um tempo determinado por Deus Nosso Estimado Pai, pois Ele conhece todas as coisas, e sabe muito bem como terá que equilibrar a vida das criaturas, dos seres e das coisas criadas, por natureza.
  7. Pois bem, de acordo com estes e outros esclarecimentos, vede claramente que não há nada impossível, ou irrealizável, pois, tendes uma infinidade de operários que estão à disposição do labor de vosso trabalho, às vossas ordens, com o desejo de servir e fazer alguma obra útil em bem da humanidade e do progresso. Eles se encarregam e se interessam por vossa vida, muito mais do que vós mesmos.

O que não está ao vosso alcance, está ao alcance das Autoridades Superiores, o que não podeis conseguir no mundo, diante das dificuldades da vida material, da ignorância e outros empecilhos; aí tendes os nossos irmãos desencarnados às vossas ordens, bem como os sábios e os entendidos de todo o Infinito.

Esses operários trabalham expressamente na obra do bem, e, o labor de seu trabalho é cooperativo, cujo fruto, reunido de corpo e Alma, em Espírito e em Verdade, cria um imenso depósito de vida e, um ato e sublime proteção que transborda as necessidades humanas, em todo o Infinito.

 

  1. Há uma infinidade de Espíritos em todo o Infinito, encarnados e desencarnados, sábios e entendidos, conhecedores das vontades de Deus Pai e das necessidades humanas, que intercedem em bem dos necessitados, dos aflitos, dos oprimidos e dos pobres, cheios de vontade, tem desejos ardentes para fazer o bem, procurando por todos os meios, alguma forma para realizar a boa obra entre seus irmãos.
  2. Os operários do Reino de Deus, sejam eles pertencentes às Autoridades Superiores, ou simplesmente cooperadores do Conjunto Harmonioso do Reino, todos trabalham para o mesmo fim, de acordo com a vontade de Deus Pai; a vida expressiva deste Reino é destinada exclusivamente em duas finalidades específicas:
  3. A primeira é em proteção e ajuda às criaturas, aos animais, às plantas e, em plano geral, às coisas de vida; com especialidade lutam em favor e defesa da Espécie Humana, esforçando e impulsionando-a para que regenere e se espiritualize, cresça evolutivamente em entendimento, em sabedoria, para que, uma vez iluminados, possam vencer o domínio sombrio das trevas e se reconcilie ao Reino de Deus.
  4. A outra finalidade é destinada a abater a morte e todas as coisas mortais, de forma que as coisas mortais, bem como a própria morte, sejam desprotegidas e abatidas pela vontade de Deus; a vida das coisas mortais é limitada por Deus, conforme a marcha de evolução.
  5. Mestre, todos nós podemos alcançar relação permanente com a Vida?
  6. O seio do Infinito é um oceano de vida e todas as vidas moram e tem vida em seu seio, sejam de natureza de vida para vida, ou de vida para a morte.

O dever do homem, em plano geral, não é lutar para viver materialmente; o maior interesse da criatura humana é lutar para saber como terá que viver, como terá que aproveitar e encaminhar a vida, doada pelo Criador, procurando se defender do domínio da morte, valorizando, evoluindo e crescendo até se colocar em seu trono; o homem e a mulher, como sendo realmente a representação criadora, inteligentemente, do Verbo, em Deus Criador, é o Rei e a Rainha da criação, universal e infinitamente.

  1. Orai ao Senhor Nosso Deus, e implorai a sua infinita misericórdia, não pedindo riquezas ou bens materiais, mas, sim, pedindo sabedoria, entendimento e poder para subir a vosso Trono, para receber a herança que Deus Nosso Pai nos tem reservado desde a fundação do mundo, pois, filhos de Deus Pai já o são, por natureza.
  2. O seio do Infinito, com todo seu cortejo de vidas, e a terra que se assenta a planta de vossos pés, tudo é vosso e tudo é nosso. Somos os únicos herdeiros de tudo quanto tem sido criado no céu e na terra, e, seremos iguais de tudo o que se criar.
  3. Não andeis solícitos pelas coisas deste mundo, mas procurai o Reino de Deus Pai e sua justiça, pedindo sempre que faça a sua vontade em vós, e todas as coisas de vida vos serão doadas em acréscimo.
  4. A bênção do Senhor nosso Deus seja com todos seus filhos, em nome do Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Amém.

 

 

“MENSAGEM DO DIA 23 DE ABRIL DE 1937”

 

Na hora de meus trabalhos inspiratórios, estando eu pensando e meditando acerca da grande luta e da guerra sangrenta que afligem a humanidade, veio a mim a palavra do Senhor dizendo:

A Paz e o Amor de Deus e sua infinita misericórdia, repouse sobre vós, irmão e sobre todos os operários da seara de nosso Senhor Deus e Pai.

A Graça seja com todos.

Irmão, a luta foi, é e será sempre uma coisa natural. A luta é necessária desde que a vida universalmente infinita se divide em duas correntes, corrente positiva e corrente negativa ou progressiva e retentiva.

Sendo assim, as coisas equilibradas pelo Arquiteto Universalmente Infinito, para o aperfeiçoamento evolutivamente eterno das criaturas, seres e coisas, é indispensável a luta. A luta é sempre um elemento naturalmente vibrante de estimulação e gravitação da vida. Luta positiva e luta negativa.

A luta positiva tem por fim vencer todos os obstáculos que lhe proporciona a corrente negativa ou retentiva. Entre a humanidade se acham as duas correntes: a positiva e a negativa, e cada uma se esforça pelo seu triunfo, até o ponto de produzir uma alteração natural, acelerando o progresso evolutivo e, por meio desta estimulação alterante da luta se produz a regeneração evolutiva da vida.

Neste tempo se acha o dia da grande luta em vosso mundo, quando o Espírito da corrente de vida vence e na sua vitória, ganha atraindo uma planitude, símbolo ou criatura, para as correntes vigorosas da eternidade. A Vida Eterna é uma corrente benéfica, que tem seu crescimento no lado permanente ou progressivo da vida e não tem jamais sombra de variação para o mal.

Portanto, eterno, quero dizer, viver sempre, espiritual ou materialmente, encarnado ou desencarnado, na corrente de vida positiva e no lado da luz, sendo um eterno operário do Bem Universal de toda a criação, particularmente, vida humana, animal ou vegetal.

A guerra não é luta, a guerra é sempre um efeito do lado negativo, por inveja, ambição ou vingança: sempre por interesse material qualquer.

Para fazer guerra é preciso procurar as fronteiras ou sair ao campo de batalha; a luta, porém, é pelo contrário, não precisamos procurar fronteiras nem campo de batalha, a luta está em nós mesmos, incessantemente, como a vida.

Luta contra os maus instintos da consciência, luta contra os maus pensamentos introduzidos pelo lado negativo das correntes sugestivas. Luta para beber, luta para vestir, luta espiritual, luta material, luta para viver e luta para morrer. Luta interna e luta externa.

E na luta, o campo de batalha, o temos na esfera radiosa que percorre a lançadeira do pensamento e a fronteira está em nossa própria consciência. O que a consciência aceita, passa a divisa da esfera de nossos desejos, bons ou maus, e o que a consciência não aceita, não pode atravessar a divisa da esfera dos desejos da nossa Alma.

A luta é naturalmente um efeito íntimo de todos os corpos criados, principalmente da espécie humana. Efeito espiritual.

O homem espiritual nunca deixa a sua alma espiritual introduzir-se na guerra.

O homem espiritual luta sempre pela paz universalmente de toda a humanidade, seres e coisas, protestando sempre contra a desarmonia.

O homem material faz guerra para satisfazer, individualmente, seus apetites carnais e seus desejos viciosos. Para fazer guerra e entrar na peleja é preciso levantar a bandeira vermelha, que significa derramamento de sangue.

O homem espiritual ergue sempre, tanto interna como externamente: a bandeira branca, que significa polpação e conservação de sangue.

E assim distinguimos a guerra com a luta, para não confundirmos uma coisa com a outra, uma vez que a humanidade recebe a luz do entendimento, dá-se continuação à luta para conservação e polpação da vida nesse mundo e nunca mais a lei de extermínio, nem o fogo abrasador da guerra estará aceso no coração humano, daqueles que se salvam e já tem regenerado e passado das trevas para a luz e da morte para a vida.

Portanto, repito novamente, que a luta é natural como a própria vida. A vida sem luta não seria vida. Lutam os mundos para viver, lutam as criaturas, animais e plantas. A luta é um efeito natural da lei de gravitação, que é realmente a que sustenta o balanço progressivo da Vida Universalmente Infinita.

A guerra é pelo contrário, a guerra é um efeito alterante do lado negativo da vida. Uma essência de sabedoria imperfeita e impura, desarmonizante e mortal.

Efeito de uma lei degenerada. A guerra é uma influência maléfica, que sempre atrai maus resultados, pois a guerra atrai sempre a destruição da carne e a perdição da alma.

Entanto, a guerra é necessária como a dor, para amolecer e regenerar aos corações endurecidos, porque Deus não quer que se perca nenhum de seus filhos.

E na luta do lado permanente tomam parte as duas planitudes do Espírito: encarnado ou desencarnado, e na luta do lado negativo também tomam parte as duas planitudes do Espírito: encarnado ou desencarnado; assim como tem os operários do Bem, também tem os operários do Mal.

Na corrente do lado negativo, inocente e inconsciente da vida, a luta é transformada em guerra, para satisfação de uma coisa que perece, que é a satisfação da carne. A luta do lado positivo produz paz, harmonia e um puro amor, para satisfação e gozo de uma coisa que permanece eternamente, isto é, para satisfação da Alma Espiritual e assim pensamos e assim distinguimos, para não confundir a vida com a morte.

Sem mais pelo momento. A Paz e o amor de Deus e sua infinita misericórdia, mediante a Graça de Jesus Cristo, repouse sobre vós, irmão e sobre todos os operários da seara do Senhor.

A Paz seja com todos, amém.

Fim.

 

 

 

 

 

 

 


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