LIVRO LUZES E TREVAS

PACO

Francisco Salmeron Lopes – Paco

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PREFÁCIO

Há um ditado que diz: quem sabe, sabe, e que não sabe, aplaude.

É o que faço nesta minha existência: aplaudir, ao participar desta tão grandiosa obra; um escritor que mal sabia escrever e que sozinho aprendeu datilografia.

Não era um escritor famoso. Daquelas que vendem seus contos nas bancas de livros para sustento seu e de sua família. Que conheceu Francisco Salmeron Lopes? Quem já leu ou viu suas obras em livrarias?

Que poder tinha este homem para, semi-analfabeto, escrever uma obra tão profunda?

Francisco Salmeron Lopes nasceu a 24 de setembro de 1900, na cidade de Berja, Província de Almeria, Espanha.

Veio para o Brasil no ano de 1908.

Seu desenlace deu-se no dia 26 de junho de 1942.

Era lavrador e marceneiro e nas horas de folga escrevia. Sabem por que escrevia?

Porque era sábio.

Porque é um Espírito escolhido por Jesus para auxiliá-lo a conduzir seu rebanho.

Francisco Salmeron Lopes,” Paco”, tinha o dom de receber suas mensagens diretamente de Jesus Cristo. Tudo o que escreveu foi ordenado pelo Espírito Supremo de nossa Esfera Planetária.

É um Espírito tão importante que foi convocado por Jesus Cristo, ou seja, Júpiter Radiante, para auxiliar o Humano Consolador na formação do Puro Cristianismo, neste Planeta.

É um daqueles muitos sábios que foram escolhidos para participarem da Terceira Revelação deste Mundo; ordenado para fazer o encerramento de todos os mensageiros que para aqui se dirigiram a fim de conduzir, orientar e salva o que ainda resta de bom e de amor fraterno na humanidade.

De onde teria vindo esse tão importante escritor, senão do lugar em que será implantada a Nova Jerusalém, após a posse definitiva deste Mundo, por nosso Senhor Jesus Cristo, Júpiter Radiante?

Vejamos qual a importância de Paco para este Mundo:

1-. O Infinito é governado e dirigido por Deus Pai Criador, o Todo Poderoso;

2-. O nosso Universo é de responsabilidade de um Espirito sábio e poderoso, dentre os vinte e quatro anciãos que estão eternamente ao lado do Trono Celestial, nosso Senhor Rutemberk;

  1. A nossa Esfera Planetária é dirigida por outro Espírito Supremo, fiel operário do Reino Divino, nosso defensor perpétuo, a quem devemos nossas vidas, porque Ele deu a sua para salvar-nos, nosso Senhor Jesus Cristo;

  2. O nosso Mundo está também sob responsabilidade de outro Espírito Supremo, escolhido por Jesus para orientar a humanidade e conduzi-la de acordo com as obras e ensinamentos divinos, para a salvação eterna, sendo seu nome espiritual na última existência neste Planeta: Humano.

  3. Para substituir Humano neste Mundo foi escolhido por Jesus Cristo, “Paco”, que é o segundo Espírito responsável por este Planeta.

Aí está a importância deste sábio para toda a humanidade, que ainda não o conhece e talvez nem venha a conhece-lo, nesta existência. Temos certeza de que a partir do momento em que nosso Senhor Jesus Cristo resgate para sempre este Mundo, tornando-o salvo de toda maldade e desatinos, todos o conhecerão e o verão sempre ao lado de Humano e nosso Senhor Jesus Cristo, ensinando e orientando-nos.

David Montoro Salmeirão

Estado de São Paulo, Birigui, Duas Barras, Nova Jerusalém, ano de 1990.

      INTRODUÇÃO.

      UM APELO AOS HOMENS CIENTÍFICOS DESTE MUNDO E EM PARTICULAR AOS GOVERNANTES DE TODAS AS NAÇÕES, QUE SE DIZEM CIVILIZADAS.

Escrevemos aos homens científicos deste mundo, não para demonstrar-lhes suprema sabedoria, para que sejam justos em sua ciência, sendo que pertence-lhes a tarefa de estabelecer sobre os povos, nações e línguas, as leis, diretrizes de usos e costumes graduais, individuais e sociais, ciências e religiões e toda sabedoria do homem, que se manifesta e irradia sobre este mundo.

Escrevemos-lhes porque sois entendidos, sábios, fiéis, condescendes, pacíficos e amorosos, porque sois sinceros, humanitários e amorosos em extremo, prontos para ouvir, sábios para entender, tardios para irar e sempre dispostos a perdoar.

Também escrevemos porque, segundo determinações lá do Alto, estais recebendo saber e poder para determinar e estabelecer regimes e leis, usos e costumes que exprimam em todas nações e povos, uma vida permanente harmoniosa e tranquila, progressiva e eterna, segundo a raiz fundamental da Árvore Natural do progresso evolutivo, essencialmente eterno, do ser humano e de todas as coisas de vida.

Para que não ignorais a suprema responsabilidade que cabe a este glorioso ser, que por obra natural do Ambiente Criador e Pai, foi posto como único representante e verdadeiro Redentor de todos os seres criados, que lhes foram confiados por obra e Lei Natural, pois o homem desfruta de domínio real sobre as águas, o ar, as plantas e todo animal, porque tudo lhe foi confiado e permanece sob sua Autoridade Suprema, porém, em pleno gradual.

Tudo isto geralmente entendeis, ilustres e brilhantíssimas autoridades, abnegados e esforçados cientistas, por isso vos escrevemos, porque entendeis em grau maior; confiamos em vosso geral entendimento, quanto a este minúsculo trabalho que somos instados a vos dizer (por vontade superior) mostrando-nos ousados, mas confiando plenamente que nos perdoem.

Não somos entendidos na sabedoria da letra e das línguas, muito menos na composição de palavras, ardilosamente combinadas que formam um ritmo mais ou menos acomodativo, de conformidade com a ortografia mundial, que venham elogiar a seres totalmente despreocupados, que se deixam conduzir pelas correntes do composto ilusório (de tudo isto o mundo está cheio), mas procurando compreender intimamente a luz divina da mais pura expressão da verdade, natural e eterna, real, positiva e dentro de um ambiente supremamente franco e leal, solidamente fundamentado na mais pura expressão do progresso do Amor Infinito, colhido e irradiado, não de um plano limitado de manifestações mundanas, ou segundo as ilusões carnais, mas sim, de um plano expressivamente ilimitado de congregação e harmonização de vida, segundo a fonte essencial, infinitamente, desta essência divina, em virtude eterna de sua manifestação e atuação natural sobre os seres humanos no Infinito e, conjuntamente, sobre todas as coisas de vida.

A expressão é um tanto rude, segundo os tempos que usamos, mas é limitada, porém, seu plano essencial é ilimitado, mas como já declaramos, isto fazemos, premidos, não pela nossa vontade e sim por uma ordem superior, que ultrapassa qualquer vontade carnal.

Também rogamos encarecidamente todos os que lerem este trabalho, feito em benefício de toda a humanidade, em virtude dos desabridos momentos que está atravessando o nosso Mundo atual, que não o aceitando, seja pela forma de expressão que usamos — um tanto desordenada — ou por não compreenderem, deixem de lê-la à primeira vista, porque outro dia plenamente mais adaptável está para chegar neste mundo atual.

Igualmente rogamos aos que lerem e nos aceitem, que não quiserem indagar ou julgar o inspirador ou instrumento material apresentado neste trabalho, em seu lado externo ou individual, julguem-no quanto ao seu plano de representação ou posição social entre todos.

REGRA GERAL PARA UMA PLENA COMPREENSÃO.

Tens visto que não tratamos de prata nem de ouro, nem de coisa semelhante; é, pois, estritamente necessário abrir a mente, desatar o pensamento do limitado ambiente de vossas ocupações, procurai eleva-lo além do ambiente mundial, harmonizai e congregai-vos ao Infinito e Supremo Amor; Vibrai em uníssono com suas supremas harmonias, sinta em todo vosso corpo as doces e expressivas vibrações de vida. Vede e compreendeis! Se após isto, mesmo assim, não vos interessais, deixai-o de lado e não molestai-vos.

      Francisco Salmeron Lopes — “Paco”.

     

CAPÍTULO I

      OBRA FUNDAMENTAL DA VIDA, REPRODUZIDA PELO HOMEM NESTE MUNDO.

Desde os tempos remotos, que os seres humanos deste Mundo, através da evolução natural e crescimento expressivo da sabedoria, alcançaram e distinguiram o bem e o mal, o progressivo e o estacionário ou retentivo, o sucesso e o insucesso da vida, tanto individual como socialmente, os filhos deste mundo e em particular os que alcançaram maior dom de sabedoria e ciência, esforçam-se por estabelecer entre os demais, usos e costumes individuais e sociais, em graus mais ou menos essenciais e harmonizante, geralmente indispensáveis, para todos gozarem de seus direitos naturais, de uma vida tranquila, cheia de harmonia e paz, em comunhão de espécie e de tudo que lhe foi confiado, em sua representação e domínio.

Isto se explica claramente, mediante a manifestação e atuação da obra suprema, essencialmente reproduzida pelos operários naturais do Laboratório Infinito de progresso evolutivo da Vida Natural Eterna, os quais, de conformidade com o curso ininterrupto de evolução natural, gradualmente expressivo, dos seres e das coisas, após haverem escalado sobre toda e qualquer corrente de retenção de vida, passando sobre todas suas mesquinhezas, tanto representativas como acumulativas, muniram-se das armas naturais da luz e do entendimento e, apoiados na mais sólida trincheira e pura expressão de confraternização humana, batalham sem cessar, calma e valorosamente, contra a ignorância de sua espécie, quanto à correte fundamentalmente eterna de crescimento evolutivo, essencialmente natural e progressivo da Vida Universal Infinita, procurando em todo lugar e tempo, demonstrar a seu semelhante os meios mais fáceis e favoráveis, visando o único e benéfico fim: que todos obtenham um real e verdadeiro progresso natural de vida, tanto essencial como material, mediante a mais salutar e benéfica conservação da mesma, de conformidade com a natureza de cada ser e coisa.

Para este fim puramente natural, salutar e progressivo, tem eles feito e levado a cabo grandes e demorados estudos, esforçando-se constantemente para fazer conhecer à sua espécie, várias essências e substâncias de propriedades de vários corpos naturais, sempre de acordo com o grau de compreensão e respectiva adaptação de seus imitadores.

Como tênue reflexo destes conhecimentos essencialmente supremos da obra natural de Vida Eterna, levada avante por esses incansáveis operários naturais do Laboratório Infinito, os filhos deste mundo, até à hora atual, tem alcançado diversos e variados conhecimentos sobre várias substâncias destes corpos naturais, dos quais os Reinos Vegetal e Animal, são supremamente auxiliados por essências e substâncias pertencentes ao Reino Mineral, do qual tem extraído combustível e composto vários instrumentos e utensílios que, inegavelmente, vem favorecer a evolução da Vida Natural.

Tanto a ciência como os poderes governamentais alcançaram algum progresso neste mundo, em conformidade com o crescimento e evolução natural da sabedoria hominal, e, mediante suas respectivas adaptações, no desenvolver da atual civilização, hoje, muitas coisas que permaneciam ocultas em sua própria natureza, foram descobertas e estão sob os poderes e domínio natural dos filhos deste mundo, graças ao crescimento e desenvolvimento da Sabedoria e da ciência de sua espécie, no Infinito.

Graças a este crescimento eterno e essencialmente natural da sabedoria e da ciência do ser humano, que lhe é dado por natureza infinita de sua espécie, em virtude deste dom supremo, concedido por obra do Supremo Ambiente da Sabedoria Infinita, superior a todos os seres criados, pertencentes aos dois últimos Reinos, hoje os filhos deste Mundo tem a seu serviço, instrumentos e utensílios de vida, com os quais podem favorecer-se mutuamente e, também proteger as demais espécies e qualidades, respetivamente dos Reinos Vegetal e Animal.

Pela ciência naturalmente alcançada dos filhos deste mundo e as obras por eles produzidas, protegidos e apoiados pelos poderes governamentais, é gradual e metodicamente facilitado o curso interrupto da vida, mais cômodo e rapidamente.

Nos tempos primitivos da atual civilização, os filhos deste mundo dispunhavam, como é natural, medíocres conhecimentos e grosseiros instrumentos e utensílios, para favorecer e proteger em estado evolutivo, o curso natural da vida, mas hoje, mediante as experiências que tem atravessado, dispõem de instrumentos e utensílios, relativamente, mais apropriados e adaptáveis a seus respectivos usos naturais.

Todavia, isto não é motivo de glória para o homem deste mundo, como jamais poderá ser, pois o que hoje parece ser uma obra acabadíssima e perfeita, em todos pontos de vista, amanhã não passará de um borrão da mesma, em sua essência infinita, manifestando e expressando tão somente sua mais grotesca caricatura, em virtude do labor constante da corrente de sabedoria, em seu crescimento natural, sobre o ser humano, na orgânica infinita.

Pois a sabedoria e a ciência crescem e evoluem eternamente, mesmo que a humanidade de um mundo se opusesse, porque é perfeitamente incontestável que, para evitar o crescimento da sabedoria, necessário seria cortar totalmente o curso natural da Vida Infinita.

Assim, vemos que por obra natural do crescimento da sabedoria e da ciência, sobre os filhos deste mundo, no desenvolver da atual civilização, em lugar da primitiva jangada, hoje dispõem de navios que atravessam os mares com maior rapidez, oferecendo segurança, providos de conforto e departamentos com comodidade.

Igualmente acontece com as locomotivas que arrastam os comboios, transportando cargas terrestres com facilidade; aparelhos que cruzam os ares com rapidez, conduzindo correspondências, passageiros e cargas, de um lado do Planeta para outro, com relativa segurança.

Temos também a telefonia, a radiotelegrafia, a televisão e outros aparelhos que são reflexos de obras produzidas, por filhos de outros mundos mais civilizados, que os deste mundo tem imitado, não obstante serem planos, mais ou menos, adaptáveis aos olhos dos operários da Vida Universal, para facilitar grandemente a cultura natural de crescimento evolutivo da vida humana, animal e vegetal.

No plano individual ou físico, os filhos deste mundo também alcançaram progresso de vida, pela mesma escala gradual e natural do desenvolvimento humano e, como prova incontestável, está a ciência médica, os laboratórios de substâncias alimentícias, vestuário, arquitetura, artes, música, etc. Progrediu também, gradual e metodicamente, em todas as partes, a astronomia, letras, química, botânica, agricultura e pecuária, pois em todas estas coisas criadas pela Suprema Natureza, alcançaram representação e domínio, cabendo-lhes ação reprodutiva sobre algumas ciências e estendendo seu domínio natural sobre outras, graças ao labor de crescimento evolutivo da obra supremamente natural e eterna, da congregação vivificadora do ser humano do Infinito.

O homem, em seu conjunto essencial, forma a imagem gloriosa do Eterno Criador e Pai, quando se refere aos seres viventes pertencentes aos dois últimos Reinos, cabendo-lhe por lei natural e eterna do Ambiente Criador e Pai, o competente exame de todas as coisas que estão sob seu domínio e responsabilidade, colocando-as em seus respectivos planos essenciais de evolução eterna, para facilidade e segurança da vida.

O homem é por natureza própria de origem do Infinito, o redentor da vida e de todas as coisas, supremamente, dos dois últimos Reinos da representação criadora, sujeitando tudo sob sua influência superior e comando geral, inclusive o próprio homem.

Os filhos deste mundo dispõem, mediante conhecimentos naturais adquiridos através de seu labor constante, no Laboratório da Vida Mundial, de instrumentos e utensílios plenamente suficientes para obterem um real e verdadeiro progresso de Vida Natural, de acordo com a manifestação essencial de cada ser e de cada coisa, em sua atuação fundamental.

Tem combinado essência com essência, substância com substância e coisa com coisa, suficientemente para proteger o curso evolutivo do progresso natural da vida humana, e de tudo o que lhe tem sido confiado, em virtude de sua superioridade eterna, conjuntamente a sua espécie do Infinito.

Contudo, tem trabalhado os filhos deste mundo, sábia e retamente, segundo os alicerces dos princípios fundamentais da corrente de Vida Natural Universal Infinita?

Tem trabalhado ou estão trabalhando de acordo com a consciência Universal da Suprema manifestação de Vida, interrogando-a mediante a sã sabedoria, acolhendo seus ensinamentos e conselhos salutares, científicos, benéficos e harmoniosos, da mais pura expressão de Vida Natural?

Todos os instrumentos e utensílios que tem reproduzido são manipulados e empregados plenamente para a vida?

As ciências são todas para a vida? Endossam com elas, este curso sagrado e esta essência divina do qual todos desfrutamos?

Todas as obras que praticam, são plenamente para a vida?

Todos os usos e costumes que tem adquirido e estabelecido, são geralmente para a vida? Com tendências de vida?

São todos voltados para o sagrado curso da expressão divina, do supremo fundamento eterno natural da Árvore Infinita da Vida, cuja essência suprema é a fundamental manifestação Infinita do Eterno Pai?

É o que fomos instados a perguntar e que apontaremos gradualmente, de conformidade com a Natureza Infinita de cada ser e de cada coisa, apoiando-nos ao Tronco Natural e Eterno da Árvore da Vida Eterna, em sua constante e ininterrupta manifestação e atuação, mas, antes, passemos um rápido olhar sobre a atualidade dos filhos deste mundo, ao vê-los atravessar “um” período de dificuldades que, segundo seus modos de conduzir-se parece muito natural, onde reina e se assenhora a mais pronunciada e deplorável desarmonia humana.

Advirto-os para não interpretarem nem por assomo que as expressões aqui usadas ou usaremos, vise desejar imputar-lhe a mínima culpa e falta de consciência, recriminando-os de estarem cursando um ambiente provocatório e expiatório de dificuldades e, segundo o supremo entendimento de sã sabedoria da corrente de Vida Eterna, não somente expiatório como também sobrenatural, destacando e lançando-lhes toda sorte de impropérios e acusações. Não interpretem que seja assim, pois, a mensagem é da Suprema Esfera de Luz e através dos tempos, onde reina permanentemente a mais pura harmonia e sublime amor, expressões estas, completamente desconhecidas deste Mundo, dominado pelo ambiente tenebroso das trevas.

De mundos civilizados e plenamente regenerados, nos quais seus viventes estão cruzando os mais altos degraus da escala infinita da civilização humana, jamais partiriam elementos ou agentes portadores de luz, que desejassem imputar culpas ou malquerer e venham dirigir impropérios aos habitantes de outros Mundos, que estejam debatendo-se com o mal, procurando soltar-se e emancipar-se do poder tenebroso e tirânico das trevas.

Os desejos ardentes destes agentes naturais do Laboratório Infinito de Vida Eterna é dar-vos a mão, com o fim salutar de ajudar-vos subir a escada natural da perfeição, cursando a mais expressiva obra regeneradora e purificadora, essencialmente divina, mediante a manifestação do mais puro e natural amor, denunciando e apontando toda sorte de fatores contradizentes, retentivos e contranaturais, que sobre os mundos de suas manifestações atuam, para deixarem seus habitantes por mais tempo de serem joguetes e escravos dessas correntes maléficas, que plenamente se manifestam e acionam num deplorável plano de corruptibilidade individual e social.

Assim, o que faremos? Sentiremos no íntimo de nosso ser, os revezes desastrosos e exterminadores que, inclementemente, desfecha sobre vós, essas devastadoras correntes de desarmonias. Que faremos, senão batalharmos juntamente convosco? Batalhar com as armas da verdadeira harmonia, da paz não fingida e do Divino Amor, para que, brevemente, mediante vossa necessária e plena adaptação, Reine em vosso Mundo a verdadeira vida, em todo seu esplendor.

Todavia, não para jactar-nos de mestre entre vós, porque sabemos que tendes sabedoria e não necessitais de ensino, porque nossos ensinamentos haveriam de parecer tão rudimentares quanto desvairados, contudo, vos rogamos em nome da Consciência Universal, admoestando quanto à sabedoria, para que seja realmente sã e plenamente natural, livre de toda sorte de superstições científicas, que vem inculcar em nossos íntimos o anêmico gérmen do culto da idolatria, mais ou menos prenunciado, o mesmo que incontestavelmente acarreta ao ser humano um mar de trevas, impelindo-o a cometer toda série de desatinos e contradições.

Intimamente é isto que vos rogamos: Que vossa sabedoria seja sã, natural e realmente científica para a vida, mediante o constante cultivo, livre de toda tendência partidarista de vossos sentidos, porque isto também é contranatural, começando por fundamentá-la em que o ser humano, não obstante sua representação superior, não passa de uma simples criatura, sujeita à vontade e ao poder supremo de seu Criador e Pai, advertindo, porém, que esta vontade única é totalmente para a vida.

     

CAPÍTULO II

      A CORRENTE CONTRANATURAL, OU NEGATIVA, ATUANDO NESTE MUNDO.

Se passarmos os olhos sobre o atual estado dos filhos deste Mundo, por muito rápido que seja o mais rude observador, verá clara e patentemente que sobre esta humanidade reina e domina a mais desarmonizante corrente de contradição ao princípio fundamental, essencialmente eterno, da vida natural humana, mediante toda sorte de manifestações contraproducentes e altamente açoitadoras da Árvore Divina, no jardim natural de tão glorioso ser.

Se examinarmos os seres e as coisas em seu lado íntimo, a luz do entendimento que nos dá a suprema sabedoria, quanto à manifestação natural da Vida Infinita, encontramos que, atualmente, e de conformidade com o curso evolutivo da presente civilização humana, neste mundo, obstinada e sempre tendente para a imperfeição da vida, o homem, tanto externa como internamente, está representando o mais medíocre e grotesco papel na parte que lhe cabe no cenário da Vida, dando as mais completas demonstrações, ao obrar de tal sorte e de tal sorte parte-se, da mais expressiva inferioridade, quanto ao plano supremamente glorioso, virtuoso e eterno, que por obra natural do Poder e Saber Supremo lhe foi confiado, como único dominador dos dois últimos Reinos, respetivamente, Animal e Vegetal.

Convém, pois, não ignorar, como verdadeiramente não ignorareis, que não sois filhos do acaso, como muitos dentre vós pensam, válidos de suas sabedorias aparentes, porque pensam erradamente, pois não descendeis do acaso e nem marchais para o acaso. O ser humano é altamente premiado por um sagrado e glorioso dever, que lhe urge cumprir, no que se refere ao curso generalizador e regenerador da vida, dos seres e das coisas que estão sob seu domínio e responsabilidade, pois tem poder para desempenhar seu compromisso natural, gozando dos atributos essenciais do Saber, Poder e Virtude. Referimo-nos ao plano glorioso que, essencialmente, ocupa o ser humano, quando consciente de seus deveres racionais, do conjunto supremo da corrente natural, expressivamente, de Vida Eterna, segundo a natureza de cada ser criado pelo Eterno Pai, na planitude dos dois últimos Reinos. Cabendo-lhe por direito natural e delicada missão de redimir e congregar todos os seres e coisas de vida, ao mais puro e expressivo plano de progresso regenerador, para assim estabelecer, com caráter permanente, seu verdadeiro e virtuoso Reino.

Atualmente o homem deste mundo aceitou, inconscientemente, o mais expressivo plano de vida desarmonizante e aparente, cujo principal fator aviltante e humilhante deixa sentir seu pesado e fatídico jugo, mediante o mais alto grau de contradição, quanto ao sagrado curso natural de harmonização humana. Pois vemos a mais pronunciada desarmonia estabelecida, e, totalmente reinando sobre os filhos deste mundo, e, se considerarmos que este esbanjamento de energias positivas, quando convenientemente usadas e sabiamente dirigidas pelo ilimitado campo de progresso natural de vida, embelezariam com toda série de flores naturais o jardim precioso da mesma, em todo seu esplendor.

Se considerarmos que tão pronunciado desperdício se dá, em momentos que são providos de compreensão natural, gozando de preliminares conhecimentos, cabalmente necessários para progredir, evolutiva e gradualmente, sobre a estrada divina da vida, essencialmente natural e eterna, de conformidade ao tão glorioso Ser no Infinito, dotado para gozar calma tranquilidade e eterna paz, veremos o quadro mais triste e desolador que se apresentará.

Tudo isto não poderia deixar de ser, porque os filhos deste mundo, desde sua primeira infância, deixaram levar-se pela corrente caprichosa e insegura de ilusões fanáticas e, totalmente desvirtuosas, cursando uma vida infestada de inumeráveis impurezas, totalmente indevidas e contranaturais, altamente manifestadoras de toda sorte de desejos, cabalmente prejudiciais e contraditórios ao princípio fundamental de toda e qualquer expressão de confraternidade humana, vivendo continuadamente em completa contradecência consigo mesmo.

Por este feito incontestável, generalizado por instinto contranatural e gradualmente despreocupante, os filhos deste Mundo, em todo tempo, e até hoje tem pregado harmonia e, plenamente em contradição às suas estudadas manifestações externas, tem se manifestado em grau expressivamente culminante, o ódio; tem apregoado a paz e declarado em seus expressivos aspectos exterminadores, a guerra; quer implantar a proteção e conservação da vida e, unicamente, tem se manifestado como resultado de seus esforços, frutos das mais refinadas aparências, e desprestígio moral e social. Já não referimo-nos ao estado Espiritual, que ao cruzarmos detidamente em ambiente tão lúgubre, somos estremecidos com a mais profunda dor.

Desentendimentos e intrigas! Desavenças e contendas! Revoluções e guerras! Fome e pestes! Destacando-se desta maneira a mais incontestável e viva manifestação de desarmonia humana, reproduzida e emanada do próprio íntimo do homem, que assim fazendo não deixa um só instante de rebaixar-se a si mesmo, colocando-se, consciente ou inconscientemente, nos mais baixos e raquíticos degraus da escala evolutiva da civilização humana, prestando-se a toda sorte de servilismo, filho generalizado da corrente negativa ou contranatural.

Neste Mundo, no momento atual da vida humana, sofre a humanidade a época mais triste e dolorosa que possa apresentar, pois as asas negras do imprevisto e por ela incalculado, se estende sobre si mesma, arrojando-a nas chamas inclementes e destruidoras do incêndio devorador, filho plenamente concordante de suas irrefletidas e desmedidas ambições, tendentes para um eterno retrocesso da vida material.

Não é tão alarmante a manifestação de tanta calamidade, no estado atual do curso hereditário dos acontecimentos humanos, neste Mundo. Se examinarmos este acontecimento justamente em seu lado externo, o que se apresentará, verdadeira e plenamente calamitoso, é o germe infesto e corrupto que inegavelmente gerará, toda sorte de ruínas, as mesmas que serão incubadas pela ciência negativa, que por sua vez as enxertará na Árvore da Vida, orgânica e individual, deixando acesa a brasa viva de um incêndio destruidor e com tendências perpétuas; contudo, esse incêndio maligno não prevalecerá, apesar da constância de seus respectivos assopradores, que incontestavelmente colherão os frutos dignos de suas próprias obras, apesar dos esforços da Consciência Universal, mediante seus agentes e operários naturais, para evitar o retrocesso e desperdício de vida neste mundo.

O desejo de domínio e representação ilusória, apoderou-se dos filhos deste mundo, aninhando-se em seus próprios íntimos sob extravagantes promessas, comparsas naturais de expansões estultas e de desejos ilícitos, filhos concordantes das mais corruptas paixões, havendo este desejo levado-os a um estado de demência tal que, açoitados por seus próprios desatinos, gravitam e constantemente debatem contra si mesmos, exterminando suas próprias vidas, num lastimoso estado semi-irracional.

Já é tempo dos filhos deste mundo, mediante as contínuas experiências e constantes desilusões porquê tiveram oportunidade de passar, em natural e competente exame, compreenderem o ambiente de vida contranatural, que desde longos tempos estão cursando, manifestando-se, de quando em quando, o mais pronunciado retrocesso e, portanto, tratando algo mais sério e intimamente em evitar esse retrocesso tão detestável, como doloroso, que, a continuar sua ação executiva, inevitavelmente os lançará no mais ilimitado campo contranatural, de desvirtuamento total da vida.

Mas é necessário passarem por desenganos e desilusões, claramente superiores, às que tem passado através do curso e desenvolvimento de atual civilização, que é o pleno conhecimento iluminante de estarem em completa desarmonia, e em deplorável contradição aos princípios fundamentais de harmonização da vida, desvirtuando continuamente o progresso natural da mesma.

Em virtude deste fato real e incontestável, até hoje não apresentou-se obra alguma em plano evolutivamente natural e eterno, pois todas as obras que tiveram oportunidade de apresentar e que permanecem, mais ou menos, ligadas a um plano regressivo, quanto à corrente fundamental de permanência da vida, porque todas provêm, em grau mais ou menos expressivo das correntes transformadoras, de um plano retrospectivo até os tempos futuros, por serem altamente contraditórias em grau plenamente expressiva ao curso progressivo e natural da vida, essencial e fundamentalmente eterna.

A aquisição de poderes e de representações vãs, tem levantado grandes e pequenos, sem contudo conseguirem qualquer grau de prevalência, tendo sido, variavelmente, em suas respectivas atuações, constituintes ou inconstituintes, em sua totalidade desmoronados, divididos ou subdivididos, acabando seus respectivos autores ou fundadores, a serem reduzidos à mais expressiva classe de ridicularidade social, porque sempre se tem deixado guiar pela corrente ilusória de caprichos individuais.

Tudo isso lhes tem acontecido porque não se fundamentaram jamais, nem amaram a expressão divina e seus fundamentos eternos, vivendo e fazendo, continuamente, completa contradição e a mais deplorável desarmonia uns com os outros, permanecendo totalmente estranhos a tudo e qualquer grau manifestativo de harmonia e paz.

Em face das obras apresentadas e a maioria executadas, não pode permanecer qualquer apresentação, ou testificação, de aperfeiçoamento da vida, além do tempo que habitaram neste mundo seus fundadores, ou testificadores naturais, aos quais cabe o direito eterno de domínio natural, porque não são patenteados com pergaminhos, mas sim, com suas verdadeiras e virtuosas obras de vida, no Laboratório Eterno da Vida Infinita.

A humanidade de um mundo e dentre ela, os mais sábios, quando colhem e comem dos frutos da Árvore da Vida, em estado inconsciente, apregoam sabedoria e preconizam amor, mas, apesar de suas ciências, não percebem que a primeira é plenamente insana e imperfeita e a segunda totalmente fingida, em virtude de não poderem viver em comunhão de harmonia e paz uns com os outros, mas sim, em contínuos dissabores e sobressaltos, cuja finalidade sempre é de um caráter mais ou menos desastroso, sempre recebendo o choque de retorno em seu curso evolutivo, efeito incontestável de um ambiente de vida totalmente desarmonizado e contranatural.

Se todo o prazer da vida que o ser humano sente um seu curso evolutivo, equivalesse ao que atualmente sentem os filhos deste mundo, em verdade, poderíamos dizer sem que desrespeitássemos o mínimo ao Ambiente Supremo da Sabedoria Infinita, que o ser humano é o mais infeliz dentre todos os seres criados, unicamente destinado e condenado a servir de contradição à sua própria origem, para sofrer constantemente os revezes de um ambiente caprichoso, que o lança na estrada duvidosa de um inseguro porvir, sendo desta maneira, difícil explicar o porquê de nossa existência, mas graças ao Ambiente Infinito da Vida, não é assim, o ser humano vive cursando uma existência eterna que o leva, a um porvir seguro, oferecendo-lhe as doçuras inefáveis de uma vida incorruptível, cheia de harmonia e paz.

Se os filhos deste mundo ao desenvolverem sua civilização, houvessem cursado um desenvolvimento real e plenamente são; se um tênue resplendor de vida viesse sobre este mundo, indubitavelmente, haveria transformado-se em permanente ambiente confortador e progressivo, irradiando a mais pura expressão de Vida Natural e Eterna, preenchido este mundo, mediante sua mais suave manifestação e atuação, e iluminando com sua suprema essência, o jardim glorioso da Espécie Humana.

Nunca falou quem advertisse os filhos deste mundo sobre a derrocada fatal que, inevitavelmente, sofreriam ao seguir cursando o ambiente evolutivo que haviam escolhido, e contudo, apesar de serem convenientemente advertidos, nunca deram ouvidos ao benéfico e verdadeiro ambiente, que os advertia e orientava e, levados por suas próprias sabedorias, lançaram-se em desenfreada carreira, numa estrada interminável que totalmente desconheciam. E de tal sorte se fizeram sábios, mas tão sábios, que suas próprias sabedorias lhes abre a sepultura, lançando-os no negro abismo do mais sombrio e lúgubre reino das trevas. Se houvésseis considerado-vos menos sábios e dado ouvidos aquele que, madrugando, ensinava o verdadeiro e real caminho da vida, apontando-o continuamente com seu dedo divino, hoje não se estenderiam as asas irrequietas e exterminadoras sobre este mundo.

Tudo isso é obra executada por um poder provisório, negativo e contranatural, muito além dos poderes e entendimentos humanos, quando em estado inconsciente de vida natural e, mais ou menos, dominados por pretensiosa sabedoria, conseguindo desta maneira retardar em grau mais ou menos expressivo, a manifestação real e a verdadeira permanência do ambiente natural da vida, de acordo com a evolução gradual da Vida Natural e Eterna, contudo, jamais o poderá dominar e menos ainda dirigi-la, segundo seu desejo, enquanto este mesmo desejo  se manifesta em plano negativo, contradizente aos princípios fundamentais e essencialmente naturais de harmonização humana, recebendo como único prêmio de sua acentuada teimosia, os revezes naturais, filhos generalizados, de sua própria contradição.

É pois, incontestavelmente natural e, de conformidade, com o estado atual de crescimento gradual da corrente evolutiva da vida essencial, sobre este mundo, que as atuais contendas empenhadas e travadas pela maioria da humanidade, mesmo que chegasse um ou mais homens representando uma ou mais nações, a dominar e a impor suas influências sobre os demais, não conseguiriam permanecer, não obstante lograssem estabelecer seus domínios válidos por um ardil qualquer, mesmo porque à tais obras não faltam agentes e fatores pertencentes à corrente negativa, desejosos de contribuir com suas essências maléficas, focalizando todos seus esforços contranaturais, para conseguir a respectiva permanência de estacionamento da Vida Natural, influenciando com toda sorte de promessas ilusórias as consciências inativas, e totalmente desprevenidas, para a atuação e permanência da Divina Essência. Todavia, apesar dos esforços, seus domínios não substituirão, porque, inevitavelmente, hão de sofrer os reveses equivalentes a seus próprios desatinos.

E não é tão somente os contendores que passarão pelas amargas e duras provas, que lhes proporciona seus erros fatais, como também, todos seus torcedores, infalivelmente, passarão pela esfera de muitas e grandes desilusões, sofrendo os reveses naturais duma corrente totalmente corrupta, que se empenha em desvirtuar o sagrado curso da vida essencial, meditando e executando todo ato de extermínio, de conformidade com seu provisório e tirânico poder.

Dominação, subjugação, extermínio, são três fatores plenamente culminantes e errôneos, inimigos da vida, quando manifestada sua generalizada expressão retentiva, no íntimo da consciência inativa para o bem, e totalmente desarmadas para toda obra edificadora que encerre um real ambiente de beneficência, tanto para si como para os outros.

O mais rude observador que examinasse a corrente da aparência que irradia sobre este mundo e adaptada por seus habitantes, poderia perceber sem o mínimo esforço, que o homem válido e iluminado por seu muito saber e poder, se desliga vertiginosamente pela nefanda senda do mais negro abismo, impelido pela derrocada fatal duma divergência interminável que, inevitavelmente, o leva à destruição de si próprio.

As consciências desprevenidas e desarmadas para o bem e para a vida, não podem perceber as sublimes harmonias de Vida Infinita, e nem sequer ouvir os lastimosos ais da Consciência Universal, porque as mesmas se acham, totalmente, imersas no profundo e imundo lamaçal de suas próprias ilusões, tão altamente banais como desvirtuosas.

Devem e tem a estrita obrigação de conhecerem todas as beligerantes ou contendoras, e juntamente seus torcedores ou otimistas, que toda sabedoria, ciência ou poder que ambicione domínio ou subjugação, ou tente adquirir mediante a força e o extermínio, não deixa de ser a expressão mais rebaixante, ilícita e indigna do homem, mas ainda, se reconhece intimamente sua origem divina.

Ao ser humano cabe o dever sagrado de dominar e subjugar as adversidades naturais, que porventura se apresenta no interminável caminho da Vida Eterna, mas também, as deve dominar e submeter sob seu símbolo divino, mediante a sabedoria, com pura consciência e sob a justa razão natural, porque esta sabedoria plenamente edifica e não destrói, esta ciência sabe discernir e analisar, e a razão sabe condescender e não imputar, corrigir e não exterminar, harmonizar e não desarmonizar, proteger e conservar a vida no mais alto grau de expressão natural e eterna, sem o domínio assomo de retrocesso, desperdício ou esbanjamento.

Porventura, não possui o homem o que plenamente necessita? Pois, o que ele quer mais? E se desfruta daquilo que necessita, por que se porta como se não o tivesse?

O homem é criado à imagem do Todo Poderoso, habitando materialmente sobre um corpo supremo, que a Natureza antecipadamente lhe preparou, depositando sobre o mesmo, por obra necessariamente criadora, o gérmen essencial da vida e os naturais atributos de reprodução da mesma, sendo por esse supremo corpo gradualmente incubada e generalizada, criando tudo que o homem necessita e o que necessitar futuramente, e ainda, oferecendo-lhe vasto e espaçoso campo, onde pode estender seus estudos naturais em aquisição de abastança, pelo que, deve esforçar-se ilimitadamente sob um ambiente natural e, em harmonia com a natureza dos seres e das coisas, para sacar e gozar de suas imensas riquezas no cursar dos séculos, ficando muito por aprender, em virtude da grande variedade de essências, conjuntamente, de propriedade deste supremo corpo.

Todavia, se alguma coisa deseja e mediante seus esforços não consegue possuir, culpe sua própria ignorância e não limite jamais a suprema representação de seu símbolo infinito, querendo com isso, mediante seus insucessos na vida, responsabilizar os demais homens e inocentar-se a si próprio.

É pois, criado o ser humano por vontade e obra do Pai Criador, possuindo e desfrutando dos atributos essenciais da vida, sobre um corpo natural, provido de plena capacidade para manter com abundância tudo o que sobre ele é produzido. Mas agora, oh Homem! Tu que não suportas aos outros, quem suportará a ti? Se os outros são pesados, tu para eles porventura não serás carga de ferro?

Ignoras com toda essa sabedoria que a carne que destróis é a tua própria? Ignoras ou passas por ignorante que esse sangue que derramas e fazes derramar é o teu próprio? Essa vida que exterminas e fazes exterminar é a tua? Quem te livrará pois, de sofreres os revezes naturais de teus constantes desatinos?

A vida que tens é tua? Propriamente tua? Porventura vens tu, de ti mesmo? Não te foi dada para que plenamente a desfrutasses? Não foste colocado do Infinito campo da vida, para que desfrutasses e gozasses de todos teus atributos naturais e eternos? Para que a pisas? Todavia, se a vida que tu gozas não te pertence, porque não é tua, como poderá te pertencer a de teu semelhante? Te consideras plenamente digno da vida e com direito natural de desfrutar da mesma, porque em campo foste esperto, e teu semelhante porventura não o é? Saiba, que, se és herdeiro da vida, juntamente contigo é o teu irmão, pois quem herda, é de alguém que herda, portanto, tu e teu irmão sois coerdeiros desta dádiva divina, e agora arrebatas o que não é teu! Quais são pois os direitos que apresenta para deserdar teu irmão desta graça essencial? Que conta darás acerca desta suprema responsabilidade que tu mesmo adquiriste? Quem porventura te responsabilizará?

Da maneira como te portas, é que serás retribuído!

Se porventura alguma coisa te faltares, peça-a e receberás o que desejas, se pedires e não receberes, é porque não sabes ou não queres saber pedir, porque sempre pedis de conformidade com as ambições de teu íntimo, de acordo com o ver de teus olhos e do palpar de tuas mãos, porém, nunca pedes de conformidade com a expressão divina da Consciência Universal do Ambiente Natural, essencialmente humano, e mediante a concordante e sã sabedoria sobre o ilimitado campo da harmonia Universal.

Portanto, fazendo como fazes, acabarás por sofrer os revezes naturais de teu íntimo proceder.

Não é nosso ensejo, dizer como isto, que os filhos deste mundo tenham travado luta aberta contra a corrente essencial, fundamentalmente de vida, em estado consciente, porém, inconscientemente, é constante o reforço do muro e as barragens feitas de barro e lodo, que antes haviam levantado para talhar e reter a corrente essencial, fundamentalmente suprema, do Rio da Vida, tentando cada qual estancar as águas deste rio, para si próprio, com o desvirtuado fim contranatural de reger o seu campo, à medida de seu desejo e bel-prazer, ignorando ou passando por ignorado que este rio e estas águas, tanto crescem como evoluem eternamente, da conformidade com o curso gradual, essencialmente evolutivo, dos seres e das coisas, mediante o desenvolvimento de cada natureza, os quais emanam conjuntamente da Natureza Suprema do Ambiente Criador e Pai.

Desta forma, vê-se, clara e patentemente, que ao ser retida a corrente natural do Rio da Vida, e serem estancadas suas águas, como único resultado dessa obra contranatural, levada a cabo por operários plenamente desconhecedores, ou totalmente despreocupados, quanto aos resultados que pudesse sobreviver, somente pode-se esperar o arrombamento do mesmo, assim como, a destruição das barragens, ficando desta forma os campos cobertos pelo barro e pelo lodo, que por algum tempo serviu para reter e estancar as águas cristalinas, deste caudaloso Rio que emana da Fonte Suprema, essencialmente de Vida Infinita.

Houvessem deixado correr estas cristalinas águas por seu canal primitivo, mediante o ambiente essencial de seu crescimento eterno, e segundo o curso evolutivo da vida, em seu supremo grau de manifestação natural, delas houvessem usado com o legítimo poder, do direito natural, que lhes cabe, por natureza, de seu conjunto no Infinito, e hoje, esses campos inundados pelo lodo e pelos escórias, onde crescem dificultosamente raras e raquíticas plantas, denunciando com o raquitismo de suas respectivas procedências, o ambiente desconcertante da mais pronunciada e forçada vida, mediante a contínua atuação de uma corrente totalmente contranatural, e infestada de toda sorte de desvirtuamento. Hoje, indubitavelmente, esses campos estariam cobertos de frondosas plantas de vida, de todas as espécies e de todas as qualidades, exalando seus perfumados aromas sobre a refrigerante brisa de uma aurora primaveril, a cuja vista, demonstraria clara e patentemente a mais harmonizante manifestação, e atuação de vida balsâmica, num amplo curso natural e eterno, em virtude do infinito ambiente desta essência divina, eternamente natural.

Os filhos deste mundo, como lâmpadas acesas, irradiariam sua divina luz, iluminando com seus clarões resplandecentes o jardim natural da Vida Humana, em seu mais amplo curso fundamental e essencialmente eterno, colhendo destas frondosas e salutares plantas, os mais expressivos e benéficos frutos, sob o ambiente perfumado de uma completa atuação natural e harmoniosa, mediante o conjunto real e positivo da mais sublime expressão de amor.

Porém, todavia, não é assim! Hoje a humanidade deste mundo se debate desesperadamente, no ambiente contranatural de um campo totalmente encoberto, por resvaladiço e atolador lamaçal, e vemos com a profunda tristeza de nossa parte, a manifestação do mais característico devastamento, sob a mais obstinada e cruel discórdia, arrasar impiedosamente as mais puras e harmoniosas energias da vida hominal.

Confirmando o que temos dito até aqui, a fim de não passar por meras pinturas ditatórias, ou por simples exaltação da mente, que nesta época ocupamos para nossas imaginações naturais, e todavia, para que não se interprete por simples lamentações sobre atos imaginários, em continuação daremos uma nota expressiva, acompanhada de várias exposições quanto às fases manifestativas, essencialmente em seu lado interno, da corrente negativa ou contranatural, atuando sobre os filhos deste mundo, mediante toda sorte de manifestações maléficas e deprimentes, as quais deixam gravado, clara e patentemente, sobre o ilimitado campo de vida, o nefasto rasto de sua lúgubre passagem.

Consideremos e é altamente doloroso, que sendo o homem a expressão divina do Pai Criador, ao manifestar-se sobre os seres, em essência natural sobre o ser humano, ao mesmo tempo lhe é confiado, por expressão e obra natural de sua natureza infinita, domínio real e eterno sobre todas as coisas, exercendo sua autoridade suprema sob seu símbolo infinito, não possa dominar a si mesmo, após haver alcançado o suficiente grau de entendimento e, deixar-se guiar por uma corrente contraposta, detratora e tenaz, totalmente improdutível para a vida, devido a sua incapacidade de conhecimentos naturais, o lança num profundo abismo aberto por suas próprias incontinências, fazendo-se totalmente escravo desse germe negativo, que habita e altamente se senhoreia em seu próprio íntimo, que o faz viver em completa contradição aos princípios fundamentais, essencialmente, da Vida Infinita.

CAPÍTULO III

      FASES MANIFESTATIVAS DA CORRENTE NEGATIVA ATUANDO SOBRE OS FILHOS DESTE MUNDO.

Na era atual que atravessam os filhos deste mundo, desorientados pela expectativa dos acontecimentos ressurgentes, totalmente por eles incalculados, são abatidos pela mais cruel e transcendental desconformidade, em virtude do rumo insatisfatório e desorientador que esses acontecimentos estão se manifestando e que, todavia, por breve tempo se manifestarão, cujos símbolos principais, essencialmente do lado interno da corrente negativa e contranatural, como supremos fatores e agentes geradores da obra maléfica, mediante seus resultados calamitosos, passamos a descrever.

São três, em graus supremamente essenciais, os símbolos principais da corrente negativa, ou redentora da vida, cujos fatores reais e terminantes se manifestam na atualidade, sobre os filhos deste mundo, igualmente como se tem manifestado sobre os filhos de outros mundos que tem passado, ou estão passando, pelo mesmo grau de cultivo regenerador.

O ser humano, por obra natural do Pai Criador, é colocado numa escola infinita de aprendizado essencial, para que, ao curso da vida e mediante as experiências adquiridas durante seu curso natural, possa distinguir o que é favorável do que é desfavorável, o que é progresso de vida do que é retrocesso, o que é a marcha eterna para o bem do que é marcha para o mal.

Pois a vida é a mais pura expressão da essência. A vida é harmonia, é amor, é luz; A vida é benéfica expressão do conjunto essencial da Suprema Virtude, demonstrando a mais empolgante manifestação positiva do Poder e Querer Infinito.

Os filhos deste mundo já plenamente compreenderam e previram isto, todavia, não cultivaram esta virtude suprema, porque se acham acorrentados às inúmeras influências pertencentes à corrente negativa e totalmente contranatural. Porém, virá a hora que plenamente desenganados, em virtude de seus muitos e contínuos insucessos, voltarão os olhos de suas inteligências para o mais escondido de seus próprios íntimos, e neles encontrarão esses fatores contranaturais e, desenraizando-os do mais profundo de suas consciências, os lançarão fora, para sempre, porque agindo desta maneira, darão completa oportunidade a ação desembaraçada dos agentes naturais da vida, em grau essencial de manifestação permanente. Em virtude disto, a vida brilhará como o mais empolgante astro, inundando com sua divina luz as consciências, que porventura, ficarem subjugadas aos fatores desvirtuosos das trevas, que tanto mal tem causado e estão causando, em todo ambiente de suas ações, não titubeando em desvirtuar a vida, em cada oportunidade que se apresenta.

Eis os três principais símbolos que compõem a corrente negativa, conjunto supremo do mal e do desvirtuamento da vida, manifestando-se mediante toda consciência Humana, que se encontra desprevenida e desocupada da couraça sólida e inquebrável do bem:

1º) O grande e desmedido adestramento para o mal, levado avante e gradualmente desenvolvido pelo insaciável interesse de si próprio, filho natural do concentrado orgulho e da característica ambição, os quais simbolizam um denotante e ininterrupto curso ilusório de paixões não satisfeitas, apoiadas nas mais refinadas maquinações dos mais ardentes desejos, totalmente insubstanciais, detratores e tenazes arrebatadores da Paz.

Esta é a semente corrupta ou os dois gérmens maléficos que astúcia e satiricamente se apoderaram da consciência humana, para dar ensejo à plena manifestação do efeito de sua competente ação, gerando não somente toda casta de ilusões banais e desarmonizantes, como também o desequilíbrio total do ser humano.

2º) A mais refinada vaidade, ocultando seu característico desconcertante, traz a máscara negra e lúgubre da mais terrível inveja.

3º) O egoísmo, exaltando sua banal e maléfica influência, mediante a manifestação da roedora impiedade, símbolo deturpador e desconcertante, gerador de todos os direitos acumulativos, incubados de um porvir corroído, açambarcador e deprimente.

Destes três símbolos principais, competentes naturais da corrente negativa, pronunciam e intervêm outros muitos fatores, incubando também outras tantas influências expressivas e manifestativas, dentre as quais destaca-se o ciúme, monstro destruidor da paz, semeador insaciável e inclemente, no campo da maior deturpação, de toda espécie de monstruosidade que a exaltação mais dominante e pervertida possa conseguir; Gerador e incubador do ódio que é o açoite tirânico e devastador do Amor.

Estes são os principais fatores da corrente negativa, atuando presentemente sobre os filhos deste mundo, havendo gerado e incubado vários agentes secundários que, conjuntamente, prevalecem e predominam em suas consciências, tendo delas apoderado-se ardilosamente, para reinar no corroído e sujo casarão mundano, e, todavia, protegidos pela corrupta couraça da malícia e de irreflexão, não titubeiam em descongregar dignidades, erguendo seu denegrido trono no mais íntimo da consciência humana, de onde exala o odor próprio de seu corrupto corpo, capaz de todas as torpezas e desatinos.

Aqui exporemos, expressivamente, apontando as respectivas influências manifestativas, emanadas dos três principais símbolos citados, atuando mediante seus fatores e agentes naturais sobre a humanidade deste mundo, dominando e subjugando, colocando-a no vergonhoso plano da mais servil escravidão; ditos fatores, atuando num conjunto negativo, expressivamente apoiado e manifestado sob a mais característica retenção de vida, deixam gravadas suas influências desconcertantes no mais íntimo da Consciência Universal.

E, mediante suas promessas ilusórias, os filhos deste mundo tem se constituído escravos desse conjunto de fatores e influências, que constantemente os impele para a perdição de si mesmos, deixando-se levar enganosamente sob a promessa ilusória de adquirirem uma vida irrisoriamente tranquila, cheia de harmonia e paz.

Convençam-se os filhos deste mundo, que é inteiramente impossível, porque é totalmente contraditório e contranatural, que, com agentes e fatores de tal quilate, possa haver um verdadeiro, real e seguro progresso de vida humana, em seu conjunto essencial, porque ditos agentes, constante e, totalmente, cooperam para um ininterrupto e completo desvirtuamento da mesma.

Por essência e vontade superior a toda ciência e desejo extremo do homem, temos examinado e considerado pontualmente as duas correntes de supremas influências, que irradiam no Infinito Corpo do Eterno Pai, respetivamente, a positiva e a negativa, com todos seus fatores e agentes, e, levados por essa suprema vontade, temos visto e compreendido suas escalas graduais, manifestações e ações sobre os três Reinos da Criação. E podemos dizer abertamente, que, incontestavelmente, os filhos deste mundo, assim como os de todos os mundos habitados pelo ser humano, que não tenham se libertado das respectivas influências pertencentes à corrente negativa, e que, todavia, permanecem sob seu caprichoso e pesado jugo, que, o querer adquirir e preservar uma vida tranquila, harmoniosa e segura, evoluindo permanentemente, mediante o curso natural de uma vida essencial e eterna, quando dominados e subjugados pela corrente negativa, mediante seus fatores e agentes retentivos, equivale o mesmo que, se, em noite escura e tempestuosa tentasse caminhar sobre um desigual e pantanoso terreno. Ver-se-á claramente, quando não se despenhavam pela vertente de uma serra, irremediavelmente, atolava no mais profundo lamaçal, tornando-se tanto inútil como impotentes todos os esforços levados a cabo para salvar-se, porque estavam na mais completa escuridão da noite, portanto, lhes era necessário esperar pelo raiar do dia e pelo apontar do Sol… Porque tão despreocupados haviam sido que nem sequer tinham prevenido uma lâmpada para si.

Os gérmens detratores das influências negativas, quando lançados por uma respectiva corrente, sobre consciências desprevenidas, para qualquer manifestação de progresso regenerador, essencialmente de vida, e, todavia, se porventura também encontram-se desarmadas da armadura da prudência, devidamente focalizada para o bem, podemo-la comparar plenamente com um campo fértil, onde o terreno é confiado por seu dono, a um lavrador altamente descuidado, que não toma o mínimo trabalho em zelar daquilo que lhe foi confiado. E mediante o descuido deste zelador, inimigo maligno, lança sobre aquele campo sementes de toda sorte de espinhos, de plantas amargosas e frutos venenosos.

Vindo o senhor do campo, entrega ao lavrador sementes de toda espécie de frutos salutares, para que os semeie. E o lavrador indo semear, vê o campo reverdecente de ervas e, como é altamente desprevenido e sem zelo, volta sem semear, porque diz a si mesmo: Ora, o campo já está semeado, a erva está crescida, para que ei de semear de novo? E, ademais, se eu lançasse esta semente sobre o campo, não nasceria, e se nascesse, não poderia crescer, porque há muita erva nele; deixarei crescer esta erva que também será de boa qualidade, me dará bons frutos, deles comerei e me regalarei.

Sendo a erva de péssima qualidade, espinhosa e seus frutos não salutares, que comerá este lavrador? Porventura terá direito de queixar-se ao Senhor do Campo? Queixando-se, que lhe responderá? Ora, agora a mim clamas? Não te dei boa semente para que semeasses, porque não o fizeste? Porque outro havia semeado o campo que te entreguei? Inimigo maligno és! Porém, tu quando viste a erva reverdecente, porque não a arrancaste, a lançaste no fogo e em seguida semeaste boa semente? Ela nasceria e cresceria, e todo o campo estaria coberto de frondosa erva, de boa qualidade, que te daria bons frutos e, mesmo que teu inimigo lançasse má semente, não nasceria, porque a erva que havia não a deixaria nascer. Homem despreocupado e desprevenido tens sido até hoje! Agora pois, ouça: Se queres comer dos frutos salutares, meta a tua foice e corta todos esses espinhos e ervas amargosas, arranca suas raízes e queime-as para sempre, em seguida eu mesmo semearei o campo, porque és demasiadamente sem zelo, contudo, cuide e vigie dele, para que o inimigo maligno não entre mais e torne a semear a má semente; ou porventura entendes que ei de entrar em teus frutos, obrigando-te que os reparta comigo? Homem néscio és, se assim pensas, e não tens nenhum entendimento! Nada de ti necessito. Tudo quanto tens, porventura, não é primeiramente meu? Não dei-te tudo quanto tens? Agora pois, faze para ti.

Vê-se claramente que o inimigo maligno, são todas as influências, conjuntamente, emanadas de todos os fatores e respectivos agentes, pertencentes à corrente negativa, que, mediante o descuido e desmazelo dos filhos deste mundo, tem lançado toda sorte de sementes daninhas e maléficas, sobre o campo aberto de suas consciências, as quais tem crescido e dado frutos em abundância.

Contudo, não façam guerra os filhos deste mundo ao inimigo maligno que assim obra, querendo destruí-lo e exterminá-lo, sem antes haver limpado convenientemente, o campo aberto de suas consciências, ceifando e arrancando toda sorte de ervas daninhas que nelas habitam e medram, porque nada adiantaria e seria o mesmo que tentar beber água limpa num imundo lamaçal. Limpe-se primeiro o barro, a água por si mesma será limpa e cristalina, assim como emana de seu manancial primitivo.

NOTA EXPRESSIVA DOS FATORES ESSENCIAIS DA CORRENTE NEGATIVA.

Os fatores naturais essencialmente pertencentes à corrente negativa, manifestando-se mediante suas respectivas influências, segundo o curso evolutivo da escala gradual, do crescimento e desenvolvimento da inteligência humana, são os seguintes:

1º)                Desinteligência ou imperceptibilidade:

Influência que se manifesta expressivamente, vigorando, mais ou menos, uma inatividade acumulativa, encerrando o pensamento humano num círculo, gradualmente, limitado da percepção mental.

2º)                Ignorância ou ignorado:

Influência que se manifesta pesadamente no cérebro humano, fatigando-o e cansando-o, conjuntamente, encerrando-o, expressivamente, num mais ou menos prenunciado ambiente de torpor mental.

3º) Desconcertante ou desconcertado:

Influência que se manifesta articuladamente, sobre a parte íntima da projeção mental, ocasionando uma inação, distração ou descongregação da mesma.

4º)                Vilificado ou desvirtuoso:

Influência que se manifesta sobre a consciente humana, desarmonizando, desvirtuando e apartando-o totalmente de qualquer expressão essencial, física ou corporal.

Estes são os quatro fatores superiores que, juntos, compõem as quatro supremas influências emanantes da corrente negativa, com os quais cooperam outros agentes, que por sua vez dividem-se e subdividem-se em influências secundárias, dentre as quais, quatro são superiores, devido suas atuações nos seus planos expressivos e manifestativos, que são: egoísmo, orgulho, ódio e avareza.

Estes principais agentes essencialmente executivos enxertam na consciência humana, quando a mente se acha desprevenida e desprovida de fatores naturais de vida, certas séries de influências secundárias, como: ciúme, hipocrisia, intemperança e, enfim, muitos outros fatores do mesmo quilate, os quais, todos, demasiadamente sabem que são plenamente maléficos, contradizentes e negativos para a vida, porque juntos contribuem para reter e desmoralizar o curso essencial da escala gradual da expressão evolutiva, que se deixa levar por seus artificiosos ardis, cujo fim é totalmente trágico.

INFLUENCIAS PRELIMINARES, DOMINANTES ATUALMENTE NESTE MUNDO.

Que influências dominam atualmente sobre a humanidade deste mundo? A corrente negativa, mediante seus fatores e agentes contranaturais, com suas respectivas influências detratoras e maléficas, atuam em termos verdadeiramente expressivos, nas consciências dos filhos deste mundo, de tal sorte dominando e escravizando-os, que consegue lança-los sobre as inclementes chamas dum incêndio devorador e exterminador, do precioso jardim da vida, que é plenamente o anseio desse conjunto tão altamente contraditório e, expressivamente, contraposto ao princípio fundamental de vida essencial dos seres racionais.

Vemos sua ação maléfica, atualmente sobre os filhos deste mundo, submergindo-os na mais incontestável contradição, quanto aos princípios naturais da vida, em desarmonias, descontentamentos, desentendimentos, fastios, intrigas, perseguições, deturpações, ciúmes, críticas, mentiras, distúrbios, bebedeiras, amotinamentos, agitações, divergências, revoluções e guerras. Tudo isto se nota clara e patentemente em conjunção expressiva, dum plano social; individualmente destacam-se e sobressaem as seguintes influências, mediante seus respectivos campos manifestativos e executivos: homicidas, ladrões, insubordinados, detratores, egoístas, orgulhosos, hipócritas, avarentos, idólatras, fanáticos, ciumentos, intrigantes, mentirosos, difamadores, críticos, briguentos, impostores e outros fatores que, embora menos prejudiciais, por serem pouco ofensivo e contraditórios à corrente positiva e natural da vida, não deixam de contribuir, mediante suas respectivas influências negativas, para retardar e desvirtuar esta essência divina, em seu progresso natural, mediante seu curso evolutivo, essencialmente orgânico.

A tal ponto chegou a dominação desses fatores negativos e maléficos, neste mundo que habitamos, que sua humanidade deste longo tempo tem se debatido e debate desesperadamente, travando cruéis e encarniçadas lutas, pisando e exterminando preciosas energias de vida, levando grande parte dos filhos deste mundo ao mais profundo desespero, e lançando-os no satírico ambiente dum prolongado suplício.

A guerra foi, é e será em todos os mundos, cuja humanidade permanece acorrentada pelas ondas detratoras de civilização insana, mediante a qual manifesta-se executivamente essa epidemia exterminadora e contranatural, à mais alta expressão patente do mais profundo desequilíbrio mental do ser humano, levando-os a um estado de demência tal, abatido por toda sorte de influências negativas, que não titubeiam em destruir-se a si mesmos, aguçando e forçando sua inteligência e prestando todos seus esforços físicos, à mais pronunciada maquinação maléfica em aquisição de substâncias e utensílios, para destruição de sua própria vida.

Não só exterminando sua própria vida, como também, inconscientemente, retendo a verdadeira e real manifestação e domínio natural da corrente positiva, mediante seus fatores naturais e agentes essencialmente benéficos, que podem oferecer o mais amplo horizonte de investigações naturais e harmonizantes, sob a mais pura expressão e atuação de Vida Eterna, de cuja essência poderiam desfrutar os filhos deste mundo, com o legítimo direito natural que lhes pertence, em virtude de conjunção eterna de sua espécie do Infinito. Esta é uma lei verdadeiramente natural e eterna.

A guerra é a mais clara e culminante manifestação de todos os fatores e suas influências, componentes da corrente negativa, em seu mais expressivo plano executivo, mediante o mais apropriado instrumento vital ou material: O Homem.

O homem quando desarmado de toda Armadura Sagrada do Divino Amor, após haver sido apanhado e totalmente dominado por essa variedade de influências, tão detratoras como maléficas, não titubeia em levar a cabo toda espécie de homicídios e atrocidades, porque não faz por sua própria vontade, mas presta-se, como o maior submisso e servil escravo dessas influências desconcertantes e desordenadas, obedecendo-as cegamente, porque o homem, e toda ordenação, constitui-se escravo daquele que o tem dominado sempre, adaptando-se ao plano subjugante e avassalador que o domina.

Sendo o homem a glória de toda criação, no plano infinito dos seres viventes, criaturas, plantas e animais e, havendo sido criado à imagem natural, essencialmente, da representação suprema do Criador e Pai, em sua manifestação e ação ilimitada sobre os dois últimos Reinos, e havendo o Ambiente Criador estampado nele e selo da Inteligência, Sabedoria, Ciência, Poder e de Virtude, mediante a congregação infinita de tão divina espécie, para que representasse, conjuntamente, em essência hominal seu mais natural e supremo agente, sobre a corrente de Vida Eterna de seres e das coisas. E sendo o homem, por obra e vontade Superior, o Redentor Supremo dos dois últimos Reinos, como representante natural, para remir gradual e metodicamente todas as coisas, congregando-as num só símbolo infinito de conjunção de vida, de cada ser e coisa, de conformidade com o curso evolutivo de pura expressão e manifestação de Vida Infinita. E sendo-lhe entregue todas as coisas, para que, sob seu domínio infinito tivessem progresso natural e eterno, congregando-se à mais pura e pronunciada graduação de conservação de vida, mediante um curso evolutivo, real e seguro.

Explica-se clara e patentemente o porquê da expressão gravitante e subjugadora que em sua manifestação, o poder provisório da corrente negativa, usa para reter este sagrado e divino curso da Vida Natural, valendo-se para levar avante seu objetivo contranatural, e altamente maléfico, do homem sem zelo e desprevenido para esta manifestação divina, e depois, com Espírito de malícia, ter ocasião de acusa-lo por haver conspirado e trabalhado em completo desacordo, quanto aos princípios fundamentais de seus compromissos eternos, assumidos, por natureza, perante a Consciência Universal de seu conjunto Infinito.

Novamente vemo-nos em situação de advertir os filhos deste mundo, que os agentes naturais da Vida Infinita, operários do laboratório infinito da Suprema Harmonia e do Supremo Amor, não acusam nem assinalam como culpas conscientes, mediante as faltas cometidas por criaturas que se acham gradual, ou totalmente, dominadas pelos agentes das trevas, unicamente apontam esses agentes plenamente desvirtuados da vida, anotando suas denegridas ações e mostrando com o dedo da Divina Luz, o brilhante Astro da Vida Eterna e infinita.

CAPÍTULO IV

O QUE SIGNIFICA A GUERRA EM SEU LADO ESSENCIAL.

Este capítulo dedicamos exclusivamente a todas as consciências que, desprovidas de sentimentos naturais de vida, e portanto, totalmente não congregadas de qualquer manifestação de amor, aceitam, embora inconscientemente, a expressão e a respectiva execução de um símbolo de fatores de tão baixo quilate, como os que desordenadamente compõem o corpo lúgubre e corrupto disto, que neste mundo que ora habitamos se diz guerra.

E esperamos humildemente, apoiados na mais sólida expressão de energia positiva e divinamente real, sob o Espírito da Luz, e conjuntivamente analítico, para qualquer grau de objeção que porventura nos façam qualquer de nossos contradizentes.

Após havermos examinado atenta e cuidadosamente todas as coisas, concernentes ao curso gradual e naturalmente evolutivo da Vida Infinita, essencialmente, em seu conjunto positivo e negativo, ou interno e externo, neste exame gradual e naturalmente evolutivo que temos levado avante, através dos tempos, impulsionados plenamente, protegido pela vontade superior do Poder Supremo, que nos tem guiado e ensinado tudo o que temos visto. Neste exame deparamos com duas correntes superiores ou supremas influências, ambas compostas por um só símbolo supremo (das quais nos ocuparemos mais adiante, embora abreviadamente, segundo requer este pequeno trabalho) e, aqui, unicamente, nos limitaremos a expor, que, ambas correntes, gozam da representação e ação natural e permanente sobre os corpos supremos, mundos ou corpos celestes, gradualmente, e em estado essencial, providos de suas respectivas ações e equilíbrio dos mesmos, porém, sobre os corpos finitos ou dos seres viventes, plantas e animais, suas respectivas manifestações e atuações são altamente variáveis e totalmente contraditórias, umas com as outras, como no decorrer deste pequeno trabalho exporemos, claramente, segundo os planos infinitos e finitos que escalaremos.

Estas duas correntes supremamente essenciais que irradiam no Infinito Corpo do Eterno Pai, em seu lado interno, uma é positiva e outra é negativa.

Quando há atuação permanente da corrente positiva sobre os corpos finitos, ou seres viventes, manifesta-se um alto e expressivo grau, da mais pura e essencial harmonia de paz e vida, em todo seu conjunto progressivo e natural.

Quando existe atuação equilibrada das duas correntes, dá-se um, mais ou menos, desvirtuamento ou oscilação da vida.

Quando há atuação e domínio da corrente negativa, manifesta-se em grau, mais ou menos expressivo, o vício de retrocesso ou extermínio da vida, sempre de conformidade com o plano gradual, respectivamente, de sua representação, manifestação e domínio.

Pois, quando manifestada a adaptada pela sabedoria do homem, de um ou mais mundos, em graus mais ou menos insano, aninhando-se em suas respectivas consciências, segundo o plano ou grau de domínio que sobre as mesmas adquire, assim também manifesta-se, expressivamente, em sua obra estacionária ou destruidora de vida.

Se, porventura, sua expressão não passar além dum plano preliminar ou manifestante, unicamente, pode conseguir no limitado campo de suas ações, o estacionamento da vida, num grau mais ou menos de expressão retentiva, de conformidade com o grau de domínio, que haja adquirido sobre as consciências humanas.

Se acaso sua manifestação começar a influenciar o plano sugestivo, neste caso, suas chapas impressoras passam a ter representação e domínio, mais ou menos expressivos, sobre as referidas consciências, sujeitando-as num ambiente maléfico, expressando mediante várias deturpações mentais, passando desta maneira sua manifestação ao plano executivo, dando-se este efeito, mediante um maior ou menor grau convencional da consciência.

E se a manifestação alcança o plano convencional, adquirindo parcial ou imparcialmente, completo domínio sobre todas as consciências que lhes hajam dado aceitação, neste caso de manifestação e aceitação culminante, sua ação executiva passa ao plano de exterminação da vida, gradual ou não, segundo o grau conjuntivo de sua respectiva atuação.

Sua primeira ação quando em extenso plano dominante, é o de gerar o germe da desarmonia no campo de seu domínio, composto por todas as consciências humanas; por esta corrente dominadas e subjugadas às mesmas, que em seu estado de torpor se encarregam de incubar o referido germe; este por sua vez gera o ambiente de descontentamento, o mesmo que sem tardança gera o Espírito de contenda.

Gerando o Espírito de contenda e estendido pelo ambiente que lhe é natural, toma corpo de vida provisória e negativa e, alimentando-se de todas as influências deturpantes e maléficas, que provêm de fatores constituintes da corrente que lhes é natural, dá princípio à ação executiva, mediante sua obra destruidora e exterminadora de vida: A guerra.

A guerra é a manifestação mais clara e altamente denunciante, do mais pronunciado rebaixamento e relaxamento mental do homem, quando a tal se presta. É o cúmulo do desnorteamento levado a cabo por toda sorte de sabedoria insana, e totalmente desconcordante para a vida; é plenamente o mais alto vitupério que o homem, inconscientemente, possa cometer, mediante a mais clara manifestação de um denotante defeito, ao manifestar-se no campo lúgubre de suas ações conjuntamente contranaturais.

Mediante a expressão: Guerra, cabem direitos? Há razão? Há virtude ou pudor? Porventura há dignidade ou honra? Em tal ambiente corrompido, porventura há amor? Haverá respeito? Donde sequer respeita o sagrado e intransferível direito de vida! Exterminando-a e pisando-a aos pés!

Convençam-se os filhos deste mundo: A guerra é a malévola máquina destruidora e exterminadora de todos os direitos naturais de vida, e o homem, quando à tal se presta, é o instrumento mais servil que as influências negativas, em todo seu conjunto contranatural, usam e possuem.

A guerra é o grande e insaciável abismo, onde são impiedosamente lançadas as mais puras e benéficas energias de vida, é o monstro assolador e exterminador de todos os elementos, naturalmente, destinados para a mesma; É plenamente a artimanha traficante que a maquinação do mais contradizente conjunto, surgido no desarmonizante ambiente do mal, possa haver coordenado para conseguir a mais rápida e característica destruição, da preciosíssima flor que embeleza o Jardim Natural da Vida, saciando assim seus malévolos e deturpantes instintos contranaturais.

Não concordamos jamais, seja quem for nossos contraditores, que mediante a ação de tais fatores, possa haver bonança de vida sob qualquer forma, porque, verdadeiramente, um conjunto da influências que em sua manifestação sobre o campo natural da Vida Humana, como único resultado de sua competente ação extravagante, cause a exterminação da mesma. Não há argumentos ou sábios no Infinito que, com toda sabedoria, nos mostrem que tais efeitos executivos sejam naturais, e visem o mínimo para qualquer forma de proteção à vida.

Supunha-se que o ambiente totalitário dominante num mundo, seja o ambiente de guerra; Isso seria o maior sacrilégio que o mais desconcertado e maligno fator pudesse coordenar. Neste caso a humanidade do mundo de nossa suposição não deixaria um só momento de guerrear, destruindo-se e exterminando-se conjuntamente, sobrevivendo um dos contundentes, porque é indubitável que alguém haveria de ser o último.

Não é necessário usar de muita inteligência para ver claramente, que mediante os culminantes desejos exterminadores e totalmente contranaturais, manifestados e levados a cabo por tais fatores, nem mesmo aquele sobrevivente escaparia ileso, e como não ficasse mais ser de vida pertencente à sua espécie, em quem pudesse desfechar sua ação exterminadora, e desfecharia sobre si mesmo, desligando-se da vida quanto ao seu estado material.

Nesta eminência vós podeis perguntar: Que indício de vida ficaria deste glorioso Reino e, especialmente, da Espécie Humana, que em seu conjunto essencial, é plenamente a suprema satisfação do Eterno Pai?

Pois a corrente negativa, mediante seus respectivos fatores e influências, é contrária à Vida Humana e gravita contra a mesma, infestando-a de toda sorte de males e desvirtuando seu curso divino, como pode ser natural e adaptável entre a humanidade?

Natural significa o que demasiadamente sabem: Natureza, Natura, Nato e muitas outras expressões essenciais que declaram plenamente seu significado. Contra a Natureza, Contra a Natura, Contra o Nato e muitas outras qualificações, encerradas no ambiente destas expressões que testificam por si mesmas, o estacionamento ou retrocesso da vida em qualquer plano de suas ações.

A ação totalitária desses agentes contranaturais é plenamente a expressão, mais ou menos culminante, que se possa apresentar contra a paz, açoitada pelo ódio que é o algoz do amor. O amor é a essência da vida; a vida, em essência primordial, é a manifestação suprema do Ambiente Infinito do Amor Eterno.

Não nos estenderemos em comentar esses episódios vivos, representados por seus respectivos atores cinicamente no cenário da vida, pois todos os filhos deste mundo, demasiadamente, sabem os resultados lúgubres que ocasionam, mediante suas manifestações e indevidas ações contranaturais, contudo, o que todavia passa despercebido para muitos, é a semente denegrante e altamente maligna, que sobre o campo de suas ações deixa semeada e, a expressão de sincera amargura que, inclementemente, grava no mais íntimo da Consciência Universal.

Já temos denunciado categoricamente os fatores principais que compõem as influências graduais, emanadas da corrente negativa ou de retrocesso da vida, a qual atuando presentemente sobre os filhos deste mundo, temos implantado seu servil e rebaixante julgo. Agora nos vemos em situação de fazer-lhes algumas objeções, acompanhadas de várias advertências, porque ao vermos um amigo comendo substâncias indigestas e totalmente prejudiciais, que venham perturbar sua saúde, dizemos: Amigo, essa substância que estás comendo é totalmente indigesta, e portanto, se continuar comendo lhe fará mal, perturbando e destruindo sua saúde, deixe pois de comer essas substâncias, porque não são boas para serem usadas como alimento.

Ninguém diz isto a seu amigo sem haver outro alimento que lhe possa apresentar, composto de fatores e substâncias que, quando convenientemente usadas por esse amigo, lhe venham favorecer e robustecer a vida. É plenamente o que no decorrer deste mínimo trabalho, apresentamos e oferecemos aos nossos amigos deste mundo que atualmente habitamos, os quais são essência de nossa essência e sangue de nosso sangue, segundo a corrente fundamental e eterna, da comunhão infinita da divina família humana.

Mas, para isso, é inteiramente necessário que aceitem incondicionalmente que todos somos irmãos, por natureza, filhos de um só Pai, por quem e para quem são todas as coisas, porque enquanto não sejam aceitos e plenamente adaptados pelo homem deste mundo, estes princípios fundamentais e solidamente básicos (que lhes haverá de parecer altamente rudimentares, mas que apesar e sem embargo não deixam de ser essencialmente verídicos e naturais), não pode nele penetrar o sagrado germe salutar e benéfico da sã sabedoria, portadora do divino amor e, continuará conspirando e trabalhando contra si próprio e para si próprio, desvirtuando o Sagrado Templo de sua Existência.

Sobre o vasto ambiente da Vida Humana neste mundo, existiu e existe a triste divergência entre os homens, que os leva ao campo da deturpação e rebaixamento de sua própria origem eterna, querendo por si mesmos fazer e patentear várias classificações em sua espécie, totalmente baseado nos diversos graus de sua representação e domínio material. O principal fator que, constantemente, apresenta para querer imortalizar suas incompletas teorias, é plenamente os diversos graus de inteligência e de sabedoria, que sobre este glorioso ser se manifesta, de conformidade com a corrente de Vida Infinita.

Isto é realmente natural, assim como se dá este efeito por causa plenamente natural. Há diversos graus de inteligência na mecânica infinita do ser humano, e isto depende do plano essencial que cada criatura se manifesta exteriormente e, depende também das disposições físicas de cada corpo orgânico, para, conveniente, e completamente incubar o respectivo germe da sabedoria, que sobre o mesmo manifesta. Isto é completamente interno.

Não entraremos em detalhadas explanações, das diversas causas que motivam tais efeitos naturais sobre o ser humano, em virtude de que, para fazermos qualquer mínima exposição e sermos compreendidos, convenientemente, pela maioria, seria necessário estender este pequeno trabalho que oferecemos aos filhos deste mundo, além da esfera que houvemos proposto. Todavia, diremos o que todos realmente sabem: que entre a humanidade de todos os mundos habitados sempre houve, há e haverá sábios e ignorantes, mestres e discípulos, governantes e governados. Quem seja competente para ser guia e quem seja necessário ser guiado, porque, que valor, que préstimo pode apresentar um mestre se não houver discípulo e ensinar? Para que serve a sua sabedoria, porventura para si mesmo? Pois nem para si próprios teria algum préstimo. Que valor teria um governo quando não houvesse povo para governar? Qual seria seu campo de ação? Em termos mais claros: Que valor teria o Sol, se não houvesse mundos para iluminar? Se todos os corpos fossem luminosos, que valor teria a Luz?

Assim pois, nem todos luminosos nem todos opacos, mas isto não vem manifestar, e longe está de exprimir pelas simples manifestações destes efeitos que, quem criou o Sol não criasse também a Lua, quem criou ao homem, não criasse também a mulher.

CAPÍTULO V

      ALGUMAS OBJEÇÕES E ADVERTÊNCIAS. 

Como expusemos anteriormente que, após examinarmos com atenção todas as coisas concernentes às duas correntes, positiva e negativa, desde os corpos supremos aos finitos, ou dos seres viventes, no lado interno do Infinito Corpo do Eterno Pai, e não encontramos contradição ou retenção de vida, senão, a que opera mediante sua respectiva ação executiva, levado a cabo por intermédio do homem, quando desprovido de conhecimentos naturais da Vida Eterna, ou quando não quer aceitar os princípios fundamentais da mesma.

E, como, por Obra Natural e Eterna de sua própria origem (e isto repetimos e repetiremos várias vezes), o homem é o Redentor Supremo dos seres e das coisas que estão abaixo de seu domínio, natural e eterno, cabendo-lhe, mediante seu pleno compromisso assumido por dever de natureza, a cientifica e delicada missão de remir todas as coisas num ambiente natural de vida, inclusive o próprio homem; não cremos que seja inoportuno fazer aos filhos deste mundo, que destinamos este pequeno trabalho, algumas objeções quanto ao rumo insatisfatório de vida que até hoje tem adotado.

Portanto, se a sabedoria que impera sobre os filhos deste mundo é natural seu domínio, ou mesmo equivalente de uma corrente totalmente negativa e, plenamente contraditória à expressão evolutiva e natural da vida, dos dois últimos Reinos, Animal e Vegetal, respectivamente, em seu conjunto expressivo manifestado no homem; objetamos a esse respeito que dita corrente negativa, em todo seu conjunto essencial, e gradualmente expressivo de manifestação suprema, sua ação e atuação é plenamente natural sobre os corpos supremos, ou Reino Mineral, contudo, sua atuação expressiva, manifestativa, ou executiva sobre os corpos finitos, animal e vegetal, é gradualmente contranatural.

Além disto, no plano dos corpos terrestres ou finitos, pertencentes aos dois últimos Reinos, tal corrente de estacionamento e retrocesso de vida, ao permanecer mediante sua respectiva ação e, de conformidade com o grau de crescimento da sabedoria, sobre o ser humano, de um ou mais mundos, é inteiramente desnecessária, como no decorrer deste trabalho demonstraremos a todos aqueles que se dignem, ou queiram, compreender-nos.

No Corpo Infinito do Eterno Pai, em seu lado interno, existem muitos e muitos mundos, nos quais, mediante a completa regeneração e competente adaptação de suas criaturas aos princípios fundamentais de manifestação natural de vida, se apenas manifestar-se a corrente negativa, em estado expressivamente tênue, que não lhe permite dispor o mínimo voto de ação, porque é tão tênue sua manifestação, que somente as mentes mais coordenadas, e, essencialmente, integradas no ambiente infinito da vida, podem perceber estas mínimas irradiações que confundem-se entre si mesmas, e, incontinente, são devolutivas e dispersas sobre o campo de ação que foram emanadas, onde continuam seus ininterruptos trabalhos de irradiação e executivos.

Contudo, não obstante os contínuos esforços feitos pelos Operários Supremos do Laboratório Infinito da Vida, vemos este mundo repleto de toda sorte de fatores corruptivos e desvirtuados da vida, e como se isso não bastasse, elaboram imensidade de agentes contranaturais, ardilosos e embusteiros, que infelizmente não conhecem mais luz, do que seus próprios desatinos e constantes corrupções, habitando imensidade de áureas plenamente concordantes com suas obras desvirtuadas e contranaturais.

Sempre opondo-se ao Ambiente Supremo, da Suprema Luz manifestada mediante seus operários naturais, tapando-se os ouvidos para que não lhes abra a arca do entendimento, e deixem comunicar e transferir mais defeitos e contradições, sobre todos aqueles que procuram alcançar a sã sabedoria, e emancipar-se do provisório poder das trevas vivendo Eternamente em comunhão infinita com todos os operários da vida, e gozando, em qualquer dos mundos que materialmente habitem, dos frutos divinais que lhes proporcionem as mais completas harmonias e um benéfico bem estar.

Sempre opondo-se ao Ambiente Supremo da Suprema Luz, para que não lhes abra a arca do entendimento, e lhes mostre o Supremo Astro do Infinito e Eterno Amor e cheguem a gozar de suas riquezas inefáveis.

Sempre opondo-se como filhos da contradição, da escuridão e das trevas, para que não chegue a reinar a Luz da Vida, porque nesse caso, onde seria o lugar de seu esconderijo?

Todavia, se os filhos deste mundo, em virtude de seu crescimento numérico ou individual, pensam encontrar imaginárias dificuldades de manutenção da vida material, evolutivamente gradual, e de conformidade com as necessidades naturais de seu conjunto social, é cabalmente outro maior e pronunciado erro, indesculpável, se o colocarmos em confronto ao grau de civilização que até hoje tem alcançado.

É enormemente indesculpável se considerarmos, que, mediante esse mesmo grau de civilização a que tem chegado, compreendem plenamente que os atributos naturais e fundamentalmente benéficos, também cresceu e evoluiu sobre os mesmos em escala gradual, alcançando suficiente grau de conhecimento, para desenvolver e metodicamente dirigir o curso natural da vida, por verdadeiro ambiente, expressivamente, virtuoso da evolução e conservação da mesma, de acordo com suas respectivas necessidades naturais.

Além disso, a sã sabedoria lhes amplia um campo ilimitado de investigações, mas tão ilimitada quanto essencial, mediante as quais, natural e cientificamente, encontrarão elementos e substâncias necessárias, para satisfazerem com abastança as necessidades e exigências naturais da época, sujeitando-se, porém, as competentes regras naturais, porque sem regra jamais se alcança perfeição, sob a evolução natural de seu crescimento eterno.

O ser humano é plenamente dotado de sabedoria e entendimento, para que divinamente investigue e compreenda, exercendo seu poder natural sobre amplo e ilimitado ambiente de vida e bem-estar, porém, toda sabedoria que se manifesta no homem, quando inclinada para qualquer ambiente de manifestação, de intranquilidade ou mal-estar, é totalmente insana e condenável perante os olhos escrutadores da Sã Sabedoria, essencialmente natural, de seu conjunto do Infinito.

Todavia, para isto é essencial e incontestável a necessidade para que os filhos deste mundo, adaptem-se ao plano puramente expressivo de harmonização vivificadora, mediante a pura e leal expressão divina, concordante da confraternização humana.

Necessário é, irremediavelmente, que cada criatura se harmonize consigo mesma, cada família, cada repartição ou distrito, cada estado, cada nação, e igualmente, toda a orgânica social deste mundo se harmonize em conjunto evolutivo, de acordo com a corrente de Vida Universal Infinita, em sua suprema expressão e atuação manifestativa, vibrando num só símbolo de harmonia suprema e confraternidade humana, manifestada e executada sob o mais puro ambiente de Amor Eterno.

Desta maneira, os fatores e agentes da corrente positiva, em todo seu puro e benéfico conjunto essencial, terão oportunidade de ampliar suas respectivas ações, mediante reais e salutares influências, confortando aos filhos deste mundo (assim como confortamos filhos de outros mundos), sob a mais natural expressão orgânica e, plenamente, dirigido seu curso evolutivo para um real e puro ambiente de conservação natural, segundo o supremo grau, fundamental e eterno, da família humana no Infinito.

É essencialmente necessário e competente, e pleno estudo sobre si mesmos, não apartando os olhos de suas inteligências além de si próprios, enquanto não haja aprendido a cartilha natural do curso evolutivo, essencialmente gradual da Vida Humana.

Ao ser humano é dado todo grau e ação de domínio, mas para exerce-lo legítima e conscientemente, com o correspondente e intransferível grau de responsabilidade que lhe cabe, o primeiro que por estrito dever lhe tem a dominar é seu próprio íntimo. Aprendam pois, dominar a si mesmos, gradual e convenientemente, segundo requer suas altas responsabilidades assumidas, por natureza, perante a consciência universal infinita, na qual não cabe ponto e nem sombra de variação.

A vida se manifesta mediante a mais pura expressão evolutiva de perfeição e longanimidade, porém, devido aos usos e costumes que o homem possa adotar, quando desconhecedor ou não adaptador desta essência divina, pode, para si mesmo, desvirtua-la e destilar da senda gloriosa, natural e eterna de seu manancial primitivo.

Não destilando e nem desvirtuando esta manifestação e expressão suprema, o que se consegue, mediante competente e plena adaptação aos princípios fundamentais de sua corrente essencial, conseguirão os filhos deste mundo o que lhes cabe por direito natural e eterno (assim como o tem conseguido os filhos de outros mundos, dos quais alguns pertencem a nossa Esfera Planetária), libertar-se de toda espécie de influências contraditórias e totalmente prejudiciais, e gozar da vida em toda sua expressão natural, sob o conjunto, essencialmente eterno, de harmonia Universal e Infinita.

Não faltam agentes com seus respectivos fatores, pertencentes à corrente negativa ou de retenção de vida, que desejosos de contribuir com toda sorte de artifícios enganadores, para levar avante sua obra detratora e totalmente errônea, transmitam aos filhos deste mundo o germe gerador de toda casta de influências contradizentes, e altamente opostas ao livre e progressivo curso natural da vida, com o intuito de inculcar-lhes em seus íntimos, ideias também errôneas e altamente anêmicas, para qualquer expressão natural de vida, sugerindo-lhes que, com princípios tão expressivamente elementares, jamais conseguirão alcançar a sã sabedoria, com que possam adquirir os suficientes e competentes elementos naturais, para gozar dum completo triunfo da vida.

Advertimos aos filhos deste mundo, para que examinem com especial atenção essa expressão essencial do ambiente das trevas, que é uma dentre muitas ciladas ardilosas colocadas em prática, pelo ambiente do mal e da ignorância, para assim, poder prolongar o tempo de seu deturpante domínio de escuridão e trevas, impedindo com seus inspirados e anêmicos conselhos transbordantes, na mais negra expressão de malícia, convenientemente preparada pelo deturpante Espírito de prevenção, que é o pleno retrato do mal, que a luz brilhe com todo seu esplendor sobre as consciências desejosas de vida, permanecendo eternamente seu benéfico reino natural e edificativo, no purificado ambiente da glória incorruptível.

Porque o ambiente deturpador das trevas sempre tem se manifestado, e todavia se manifestará sobre os mundos mais atrasados, cujas criaturas deixam-se dominar pelo grau de civilização, que seu maléfico proceder haja sugerido, pretendendo manifestar e ostentar a mais clara luz e ciência, empregando para tal fim a mais ardilosa sabedoria, conseguindo estabelecer e estender seu provisório domínio, sobre as consciências dos homens que a este ambiente dão aceitação, valendo-se constantemente da mais ardilosa artimanha, mediante propagação de toda casta de sabedoria insana e altamente contranatural, porque, incontestavelmente, fundamenta-se num conjunto de planos negativos, e tendentes a expressão mais pronunciada de retrocesso de Vida Natural e Eterna.

Apresentando muitos e variados planos de sabedoria, e não descuidando em mistificá-los e complicá-los, disfarçadamente, para que o homem, ao querer examina-lo e apura-lo, fique completamente enredado, assim como se enredam os insetos na disfarçada teia construída pela ardilosa aranha.

São tantos e tão variados os métodos empregados pelos agentes ilusionários e embusteiros das trevas, que, expô-los e classificá-los gradualmente, e também suas maquinações serem cabalmente compreendidas pelos filhos deste mundo, nos veríamos instados a ocupar suas atenções por algum tempo. Portanto, tão somente os denunciamos em seu conjunto essencial, considerando que os filhos deste mundo, atualmente, dispõem do suficiente e indispensável conhecimento para libertar-se de tão corrupto e tirânico domínio, que tantos e tão variados males até hoje tem causado, mediante toda sorte de impurezas e desatinos.

Não busquem os filhos deste mundo a sã sabedoria, em planos altamente complicados e aparentes, porque são antecipadamente preparados pelo insano ambiente das trevas, mediante toda sorte de sugestões, para, convenientemente, alimentar toda casta de paixões ilícitas e expressivamente desvirtuosas, totalmente desprovidas de qualquer princípio natural de vida.

Se acaso continuarem trilhando por tão negra senda, jamais verão ressurgir o vivificante resplendor da Luz Divina de Vida Natural e Eterna, que por si só, pode eclipsar os raios fulgurantes do mais portentoso Sol material.

Um mundo, quando dominado e subjugado seus viventes pelos fatores componentes das trevas, abafados por suas muitas e variadas influências, podemos plenamente comparar com um dia que, apenas ao apontar do Sol, é imediatamente o céu coberto por densas e pesadas nuvens. Neste estado pode o homem andar e perceber que é dia, mas por muito que se esforce, suas vistas jamais verão o mínimo raio de luz solar, porque o que lhe permite ver através das nuvens, é somente um simples reflexo ou transparência, e portanto, com essa tênue luz não verá jamais os corpos que lhe rodeiam, por mui grande e pronunciado que seja.

Além disso, ao levantar-se o grande e tempestuoso vento norte, estende-se o mais característico nevoeiro, que tudo umedece, que tudo esfria…Necessário é, pois, que sopre um ventinho oriente e, com o seu soprar contínuo, levante e retire o nevoeiro e aparte as densas nuvens para longe.

Portanto, aparece a luz, pois o sol deixa-se ver sem véu, em seu mais resplandecente fulgor, e desta maneira pode o homem distinguir, sem a mínima dificuldade e facilmente, não somente os corpos de perto, como também os de longe e suas respectivas sombras.

Valha-se pois, o homem neste mundo da luz de entendimento, que lhe é dado por natureza, apoiar-se neste potente Astro, não duvides um só momento da sabedoria Infinita que, mediante o Poder Supremo, o tem colocado no mundo de suas peregrinações, como redentor realmente Eterno de todas as coisas, concernentes ao seu domínio natural e, para que, em imagem viva, seja pelos séculos futuros, o supremo representante do Eterno Criador e Pai, em sua manifestação gradual sobre todos os seres e coisas, no plano natural de crescimento e desenvolvimento da vida, sobre as mesmas.

Voltem os filhos deste mundo seus olhos para o Fundamento e Fortaleza, apoiem-se ao trono natural e eterno da Árvore Infinita, supremamente reprodutora da Vida!

Aprendam a viver esta Vida Natural e fundamentalmente eterna! Provem destas águas cristalinas, vitalizantes e tonificantes que emanam da Fonte Infinita da Rocha Essencial da Vida Eterna! Bebam e saciem sua sede com estas águas puras, que emanam da Rocha Vida da Eternidade!

Conservem seus corpos imaculados e limpos de qualquer impureza, como Templo Sagrado onde possa morar a Suprema Luz: Corpo Infinito da Sã Sabedoria!

Banham-se nestas abundantes águas para limparem, convenientemente, seus respectivos corpos do pó mundano, e assim os possa apresentar limpos e asseados ao Arquiteto Supremo, por quem e para quem são todas as coisas!

Purifiquem suas consciências!

Pinguem em seus olhos uma gota deste divino colírio, para que, gradual e convenientemente, sejam curadas suas cegueiras e livres de tão maligno e tenebroso mal, não somente possam perceber, como também claramente ver, o ambiente regenerador de evolução natural a que são chamados, para que, conjuntamente, e em comunhão de Luz Natural e Eterna, gozem benéficos atributos de paternal manifestação e atuação de vida, mediante a mais pura expressão de confraternidade humana!

Embalsamem suas consciências com o bálsamo divino do mais expressivo e puro Amor!

Limpem-na de toda e qualquer tendência malévola, corrupta ou desvirtuosa da vida!

Olhem com os olhos livres de toda cegueira mundana! Como é grande e fundamentalmente eterna a expressão natural da Vida Infinita!

Olhai com os olhos de vossa inteligência para os corpos supremos da natureza, e verão com que harmonia, equilíbrio e ritmo de evolução natural, são organizados e sob o amparo destas leis infinitas e eternamente naturais, deixam-se comandar, conjuntamente, dando a mais pura e incontestável prova de harmonização e obediência Universal e Infinita!

Por que não haveis de sujeitar-vos ao equilíbrio supremamente natural desta expressão divina, onde tudo é harmonia, amor, é Vida?

Vede como estes supremos corpos reprodutores, manifestantes e irradiantes de vida, vivem em comunhão eterna e sob a expressão natural da mais plena harmonia universal, e infinitamente, sem jamais contradizer-se uns com os outros, respeitando-se e favorecendo-se mutuamente. Vede que para todos há vida! Para todos há progresso e riqueza!

Por que temeis que, porventura, vos falte abastança, progresso, glória, contradizendo e desfavorecendo-vos uns aos outros constantemente?

Se tudo isto há com abundância para os corpos supremos, que dirá para o corpo humano? Corpo mínimo e finito. Verme rastejante que se arrasta pesadamente sobre a casca terrestre, dum mundinho qualquer.

Jamais temeis que vos falte nada. Vosso corpo, verdadeira e realmente, é pequeno, porém, vossa representação no campo infinito da vida é grande, todavia, haveis de sujeitar-vos as Leis Naturais e Eternas da Suprema Natureza, as quais não são sombra de variação.

Trabalhai também de inteira conformidade com os princípios fundamentais da Eterna Lei Natural, do divino progresso regenerador, e segundo a tenra expressão da harmonia infinita!

Estabelecei a paz! Não uma paz insana, disfarçada e raquítica, filha perfeita duma acomodação momentânea, mas sim, a verdadeira paz harmoniosa e de congregação, totalmente livre de toda sorte de aparências, e plenamente ausente de todo e qualquer Espírito faccioso, que é acumulativo de toda sorte de prevenções astuciosas e maléficas, as quais deixam gravada sobre a chapa viva da consciência universal, a mais denotante e clara expressão de malícia perturbadora e depreciadora da vida!

Novamente repetimos: purificai vossas consciências!

Não vos enveneneis por mais tempo com esse veneno deturpador e exterminador, porque tomando-o, acabará com todos os atributos mais preciosos e valiosos de vossa vida!

Lançai fora toda casta de facciosidade e gozai a sã harmonia, puramente natural, que constantemente vos oferece o ambiente supremo, conjuntamente, do ser humano no Infinito!

Trabalhai cada um de vós no desempenho de seu dever sagrado, cada um consigo mesmo e para tudo o que lhe for confiado e, todos, conjuntamente, em santa comunhão de paz e harmonia de Vida Natural e Eterna! Isto para vós é altamente essencial.

Abandonai e lançai fora de vós, de uma vez para sempre, todo costume fácil, desleal e desarmonizante; amai-vos uns aos outros com sagrado amor natural que requer a mais pura harmonia de vida, num ambiente puro, regenerador e reconciliador da mais expressiva cooperação e proteção da mesma, sob sua fortaleza eterna, indestrutível e inabalável, da conjunção suprema, conscientemente harmonizante de vossos arquiviventes no Infinito.

Tendes ânimo! Esta proteção não vos faltará.

Não desrespeites jamais uns após outros, nem vos menosprezeis porque a vida é um apreço, é respeito, é obediência, é harmonia, é amor. Detestai e desfavorecei o mal; confortai-vos e fortalecei-vos no bem pelo bem, sem medida, desobedecei o mal também sem medida, todavia, pelo bem.

Alta responsabilidade deve adquirir sobre si mesmo, todo aquele que pratica o mal, todavia, mas alta responsabilidade adquire quem pede ou manda praticá-lo.

Em sã comunhão de amor, manifestai-vos! Em sã comunhão de caridade, portai-vos!

Trabalhando assim, não somente gozareis de harmonia de Vida Natural e Eterna, em comunhão de seres sobre este mundo, como também gozareis de comunhão de vida, com todos os viventes dos mundos onde reina os Agentes Naturais de Vida Eterna, plenamente conhecedores desta essência divina, em sua mais alta expressão de amor, os quais, mediante a mais pura e benéfica ação, irradiarão sobre vós uma pura e permanente corrente de confraternidade Universal.

Todavia, agora vedes que puro e supremo amor existe e emana da Natureza Infinita, em sua ilimitada ação vivificadora, cobrindo todos os corpos supremos, sob a proteção gradual da mais pura expressão de Vida Natural e Eterna.

Não somente e estes, como também aos mais finitos e inferiores dentre os seres viventes, manifestando-se em grau mais excelente sobre o ser humano, dotando-o de todos os atributos essencialmente naturais, para que, em conjunção essencial, seja a viva e resplandecente expressão de sua infinita glória, incomparavelmente superior, e a mais suprema de todas as glórias, excelentemente, que o mais ardoroso e esforçado artista pudesse pintar, no lance natural de sua exaltada expressão, sob as pulsações do ambiente engrandecedor e conjuntamente essencial.

Dobre-se todo joelho perante esta Mãe Eterna, curve-se toda altivez, desfaça-se toda arrogância, acanha-se toda sabedoria e envergonhe-se toda ciência!

Exalte-se toda humanidade, erga-se toda simplicidade, glorie-se a benignidade e levante a sua fronte de Virtude!

Quem como a Mãe Natureza pode exaltar e abater, humilhar e engrandecer?

Quem como a Mãe Natureza poder dar sabedoria ao sábio e, quem como Ela, pode encerrar a sabedoria do sábio, no limitado ambiente da ignorância que a nada se poderia comparar?

Quem como a Mãe Natureza pode dar ciência ao cientista, e encerrar a ciência do cientista em tão acanhada expressão, que jamais se acharia sua existência?

Quem como a Mãe Natureza pode dar poder ao poderoso e reduzir este poder a nada?

Quem como a Mãe Natureza em suas ações ilimitadas, em seu domínio Infinito, em suas manifestações supremas, pode fazer estas coisas ou sequer imitá-las?

Homem! Olhe para tua fortaleza! Olhe para quem te pode exaltar! Olhe para quem te pode humilhar!

Não sejas por mais tempo teimoso; Deixe de querer revelar-te contra quem, sem o mínimo esforço, pode destruir-te!

Deixe, pois, por mais tempo de ser criança, bebendo o óbvio que te preparam teus muitos e contínuos desatinos. Toma dos alimentos sólidos e altamente salutares, que constantemente te oferece aquela que te sustenta, te fortalecerás e crescerás convenientemente até chegares ao ponto de estatura que está demarcado para ti!

Cresça no curso eterno da vida, segundo naturalmente te é dado, deixando por mais tempo de desvirtuá-la. Viva uma vida pura e virtuosa em teu íntimo proceder!

Proceda fiel e constantemente de acordo com a expressão divina da Consciência Universal, em todos os atos de tua vida e gozarás de eterna paz!

Fundamenta teus alicerces sobre a Rocha da Eternidade! …

Fundamenta teus alicerces sobre a Rocha da Eternidade e gozarás de Vida Eterna; nunca verás destruída a obra de tuas mãos, que tornará para ti uma benção divina e também evitarás, que te envergonhes ao ser confrontado teu desvirtuoso proceder, perante a Consciência Divina de tua origem no Infinito.

Semeie em eu campo boa semente e zele dela com carinho, não preocupando-te mais, porque ela crescerá e te dará bons frutos; estes frutos serão para a vida e esta vida será eterna.

Todavia, hoje edificas e não gozas do abrigo de tua casa, porque a levanta sobre a areia e seus alicerces os fundamentas sobre areia movediça, levanta forte vento, vem a chuva e a casa cai e tu ficas exposto a intempérie dum prolongado dia de cerrado inverno; teu corpo é açoitado pelo frio e não tens onde resguardar-te. Dentre vós há quem até amaldiçoa e blasfema contra sua própria vida, porque lhe parece ser infeliz, não goza de tranquilidade, porque seu fardo é pesado.

Mas quem senão tu mesmo abriste a sepultura?

Quem, senão tu mesmo desempenhaste nesse lúgubre e negro abismo, onde não entra o mínimo raio de luz?

Ali permaneces dando voltas ao redor de ti mesmo, desmaiando durante dias e dias, sem sequer te lembrares daquele que pode fortalece-lo; daquele com poderes para sacar-te do profundo valo, onde jazes, e pôr-te à face do Divino Sol, para que recebas em todo teu corpo o calor vivificador, que pode aquecer-te, e a Luz Divina que pode ilumina-lo na escuridão de tua noite. Todavia, permanecendo onde jazes, essa noite é interminável e sua escuridão cada vez mais pronunciada. Quem, pois, senão tu mesmo incubaste esses males que te rodeiam estreitamente, te cercam e sobre eles te levantas?

Semeias e, imediatamente te queixas que os frutos de teu campo são amargosos e espinhosos, que te fazem mal, que não os pode suportar, porém, quem senão tu mesmo semeaste desta casta de semente, para que te desse tais frutos? Quem senão tu, os regaste para que assim crescessem? Quem senão tu, os escondeste dos olhos escrutadores do examinador, para que escapassem ao competente exame?

Hoje esses frutos amargosos e espinhosos danificam o teu íntimo e, todavia, são os únicos que presentemente podes dispor para alimentar-te, para atravessar a escarpada senda de tua intranquila e sedenta vida.

Homem! Olhe para a tua fortaleza! Volte tuas vistas, as vistas de tua inteligência para o Princípio Eterno que te dá vida, nele apoie-se, e te sustentará eternamente. Desfrutarás do Saber, Poder, Virtude e Vida em seu mais expressivo grau de perfeição.

É plenamente incontestável que os filhos deste mundo hajam contrário à vida, contudo, também é inaceitável que tenham feito em estado inconsciente, em virtude de serem acorrentados por certas influências, totalmente contraditórias ao progresso natural, que os tem dominado por longo tempo e que os domina, servindo-se dos mesmos para executar toda sorte de desatinos.

Mas, hoje, amados, a luz da Vida apresenta-se a vós, no mais íntimo de vossas consciências, clara e resplandecente, como brilha a estrela da manhã ao arvorecer no novo dia.

E assim, como o Sol de nossa Esfera Planetária espalha sua clara e benéfica luz, sobre todos os mundos de seu domínio, e os mesmos, desfrutando de seus essenciais e salutares efeitos naturais, assim também vós sede Sóis resplandecente sobre o ambiente natural da vida, beneficiando com vossa luz e calor, em essência hominal, todos os seres e coisas que por Lei Natural e Eterna foram confiadas.

CAPÍTULO VI

      OBRA REGENERADORA DA CORRENTE NATURAL E POSITIVA SOBRE ESTE MUNDO.

Desde que a Família Natural Humana alcançou neste mundo o uso da razão, ou seja, o instinto do bem e do mal, de conformidade com seu respectivo grau de evolução regeneradora, mediante o ininterrupto curso de manifestações da corrente positiva da vida, quer evitar o retrocesso da mesma.

Mas nunca tem esforçado-se, real e verdadeiramente, para libertar-se do conjunto de fatores negativos e contradizente que, invariavelmente compõem a corrente totalitária do mal, depois de haver sido por estes fatores dominada.

A Família Natural Humana neste mundo, tem lutado e luta constantemente contra si mesma, não obstante hajam feito em estado inconsciente, e mediante a mais pura escravidão de seu erro quanto ao dom, fundamentalmente eterno, de sua plena e natural dignidade de vida (como havemos demonstrado anteriormente e demonstraremos no decorrer deste pequeno trabalho, e de conformidade com as planitudes infinitas e finitas, que nele nos é dado manifestar em benefício natural dos filhos deste mundo, que atualmente habitamos).

Não interessa-nos o mínimo que seja de duas coisas, que são: Os tempos ou épocas e as personalidades materiais.

Como os filhos deste mundo foram apanhados, pelos ardises ilusórios e enganosos dos fatores e influências emanadas da corrente negativa, entregando-se totalmente à satisfação de seus múltiplos caprichos, os quais sempre tem se tornado velozes para a prática de atos banais, como maléficos, a corrente positiva da Vida Natural e Eterna não teve oportunidade de derramar seus inumeráveis efeitos, altamente benéficos e plenamente salutares, sobre os filhos deste mundo, mediante expressivas manifestações de seus Agentes Naturais.

Tendo sido colocado o ser humano no imenso campo da vida, foi colocado respectivamente como entre a sombra de duas árvores. A primeira do bem, que dá frutos eternamente para a vida, manifestando-se em seu mais empolgante e substancial progresso evolutivo, mediante a mais pura e essencial conservação, num conjunto regenerador.

A segunda, do mal, para desvirtuamento e retrocesso, manifestando-se em graus, mais ou menos, rebaixante, perturbadores e contranaturais, mediante toda sorte de insucessos quanto ao curso expressivamente natural de Vida Eterna.

Os filhos deste mundo, válidos e fundamentados no direito natural que, indulgentemente, lhes concede seu livre arbítrio, provaram ambos os frutos e prontamente julgaram cada uma destas árvores, segundo o paladar dos mesmos, sem haver se preparado um só momento para discernir as propriedades ou substâncias de cada um.

Aconteceu que, como os frutos da árvore do bem, que provêm eternamente para a vida, são um tanto ásperos no paladar, os da árvore do mal são doces; omitiram a primeira, adotando a segunda e conjuntamente se puseram à sua sombra. Tomando de seus frutos comeram abundantemente, porque os acharam mais delicados no paladar.

Todavia, os mais prudentes não comeram; plenamente esperaram pelos resultados daqueles frutos, os quais não se fizeram por muito tempo esperar, pois os frutos da Árvore do Bem que provêm para a vida, são verdadeiramente de um sabor um tanto áspero na boca, mas uma vez no ventre, são essencialmente digestivos e altamente salutares, de alta alimentação, dando saúde e vigor ao corpo, manifestando em todo o organismo a mais doce sensação harmonizante da vida e bem-estar.

Os frutos da Árvore do mal são doces no paladar, mas quando no ventre, são completamente indigestos e não salutares, causando o mais horrível amargor na boca e a mais pronunciada manifestação desinquietante no corpo, que infestado por esse veneno degradante e altamente maléfico, se debate sob a mais lenta e atormentada agonia exterminadora, da mais preciosa joia da vida.

Contudo, o olho do Homem viu… Suas mãos tocaram… Sua boca provou… Pareceu-lhe bom e, portanto, comeu!

Comeu irrefletidamente e sem parar um só instante, em analisar se aquilo que comia era para a vida, para facilitar seu curso natural e eterno, ou era para desvirtuar a parte que lhe cabe, por natureza, desta doce expressão essencialmente divina, mediante o curso evolutivo de sua origem no Infinito.

Provou, gostou e comeu; comeu sem interrupção; comeu até se fartar, e depois, ao manifestar-se as horríveis e atormentadoras extorsões denunciantes, dum corruptível e destruidor envenenamento, correu. Correu ao rio para beber água, porque as dores e a sede, horrivelmente o atormentava.

Chegando ao rio, lançou-se em sua corrente e….acabou; acabou cortando o sagrado fio de sua dignidade orgânica, revolvendo-se no mais sujo lamaçal, atormentado por um suplício desesperador, mediante a mais lenta agonia, num curso interminável, submergindo no mais longínquo ambiente, inteiramente oposto ao verdadeiro e real fundamento de progresso natural, manifestado sob vanguarda da mais nobre e leal expressão de amor de Vida Eterna.

O rio em cujas águas se lançou é plenamente a corrente do mal, que passa pelo tronco dessa árvore maléfica e por meio dessa pedra de escândalos, rachada por todas suas partes, por onde espalha o gérmen destruidor dum pronunciado desespero, anunciante do mais interminável suplício.

      LAMENTAÇÕES.

E houve quem condoído intimamente, lamentasse a derrocada do homem neste mundo e, ao observar seu louco proceder, protestasse:

Pobre homem! Pobre filho do meu único amor! Como te lançaste em transloucada carreira pelo curso interminável do caminho da vida! Tocaste um tudo quanto encontravas e comeste de tudo que te apresentavam!

Vós, que vedes o que aconteceu a este filho do meu primeiro e único amor! Sede prudentes e como prudentes portai-vos! Sede sábios e portai-vos como sábios em minha sabedoria! Não vos porteis e não faças vós também como ele, nem sequer o imiteis!

Vede aquilo que vos é favorável e o que não é, o que é de vida e marcha para a vida e o que é negativo, o que deveis levar e usar sem temor, e o que não deveis, em vossa viagem pela estrada interminável da vida! Pois que? Acaso não vos tenho dado a luz do entendimento, assim também como a ele? Não tendes à vossa inteira disposição a minha Inteligência, Sabedoria, Poder e Virtude? Oculto-vos porventura a minha riqueza? Não vos tenho o meu cofre aberto e vós mesmo, não tendes a chave? Que vos falta pois?

Vede que nada vos falta, a não ser vossa prudência e respectiva adaptação.

Desde tempos passados, desde que adquiriste uso da razão natural, sempre vos tenho falado e avisado qual seria vossa derrocada, ao seguir trilhando o curso do caminho errado. Tenho madrugado e, constantemente, mandado madrugar para que dissessem todo mal que a vós poderia sobrevir; muitos esforçam-se em meu nome para fazer-vos ver o denso negrume em que habitais, porém, nem mesmo o lúgubre ambiente que vos rodeia tendes visto, e mesmo agora não quereis ver.

Quereis porventura deixar-me desolado ou olvidado? Não, vos digo, isso não, porque ressurgirei àqueles que me ouçam dentre vós, que já me tenham ouvido e não se farão tardios.

Filhinhos meus, filhos do meu eterno amor! Mediante vossa respectiva adaptação e concórdia, unam-se em conjunta congregação de amor, a todos aqueles irmãos que aceitam e, conscientemente, testificam esta Vida no Infinito, e não somente reconheceis como também vos reconciliareis a vossa Família Natural e Eterna, da qual tornareis conveniente e com a mesma, herdeiros de todas minhas riquezas.

Por acaso, o que eu tenho e conservo para mim, somente para mim? Ou é para vós? Sim, digo vos em verdade que é para vós, unicamente para vós, mas agora ouças:

Havia um Pai de família que possuía muitas propriedades e chamando seus filhos à uma de suas propriedades, disse:

“Filhos, tudo quanto eu tenho é totalmente vosso, para isso é conservado. Agora pois, saiam e cada um, aonde melhor lhe parecer, cave uma mina para si, saque de seus produtos, os deposite em minha caixa que tenho para vós e com eles se regale”

Saindo seus filhos, tomaram o rumo que melhor lhes pareceu e cada um cavou uma mina para si.

Aconteceu que, como trabalhavam livremente, cada um escolheu a espécie de mina e qualidade de produtos que melhor lhes pareceu.

Uns cavaram minas de ouro, outros de prata, outros de cobre, outros de ferro, outros, todavia, mais despreocupados, por má vontade ou inércia, cavaram minas de barro.

Todos, segundo a ordem terminante do Pai, levavam os produtos de suas minas e os depositavam na caixa do Genitor.

Aconteceu que vindo a tarde e aproximando-se a noite, todos aqueles filhos ajuntavam-se ao redor do Pai e ele disse lhes:

Vinde cada um de vós, gozeis e regalareis com o produto da mina que para si tem cavado. Gozai dos frutos de vosso trabalho e, tomando dos produtos das minas repartiu entre todos, dando a cada um o proveito da mina que para si havia cavado.

Quem produziu ouro, dava-lhe ouro, quem prata, prata, quem cobre, cobre, quem ferro, ferro, quem barro, barro recebia.

Os que haviam depositado na caixa piores produtos, começaram lamentar e queixar-se ao Pai, mas ele lhes disse:

Filhos, não tendes razão alguma de queixar-vos, nem contra mim e nem contra vossos irmãos! Vos dei igual a eles e o mesmo que eles, escolheram suas minas, vós também escolhestes as vossas. Por que não haveis escolhido melhor, para que dessem melhores frutos?

Lembrai-vos que eu vos disse: aonde melhor lhes parecer, cave cada um uma mina para si, saque de seus produtos, os deposite em minha caixa, que tenho para vós, e com eles se regale.

Agora pois, o que quereis que eu faça? Para que vos lamenteis e queixais? Quereis porventura que eu vos dê dos frutos do trabalho de vossos irmãos? Porque os produtos de vossas minas não servem e deles não podeis comer! Acaso não são plenamente os mesmos que vos depositastes em minha caixa? Ou, porventura, estou trocando os frutos de vosso trabalho?

Vede pois que sou justo e de justa regra uso para convosco. Aquilo que depositastes em minha caixa, vos entrego.

Agora, se quereis gozar de melhores frutos, cavai melhores minas, ou peças a vossos irmãos, para que não passeis mal; se quiserem vos dar, bom é. Quanto a mim, não tendes motivos de queixas. Deixe-me em paz.

Disseram os que tinham o ouro: nós daremos de nossos frutos, dos frutos das minas que cavamos, todavia, não os misturaremos com os vossos e nem com os produtos de vossas minas, para que não venha acontecer de corromperem os nossos também.

Isto pois aconteceu; aqueles filhos despreocupados e desprevenidos no labor supremo da Vida Infinita, os quais encontravam-se desarmados da divina armadura do bem, porque nem sequer haviam pensado em que a caixa do Pai tinha muitas repartições.

      CONTINUAÇÃO DA EXPOSIÇÃO SOBRE A OBRA REGENERADORA DA VIDA, PELA CORRENTE POSITIVA SOBRE ESTE MUNDO. VIAGEM ESPIRITUAL.

Quando a Família Natural Humana, deste mundo, foi colocada sobre o ilimitado campo da vida e, depois de haver alcançado o dote natural do uso da razão, como anteriormente deixamos exposto, os mais prudentes desejaram alcançar uma verdadeira e real experiência de vida, não provaram dos frutos da Árvore, não obstante estivessem à sua sombra.

Quando os resultados dos frutos do mal, que eram para desvirtuamento e extermínio da vida, uniram-se ao redor da Árvore do Bem, cujos essenciais frutos dão por resultado bem-estar e Vida Eterna.

Todos bebiam das cristalinas águas do caudaloso rio que passava sob o Tronco desta Árvore, por entre uma Rocha Essencial, sobre a qual estava apoiada a árvore e que dele se alimentava.

Todos que estavam ao redor da árvore e que comiam de seus frutos, gozavam dos atributos benéficos da Vida Natural, que lhes era proporcionado por estes frutos essenciais e estas cristalinas águas. Em virtude disto, muitos dentre eles, querendo atrair seus irmãos, dos que se achavam ao redor da árvore do mal, para, conjuntamente, gozassem das riquezas naturais que lhes proporcionavam estes frutos salutares, iam ter com aqueles, procurando, mediante científicos conselhos, persuadi-los de seus constantes erros quanto a escolha que haviam feito.

Porém, aqueles os recebiam como loucos e os desprezavam, outras vezes como impostores e insubordinados e os perseguiam, ou como malfeitores e os matavam.

Todavia, estes agentes benéficos, portadores dos frutos essenciais da Árvore da Vida, não desmaiavam nem se atemorizavam e sempre que lhes oferecia ocasião, mesclavam-se entre aqueles desatinados, dando-lhes a comer dos frutos da Árvore do Bem e a beber das águas do Rio da Vida.

Alguns dos que comiam uniam-se a estes, porque provaram e gozaram dos efeitos essenciais benéficos e altamente salutares, destes frutos naturais, e destas águas cristalinas.

Em certo tempo aconteceu que, como a pedra que sustentava a árvore que dava frutos para desvirtuamento e extermínio da vida, como nela houvessem muitas aberturas, e estivesse rachada por todos seus lados, ao forte soprar do vento Oriente, se abriu e desmoronou, caindo a árvore de tal maneira, que não houve quem a sustentasse, secando todos seus ramos e ficando seu tronco para sinal.

O rio, continuaram suas águas a correr, mas delas mais ninguém bebia, porque todos já haviam provado e sabiam que eram desvirtuosas e totalmente insalubres.

Todos aqueles que se encontravam ao redor da árvore caída, com sues ramos secando, como todavia quisessem comer de seus frutos e não havendo outra, lamentando sua queda, uniram-se à árvore da vida e nunca mais se lembraram da árvore maléfica, cujos ramos secaram e o tronco ficou para sinal.

E nós, examinando ao redor desta Árvore Essencial, vimos o rio que passava por entre a Rocha em que a Árvore se apoiava, não nascia desta Rocha, passavam as águas por ela, mas vinham de mais longe. Instados a ver de onde partia este rio de pura e cristalina água, nos pusemos em viagem sem apartar-nos do rio, até que chagamos a outro lugar que havia outra Árvore e outra Rocha.

Aqui nos detivemos algum tempo, ocupando-nos em ver esta Rocha e sua Árvore, observando, vimos que a Rocha é mais Essencial que a primeira e sua Árvore muito mais frondosa, porém, as águas vinham de mais longe.

Penhorados em ver o lugar de partida destas águas, e após haver sido permitido que seguíssemos, partimos ao encontro da nascente das águas, não obstante já não seguíamos sós, pois outros nos acompanhavam e nos mostravam o caminho. Se ofereceram espontaneamente para serem nossos fiéis e naturais guias e assim andamos; andamos pelo caminho que cientificamente nos mostravam.

Chegamos a um lugar muito espaçoso, maior que o segundo, a contar de nossa partida. Neste lugar havia outra Rocha e sobre ela outra Árvore da Vida, que nos pareceu muito mais frondosa que a segunda e a Rocha mais Essencial. As águas do rio passavam pela Rocha, mas vinham de mais longe.

Também aqui nos detiveram algum tempo para nos mostrarem o rio, a Rocha e a Árvore e, sendo acompanhados por mais outros, seguimos viagem. Andamos muito e já estávamos cansados e abatidos de tão longa jornada, ficamos em dúvida entre seguir avante ou voltar, mas aqueles que nos acompanhavam e guiavam, fortaleceram e animaram-nos, dizendo: Vamos! Ânimo, e não desfaleças, pois já falta pouco para chegarmos. Olhe, e olhando, vimos pela parte do meio dia um grande e espaçoso salão, e nele nos fizeram entrar. Ao entrarmos, disseram-nos: Vede. Vimos que no centro do Salão, suspensa no ar, havia uma Rocha muito grande e muito Essencial. Esta Rocha era finíssima, incomparável ao mais polido cristal e em seu centro, havia uma abertura que emanava abundantes águas, parecendo que não podia se atravessar.

Em cima da abertura da Rocha havia uma escritura, que nos foi dada a ler e lemos o que estava gravado em letras naturais: “ROCHA ESSENCIALMENTE SUPREMA, PRODUTORA DO RIO INFINITO DA VIDA”.

Em seguida nos fizeram chegar ao pé da Rocha, dando-nos água a beber, também fizeram com que entrássemos no rio e nos banhássemos em suas águas. Prontamente nos mostraram todo o Salão e fizeram com que tudo o que nos mostravam, entendíamos.

Após vermos estas coisas, quisemos passar ao outro lado do Salão, mas isto não foi permitido, porque nos aconselharam e disseram: se quiserdes ir vá, contudo, não convém que vás, porque sabeis: além daqui não há ninguém que vos possa chamar. Em virtude de que ouvimos estes conselhos, nos detivemos e então disseram: com isto vos basta, pois não há ninguém que além daqui necessite alguma coisa.

Todavia, ficamos ao pé da Rocha Essencial vendo e considerando tudo o que dela de manifestava, cujas essências primordiais, embora em sentido sintético, passaremos a descrever.

Porém, aqui somos plenamente instados a advertir que é disposição suprema, inteiramente inquebrantável e totalmente intransferível, omitir toda composição ou regra, mais ou menos neológica, suas respectivas acepções e admissões, cujos princípios acondicionais deixamos de expor, neste pequeno trabalho, exclusivamente para o bem metódico, duma geral e plena compreensão, não obstante, emane dum curso interminável, do que realmente e se diz neológico, condicional-analítico, em virtude disto, aconselhamos que ao ser examinado, condicional ou incondicionalmente, com Espírito analítico, advertimos para ter toda prudência e seu devido discernimento, em adquirir o respectivo proveito substancial, sobre estas essências naturais.

Aqui nos referimos exclusivamente ao sentido íntimo da expressão, em seu lado interno, advertindo, para o bem do próprio sentido e sua original compreensão, não interpretar-se jamais com seu respectivo curso ortográfico.

Pois o ambiente, adaptado a uma ação conjunta de manifestação proeminente de uma realidade natural, pode ser facilmente protetório, quando o exame é feito por elementos tendenciosos ou congratuladores, providos de medíocres conhecimentos ou totalmente desprovidos de suficiente discernimento centralizado, filhos de uma sociedade, que plenamente o solidifique ao conhecimento real, e este o recomende ao ambiente natural, aliás, torna-se incontestavelmente insubstancial toda e qualquer gravidade de expressão interna, ao seu modo sintético-analítico.

Mas, quando com preclaro discernimento, liberto de apaixonantes coadjuvantes ou da supersticiosidade cismática, predominando um raciocínio auto suficiente, e quando, principalmente, destacai plenamente emanado dum ilimitado ambiente de experiências realmente coordenativas, insere todas as faculdades e possibilidades naturais do mais completo controle e centralização, sob os mais expressivos conjuntos dum todo, desvendando toda perfeição, escalando a perplexidade que porventura anteponha-se à livre e real distinção do exame natural.

Com estas advertências expostas, consideramos centralizar a respectiva e coordenada atenção de todos os que nos leiam, ativando e cativando-o para o natural ambiente de uma expressiva simplicidade, plenamente anteposta a toda e qualquer configuração tendenciosa.

CAPÍTULO VII

      MANIFESTAÇÃO DA VIDA INFINITA, OU O VERBO CRIADOR EM ESSÊNCIA INFINITA DA VIDA.

O verbo Criador é a essência supremamente centralizada, conjuntamente da Vida Infinita.

Temos visto e testificamos (como sempre temos testificado), que a Vida Infinita, em todo seu conjunto essencial, é a suprema expressão, mediante sua manifestação permanente e atuação essencial nos corpos supremos, dividindo-se em quatro planitudes, supremas e essenciais, sendo a primeira exclusivamente produtora da Vida, a segunda, terceira e a quarta plenamente reprodutoras.

A partir da primeira planitude: Infinito, um; Universos, dois; Esferas, três e Mundos, quatro.

Entre estas quatro planitudes, supremamente essenciais, existem outras secundárias, gradualmente, entre planitude e planitude, que são, a partir da quarta: de Mundos a Esferas, cinco planitudes; de Esferas a Universo, cinco planitudes; de Universos a Infinito, dez planitudes, totalizando vinte quatro ou graus essenciais.

Contando de Mundo a Infinito: de Mundo a Esfera, cinco; de Mundo a Universo, dez; de Mundo a Infinito, vinte planitudes.

Os atributos denominativos e dominativos, essencialmente, do Verbo, são três:

ESSÊNCIA INFINITA DE VIDA, VERBO INFINITO DE VIDA, VERBO CRIADOR.

Esta Suprema Essência de Vida Infinita pode ser examinada e gradualmente analisada pelos operários da Luz, em seu lado interno, mas quanto ao seu lado externo, não houve e nem haverá jamais quem possa examinar, porque o saber supremo já foi revelado e convenientemente manifestado, mas o poder do Criador Infinito, quem porventura poderá estabelecer limites?

Ninguém jamais viu de onde vem o Verbo Criador, nem jamais poderá saber, ninguém conhece seu princípio nem verá seu fim.

O Verbo é essência de Vida, esta Vida, sua ação é ilimitada.

Um operário da Luz, quando emanado do Ambiente Supremo do Eterno Amor, munido das armas cordiais da sã Sabedoria, pode exatamente dar declaração de três transformações do Universo Infinito, podendo observar clara e patentemente que na primeira transformação, o Corpo Universal Infinito se achava totalmente diluído, manifestando um só Corpo de Vida Infinita; pela ação natural do Verbo, na segunda transformação, formaram-se os corpos essenciais e supremos e, na terceira, formaram-se os mundos ou corpos planetários, cujas três particularidades essenciais deixamos de expressar neste pequeno trabalho.

O Verbo se manifesta mediante a Vida Infinita, pelos tempos ilimitados do passado, presente e futuro, em curso essencial, interminável para todo o sempre.

Oh! Essência Infinita do Poder Supremo! Quem subiu às culminâncias supremas de tua inescrutável ascendência? E quem desceu ao insondável abismo de tua infinita descendência?

Quem porventura é o homem para que nele graves ilimitadamente a tua representação?

      REPRESENTAÇÃO DO VERBO CRIADOR SOBRE A ORGÂNICA INFINITA DOS CORPOS ESSENCIAIS.

 Verbo Criador representa-se supremamente num corpo ou símbolo, essencialmente, produtor da Vida e em dois símbolos também supremos reprodutores, que são: um corpo essencial e dois símbolos, gradualmente, e em estado essencial, que são, a partir do Corpo Supremo Produtor: Sol Infinito ou Corpo supremamente essencial produtor da Vida, um; Sóis Universais ou primeiro símbolo: Corpos secundários, em plano essencial primários em plano reprodutivo, dois; Sois de Esferas ou segundo símbolo: terceiro grau ou planitude, em plano essencial e secundário em plano reprodutivo, três.

As Esferas são compostas por todos os mundos, corpos planetários ou celestes, congregados a um só Sol, cada congregação de corpos a seu Sol: este se acha no centro da Esfera e simboliza o coração da mesma. Exemplo: o Sol que ilumina este mundo que habitamos, é o coração de nossa Esfera, sua congregação é composta por todos os corpos celestes por ele iluminados.

Os Universos são compostos por todas as Esferas que estão congregadas a um Sol de Universo. Cada congregação de Esferas respetivamente a um Sol; este é o coração essencial de sua congregação e se acha no centro da mesma. Exemplo: t nodas as Esferas que, juntamente com a nossa congregam-se a um Sol Universal.

Infinito: Congregação de todos os Universos a um Sol essencialmente Supremo, que é o coração de todos os Universos. Coração Universal-Infinito: Coração do Universo Infinito.

Coração Universal: O Sol de cada Universo.

Coração de Esfera: O Sol de cada Esfera.

De maneira que são três planitudes de corpos supremamente essenciais, gradualmente.

SOL DO UNIVERSO-INFINITO.

SOL DE UNIVERSO.

SOL DE ESFERA.

No Corpo Infinito do Eterno Pai há muitos Universos, em cada Universo há muitas Esferas e em cada Esfera há muitos Mundos ou corpos celestes.

      O VERBO CRIADOR SOBRE A NATUREZA DOS CORPOS CELESTES.

O Verbo Criador manifesta-se, essencialmente, mediante uma só natureza, explica-se: Natureza Infinita, Natureza Universal Infinita ou Natureza Infinita do Verbo. A Natureza Interna do Verbo manifesta-se sob vários graus, dos quais três são supremos no ambiente infinito de representação criadora, que são, respectivamente: Natureza Universal, Natureza de Esferas e Natureza de Mundos ou Corpos Planetários, mas, para maior brevidade, reduziremos em dois Corpos Supremos ou graus de natureza, que são: Natureza dos corpos celestes e Natureza dos seres viventes, sobre os corpos celestes.

Este último ao manifestar-se sobre os seres viventes se divide em muitos graus de natureza, dentre os quais, dois são altamente superiores, agindo em todo o Infinito, respectivamente, sobre dois Reinos: Natureza do Reino Vegetal e Natureza do Reino Animal.

A seguir, gradual e simbolicamente: natureza de espécie e natureza de qualidade.

Todavia se estende em muitos e variados graus, porque cada ser tem seu grau de natureza, e não há uma só causa criada sem ter seu respectivo grau de natureza; cada coisa em comunhão infinita com sua qualidade de ser.

É assim Universal e Infinita.

      O OVO DA SUPREMA NATUREZA.

O Corpo Universal Infinito representa o ovo da Suprema Natureza, sua clara e sua gema. A gema deste ovo infinito representa o lado interno. A clara representa o lado externo.

A parte interna é inteiramente de propriedade quente, carregada de essências positivas e progressivas; a parte externa é inteiramente de propriedade fria e carregada de essências negativas e retentivas.

Desde Ovo Infinito da Suprema Natureza partem duas essências, ou seja, uma só essência manifestando duas propriedades, as quais mediante das respectivas ações, formam duas supremas correntes Universal e Infinitamente.

Esta essência em seu conjunto infinito, denomina-se Eletricidade.

Ao manifestar-se em duas supremas correntes de supremas influências chama-se, respectivamente: Eletricidade quente e Eletricidade fria.

A Eletricidade quente parte do lado interno, ou seja, do lado positivo do ovo; A eletricidade fria parte do lado externo, ou do lado negativo. A Eletricidade em seu conjunto essencial é a agente natural do Verbo.

      PROPRIEDADES DAS DUAS SUPREMAS CORRENTES.

Esta essência suprema, agente natural do Verbo, ao dividir-se em duas correntes, cada uma manifesta suas respectivas propriedades e ações graduais.

A Eletricidade quente é positiva e atrativa; a Eletricidade fria é negativa e retentiva.

      REPRESENTAÇÃO DO VERBO CRIADOR NOS CORPOS SUPREMOS, POR

      MEIO DE SUA AGENTE NATURAL: A ELETRICIDADE.

O Verbo Criador representa-se, Universal e Infinitamente, em todos os corpos criados e também a Eletricidade.

Ambos agem conjuntamente, não obstante o Verbo atuar em Essência e a Eletricidade em suas respectivas ações, mediante graduais manifestações: Eletricidade quente ou positiva e Eletricidade fria ou negativa; dois polos.

A Eletricidade quente é de germe masculino; a Eletricidade fria é de germe feminino; o Verbo age em ambas e elas tem estampa de selos de dois germens.

Este, pois, é o primeiro matrimônio em estado essencial que se deu no Infinito.

Para esta união matrimonial, o Verbo fez, mediante sua agente natural, a Eletricidade quente, sua representação Universal e Infinita no Sol e mediante sua agente natural, a Eletricidade fria, se fez representar na Lua; dois sistemas: Sistema Solar e Sistema Lunar, que é a expressão, manifestação e ação de duas essências e de duas substâncias: quente e frio, fogo e água.

O Sistema Solar é de constituição masculino e carregado de essências: quente, seco, positivo, progressivo e permanente. O Sistema Lunar é de constituição feminino e carregado de essências: fria, úmida, negativa, retentiva e variável.

      GRAUS DE REPRESENTAÇÃO DO VERBO CRIADOR, MEDIANTE O SISTEMA SOLAR.

O Verbo Criador mediante sua Agente Natural, a Eletricidade quente, fez sua representação no Sistema Solar, como já temos dito anteriormente, em três graus supremos: um essencialmente produtor de vida e dois reprodutores em grau essencial. O primeiro grau de representação do Verbo, é manifestado pelo Sol do Infinito: Coração do Universo Infinito. Primeira Planitude.

O segundo grau o exprime os Sóis Universais. O Sol de cada Universo; primeiro grau essencial reprodutor da vida e segunda planitude.

O terceiro grau o exprime o Sol de cada Esfera; segundo grau essencial reprodutor e terceira planitude essencial, de representação do Verbo Criador nos corpos celestes, compreendido em sua manifestação positiva.

      REPRESENTAÇÃO DO VERBO E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA LUNAR.

Assim como o Verbo fez sua representação gradual e mediante a Eletricidade quente no Sistema Solar, também fez sua representação gradual e mediante a Eletricidade fria, no Sistema Lunar.

Exemplo para o mundo: a Luz de nosso mundo atual.

Há mundos que são secundados por mais de uma Lua: há outros que não são secundados por nenhuma. Uns pela sua não solidificação, estando em evolução formativa e outros porque são demasiadamente pequenos, ficando sujeitos e sob as influências das Luas mais próximas, porém, estas Luas e seus respectivos graus e influências, são totalmente secundárias, e portanto, neste pequeno trabalho não nos ocuparemos delas.

Assim como no coração do Universo Infinito há um Sol Supremo, também há o símbolo de uma Lua Suprema, em forma de anel. Em cada Universo há uma Lua Suprema em forma de globo, e em cada Esfera há uma Lua Suprema em forma esférica, assim como temos a Lua de nosso mundo.

      ADVERTÊNCIAS.

Em nossa Esfera Planetária, não temos ouvido que os filhos deste mundo hajam dito coisa alguma, acerca desta Lua Suprema da Esfera, apesar dos muitos descobrimentos planetários que tem feito, no decorrer de sua atual civilização.

Ao apresentar esta advertência, à primeira vista parece-vos errônea, que queremos enganar e desvirtuar vossa ciência, contudo, afirmamos com sinceridade que não vos enganamos, porque sobre aquilo que temos visto (não em visão de sonhos, mas sim, em visão natural, através dos tempos), assiste-nos a pleníssima certeza de não nos iludimos.

Ademais, que adiantaria vos enganar? Que benefícios nos adviriam? Não seríamos nós os primeiros a ser enganados? Se assim não fosse não vo-lo teria dito.

Investiguem e examinem os filhos deste mundo, sem o mínimo receio de serem enganados, e descubram mais este corpo celeste que aqui lhes sugerimos, advertindo-lhes que não se guiem pelas aparências dos mesmos, ou pelos seus respectivos tamanhos, mas, sim, pela quantia de essências que neles atuam, embora, estas essências são expressivamente sutis, não devem esquecer-se que as mesmas são realmente sutis, como também muito potentes.

São realmente tão potentes as forças que emanam destas sutis essências que, uma mínima porção de substância destas forças naturais, desenvolve muito mais potência que a mais alta força hidráulica ou dinâmica, que os filhos deste mundo até o dia de hoje hajam podido apresentar.

E uma vez ocupado em advertências, também sugerimos que a Eletricidade que aqui nos referimos, não deve ser interpretada com a eletricidade artificial ou comercial, segundo os filhos deste mundo a dominam, pois a que nos referimos é uma essência mais sutil ao grau de eletricidade já conhecida pelos filhos deste mundo, embora não haja conseguido adaptar.

Também observamos que não nos interessa o mínimo, no curso destas narrações, quatro coisas: a idade dos corpos, a distância que separa uns dos outros; o peso e volume dos mesmos.

      REPRESENTAÇÃO E DOMÍNIO ORGÂNICO DOS DOIS SISTEMAS E DAS DUAS SUPREMAS CORRENTES.

O Sol Infinito sujeita e equilibra todos os Sóis Universais, como segue:

O Sol de cada Universo simboliza o coração do mesmo (primeiro símbolo reprodutor), sendo sujeito no centro de seu Universo pela suprema influência do Sol Infinito (símbolo supremo, criador e equilibrador da Vida Infinita), pela ação suprema de suas duas correntes expressivas: Eletricidade quente ou atrativa e Eletricidade fria ou retentiva; atração e repulsão; essência primordial, força suprema que movimenta, dá vida e equilibra todos os corpos criados na Infinita Casa do Eterno Pai.

O Sol da cada Esfera simboliza o coração da mesma (terceiro símbolo de representação criadora e segundo reprodutor); também é dominado e equilibrado pelo Sol de seu Universo, respectivamente. Cada Sol de cada Universo domina e equilibra todos os Sóis de suas Esferas, e estes, retêm e equilibram todos os mundos ou corpos celestes de suas respectivas Esferas, transmitindo-lhes luz, calor e vida.

O Corpo do Universo Infinito está retido e equilibrado em sua própria órbita, ou seja, na órbita de seu próprio corpo, cuja essência suprema parte de seu lado interno: Coração do Infinito.

Este Sol é o foco supremo de onde irradia toda expressão e manifestação da Vida e, o equilíbrio da mesma em todo o Infinito.

Cada Universo está retido em sua própria órbita por seu Sol Universal, em comunhão de Vida Infinita e de equilíbrio universal, uns com os outros.

Cada Esfera está retida em sua própria órbita, por seu respectivo Sol e em comunhão de vida e de equilíbrio de Esferas, umas com as outras. Exemplo: todos os mundos ou corpos celestes e terrestres de nossa Esfera, estão sujeitos ao Sol que nos ilumina. Dele recebem luz, calor e vida, cada corpo em sua própria órbita e em comunhão de equilíbrio uns com os outros.

Semelhante, compõem-se a representação e domínio orgânico do Sistema Lunar, Universal e Infinitamente, sem esquecer que este recebe o calor e vida daquele, que é a Essência Suprema da Vida Infinita, emanada da natureza interna do Verbo.

No Sistema Lunar agem recíproca e gradualmente, as influências de sua mesma origem, ou seja, a Eletricidade fria e, todos os mundos e corpos celeste com seus respectivos seres viventes, estão sujeitos às irradiações naturais destas influências, gradual e respectivamente: influência solar e influência lunar; quente e frio; fogo e água; positivo e negativo; permanente e variável; fluxo e refluxo; masculino e feminino.

      COMUNHÃO DE VIDA INFINITA

Em virtude da Lei Suprema, irrevogável e intransmutável, de causa e efeito, todos os corpos, seres e coisas criadas na Infinita Casa do Eterno Pai, estão sujeitos gradual e metodicamente, sob vanguarda de um único curso invariável de comunhão de Vida Infinita. Esta Lei Natural e Eterna é convenientemente estabelecida pelo Pai, para o pleno progresso natural de Vida Infinita.

Assim como todos os corpos, seres e coisas desfrutam de seus respectivos graus de natureza, igualmente estão coligados em comunhão de vida (causa e efeito), cada corpo com seu corpo, cada Reino com seu Reino, cada espécie com sua espécie, cada qualidade com sua qualidade, não havendo uma só causa na Infinita Casa do Eterno Pai, que não esteja atada com as ligaduras indestrutíveis de sujeição de vida, sob os moldes naturais da evolução da mesma, sobre cada ser e cada coisa.

Exemplo: O mundo que atualmente habitamos denominamos de Planeta Terra. Outros que vossa ótica tem descoberto em nossa Esfera Planetária, os chamamos respectivamente: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Etc.

Bem está e continuem sempre seus nomes permanentemente, porque tudo o que o homem chamou na morada em que habita, isso mesmo será chamado, porque se o chamou, tem sua causa de ser.

Vosso Planeta está congregado em comunhão de vida, de causa e efeito, a todos os Planetas Terra do Infinito.

Em cada Esfera de nosso Universo há um Planeta Terra igual a este, apesar e sem embargo, que todos os Planetas são terra, em virtude da lei de ação solidificante em suas estruturas orgânicas. Em cada Esfera de cada Universo do Mundo Infinito há um Planeta Terra igual a este. Todos representam plenamente a mesma estrutura física em seu respectivo corpo planetário: o mesmo peso, o mesmo volume, etc. As mesmas propriedades, as mesmas plantas e os mesmos animais.

O mesmo homem num mesmo grau de evolução de vida, de civilização; a mesma luz, as mesmas trevas; o mesmo bem e o mesmo mal.

Vos moveis? Falais? Agis? Trabalhais? Não é por vós mesmos, nem tampouco por vossa própria vontade; nem por vosso próprio saber; nem por vossa própria ciência, porque estais acorrentados em comunhão de vida material, as mesmas influências naturais que sobre vós irradiam, de um ilimitado número de mundos igual ao vosso.

Pois bem, Mercúrio está congregado irrevogavelmente em comunhão de vida, de causa e efeito, a todos os Mercurianos do Infinito; Vênus, a todos os Venuinos; Marte, a todos os Marcianos; Júpiter, a todos os Jupterianos; Saturno, a todos os Saturninos; Urano, a todos os Uranianos; Netuno, a todos Netuninos, etc.

Cada um destes Planetas manifestam uma propriedade natural de influências e simbolizam uma ciência: uns a astronomia, outros a agricultura em todos seus termos; outros a mecânica; outros as letras; outros a filosofia; outros a indústria; outros o comércio e outros, todavia, a guerra, etc.

Assim pois, do todo emana de tudo. Todas as coisas vos são lícitas, porque estão ao alcance de vossa representação e domínio, mas nem todas vos convém, porque nem todas são para vossa edificação. Todas as coisas vos pertence, mas nem todas deveis usar, porque nem todas são para vosso sustento.

Em Júpiter acha-se a chave da ciência, da sã sabedoria, da alta filosofia, do amor e da virtude, da harmonia e da paz, mediante o alto grau evolutivo de seus habitantes; o progresso essencialmente da vida, num conjuntivo curso liberto de qualquer vislumbre de retrocesso. Aqui impera a sã sabedoria e o verdadeiro amor. Em vosso mundo, por exemplo, as letras… Todavia, não citaremos isto agora, porque duas coisas nos autorizam: a primeira é que, caso necessitássemos estender este trabalho além do que nós havíamos proposto, expondo as causas primordiais que motivam tais efeitos. Todavia, esta não é imperante, porém a segunda relaciona-se intimamente com a prudência, para vosso bem e mais rápida ascensão.

Se porventura soubésseis abertamente quais são os mundos que vos irradiam as expressões deturpantes e desvirtuadas da vida, fazendo-vos sentir as mais amargas sensações, sobre as quais se quebram vossas ilusões carnais, em virtude de vossa pouca cultura espiritual, assim, naturalmente, como eles, chegariam até odiá-los, recebendo assim o respectivo choque de retorno, o que para vós seria inevitável.

Contudo, não podemos concordar com operários, pertençam ao mundo que pertencer, que sem o mínimo escrúpulo, entregam-se às especulações científicas e sem o pleno conhecimento daquilo que expõem, sem a posse natural de suas coordenadas no Laboratório de Vida Infinita, e tudo isto já temos observado em vosso Mundo.

Devem, pois, deixar este especulativo, e largar de sujeitar as criaturas que trabalhosamente se debatem, para libertar do charco tenebroso e corrupto das trevas, mediante seu crescimento científico, porque com isso, não só, totalmente, vem submergi-las no mais expressivo ambiente de superstição, como também no mais profundo abismo de incredulidade.

      RESUMO.

O Verbo Criador manifesta-se, gradualmente, em todos os corpos do Infinito. Em todos os corpos do Infinito, manifesta-se também a Eletricidade.

O Verbo é Essência Infinita da Vida.

A Eletricidade manifesta-se, gradualmente, mediante dois graus de ação natural: Eletricidade quente e Eletricidade fria.

A Eletricidade quente provêm do lado interno.

A Eletricidade fria provêm do lado externo.

O Verbo em si, contém natureza de dois gérmens.

A Eletricidade quente é de ação masculina.

A Eletricidade fria é de ação feminina.

Ambas contém a estampa do selo de dois gérmens.

A Eletricidade quente representa-se no Sol: Sistema Solar.

A Eletricidade fria representa-se na Lua: Sistema Lunar.

Em sua primeira germinação, mediante sua conjunção matrimonial, a Eletricidade quente com a Eletricidade fria, mediante a ação do Verbo, imprimiram em todos os corpos, a estampa do Selo de dois germens: Sol, Lua, Luzeiros e Estrelas.

Os Luzeiros são pequenos Sóis; as Estrelas só pequenas Luas.

Em sua segunda geração (que é primeira incubação feita sobre os mundos, na formação dos seres viventes), gerou o Reino Vegetal, imprimindo nele estampa do selo de dois germens.

Em sua terceira geração (que é a segunda incubação para a segunda criação na terceira transformação do Universo Infinito), gerou ao Reino Animal e nele imprimiu estampa do selo de dois germens: macho e fêmea, masculino e feminino, homem e mulher.

Cada Reino compõem-se de muitas espécies e cada espécie é composta por muitas qualidades.

Esta é pois a origem natural, fundamentalmente eterna, de todos os corpos criados na Infinita Casa do Eterno Pai.

Esta é a Suprema Autoridade que eternamente comanda a orgânica infinita de toda criação; esta Suprema Autoridade, essência de todo Poder, mediante suas escalas graduais, todos podem ver com seus olhos materiais.

Quereis ver nosso Pai Eterno? Olhai para o Sol que nos ilumina e tereis a vossa vista, a representação exata de nosso Eterno Pai, Universal e Infinitamente.

Quereis ver nossa Mãe Eterna? Olhai para a Lua de vosso mundo e tereis a representação de nossa Mãe Eterna, Universal e Infinitamente.

      MAIS ADVERTÊNCIAS.

Com referência ao que deixamos exposto quanto a orgânica suprema, na planitude dos corpos celestes, temos passado por alto (porque assim convém), escusando algumas referências, todavia essenciais, assim como: as principais correntes essenciais, respectiva e gradualmente, positiva e negativa, e, igualmente, suas intermediárias que intensamente se entrelaçam de corpo a corpo.

Suas respectivas influências e ações conjunta e gradualmente.

Diversas substâncias e suas propriedades, de certos corpos, e a comunhão Universal e Infinita.

Congregação, harmonização e comunhão de espécies, gradualmente.

Diversas e pronunciadas influências que exercem alguns corpos sobre outros, tanto orgânica como em comunhão de espécie.

Movimentos naturais; rotação e translação.

Órbitas máximas que podem alcançar alguns corpos e vice-versa.

Vida orgânica de congregações, diluições e solidificações.

Transformações e regenerações.

Atmosferas e suas respectivas constituições, suas variadas e múltiplas ações.

Degradação essencial de certos corpos para uniformidade. Variações naturais e outros efeitos, filhas de outras tantas causas naturais.

Oh! Infinito Pai-Mãe, que grandioso é teu supremo poder!

Que ilimitadas são tuas eternas leis de harmonização e equilíbrio infinito! Bem apresentas ao homem, em teu grandioso ambiente, um ilimitado campo onde possa estudar, esquadrinhando os inumeráveis efeitos de Vida Infinita!

CAPÍTULO VIII

      ORIGEM E REPRESENTAÇÃO DO SER HUMANO NO INFINITO.

O único móvel que nos leva a vos apresentar este pequeno trabalho, (que dedicamos para vosso próprio bem, em comunhão suprema com o Bem Universal Infinito), é plenamente expor-vos as ascendências e descendências das duas supremas correntes, que substancialmente irradiam e atual sobre a Vida Infinita, as mesmas que, ao manifestar-se no plano dos seres viventes, entrelaçam constantemente o ambiente executivo, respectivamente, do bem e do mal, do virtuoso e do desvirtuoso, do progresso e do retrocesso da vida.

Assim, unicamente, havemos limitado ao ambiente essencial de origem, expressão e ação da vida, em conjunto infinito e mediante sua plena representação e respectiva ação gradual, sobre os corpos celestes.

Cada coisa se manifestará em seu dia, em seu dia será compreendida e não somente compreendida, como também aceita e convenientemente adaptada.

Portanto, deixamos exposto que na terceira geração feita no Mundo Infinito pela Eletricidade quente, em sua respectiva conjunção matrimonial com a Eletricidade fria, foi gerado o Reino Animal, e, este, mediante a segunda incubação, na terceira transformação do Universo Infinito, impulsionado pelas influências regularizadoras e equilibradoras Solar e Lunar: fluxo e refluxo; havendo sido auxiliado pela ação atmosférica, respectivamente, incubadora, tomou corpo material depois de haver dado o mesmo efeito com o Reino Vegetal.

O Reino Animal compõem-se, como todos sabeis, de muitas espécies e cada espécie compõem-se de muitas qualidades, cabendo ao ser humano a representação suprema deste Reino e, não somente deste, como também do Reino Vegetal com todas suas espécies e qualidades, todavia, para maior clareza nos limitaremos a um só mundo.

O ser humano neste mundo, em seus primeiros dias de vida, passou por um período de evolução natural, em que sua expressão intelectual era semianimal, pois apenas se distinguia dentre os irracionais por um só grau de inteligência.

Todavia, advertimos de passagem, que em virtude natural do crescimento gradual da sabedoria, em ação predominante sobre a Suprema Essência deste Reino e, mediante a origem conjuntamente expressiva e manifestativa da inteligência, da ciência e da virtude, ao manifestar-se em graus plenamente essenciais, sobre o mesmo, o maior grau de inteligência nos animais irracionais é dezenove; o ponto culminante que até hoje tem alcançado é setenta e dois graus. Além destes não existe presentemente sabedoria no Infinito.

É, pois, natural que não haja ninguém sem inteligência; o mínimo que um irracional pode manifestar, é um grau de inteligência; o máximo são dezenove graus. O mínimo que o ser humano pode manifestar é vinte graus. A Inteligência Suprema do ser humano, no Universo Infinito, tem escalado até este dia Espiritual SETENTA E DOIS GRAUS ESSENCIAIS.

O ser humano, neste mundo, em seu primitivo estado de vida, distinguia-se dos animais irracionais, unicamente, por um só grau de inteligência; portanto, vivia mais por instinto.

Porém, em seu curso evolutivo, em virtude da Lei Natural de graduação de espécie no Universo Infinito, foi adquirindo maior grau de expressão e de reprodução natural de inteligência, de sabedoria, de ciência e de virtude e, de conformidade com a aquisição natural desta expressão essencial, também foi adquirindo maior grau de denominação e domínio sobre os demais seres criados neste mundo, em virtude do labor ininterrupto de sua espécie no Infinito.

Mas, como adquiriu o ser humano, neste mundo, o respectivo grau de inteligência, de sabedoria, de ciência e de virtude que atualmente goza? Disto nos ocuparemos, embora ligeiramente, vendo-nos para tal, em estrita necessidade de fazer separação de sexos; expondo-vos primeiramente os princípios fundamentais, alicerçados nas leis imutáveis do Laboratório Infinito da Vida Essencial, quanto à representação, ação, domínio e respectivas responsabilidades deste glorioso ser, tanto individual como coletivamente, assumidas, por natureza, perante a Vida Infinita.

      REPRESENTAÇÃO DO HOMEM NO INFINITO.

      SEXO MASCULINO.

Mediante a origem fundamentalmente eterna de seu sexo, no Infinito, o homem, e igualmente o sexo de todas as espécies e qualidades de ambos Reinos, Universal e Infinitamente, agem suas respectivas influências, ou seja: quente, positiva, permanente e progressiva, achando-se congregado e unificado em comunhão de influências com todos os sexos do Infinito, cada espécie deste sexo com sua espécie e cada qualidade com sua qualidade, e, ademais, em virtude da lei natural de causa e efeito também acorrentado sobre si mesmo.

      REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO INFINITO.

      SEXO FEMININO.

Igualmente, em virtude da origem fundamentalmente eterna de seu sexo no Infinito, a mulher e todo o sexo feminino de todas as espécies e de todas as qualidades de ambos Reinos, representa a Lua no plano dos seres viventes e, sobre este sexo agem suas respectivas influências, a saber: fria, negativa, retentiva e variável, achando-se congregada e unificada em comunhão de influências com todo seu sexo no Infinito, cada espécie com sua espécie e cada qualidade com sua qualidade, e também, em virtude da lei natural de causa e efeito, está acorrentada sobre si mesma.

      REPRESENTAÇÃO E DOMÍNIO DO HOMEM E DA MULHER, GRADUALMENTE.

O homem e a mulher representam plenamente e em plano gradual, o rei e a rainha de toda a criação, pertence aos dois últimos Reinos e, mediante a escala gradual da Natureza Infinita sobre a geração de seu Reino; o pai e a mãe de sua espécie.

O homem e juntamente a mulher gozam, gradualmente, de representação e domínio sobre o Reino Vegetal, com todas suas espécies e qualidades e também gozam de representação natural sobre o Reino Mineral, valendo-se de muitos corpos do primeiro e muitas de suas substâncias, para conveniente alimentação física e para o necessário vestuário, e do segundo, para organizar instrumentos e utensílios necessários, que vem favorecer o curso natural da vida; todavia, sobre este Reino não assume responsabilidade, porque apenas goza de representação e de um mínimo grau de ação, e isto não significa domínio. Portanto, sobre aquilo que não domina, não assume responsabilidade.

      GRAUS DE AÇÃO E RESPONSABILIDADE DO HOMEM E DA MULHER.

Em GRAU INDIVIDUAL: O homem, quando com doze anos de idade, de conformidade com a Lei Natural Infinita do cursar da vida, sobre o ser humano e em particular sobre cada sexo, adquire responsabilidade sobre si mesmo, gradualmente, porém, não adquire liberdade de ação e nada lhe pode ser confiado, pois o respectivo grau de ação e de completa responsabilidade, os vem adquirir quando completado os vinte e quatro anos, fazendo-se responsável por tudo o que lhe for confiado.

A mulher, quando com quatorze anos de idade, de conformidade com a Lei Natural Infinita do cursar da vida, gradualmente, sobre cada sexo, adquire um grau de responsabilidade sobre si mesma e, quando completados os vinte e um anos, adquire seu grau natural de ação e respectiva responsabilidade por si mesma e não casando-se, continua neste mesmo grau, permanecendo sob tutoria e nada lhe pode ser confiado.

Em GRAU SOCIAL: O homem, aos vinte e quatro anos de idade, ao casar-se é plenamente responsável por si próprio e por sua legítima família, mulher e filhos, e ademais, é responsável por toda a orgânica de seu domínio e representação: criaturas, animais, plantas, substâncias, instrumentos e utensílios, e por tudo que lhe seja confiado por sua orgânica social.

A mulher quando completados vinte e um anos de idade, ao casar-se, ademais de seu primitivo grau de responsabilidade, também assume gradualmente por seus filhos, e por tudo que lhe for confiado por seu marido, segundo as esferas graduais, respectivamente, das ações de seu sexo.

Estas responsabilidades de ambos os sexos são plenamente graduais e também seus respectivos planos, que são dois: o primeiro o apontaremos a continuar e o segundo, metodicamente, no decorrer deste pequeno trabalho. O primeiro é provisório e variável e o segundo é altamente essencial.

      PRIMEIRO GRAU DE RESPONSABILIDADE DE AMBOS SEXOS.

1º)                Cada um por si mesmo, perante toda a orgânica social.

2º)                Gradualmente, os filhos perante seus pais; a mulher perante seu marido; o marido perante toda a orgânica social de um mundo.

      MANIFESTAÇÕES E CRESCIMENTO GRADUAL DA SABEDORIA DO HOMEM.

Nas exposições precedentes temos feito separação de sexos, para expor-nos com maior clareza a origem e representação, autoridade e domínio com suas devidas ações e, respectivas responsabilidades graduais de cada sexo, na orgânica infinita do ser humano, segundo sua origem fundamental e eterna, porém, quando fala-se no homem sem separação prévia, falamos também na mulher, como todos vós plenamente sabeis.

O homem, em virtude da Lei Infinita de causa e efeito, está aliado em comunhão mental com todos seus convenientes do Infinito, pois não se tem manifestado, manifesta e manifestará à qualquer ideia ou pensamento no homem, pertença ele ao mundo que pertencer, sem haver se manifestado e muitas vezes atuado em viventes de outros mundos, de conformidade com o grau de evolução que estejam atravessando. Aqui pois, daremos um simples exemplo para maior brevidade e sentido natural compreensão, não obstante, ao apontarmos tão vasto e ilimitado campo, devemos ser demasiadamente breves, que deixemos encoberta a Árvore Infinita onde a vida se apoia, cujas essências naturais manifestam-se coordenadamente e de conformidade com o ambiente do progresso natural, evolutivamente, do ser humano em cada mundo.

A sabedoria é uma essência infinita como todas as essências, e é de ação altamente progressiva no ser humano; esta essência se manifesta em plano de desenvolvimento e ação por meio de um gérmen natural, como todos os múltiplos gérmens que em estado essencial irradiam no Mundo Infinito. Este gérmen é naturalmente gerado pelo Ambiente Infinito da Sabedoria, nos aparelhos competentes da orgânica humana; estes órgãos se encarregam metodicamente de encabulá-los e dar-lhes vida expressiva, para dedicá-los, às suas respectivas ações coercivas, sempre de conformidade com suas disposições ou possibilidades orgânicas.

Todavia, usaremos de expressões mais claras:

O ser humano, como todos os demais seres (espécies e qualidades) dos dois últimos Reinos, Animal e Vegetal, é provido de propriedade de estampa do selo de dois gérmens, mediante a natureza infinita de sua espécie, sob a ação ilimitada do Verbo da Vida Infinita, mediante os degraus essenciais que descende para sua manifestação natural sobre as criaturas.

Estes dóis gérmens demonstram claramente propriedades de dois sexos.

Para esta obra criadora e reprodutora de sabedoria, o cérebro toma o cargo natural de sexo masculino, e a consciência o sexo feminino; estes, convenientemente alimentados pelo Ambiente Infinito da Sabedoria, fazem sua conjunção matrimonial e, se a consciência não é estéril em incubá-lo, dá-se a manifestação de Vida Natural. Imediatamente o coração encarrega-se de sua educação gradual e, este corpo essencial alimentando-se dos seios maternos da consciência e convenientemente educado por seu instrutor natural, entrega-se à disposição paterna para ser devidamente ocupado no campo de seu trabalho.

Neste campo essencial cresce e se aperfeiçoa cada vez mais, mediante o curso Infinito de sua vida, essencialmente eterna, passando por graus de aprendizagem eternamente natural ou contranatural, segundo pode denominar a sã e a insana sabedoria, respectivamente. A primeira real é verdadeira para a vida; a segunda irreal é inverídica; progresso e retrocesso, harmonia e desarmonia, amor e ódio, paz e contenda.

Aqui apresentaremos um grau de sabedoria interminável, e desta exposição podeis sacar a essência necessária ou que achais por conveniente, para poderdes julgar com consciência a sabedoria insana ou negativa para a vida hominal.

A sã sabedoria passa por graus de aprendizagem eternamente naturais, de conformidade com a manifestação e crescimento da Vida Infinita; seu campo de representação e ação natural é essencialmente ilimitada, porque não se ocupa unicamente no estreito ambiente do presente, como apenas se transcorre sobre o passado, mas lança-se e vive ilimitada no campo do futuro, para de tempos em tempos ser imenso. Daqui provêm o progresso natural da Vida Humana.

Em vista do infinito campo da sabedoria, ninguém diga ou pense ser sábio, porque seria a prova mais terminante e claramente expressiva, que lhe pudesse proporcionar sua própria ignorância.

Aqui vos apresentamos uma simples operação acompanhada de suas explicações, não com intuito que vos sirva de base ou regra para ser por vós adotada, pois isto depende exclusivamente de vós; este simples exemplo usamos para expor-vos como se inicia, cresce e evolui esta Essência Suprema que se chama Sabedoria. Todavia, se quereis adotar e adaptar, não fazeis mais que cumprir com vosso dever sagrado, de conformidade com o grau de vossa representação no Mundo Infinito e respectiva responsabilidade.

Escrevemos-vos como a sábios, e essa esperança nos alenta acerca de vós.

      OPERAÇÃO E EXPLICAÇÃO.

Simplifiquemos que sois mecânicos.

Não , em primeiro lugar, que mediante vosso ambiente inspiratório e executor, ou aura essencial de vossas inspirações e obras, estais em íntima comunhão mental com todos os mecânicos do Infinito, e que tudo o que lhes tem produzido ou estão produzindo, vós também podeis reproduzir, em virtude de plena gravação de suas, no ambiente supremo do éter Universal Infinito, fotogravadas em chapas, gradual e classificadamente transportáveis, mediante a natural ação irradiadora do pensamento humano, através de ondas formadas por várias espécies de emoções mentais, e em virtude da ação natural da corrente de atração.

Exemplifiquemos: Neste momento vos sentir com desejo manifestativo e expressivo, de reproduzir um motor não conhecido em vosso mundo.

Desde que o desejo se haja manifestado em vós, indica claramente a existência desse motor em outros mundos do Universo Infinito, de conformidade com o grau de expressão que vos haja manifestado o desejo, e não existir o referido motor, indica expressivamente que existe em vós as possibilidades reais dessa reprodução.

No momento que estas idealizando ou desenhando seu plano, conforme o vais traçando, vai apresentando em vossa expressão mental a imagem orgânica de seu corpo, tanto em sua estrutura externa como interna.

Isto significa plenamente a atração orgânica de sua respectiva chapa impressora e, representadora de sua real existência no plano material ou físico, em outros mundos do Universo Infinito.

Se a imagem apresentar nitidamente clara, prova incontestavelmente sua existência em muitos mundos do Infinito; se vos apresentar com expressões tênues, prova plenamente que poucos motores dessa qualidade existe no Mundo Infinito (a menos que não estejais convenientemente preparado, física e mentalmente para receberes sua expressão natural); todavia, se a imagem não se apresentar durante várias experiências de vossa parte, constando convenientemente o vosso organismo em harmonia vibrante com vosso desejo e a mente centralizada, prova sua existência orgânica e vosso desejo permanente, isso demonstra indubitavelmente, que em vós existe a probabilidade real de compor o referido motor; este é realmente o gérmen da sabedoria que emanado da Árvore Infinita da Sabedoria Suprema, em vós se manifesta.

Este germe ao ser gerado por vosso cérebro, se a consciência o incubar e o coração devidamente o instruir, se cada um desses órgãos cumprirem plenamente com seus deveres naturais e sagrados, podeis ser contados pela Sabedoria Infinita entre os primeiros reprodutores do referido motor, pois mediante vossa comunhão de ambiente, pela expressão essencial de pensamentos, estais em contato comum com todos os mecânicos do Infinito, e juntamente, em comunhão de obras, estais trabalhando com todos aqueles que são movidos pelo mesmo grau de desejo, que se haja manifestado em vós.

Todavia, um só pensamento humano, procurando qualquer forma ou símbolo existente, ao ser lançado na onda infinita das correntes mentais, seria o mesmo que um só homem, servindo-se somente de suas forças orgânicas, tentasse separar as águas dos mares de vosso mundo e abrir um caminho seco entre elas.

Ninguém deve dizer: eu sou o autor disto ou o inventor daquilo, salvo se tiver realmente sabedoria para assim se expressar.

      EXPLANAÇÕES.

Ao tratarmos de essência tão altamente delicada e expressivamente variada e classificativa, não podemos deixar de explanar várias planitudes desta Árvore Suprema que se chama Sabedoria; a mesma quando plenamente sã e, inteligentemente, dirigida sobre o respectivo campo de suas ações naturais, é incontestavelmente a mais viva manifestação natural da grande e divina virtude, na qual se apoia o supremo ambiente de Vida Infinita do ser humano. Assim como quando insana, é o mais duro e tenaz algoz em oposição à Vida Natural, não somente rebaixando-a e escravizando-a, como também desvirtuando, e apartando-a de toda e qualquer manifestação sobre o ambiente natural da mesma, abrindo-lhe o lúgubre e trágico trilho do mais pronunciado abismo, onde sepultam suas divinas e doces energias, lançando-a num prolongado curso de constantes vicissitudes ao faze-la sofrer os mais duros revezes, mediante intermináveis provações.

A mente intelectual, mesmo em observação de Espírito, quando não convenientemente auxiliada pelos demais órgãos essenciais do corpo físico, não pode receber e muito menos vitalizar em si, as sublimes expressões de essência tão divinas, e altamente delicadas, as quais são bem pouco adaptáveis a qualquer ambiente de mistificação e portanto, analisa os respectivos planos de sua sabedoria, mediante  acanhadas expressões mentais e sob o reduzido ambiente de seu conjunto extremo, através de acompanhada adaptação de seus órgãos cerebrais, atribuindo-a como emanação dos mesmos e como causa propriamente nata. Este é um reduzido ambiente tão expressivamente tênue, como altamente torpe aos olhos escrutadores da sã sabedoria. Todavia, infelizmente, há ambientes tão reduzidos que unicamente se estendem e se fundamentam, sobre aquilo que seus olhos veem e que suas mãos apalpam.

Contudo, estes órgãos, quando bem dispostos são aparelhos receptores expressivos dos Agentes Naturais, essenciais reprodutores das propriedades de vida: a vida manifesta-se no homem mediante o homem, porém, esta essência divina não é propriamente do homem; quando o Ambiente Supremo da Vida Infinita quer, se dá, e quando quer se tira, sob a mesma forma de expressão que o próprio homem escolheu.

Demos um simples exemplo sobre a origem fundamental de tão suprema e divina essência, acompanhado de suas explanações e cremos ser oportuno expor alguns de seus planos, a fim de que cada um que nos lê, possa escolher e deixar-se guiar por aquilo, que lhe parece mais conveniente ou adaptável à sua convicção, porém, todavia, recordai-vos da parábola das minas.

Para começarmos nossas explanações, principiaremos por dizer o que todos plenamente sabeis, que no Universo Infinito irradiam muitas e variadas espécies de sabedorias, contudo, para simplificar, advertimos que todas as espécies de sabedorias que, constantemente, irradiam na Infinita Casa do Eterno Pai, se manifestam e atuam sob a expressão de dois símbolos supremos, ou supremas influências, expressando-se cada uma, mediante seu respectivo plano de ação.

Estes dois símbolos supremos de sabedoria, um é real e verdadeiro, positivo, progressivo e eterno; o outro é totalmente irreal e inverídico, negativo, variável e provisório, sua expressão e campo de ação é limitado e temporário.

São duas sabedorias e duas correntes de sabedoria: a primeira é Paz, Harmonia, Virtude, Amor e Vida; a segunda engendra e incuba o desvirtuamento da vida, é desconcórdia, desarmonia, desvirtude, desamor e contra a Vida.

A primeira corrente é natural e eterna, formada por todos os seres humanos, tanto em plano ou estado de matéria como em essência, que plenamente desejam o bem, a harmonia, a paz universal e infinita, trabalhando constantemente no Laboratório de Vida Infinita, reproduzido e emanando, manifestando e demonstrando clara e patentemente, para todos aqueles que querem ver os divinos e científicos frutos do amor de Vida Eterna e, particularmente, para com seus irmãos das trevas, que não tem escalado os degraus divinos da luz de vida e, não unicamente para com estes, como também para com todos os seres e coisas de vida.

Esta sabedoria em seu plano natural e essencial chama-se: Luz, porque vem iluminar o intelecto de todos os homens, isto é, dos que a quiseram aceitar, sobre todas as obras essenciais de vida, demonstrando-lhes o lugar sagrado que o ser humano ocupa na orgânica infinita, sua origem natural e eterna; os dois graus naturais de família: Família Natural e Legítima Geração, seu dever natural e eterno para com a mesma e com todos as coisas de vida, seu domínio e representação natural, e os graus essenciais de suprema responsabilidade, tanto para consigo como para tudo que lhe for confiado, perante a consciência suprema da orgânica humana no Mundo Universal Infinito.

Estudando e analisando, protegendo e defendendo com as armas divinas do mais puro amor, a todos os seres e coisas que sejam plenamente favoráveis à vida, esforçando-se sempre por apartá-los de todos os fatores e agentes contranaturais, que prejudica ou desvirtua seus atributos divinos.

A segunda corrente de sabedoria é totalmente contranatural, insana e expressivamente provisória; a formam todos os seres humanos, tanto em matéria como em essência, que não conhecem ou não praticam mais virtudes de vida, além das que acham convenientes para seus próprios ambientes egoístas e infecciosos, não reconhecendo mais família, que a si mesmo e quando muito se estendem às suas legítimas, não reconhecendo mais origem que a corrupta mira de suas deturpadas vistas, mais deveres que seus infecciosos bem-estar e mais responsabilidade que suas próprias ambições, que para alcança-las, mediante a expansão de seus maléficos instintos, não titubeiam em desvirtuar o sagrado cursar da vida, intentando com toda sorte de expansões ilícitas, encerrá-las em seus limitados, corruptos e deturpantes ambientes materiais.

Esta sabedoria em todo seu conjunto essencial chama-se: Trevas, porque não vê e não quer ver seu fundamento, sua origem, sua representação e lugar sagrado que ocupa, desviando-o e continuamente pisando-o aos pés, estudando, analisando e pondo em prática toda sorte de fatores que possam contribuir, para seu único bem, não obstante para o conseguir, hajam de passar por cima dos sagrados direitos naturais de vida dos demais, destruindo dignidades, origens, honras e virtudes, amor e vidas.

Essas consciências que jazem em planos tão altamente lamentáveis, como corruptos, lavram onde quer que esteja a miséria, o sofrimento, a angústia e a dor, revolvendo-se no imundo lamaçal de suas deturpantes ações plenamente irrefletidas, ao praticar toda sorte de torpezas e desatinos que lhes é possível contra a vida, e portanto, contra si mesma.

Os operários da primeira corrente quando em estado de vida essencial, valem-se em seu labor eterno de aperfeiçoamento e harmonização de vida, entre seus irmãos das trevas, de inspirações e manifestações, de fórmulas e ensinos essenciais, de admoestações e advertências, com o único fim salutar e benéfico, de transmitir-lhes o germe divino do verdadeiro amor e do progresso natural de Vida Eterna.

Quando manifestados em vida material ou orgânica, aparecem a reaparecem dando as mais determinadas provas de virtudes, altamente essenciais, demonstrando com seus atos e obras naturais a mais clara expressão de amor fraternal e eterno, apontando a estrita necessidade de harmonização e confraternização do ser humano, dando a conhecer várias planitudes de Vida Natural e Eterna, em seu curso essencial e sempre esforçando-se, mediante suas ilimitadas expressões e ações para fazer compreender a seus irmãos das trevas, as supremas origens e virtudes naturais dos fatores benéficos da Vida Eterna, em seus respectivos planos essenciais no Infinito.

Os operários da segunda, quando em estado de vida essencial ou Espiritual, tratam de fortalecer sua corrente de trevas, mediante inspirações e manifestações de fórmulas e ensinos contranaturais, tratando de inculcar nas consciências de seus irmãos, como eles inconscientemente e totalmente desconhecedores das supremas virtudes naturais, as mais torpes inspirações e comunicações, mediante tão rebaixante plano de sabedoria, que além de ser raquítica aos olhos virtuosos da consciência infinita dos operários da vida, também é totalmente desvirtuosa e expressivamente insana, porque unicamente tem em mira a representação banal de si mesmos, para tal, enganando-os com toda sorte de embustes, de conformidade com o plano gradual que ocupam.

Quando manifestados em corpo material, tratam de fortificar seus ambientes, mediante toda espécie de reproduções e ações maléficas, deturpadoras e destruidoras de vida.

Os operários da primeira, quando manifestam-se em plano material, apresentam-se sob a mais humilde procedência, em pequeninos vultos e qual nuvenzinha branca, que imperceptivelmente se desliza, cruzando os raios solares, através do imenso espaço infinito do ambiente da Luz, deixando irremovível estampa de selos seculares de um real e eterno advento de Vida Natural e Eterna.

Os da segunda, manifestam-se em seus três planos, a saber: em grandes, médios e pequenos vultos, com o fim lúgubre e tenaz de abranger todo seu ambiente e poder coordenar, congregar e executar sua obra destruidora e deturpadora de vida, em toda sua orgânica social, dos mundos de suas ações.

Os primeiros vivem tanto em Espírito como em matéria, em mundos inteiramente de Luz, nos quais não se dá o mínimo desequilíbrio de vida e só se manifestam, gradualmente, nos mundos que lhes são determinados, de tempos em tempos, permanecendo neles, cada operário, um tempo determinado.

Os segundos, manifestam-se constantemente; são altamente irrequietos e grandemente intrometidos, porque habitam em mundos irrequietos e de trevas, não tem tempo determinado nem parada certa.

Assim vão atravessando seu curso preparatório, sombrio e tenebroso, enquanto não veem um reflexo da Divina Luz emanada dos primeiros, mediante inúmeras admoestações e advertências, declarações e combinações que vem confrontar-se com seus desenganos e contínuos sofrimentos, através de muitas experiências, mediante um prolongado curso de existências irregulares e expressivamente instáveis, em virtude de tantos desenganos, vem juntar-se às fileiras da Divina Luz, para serem operários no Laboratório Natural da Vida Eterna.

Vosso mundo atual está sob as influências tenebrosas das trevas, subjugando-o sob seus mais tenazes instintos, os quais sombriamente já se tem manifestado, não omitindo esforços em todos seus ambientes de destruição e extermínio, em virtude de haver se manifestado em fulgurantes lampejos da Luz Divina, demandando seu Reino e despojando todo seu poder, que por longo tempo vos tem escravizado, apesar de ser o mesmo desde o princípio, predeterminado, contudo, lástima seria que por vossa inércia ou relaxamento, este mesmo tempo se prolongasse.

Todavia, com os lampejos da Luz Divina desfecham seus irrecusáveis clarões sobre a cabeça da turbulenta serpente, a mesma que ao ver, fascinada por tão grande e irresistível Luz, revolveu-se vertiginosamente sobre si mesma, aplastando e arrastando tudo o que em seu desespero extremo possa alcançar, e por último, exterminando sua própria vida.

Alerta irmãos amados! Não temais! Apoiai-vos à Rocha Essencial de Vida Eterna e Ela, indubitavelmente, vos salvará do imundo vômito de vosso tradicional inimigo.

      PLANOS ESSENCIAIS DE IRRADIAÇÕES, MANIFESTAÇÕES E AÇÕES DO SER HUMANO, TANTO ESPIRITUAL COMO MATERIALMENTE.

O ser humano está ligado aos seguintes planos essenciais, tanto Espiritual como materialmente, mediante e de conformidade com suas ações expressivas ou manifestativas:

Comunhão Mundial (com o mundo em que se manifeste), um; Comunhão de Esferas, dois; Comunhão do Universo, três, Comunhão com o Infinito, quatro.

Estes quatro graus de comunhão são altamente essenciais, inevitáveis e intransferíveis.

      CORRENTE POSITIVA.

Seus operários se acham congregados universal e infinitamente nos quatro supra ditos ou graus essenciais, que são supremos, mediante uma só corrente de Vida Infinita, focalizada para um só e único fim, manifestado em diversas propriedades de vida, das quais as principais são:

Inteligência, Sabedoria, Ciência, Virtude, Harmonia, Paz, Amor e Vida.

      CORRENTE NEGATIVA.

Seus operários se acham congregados, universal e infinitamente, tanto em comunhão de efeito como de espécie, assim:

Os guerreiros em comunhão de causa e efeito com todos os guerreiros do Mundo Infinito, mediante suas escalas essenciais; os avarentos, em comunhão com todos os da sua espécie, mundial e infinitamente; os ladrões, em comunhão com todos os ladrões do Infinito; os hipócritas, com todos os hipócritas; os embusteiros com todos os embusteiros; os falsários com todos os falsários do Infinito e assim, gradual e simbolicamente.

Tantos efeitos, outras tantas essências; tantas essências outras tantas sabedorias; tantas sabedorias, outras tantas congregações; tantas congregações, outras tantas comunhões, universal e infinitamente.

      EXPRESSÃO MENTAL.

Tantos pensamentos, outras tantas chapas impressoras no Infinito, essencial e gradualmente, assim: Mundo em comunhão de Mundos, tendo sua representação em sua Esfera; Esferas em comunhão de Esferas, e sua representação em seu Universo; Universo em comunhão de Universos e sua representação no Infinito.

Tantos pensamentos, outras tantas chapas impressoras e suas respectivas representações.

Tantos ideais, outros tantos símbolos de chapas impressoras, classificadamente, e outros tantos símbolos de representações essenciais; tantas espécies de efeitos, outros tantos símbolos de espécie com suas chapas impressoras e graduais representações, classificadamente, e em comunhão de efeitos.

Tantas qualidades, outros tantos símbolos de qualidade com suas correspondentes chapas impressoras e respectivas representações; tantas representações, outros tantos efeitos envolvidos em suas auras, universal e infinitamente.

      AURAS

Aura de Reinos e impressos de seus respectivos efeitos.

Aura de espécie e seus respectivos efeitos.

Aura de qualidades e seus efeitos.

Aura essencial, corporal ou individual e impressos de seus respectivos efeitos, universal e infinitamente.

      REPRESENTAÇÃO E GRAVAÇÃO DE VIDA INDIVIDUAL E ORGÂNICA NO PLANO ESSENCIAL OU ESPIRITUAL.

O guerreiro habita envolto em sua própria aura, cercado pelas chapas impressoras, imagens vivas de suas obras e efeitos.

O avarento habita envolto em sua própria aura, rodeado por suas chapas impressoras, produto e imagem viva de suas obras e efeitos.

O ladrão habita em sua própria aura, cercado por suas chapas impressoras de suas obras e efeitos.

O egoísta habita envolto em sua própria aura, cercado por suas chapas impressoras e suas obras e efeitos.

O hipócrita habita dentro de sua própria aura, rodeado por suas chapas impressoras de suas obras e efeitos.

Cada criatura em presença essencial de suas obras e efeitos estão em comunhão infinita com todos os de seu grau.

      FRONTEIRAS.

As trevas, denominam-se com este nome porque não perfazem nada do que se refere ao Reino da Luz, não vendo nada do que nestes mundos acontece, desconhecendo totalmente o fundamento natural e científico que os Filhos da Luz usam para conforto e fortaleza da vida, em seu plano essencial, completamente ignorando a essência natural da sabedoria infinita dos Filhos da Luz.

A Luz penetra no mais íntimo das trevas, e para ela não há esconderijo, tendo em si mesma a virtude natural de decepá-las; os operários da Luz veem, compreendem e conhecem perfeitamente a habitação das trevas e quando entre elas se manifestam, não andam às apalpadelas como seus respectivos fatores andam dentro de sua própria casa, pois estes conhecem perfeitamente todas as entradas e saídas daquelas; para os primeiros, dentro da mais pronunciada escuridão, nada há oculto.

Os fatores e agentes constituintes das trevas não podem transpor as fronteiras da Luz, em virtude de suas próprias auras e em consequência do corpo lúgubre de suas chapas impressoras, filhas representativas em essência viva de sua sobras, unicamente, depois de plenamente regenerados, convenientemente preparados e corrigidos suas chapas e o ambiente onde habitam, podem abandonar suas auras, as quais para este caso, é estritamente necessária que sejam mais tênues e podem juntar-se aos operários da Luz, passando a viver em seus ambientes, que antes deverão ser preparados (novas auras), vivendo intimamente em comunhão infinita com todos os operários da Luz, em virtude de suas novas obras e efeitos.

Para os operários da Luz não há fronteiras, atravessam todas as divisas das trevas, gradual e essencialmente, passando pelas trevas sem com elas mesclarem-se e sem que isto venha diminuir o mínimo de suas auras luzes. Todavia, nenhum operário da Luz atravessa qualquer fronteira das trevas, se não é plenamente incumbido e portador desta essência divina em benefício de seus irmãos, porque suas auras são: AMOR E VIDA.

CAPÍTULO IX

      COMUNHÃO DE VIDA INFINITA E ALGUMAS EXPOSIÇÕES SOBRE AS LEIS NATURAIS E ETERNAS DE CAUSA E EFEITO.

Ao iniciarmos este capítulo não podemos deixar de dedicá-lo, como expositor de diversos efeitos naturais, que mediante suas manifestações reais, em virtude da Lei Natural e Eterna sobre os corpos orgânicos, ou físicos, dos seres e das coisas. O ensejo que nos leva, mediante estas breves exposições, é plenamente dar-vos uma ideia exata sobre algumas causas essenciais, cujos efeitos, à primeira análise de vossa parte, vos há de convencer que são contrapostos aos efeitos naturais de vida essencial.

No Corpo Universal Infinito do Eterno Pai, em seu lado interno, tudo é vida e não há ilimitado ambiente da criação infinita, Reino ou espécie, qualidade, corpo ou ser que não desfrute do divino direito natural de propriedade da vida, mediante as escalas graduais desta suprema essência, ao manifestar-se sobre cada ser e cada coisa.

Portanto, não há causa, efeito, pensamento, palavra ou obra que não esteja apoiada e deixe de remanescer, do ambiente do corpo de sua própria vida, manifestando-se gradualmente, em virtude da Lei Natural de congregação e comunhão infinita de seu próprio corpo. Os mundos em comunhão de Vida Infinita uns com os outros, em comunhão de espécies e qualidades, que são graus essenciais de causa e efeito, as plantas, os animais e tudo o que foi criado, pois não há nada que seja plenamente livre ou deixe de manifestar seu grau natural de vida.

Exemplo: Em vosso mundo há mais espécies e qualidades de minerais? É porque em todos os mundos há, como o vosso também; cada espécie, cada qualidade e cada corpo destes minerais apresentam sua propriedade de vida? É porque a recebem do conjunto infinito de seu grau corporal e de vida, ficando assim à mesma acorrentados em ação comum de causa e efeito.

As águas dos mares de vosso mundo retém-se gradualmente em seu próprio leito, sob as pulsações convulsivas de fluxo e refluxo? É porque estão sob a conjuntiva influência de todos os mares do Infinito, mediante a comunhão infinita de seu grau corporal, sob as influências de equilíbrio de retenção e pulsação.

Transladam-se em partes fracionadas? É efeito da infinita translação que opera sobre todos os mares, em virtude de comunhão infinita dos mesmos.

As plantas de vosso mundo nascem e crescem? Enfolham, florescem e frutificam? Amadurecem seus frutos, desfolham e secam? É porque em todas as plantas de todos os mundos, em virtude de Lei Infinita de comunhão de efeitos se dá o mesmo, estando todas ligadas e gradualmente sujeitas às correntes atrativa e retentiva de todo seu Reino.

Vós gerais filhos? Vossos filhos nascem e crescem? O mesmo se dá em todos os mundos habitados pelo ser humano, o qual se acha acorrentado em comunhão de influências: de gerar, de nascer e crescer, de envelhecer e de transformar-se. A matéria torna à matéria sob outro grau de vida, porque da matéria foi tomada; a essência torna à essência, em efeitos essenciais de vida, porque da essência foi dada.

Vosso mundo não é único, absolutamente não, nada do que nele se manifesta e habita é único; vós não sois únicos; mundialmente sois membros, socialmente órgãos e individualmente fibras da orgânica infinita do corpo de nossa espécie. Símbolo de representação suprema do Corpo de Eterno Pai, no plano dos seres viventes, respectivamente, Reino Vegetal e Reino Animal, representação suprema: HOMEM.

Em virtude desta Lei Infinita de comunhão de vida, todas as fibras, órgãos ou membros de vosso corpo, estão ligados em comunhão de efeitos ao corpo de vossa espécie, ficando sujeitos às mesmas emoções e contrações, harmonizações ou desarmonias, equilíbrio ou desequilíbrio de vida, e segundo o plano ou corrente de irradiações que consciente ou inconscientemente vos livrardes.

Ris ou chorais, alegres ou tristes? É porque plenamente estais ligado em comunhão de efeito com todos os que riem ou que choram, que se alegram ou que entristecem, em todos os mundos do Universo Infinito e segundo estas planitudes que estais ligados. Tendes saúde ou vos sentis enfermo? Cuidai, isso não sucede unicamente a vós, porque estais em comunhão de efeito com todos os que tem saúde, ou que estão doentes no Mundo Infinito.

Manifesta-se em vós uma enfermidade, uma doença? Também plenamente tem sua causa de ser.

No decorrer deste capítulo deixaremos exposto a base preliminar dos dois estados do corpo físico: estado de equilíbrio ou saúde e estado de desequilíbrio ou doença.

Depois de plenamente conhecidos os alicerces fundamentais e eternos da Vida Infinita, suas respectivas Leis Naturais de harmonização e equilíbrio, tendo como origem e essência dos três Reinos da Infinita Natureza, nada pode interessar ao ser humano, como o estado natural da saúde física, em virtude da Lei Natural de higiene da vida, atuando sobre cada Reino, cada espécie e cada corpo. A higiene é o espelho natural da vida, o límpido cristal onde esta suprema essência creia, porque sem aquela, esta não teria progresso.

A higiene divide-se em dois graus supremos: o primeiro é essencial e pertence ao plano Espiritual; o segundo pertence ao plano material, este pois é secundário, porém altamente necessário.

Nos referíamos unicamente a este último, apontando apenas algumas faces do primeiro, não obstante seja incontestavelmente essencial, porque sem este, aquele jamais poderá iniciar um verdadeiro curso natural e evolutivo sob o são ambiente da vida, plenamente progressiva e eterna; apesar e sem embargo, a isto nos vemos obrigados, presentemente, em virtude de inoportunidade que surgiria entre vós, todavia, breve, brevíssimo será exposto.

A higiene é tão essencialmente necessária como a Vida, pois sem a vida nada existiria, porém, sem a higiene esta não teria progresso. Assim como a Vida é plenamente a manifestação suprema da Essência Infinita de Todo Poder, a higiene é o campo infinito aonde a Vida se estende.

      A CAUSA DAS ENFERMIDADES.

Quando um corpo físico se encontra em estado, mais ou menos, pronunciado de desequilíbrio da vida ou doente, por seu próprio estado manifestativo, que está em desarmonia com a corrente fundamental e eterna da Vida Natural, provindo o referido efeito da falta e da necessária higiene Espiritual, convenientemente adaptada e plenamente observada por este corpo, bem seja em estado inconsciente ou forçamento impelido.

A vida é Essência; Essência é Espírito; Espírito é Vida. Esta se manifesta e atua em dois graus supremos: Vida Essencial ou Espiritual e vida material ou orgânica; seu primeiro grau é altamente essencial e puro, positivo e progressivo; o segundo é intermediário, instável ou negativo, em virtude de sua materialização, manifestação e ação sobre o corpo físico, individual e social; este é plenamente um mistério, porém este mistério torna-se facilmente compreensível por Lei Infinita de Transmutação de Vida, segundo o meio de adaptação que podemos dar para o ambiente evolutivo em nosso mundo, atualmente.

Não se compreenda que a matéria exerça qualquer grau de domínio sobre a essência; goza de representação essencial, mas isto não significa domínio; por outra, o exercer domínio, a matéria sobre a Vida em seu estado essencial, seria equivalente a vossa roupa exercer domínio sobre vosso corpo. Todavia, segundo o estilo, uso ou costume que adotais para vestir, assim o vosso corpo disporá de mais ou menos desenvoltura e agilidade. Vê-se pois, que é incontestavelmente e estritamente necessária a observância da Higiene Espiritual, porque sem esta, jamais se poderia conseguir uma completa e salutar higiene material.

Outra vez nos vemos instados a repetir: a Vida é Essência, Essência é Espírito; Espírito é Vida; esta, em sua essência primordial, ninguém a pode medir, nem pesar, assim também o Espírito.

Em vosso mundo há videntes? Pois jamais digam os mesmos: Vi um Espírito, porque o que se deixa ver, que vos parece Espírito, não é mais do que a representação viva de sua causa essencial, efeito natural de suas obras: o selo natural de suas chapas impressoras. Isto facilmente o podeis ver e não somente ver, como também plenamente monogramar, em virtude de sua regular transmutação para o plano material; além destes efeitos naturais, altamente rudimentares e expressivamente elementares no plano essencial ou Espiritual, o Espírito só mostra-se visível ao Espírito, assim como a matéria a vedes com vossos olhos materiais; estas são bases fundamentais que nós vemos em instâncias de expor-vos, para que não se confunda ou se interprete a Vida por uma substância ou elemento qualquer.

      ACERCA DA CAUSA E EFEITO.

A ciência anatômica em vosso mundo, mediante seu curso evolutivo em defesa da Vida Animal e Vegetal, tem escalado alguns muros e transposto várias fronteiras em seus constantes estudos analíticos, sobre o vasto campo do expressivo ambiente natural de causa e efeito, cujas manifestações reais provam incontestavelmente a existência evolutiva de essências, mais ou menos, infrutíferas e desequilibradoras da vida.

Para tal fim de defesa tem estudado, de conformidade com seu grau evolutivo, a constituição física do corpo humano, havendo classificado todos seus órgãos mais ou menos acertadamente, procedendo igualmente com diversos animais irracionais, plantas e substâncias minerais, confrontando diversas propriedades dos três Reinos, em graus mais ou menos adaptáveis, para combater as constantes e ininterruptas manifestações de desequilíbrio de vida material, especialmente no corpo humano.

Graças à reprodução constante de elementos, mais ou menos naturais, que mediante seus constantes esforços, esses operários do Laboratório de Vida Mundial tem conseguido, muitos corpos orgânicos, especialmente humanos, não foram privados de Essência Divina de Vida, antes de seu tempo natural, quando inclementemente atacados por esses inimigos tenazes, que conheceis por doença em enfermidade.

Através de longos estudos e contínuas experiências temos observado claramente que todas as doenças tem suas origens externas. Convenhamos em que certas plantas, animais, insetos, lugares terráqueos ou aquosos, minerais, e também, certas ações ou graus atmosféricos, transmitam ao corpo humano, animal e vegetal, muitas e variadas qualidades de doenças ou enfermidades, todavia, deve-se compreender que tais agentes ao serem emanados desses corpos materiais e substanciais, apenas são incompletos transmissores desses gérmens essenciais, porque uma doença ou enfermidade não pode manifestar-se quando não for plenamente emanada, irradiada de seu ambiente essencial. Compreenda-se bem: A causa anima e essencialmente domina ao efeito; este é unicamente a representação exata e a expressão natural daquela; não houve nem haverá jamais causa que não manifeste clara e patentemente seu efeito, porque não há efeito sem sua respectiva causa.

A vida manifesta-se essencialmente pura, logo, em sua transmutação para o plano material, adapta-se ao ambiente que se manifesta, daqui pois, apresentam-se muitos e variados planos ou graus de vida; uns perfeitos e salutares, outros imperfeitos e desfavoráveis; uns em equilíbrio de vida, outros em desequilíbrio, e mormente, quando atuando sobre o corpo humano que, de conformidade com seu grau de adaptação de vida (usos e costumes), é plenamente seu grau essencial de ação, natural e contranatural; virtude ou desvirtude; bem ou mal; saúde ou doença. Esses efeitos, como obra executada no ambiente infinito de vida desta espécie, passam ao grau natural de essências incorpóreas ou Espirituais, representando-se mediante suas chapas impressoras e estas por suas competentes correntes transmissoras, as quais desfecham tantas influências; estas influências também podem compreender-se por gérmens Espirituais.

Suas manifestações para a materialização de seus corpos essenciais no plano material, a efetuam gradualmente por meio de transmissores, corpóreos uns, incorpóreos outros; dos primeiros, segundo o ambiente de cada caso, valem-se de número ilimitado para apresentar-se num só corpo humano, animal ou vegetal; do segundo, valem-se unicamente de um meio, que não obstante ser o único neste caso, também é plenamente o suficiente para acionar conjuntivamente no plano material e, uma vez em estado de ação conjunta, pode-se estender ilimitadamente sobre todo o mundo de suas manifestações; daqui provêm as doenças epidêmicas ou que dizeis contagiosas.

      COMO SE MANIFESTA A DOENÇA.

O primeiro transmissor de que se valem as influências infecciosas provenientes de seus respectivos símbolos Espirituais, para suas manifestações e ações sobre o plano material é corpóreo, e os gérmens de que são portadores, principalmente, são transmitidos ao corpo humano, vegetal ou animal por meio de contato, injeção (picada ou mordida) e, ao ser introduzido no sangue, o vírus infeccioso de sua tendência de espécie (germe essencial plenamente reprodutivo), pode sem restrição alguma manifestar-se seu efeito (doenças de pele e do sangue). Outros agentes que também pertencem ao primeiro plano ou grau transmissor são semi corpóreos e seus gérmens são injetados no corpo físico por meio da absorção, inspiração, etc., provindo, como efeito natural de suas ações, as doenças ou enfermidades dos rins, pulmões fígado, ouvidos, olhos, etc. Quando associados conjuntivamente ocasionam enfraquecimento de nervos, dores agudas, deturpações ou degradações mentais, desarranjos intestinais, febres agudas e repentinas, vertigens, congestões e até a paralisia total do sangue.

Todavia, nem sempre são plenamente aproveitados esses gérmens essenciais, por suas correntes e seus agentes transmissores; muitas vezes fazem um trabalho totalmente infrutífero, porque para a manifestação ou ação da doença ou enfermidade que são portadores, é estritamente necessário que o temperamento vital do corpo físico, em que são injetados os infecciosos gérmens, vibre em completa harmonia com o ambiente, conjunto da vida material da espécie ou qualidade destes gérmens que, improvisadamente, nele se posicionam, os quais ao introduzir-se num corpo proeminente de vibrações, seja ele de mais alta ou mais baixas que o respectivo ambiente que a influência infectante requer, os gérmens manifestantes não podem acionar, abandonando suas improvisadas posses, sob qualquer meio de ação externa, não obstante, suas chapas tornarem ao ambiente essencial de onde saíram.

O segundo transmissor essencial, ou agente incorpóreo, de que mais reciprocamente se valem as essências vivas da doença é plenamente o pensamento humano, que em virtude natural da Lei Infinita de atração, quando o mesmo se acha em estado inconsciente, ou se faz estranho aos efeitos naturais da vida, põem essa lei em execução, tanto contra si mesmo, como contra os demais seres humanos e, igualmente, também, contra os animais e plantas que em virtude da superioridade do ser humano, lhes estão totalmente sujeitos.

Ao posicionar-se num corpo físico, qualquer qualidade de germe essencial, manifestativo de sua respectiva obra de doença ou enfermidade, por intermédio da mecânica mental humana, não perde-se a mínima essência de seu corpo de vida, e não tão somente permanente, como também, progressivamente, habita no corpo de suas manifestações, havendo-o completamente dominado, porque o mesmo, mediante sua irrefletida expressão Espiritual, coloca-se em completa harmonia com seu improvisado visitante. Neste caso, aliás, muito comum em vosso mundo, não há exceção de doença ou de enfermidade, pestes, micróbios, infestamentos ou pragas de qualquer natureza, incluindo a própria alienação mental do ser humano, e, todavia, os efeitos naturais destes agentes infecciosos, quando apoiados pelo pensamento incoerente do ser humano, quanto ao estado essencial da Vida Natural e Positiva, não se limitam unicamente a um só corpo físico ou orgânico, mas se estende sobre a orgânica social de uma família, de uma região, de uma nação e até de um mundo, com a maior facilidade e máxima rapidez.

Muito teríamos a expor ao entrar em tão essencial, como ilimitado campo de irradiações e ações executivas do pensamento humano, que, quando em estado consciente e convenientemente preparado, expressa as maiores virtudes e progresso de Vida Natural e Eterna, assim como quando em estado inconsciente, reproduz as maiores virtudes e retrocesso de vida, tanto dos seres como das coisas, inclusive o próprio homem que é o reprodutor de todas as coisas, abaixo do Sol, e plenamente o único responsável por tudo o que sob seu símbolo supremo lhe foi confiado, contudo, este momento não nos premia, e além disto, sábios há em vosso mundo, que examinem e descortinem este imenso campo, todavia, completamente não cultivado neste mundo, de nossas manifestações atuais. Todavia, nos limitares a expor um simples e preliminar exemplo, convenientemente amordaçado para o ser humano, advertindo que do equilíbrio natural da vida deste ser supremo, depende o crescimento e evolução natural de todos os viventes, pertencentes aos dois últimos Reinos da criação infinita.

Exemplo: Em dado momento vos sentis com dor de garganta; imediatamente vosso subconsciente sugere que estais gripado! Esta sugestão passa a apossar-se em vossa caixa articular ou radiográfica mental, sem deixar de fazer sua visita à consciência, que lhe dá completa e incondicional aceitação. A seguir, vosso pensamento subscreve o suposto estado da gripe, lenta ou aguda. Da caixa de vossa articulação mental, parte impulsionada pela lançadeira de vosso pensamento, sua respectiva expressão e imagem essencial, formando duas linhas de atração: estas podem atravessar muitas camadas de chapas impressoras, pertencentes a outros planos essenciais, sem que com isto se dê o mínimo incidente de ação irradiadora; ao confrontar-se com a imagem essencial que procuram e mediante atração da mesma, penetram em sua aura e a essência que a forma, como é atraída pela ação vibratória de vosso pensamento, por estas mesmas linhas de atração posicionam-se em vós; assim, não somente acabais verdadeiramente por conspirar com o mesmo, e pleno grau de conspiração, que vosso pensamento vos subscreveu, como também ficais ligados ao ambiente de constipação que vossa consciência aceitou, isto é, intimamente ligados em comunhão de causa e efeito com todos os seres humanos do Mundo Infinito que estejam constipados.

Estas operações se efetuam com a mesma rapidez que executais vosso pensamento, e para este não já distância. Aqui expomos as bases mínimas, considerai vós mesmos as máximas.

      MODO HIGIÊNICO DE COMBATER AS ENFERMIDADES.

Desde o momento em que essa essência infecciosa realmente se posicione em vosso corpo, estais em vibração constante com todas as criaturas que estejam sob o mesmo grau de doença ou enfermidade, as quais, mediante suas ações irradiadoras vos sujeitam, totalmente, ao mesmo símbolo de efeitos, fazendo-vos sentir os mesmos efeitos graduais que elas sentem. Portanto, tussam! Vós também infalivelmente haveis de tossir; sentem dores agudas de cabeça? Vós também irremediavelmente haveis de sentir. Expectoram? Vós também haveis de expectorar, e geralmente, todos os sintomas manifestativos e executivos que elas sintam, vós também haveis de sentir, porque, mediante vosso estado vibratório estais ligados ao mesmo grau e à mesma ação de influências, em virtude de vossa comunhão íntima em planitude essencial, recebendo constantemente as mesmas descargas infecciosas que recebem vossos próximos, e ademais, mediante a respectiva ação de vosso pensamento, somente estais fortalecendo e transmitindo vida a seus corpos essenciais, participando das contínuas descargas dessa corrente infecciosa, mediante o grau de vossa cooperação: todas as criaturas que, mais ou menos, estejam ligadas ao mesmo grau de corrente.

Quereis libertar-vos do mal que vos atinge emancipando de seu poder manifestativo? Nada mais lógico e natural que graviteis em bem de vossa saúde e bem-estar; porém, para tal caso, vos é estritamente necessário recorrer à higiene Espiritual, para que, devidamente por ela guiados, e convenientemente favorecidos pelos operários do Laboratório de Vida Infinita, aparteis o pensamento dessa planitude infecciosa e o focalizeis no ambiente, essencialmente, puro e natural de influências plenamente salutares.

Desde o momento que hajas apartado vosso pensamento da planitude que estais ligados, atraídos pelos laços de atração mental, mediante o estado íntimo de vossa consciência, cortam-se linhas transmissoras e apaga-se vossa chapa impressora nesse plano infeccioso, não obstante fique gravado, mais ou menos nitidamente, sua representação essencial e do mesmo modo que recebeis constantemente as sensações de dor, de debilidade e desânimo, em virtude de vossa chapa e mediante as novas linhas atrativas formadas e vitalizadas por vossos novos pensamentos, recebereis constantemente as mais suaves sensações de vida, saúde e bem-estar, deixando-se sentir em todo vosso corpo as mais altas e potentes vibrações de ânimo e vigor.

Porém, porventura vos falta o auxílio supremo da higiene Espiritual, por que, infelizmente, até o dia de hoje vos tenha sido estranha? Neste caso, não libertareis jamais por vós mesmos, de vossa doença ou enfermidade, em virtude de não dispordes de remédio tão altamente radical que plenamente combata a causa, eliminando-a com mais rapidez, portanto, tendes que limitar-vos unicamente em combater o efeito, que significa o mesmo que querer fazer secar a árvore cortando-a pelos ramos; ficais pois, inteiramente expostos às constantes influências de causa, as quais desfecharão sobre vós, seus infecciosos efeitos sempre que lhes ofereçam oportunidade.

Recorrei a vosso médico, em falta deste, dentre os que pratiquem essa ciência, recorrei aquele que vos seja mais simpático, e este, se provido de substâncias medicamentais, é bom. Se provido de conhecimentos Espirituais, é melhor. Se, não somente provido como também convencido de seus infalíveis efeitos naturais, é altamente excelente, e, se além desta convenção é altamente simpatizante e simpatizado pelos Agentes Naturais de Vida Essencial do Laboratório Infinito, é mais excelente, melhor. Que doença, que enfermidade poderá resistir quando, convenientemente, entra em ação a corrente vibratória da vida, em sua pura essência infinita? Qualquer tentativa de resistência da parte dessa corrente infecciosa seria o mesmo que, se com uma frágil linha de coser, tentar-se parar em sua carreira a mais potente de vossas locomotivas.

Vós, sendo médicos, porventura vos vedes em necessidade de proceder a uma operação cirúrgica, exigida por doença ou lesão manifestada em qualquer órgão de um corpo humano? Se plenamente dispõem de cooperação direta ou indireta destes operários naturais, se o vosso estado mental é convenientemente consciente e em vosso íntimo não duvidais, em virtude da higiene Espiritual, não temeis um só instante, porque os resultados se darão satisfatoriamente, mesmo que a operação se limite ao coração de vosso paciente, que é o órgão mais delicado do corpo físico. Mesmo assim não temeis, porque a matéria é simplesmente a vestimenta da vida. A Vida é essencial, incomparavelmente superior à matéria, e, portanto, este divino fio de prata não se cortará do corpo de vosso operado, nem tão pouco haverá quem o possa cortar, porque estará garantindo sob a suprema expressão do ambiente natural da vida, mediante seus agentes essenciais. Pondes em aberta prática os princípios fundamentais de higiene Espiritual; crescei à sombra desta Árvore Suprema, não duvidando um só instante que vos falte o divino auxílio dos operários de Vida Eterna, as quais sempre estarão ao vosso lado para, convenientemente e plenamente, orientar e, supremamente, auxiliar, e, assim, obtereis a prova real do que vos apontamos, ao sairdes vitoriosos, mesmo em fatos que pareciam impossíveis de reparar. Considerai vós mesmos se para o ambiente infinito de Todo Poder e Todo Saber haverá porventura impossibilidade alguma!

Muito poderíamos estender sobre o que aqui deixamos exposto, mas no estreito ambiente de um só capítulo, podemos sugerir as bases fundamentais desta mecânica infinita, em virtude de que o momento não é oportuno para encher volumes, nem isso pensamos; encerramos às presentes exposições, não obstante, rogando-vos encarecidamente às analiseis em vós mesmos, para que encontreis o que deixamos de expressar premiados por causas supremas.

CAPÍTULO X

      CONTINUAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES SOBRE A SABEDORIA INFINITA.

A Sabedoria Infinita se acha impressa em muitos planos, e também em muitos e variados graus e, expressivamente, se manifesta mediante seus respectivos ambientes de ação, naturais uns, contranaturais outros.

São tantos e tão variados os planos e graus de sabedoria que irradiam no Infinito Corpo do Eterno Pai, que se neste momento nos fosse necessário enumerá-los, embora somente em plano essencial, facilmente escapariam certos graus de entendimentos, que totalmente limitam-se a entender unicamente aquilo que, com seus olhos materiais veem e que com suas mãos apalpam.

Essa categoria de entendimento, em seus ambientes de trevas aos olhos de sã sabedoria jazem em limitados planos, que, se possível lhes fosse, a seus portadores, ver o conjunto essencial de suas auras, verdadeiramente se horrorizariam do denso negrume de seus tenebrosos ambientes, porém, longe estão as trevas de penetrar na Luz!

Podem conseguir tais entendimentos, quando em ocupação especial de profunda análise, mais ou menos discernir os graus de sabedoria que se manifestam e acionam, mediante as criaturas de um mundo, ou seja, sobre as criaturas deste mundo de nossas manifestações atuais, e todavia, para isto lhes é estritamente necessário sujeitarem-se ao grau de evolução natural, e contranatural, em que momentaneamente se encontram, gradual e metodicamente, porque cada criatura, em virtude de sua comunhão infinita, é uma sabedoria que se manifesta em grau mais ou menos essencial, porém para compreenderem plenamente os graus de sabedoria, mesmo que seja em plano essencial, que constantemente irradiam no Infinito, as quais são outros tantos graus de essência de vida, manifestadas em seus planos de ação, é para os portadores de tais entendimentos, como se tentassem dividir as águas do mar de vosso mundo em gotas e depois distingui-las e classifica-las. Ao representar-se essas dificuldades naturais provam plenamente certo estado de ignorância, porém, de que parte? De nossa parte, damos graças intimamente ao Eterno Pai da Luz, por haver nos dado conhecer nossa mínima sabedoria e, rogamos-lhe humildemente, nos libre de cair em tão profundo e negro abismo, onde um só momento nos julgaríamos sábios.

A sabedoria quando manifestada e executada sabiamente, em seu conjunto essencial de expressão positiva é equivalente à Vida, porque a Vida sem a sabedoria não podia subsistir, assim como também a sabedoria sem a Vida não existiria.

A vida é a expressão Suprema do Infinito Poder, a sabedoria é a Árvore Suprema onde a vida se apoia.

Aqui unicamente e segundo os limites que nos havemos demarcado, vamos enumerar alguns graus de sabedoria, simbolicamente, e segundo a escala gradual do ser humano no Infinito Corpo do Eterno Pai, sendo que dos símbolos que vamos expor, significam, respectivamente: Poder, Saber e Virtude.

A escala gradual de planitudes essenciais da sabedoria infinita são doze, em seis símbolos essenciais; seu ponto culminante são setenta e dois graus; em sua manifestação sobre os seres viventes acha-se como segue:

No corpo do Exército Celeste há vinte planitudes essenciais, a saber: do Coração do Infinito a Universos, dez planitudes; de Universo a Esfera, cinco; de Esfera a Mundo, cinco: que são vinte planitudes essenciais.

Entre estas vinte planitudes essenciais intermediam outras tantas que são também essenciais, porém, secundárias, entre planitude e planitude. Entre as cinco de Mundo a Esfera outras cinco intermediárias; entre os cinco de Esfera a Universo outras cinco intermediárias; entre as dez de Universo ao Coração do Infinito, outras dez intermediárias, que são quarenta planitudes essenciais, em primeiro e segundo graus.

Além destas planitudes essenciais há outras intermediárias em terceiro grau essencial, a saber: de Universo a Universo, cinco; de Esfera a Esfera cinco; de Mundo a Mundo cinco planitudes, etc. Para que possamos formar uma ideia mais clara, vamos supor que o Corpo Universal Infinito fosse composto por vinte e quatro planitudes universais. Seguindo a mesma suposição, que cada Universo fosse composto por vinte e quatro Esferas, haveria seiscentas planitudes de Esfera para cada Universo, porém, para sua comunhão universal há trezentas e oitenta e seis mil e quatrocentas e trinta e quatro planitudes; e assim por diante.

Não se deve pensar que estas planitudes pertencem ao terceiro, quarto, quinto e sexto grau, o que em virtude disto são todas essenciais, e só unicamente ao sétimo grau destas planitudes é que pertence ao homem, quando simbolizamos as mesmas nos corpos do Exército Celeste.

Portanto, são quarenta planitudes essenciais de Mundo ao Coração do Infinito; destas, vinte são altamente primárias, todavia, de Mundo aos seres viventes, há cinco planitudes, que são vinte e cinco planitudes essenciais; continuando esta escala gradual das cinco entre Mundo aos seres viventes, outras cinco secundárias, e destas, outros tantos graus essenciais, e destes outros tantos secundários.

      FIGURAÇÃO.

Exemplifiquemos que um homem tivesse a capacidade física de dominar o mundo de nossas manifestações atuais, que começasse por levantar com as mãos um peso de setenta e dois quilos. O levantasse sem que tocasse o mínimo em qualquer parte do seu corpo e o mantivesse firmemente ao nível de seus ombros.

Isto significa um grau secundário; sendo cada planitude composta por cinco graus essenciais, necessidade para alcançar o segundo grau, levantar mais setenta e duas vezes setenta e dois pesos iguais, ou seja: cinco mil, cento e quarenta e dois pesos iguais; advertimos que, em sua base mínima, não podia usar menos de setenta e dois pesos iguais.

Com esta pequena exposição inicial podeis formar ideia sobre as imensidades e variadas planitudes, acompanhadas de seus graus essenciais do Poder, Saber e Virtude, que irradiam no Infinito Corpo do Eterno Pai.

Estas inúmeras planitudes, juntamente com seus graus essenciais de sabedoria que irradiam no Infinito, formam dois supremos corpos ou duas supremas correntes: o primeiro, positivo, permanente e eterno; o segundo, negativo, variável e provisório (assim como expusemos anteriormente).

Estes dois corpos manifestam-se mediante suas correntes, e cada uma destas representa tanto externa como internamente a seu corpo essencial, simbolizando a essência de suas ações expressivas e executivas no cenário de Vida Infinita, manifestando seu conjuntivo plano de ação mais gradual, e expressivamente, sobre os seres viventes: plantas, criaturas e animais; símbolo representador e supremamente reprodutor, altamente responsável: O HOMEM.

A corrente positiva manifesta-se e atua mediante uma só expressão natural, essencialmente de vida.

A corrente negativa manifesta-se mediante muitas expressões, tantas e tão variadas como o corpo provisório da sabedoria que a produz; esse corpo alcança um mínimo grau de efeitos no limitado plano de suas ações contranaturais, devido ao ambiente de sua ignorância quanto ao plano essencial da corrente positiva, cuja intervenção primária desbarataria todo ambiente de ação daquela. Todavia, são plenamente degraus essenciais pelos que irremediavelmente tem que passar os fatores da corrente negativa, mediante seu primário cursar na vida; em virtude disto a primeira não autoriza e também não impõem condições direta ou indiretamente, mas, sim, estabelece limites.

      CONJUNÇÃO INFINITA DA ORGÂNICA SUPREMA DOS OPERÁRIOS DA LUZ, ESSENCIAL E GRADUALMENTE.

O conjunto natural de Vida Infinita, em sua manifestação nos seres viventes e, especialmente sobre o ser humano, dentre estes, os mais equilibrados no ambiente natural de vida, subtraem desta suprema essência a mais pura e salutar expressão, acionando assídua e constantemente no Laboratório Infinito de Vida Essencial, mediante um conjunto natural de reais manifestações, totalmente de perfeito e natural progresso sob a face da elevada e sã sabedoria e, apoiados na Rocha Natural e fundamentalmente Eterna da suprema virtude, formam uma corrente de luz em íntima comunhão com a suprema essência de vida.

Estes operários, Agentes Naturais, da orgânica e fisicamente, da corrente positiva, real e permanente, em conjunção infinita, em virtude de sua comunhão eterna no ambiente supremo da Vida Essencial da Luz e, esta Suprema Autoridade chama-se, convenientemente adaptada à expressão deste mundo que ora habitamos: DEUS.

DEUS: Inteligência Suprema do Universo Infinito: DEUS É LUZ.

DEUS: Conjunto Supremo de Sabedoria Infinita do Amor de Vida Eterna: DEUS É AMOR.

DEUS: Essência Infinita de Produção Suprema da Expressão Natural de Vida Eterna: DEUS É VIDA.

DEUS PAI: Conjunto Criador da Sabedoria Infinita: LUZ.

DEUS TODO PODEROSO: Símbolo Infinito de Todo Poder: AMOR.

DEUS VIVO: Manifestação Infinita de Suprema Virtude em Essência e em Substância, em Espírito e em Matéria: VIDA.

Esta Eterna e Suprema Autoridade manifesta-se gradualmente, mediante seus membros naturais, em quatro planos ou graus supremos, a saber: um no Infinito, um em cada Universo, um em cada Esfera e um em cada Mundo.

Destes quatro supremos planos ou supremas planitudes, três são essenciais e uma intermediária.

Não interessa no presente, nem interessará por tempos futuros aos filhos deste mundo, saber os nomes representativos desta Suprema Autoridade, adotados por seus membros naturais que respectivamente à representam nos planos Universais, ou em cada Universo, e também em outras Esferas, e principalmente, se compreendem que estes planos de representação natural não se infere à graduação hierárquica constitutiva-natural, mas sim infere à planitude de ações e responsabilidade.

Todavia, advertimos que um nome material não indica, nem propostamente, a suprema expressão adaptada por estes membros da Suprema Autoridade, pois unicamente mantém a necessária analogia que reclama cada atualidade, para não desorientar o curso de sabedoria material, em seu limitado ambiente de expressão maior, quando a mesma se estende sobre o provisório campo do sobrenatural ou manifesta, mais ou menos, tendências para o mesmo.

Todo nome material expressa um conjunto limitado de essências também materiais, todavia, mesmo assim oculta aos olhos, o que dirá pois um nome Espiritual? Matéria esquadrinha-se com matéria, porém, Espírito esquadrinha-se com Espírito! Matéria julga-se com matéria, mas o Espírito Santo, quem o poderá reter? Ora, damos graças ao Ambiente Infinito da Luz Suprema, porque nós também falamos pelo Espírito e se falamos é para a nossa edificação, porque quem fala do Espírito, não em língua Espiritual, não se edifica a si mesmo, mas sim aos demais.

      COMUNHÃO ORGÂNICA DO CORPO DE DEUS: DEUS HOMEM. DO PAI AO HOMEM; DO HOMEM AO FILHO; DO FILHO A DEUS.

Aqui nos expressamos em essência Espiritual.

Ninguém se orgulhe por interpretá-lo, antes, peça ao Ambiente Supremo da sã sabedoria, a necessária Luz para poder distinguir todas as coisas, não as declaradas, mas as que porventura se possam apresentar, porque uma escritura quando convenientemente clara e compreendida, pode ser incontinentemente adaptada a uma única interpretação, e isto não vem em absoluto estimular o ambiente natural do conhecimento, mas quando apresenta-se mal ou não interpretada, sugere um vasto campo de possibilidades ilimitadas, impelindo ao raciocínio humano compreender internamente o que externamente deixa-se de expressar, não porque em seu fundo encerre mistério ou segredo algum, mas porque toda boa fruta para que possamos saborear bem, é necessária abri-la com as próprias mãos, porque, que valor dareis se vo-la apresentassem regaladamente? Porventura, somente em come-la conhecereis sua procedência? Podereis dizer: A árvore é boa, porque o testifica seu fruto. Mas isto não significa que conheces a árvore, e, senão a conheceis, como chegar à sua sombra?

Em nossa Esfera Planetária o representante Supremo da Suprema Autoridade, apresentou-se sobre este mundo, de nossas manifestações atuais, expressando seu penúltimo nome material, após haver usado outros nomes simbólicos, em outras expressões graduais, de conformidade com o grau evolutivo de civilização natural dos filhos deste mundo.

O penúltimo nome deste representante supremo da orgânica infinita do Corpo de Deus, em nossa Esfera Planetária, é plenamente o mesmo que os filhos deste mundo já conhecem, embora em sentido externo: JESUS CRISTO. JESUS MESTRE. JESUS HOMEM. HOMEM DEUS.

Este é o seu penúltimo nome de testificação de sua obra de Vida, apresentada em três planitudes graduais, a saber: Advertências graduais; Testificação conjuntiva e Ação Eterna. Esta Essência de Vida, este supremo membro da orgânica de Deus em nossa Esfera Planetária e seguido de uma segunda representação em cada Mundo da Esfera. Neste mundo que nos manifestamos atualmente, composto por todos os operários que tem trabalhado, trabalha e trabalharão no campo de sua organização natural, dentre os quais (e são muitos), um é seu intermediário e logo mais um, cujos penúltimos nomes materiais é plenamente fácil aos filhos deste mundo pode-los perceber, não obstante sejam aqueles que em virtude da ininterrupta obra da sã sabedoria, hajam alcançado o suficiente conhecimento natural mediante a luz divina.

Estamos limitando tudo quanto nos é possível para convosco, a orgânica infinita do Corpo de Deus Pai, para que esta expressão divina seja por vós compreendida, contudo, temos o penúltimo nome material do supremo membro desta orgânica divina em nossa Esfera e ademais, havemos sugerido mais dois, os quais não os damos por parecer-nos que são altamente conhecidos neste mundo, todavia, nisto cabe sabedoria: Quem a tiver distinga qual é o último nome material do primeiro e logo dos dois últimos; estes nomes são distinguíveis porque há decretação dos mesmos desde o princípio.

Aqui amados, parece como se quiséssemos sugerir um pouco de nossa sabedoria, fazendo-vos exposição de nomes, ou quando não, parece que queiramos apresentar-vos individualidades, contudo, não é assim. O que plenamente desejamos é que compreendam que, em vez de sugerir-vos algo de nossa sabedoria, nosso predeterminado desejo é suscitar-vos a vossa, para a natural e completa edificação benéfica e essencialmente salutar; também não vos expomos qualquer expressão de individualidades, mas sim, de conformidade com vosso próprio ambiente atual (e nisto não nos limitamos), suscitar-vos a compreender e conhecer ao CRISTO INTERNO, já que externamente e segundo a multiplicação da ciência em vosso mundo é Pedra de Tropeço para uns, astúcia para outros e poucos são os que conhecem a CRISTO-PODER-DE-DEUS, do qual, em nossa esfera Planetária, todos recebemos de sua plenitude.

A este Cristo Ilimitado que mediante predeterminação Divina, limitou-se entre vós sob presença material e, como o mais humilde dos homens, para dar-vos praticamente (e praticamente testificando sua obra essencial de vida), a conhecer os princípios fundamentais das Leis Infinitas de Vida Eternamente Natural, adaptando-se à vossa compreensão e estado em vosso curso evolutivo, sugerindo-vos em bases essencialmente naturais e científicas, suas incontestáveis advertências para hoje predeterminadas, as quais não obstante saírem do manancial essencialmente puro, permanecem entre vós, mediante vossa incompreensível adaptação, num ambiente mais ou menos perfilado, não havendo esta essência, esta Luz Divina resplandecendo em vossos corações, qual altamente convêm a todos quanto gravitam pela Vida Natural Eterna.

Não limiteis aquele que ilimitadamente entre vós se deixou ver!

Nós não somos sábios, nem estamos em supremacia entre vós, mas sim em minimidade, para que superabundeis em conhecimento e adaptação divina, instando-vos às coisas que sobre vós estão decretadas por predeterminação Suprema, porque assim apraz à Suprema Autoridade, que mediante nossa minimidade vos faça saber o que vossos corações anseiam.

Todavia repetimos: não somos sábios para querer expor-vos nossa sabedoria, exibindo-a entre vós e precisamente nestes dias em vosso mundo, que muitos correm de uma parte para outra em busca de sabedoria, em multiplicação de ciência; contudo, sem proveito algum porque a sabedoria está em sua casa, sentada em seu aposento, poucas vezes sai à porta exterior, a qual não se fecha e a interior permanece aberta. Para que tanta vicissitude e anseio? Quais porventura são seus limites? A Sabedoria levanta-se, olha pela janela e vê o dia entornado, torna a sentar-se e espera… Para que correr atrás de quem espera? Quem desejar alcançar sabedoria, primeiramente, analise sua própria consciência, sim, analise sua consciência mediante pensamento, palavra e obra, a própria sabedoria às julgará.

Em multiplicação de ciência, para livros não há limites! Para obras? Que importa quais sejam, se a Sabedoria descansa!

Não amados, não convêm que isto aconteça, como até o momento de hoje tem acontecido, mediante o curso preparatório porquê tendes atravessado. Sabeis que está reservada mediante vossa adaptação, a harmonia e a paz sob os impulsos naturais de vida que vos tem eleito para a sã sabedoria. Os dias passam e com eles passa o homem, porém, a vida permanece e a Sabedoria tranquilamente evolui.

Em vosso mundo não há tranquilidade, porque daquilo que até hoje tendes gozado não se pede dar tal nome. Harmonizai-vos! Buscai a paz e estabelecei-a quanto antes, se para isso todavia vos é dado tempo!

Bem-aventurado aquele que espera pela metade dum tempo e por um tempo limitado!

Agora amados, porque há entre vós desentendimentos e contendas de todas espécies, vos rogamos por vosso amor em CRISTO (que é vossa própria vida), que isto quanto antes termine, se verdadeiramente tendes algum interesse em conserva-la porque hás percebido esta essência divina. Se vedes que a vida é una, que o amor de Deus é uno, que a sabedoria é una.

Também não há absolutamente motivo para desunificar, para dividir e até subdividir-vos em mínimas congregações e em pequeninas parcelas de amor, de expressão natural e efeitos quanto à orgânica natural de vossa origem essencial e plenamente eterna, e todavia, amados, vós que dizeis que a vida está dividida, não julgueis com justa razão e reto juízo, e vosso entendimento tem negado dar-vos a mais doce expressão de vida, sugerindo-vos toda sorte de contradições e desequilíbrios que, indubitavelmente, vem desvirtuar vosso curso sagrado, retendo-vos no ambiente tenebroso da incerteza ou do desconhecido, para que, assim, distancieis da parte que vos pertence, em comunhão de gozo desta essência divina.

Não limiteis a vida em suas supremas expressões! Acolhei sempre as suas Divinas Leis Naturais, em comunhão de esforço, para o progresso evolutivo do conjunto essencialmente regenerador e equilibrador! Não limiteis jamais as supremas e essenciais manifestações da vida, adaptando como convêm à sã sabedoria!

Quem diz: o Pai é um, diz também: o Pai é a essência infinita de manifestação suprema da Vida Eterna; é a Expressão Suprema do Amor de Vida! Não somente diga, como também manifeste em si esta convicção divina, pois o não dizer e assim fazer, desmentirá categoricamente com seus próprios atos, até os sintomas mais íntimos de sua expressão interna.

Quem diz: o Filho é um, diz também: o Filho é a manifestação suprema infinitamente do Pai; É a Suprema Essência do Pai, corporificada na mais pura expressão de Amor Eterno; é o amor centralizado do conjunto infinito de manifestação natural de Vida Eterna. Não dizer e assim fazer desmente toda e qualquer tentativa de expressão e manifestação eterna

Quem diz: o Espírito Santo é um, diz também: o Espírito Santo é a manifestação infinita natural e eterna do Supremo Poder; é a Expressão Divina da Suprema Virtude; o fluído supremamente benéfico da mais alta sensação de vida; a virtude suprema do conjunto infinito da Sabedoria de Deus, bálsamo perfumado da mais delicada e alta conjunção de vida, provedor de plena e essencial harmonização eterna, e não dizer e assim fazer, dará por si mesmo a mais incontestável prova de jamais haver conhecido esta Essência Divina.

Assim amados, ampliem vossos conhecimentos intimamente, como até agora os tem ampliado, todavia, é altamente essencial para vós, procureis que sejam baseados plena e solidamente sobre a sã sabedoria, e não somente vossos conhecimentos sejam ampliados, como também vossas ações, porque, se de tal sorte falais e fazeis, testificais com obras as palavras que dizeis; a palavra que dizeis tem sua origem eterna.

Portanto, agora continuaremos expondo nossa viagem espiritual, porque não queremos, em parte, ter segredos para vós. Se dizemos em parte, é porque todas as coisas se manifestam plenamente por Obra Natural, para que sejam compreendidas e também adaptadas, tudo de conformidade com o curso evolutivo do ser humano em cada mundo.

CAPÍTULO XI

CONTINUAÇÃO DA VIAGEM ESPIRITUAL.

Deixamos exposto que ficamos no Salão ao pé da Rocha, Supremamente Essencial, vendo e considerado tudo o que dela se manifestava em grau altamente essencial; depois de havermos largamente considerado, voltamos pelo mesmo caminho que até aquele lugar havíamos seguido.

Quando chegamos novamente e ao lugar que estava a segunda Rocha, aquém da supremamente essencial, damos volta ao redor do tronco da Árvore da Vida, vimos e observamos tudo o que havia ao seu redor.

Estando à beira do rio, nos matemos em suas águas, e em seguida fomos instados a passar no outro lado, o que conseguimos, sendo-nos permitido passarmos a nado. Isto fizemos em virtude da grandeza do Rio e da profundidade de suas águas.

Quando voltamos do outro lado, nos foi permitido que ficássemos naquele lugar por espaço de um tempo; depois de havermos ficado por espaço de um tempo, nos foram dadas algumas folhas da Árvore da Vida, que tem vida para sempre e, novamente, continuamos o regresso de nossa viagem.

Sempre seguindo pela margem do rio e nunca dela nos separando, chegamos ao lugar que estava a terceira Rocha e a segunda Árvore. Demos a volta ao redor de seu tronco e observamos tudo o que havia ao redor desta Árvore de Vida, que dá frutos para a vida. Havendo observado tudo, entramos no rio para atravessar suas águas. Aqui este rio é menor: (vinte e quatro vezes menor, que quando passamos pela segunda Rocha que sustenta a primeira Árvore, contudo, apesar de ser menor é muito fundo e grande é o volume de suas águas, que atravessamos a nado.

De volta do outro lado, nos foi mostrado tudo o que aqui havia.

Após havermos visto e considerado todas estas coisas, quisemos aqui ficar.

Em virtude de nosso desejo, nos foi autorizado que ficássemos por um tempo, por outro tempo e por um pouco menos da metade de outro tempo: todavia demonstrávamos desejo de ficar, mas não nos foi permitido que ficássemos, sendo-nos dito:

Já tendes ficado por um tempo, por outro tempo e por um pouco menos da metade de outro tempo, e até hoje, agora, pois, ide, porque é preciso de vás, porque o tempo é nestes dias.

Foi dito mais: tudo o que tendes visto, também o considerais. Desde tempos tendes observado e nós o fizemos entender e ainda mais faremos: agora ide-vos.

Nós perguntamos: por quanto tempo? Em seguida nos disseram: por um tempo e alguns dias até que volteis, contudo, se em virtude de vosso desejo quereis ficar, fique, mas é bom que vás, até que voltes. Já vos tenho dito o que tendes a fazer, nada pois, vos falta, e se porventura faltar alguma coisa, peça-a que não vos será negado, pois, imediatamente a recebereis. Agora vá em paz e não demoreis.

Deu-nos da Árvore que dá frutos para a vida e que é de vida, doze folhas e depois mais doze. Também nos deu um pedacinho da Rocha que servia de fundamento à Árvore. Ao olharmos para onde havia sido cortado o pedacinho da Rocha, vimos que nada se conhecia, porque não havia deixado sinal algum.

Quando chegamos ao lugar de nossa partida, verificamos e consideramos, em virtude de acharmos a maior parte daquele povo completamente entretido, uns descuidadamente, se ocupavam em atirar pedras ao rio, outros em sacar de sua areia que era finíssima, contudo, obra alguma faziam com ela.

Os menos distraídos ocupavam-se em lavrar alguns campos e sobre eles semeavam, mas como aquela terra estava seca, a semente apenas nascia, porém não podia crescer.

Ao considerarmos isto, tomamos das folhas que nos haviam sido dadas da primeira Árvore e as pusemos naquela, isto é, na terceira; as folhas imediatamente agarraram, porque tem vida para sempre. Em seguida nos metemos no rio, que era da largura regular e suas águas, na parte mais profunda, nos permitiam tocar com as pontas dos dedos de nossos pés, em terra.

Examinando e considerando este rio, vimos que nele não havia canal algum; também vimos que toda aquela terra estava completamente seca.

Ao considerarmos isto, disseram: façamos três canais e dividimos às águas do rio igualmente pelos três canais; assim foi feito. Abriram-se três canais e as águas do rio dividiram-se igualmente por eles.

Disse outro:

Abramos em cada um destes canais, quatro regos ou canais inferiores, e dividam-se as águas dos canais pelos quatro regos ou canais inferiores e assim foi feito. Abriram-se três canais e as águas do rio dividiram-se igualmente por eles.

Disse outro: Abramos em cada um destes canais, quatro regos ou canais inferiores, e dividam-se as águas dos canais pelos quatro regos ou canais inferiores. e assim foi feito. Abriram-se quatro regos ou canais inferiores em cada um dos canais, e suas águas foram igualmente divididas pelos quatro regos ou canais inferiores. Todavia outro disse: façam-se muitos regatos em cada um destes regos ou canais inferiores e dividam-se as águas por eles. Também assim foi feito, imediatamente. Fizeram-se muitos regatos, em cada um dos regos ou canais inferiores, e as águas do rio igualmente dividiram-se em todos os regatos.

Depois de haver feito tudo isto, tomamos uma vara de medir e medimos as águas do rio, dos canais, dos regos ou canais inferiores e dos regatos estão para medir.

Medimos as águas do rio e medindo-as tinham uma vara de profundidade; medimos as águas dos canais, uma vara de profundidade, exatamente cada qual uma vara. Medimos ás águas dos regos ou canais inferiores e tinham uma vara de profundidade; cada rego ou canal inferior, uma vara. Também medimos as águas dos regatos e em cada regato uma vara de profundidade.

E toda aquela terra era regada por estas águas e não estava mais seca.

Em seguida passamos a medir a Árvore, em sua altura; medimos doze varas por um lado e por outro doze varas. Também a medimos em sua grossura, em nove partes iguais, cada parte tinha nove palmos, tendo a Árvore em todo seu redor oitenta e um palmos.

Igualmente medimos a Rocha em sua altura e em seu redor, em doze partes iguais; cada parte tinha doze palmos, em sua altura e em seu redor cento e quarenta e quatro palmos. A tornamos medir e tinha doze palmos em sua altura e doze em seu redor. Depois olhamos e vimos um ser deste lado do rio e outro do outro lado. O que estava deste lado disse ao que estava do outro:

Por que permanece o tronco daquela Árvore que dava frutos para o mal, cujos ramos se secam? Para que, aquelas águas sujas continuam correr pelo rio que passa por entre a pedra fendida, sobre a qual estavam lançadas as raízes da árvore, cujos ramos secaram e o tronco permanece ainda?

Respondeu o que estava sobre a corrente das águas: deixai por agora, pois é preciso que assim seja. O tronco da árvore que era, ficará para sinal de um tempo, depois será tirado. Quanto às águas sujas desse rio, correrão, irão diminuindo e se acabarão, mas isso todavia é para tempos; basta-vos que delas ninguém beba e nem a use para nada.

Ao ouvirmos isto, em seguida cortamos um fragmentinho do pedacinho da Rocha que nos foi dada e cortando-o nada se conhecia que o pedacinho houvesse diminuído; tomando o fragmentinho que havíamos cortado, o pusemos encima da abertura da Rocha por onde saiam as águas e sobre ele escrevemos, com tinta preparada das doze folhas (as outras doze são conservadas), um nome. Este é o nome que escrevemos e não é nome de homem: P.C.T.R.N.J. Este nome é fácil de se entender, não requer sabedoria, pois como se vê unicamente depende das iniciais, contudo, outra vez advertimos: Não se interprete com relação à individualidade alguma.

      COMEÇAM AS OBJEÇÕES CONTRADITÓRIAS.

Aconteceu que, quando viram o fragmentinho sobre a Rocha e leram o seu nome, diziam: Bem esta; porém, outros, juntando-se em grande número começaram a protestar e dizer: Tirai! Tirai esse nome e o fragmentinho daí! Para que haveis posto sobre essa Rocha?

Então respondemos: Nós pusemos este fragmentinho sobre a Rocha que agora vedes e escrevemos o seu nome, mas não o tiraremos, nem o borraremos, se quiserdes, vinde, subi e tirai-o, porque nós não o tiraremos.

Em seguida começaram a perguntar-nos: Com que autoridade fazeis isso? Quem porventura vos autorizou? De onde haveis sacado esse fragmentinho? E esse nome para que o haveis escrito? Nós dissemos: Quanto nos quereis perguntar! E vós, porventura, nos quisesse responder? Achais que este fragmentinho vos estorva? Este nome não o quereis conhecer e esperam que nós o tiremos? Já dissemos: Se assim bem vos parecer, tirai-o, porque nós não o tiraremos, nem borraremos o seu nome e sobre isto não nos preocupamos.

      EXPLANAÇÕES ESSENCIAIS.

E nós, em virtude do que havia sido dito ao pé da terceira Rocha Essencial, procuramos o filho mais novo das nações, encontrando-o num lado da praça e entre muitos povos; como vimos que estava entre muitos povos, o deixamos e nada dissemos naquela hora.

Considerando que nada devíamos lhe dizer quando o encontrássemos, porque estava muito entretido, nos pusemos a observar os afazeres dos que estavam de um a outro lado da praça e vimos que, constantemente, moviam-se de um lado para outro, não manifestando gozar do mínimo sossego. Observando a causa desta desassossego, vimos cada um apresentando uma causa e segundo o que apresentava, assim queria, e tantas coisas ao mesmo tempo desejavam que muitas vezes paravam para refletir, porque nem eles próprios sabiam o que queriam.

Em virtude disto, de quando em quando, reuniam-se em grandes ajuntamentos, dizendo cada um uma coisa, acontecendo nestes ajuntamentos que uns ficavam calados, porém, outros não havia conformidade. Como sempre, era maior o número dos descontentes, tornavam-se a juntar e acontecia que, como sempre, falavam em diversas línguas, acabavam por não entenderem-se, e assim crescia entre eles o descontentamento. Em dado momento levantou-se uma grande tempestade e como o calor era muito, a tempestade era afogadíssima, pois chovia assim como fogo.

Chegando-nos aquele que havíamos procurado e que encontramos num lado da praça, dissemos: é nos plenamente necessário passar esta noite em tua casa. Ele nos disse: passe-a, e não somente esta, como todas as noites que bem vos parecer. De onde vens? Nós lhe dissemos: amanhã ao clarear o dia, ao sair do Sol, à terceira hora do dia o saberás. Ele respondeu-nos: muito cedo quereis sair de minha casa, o que vos apreça? Nós lhe advertimos: não te dissemos que à terceira hora sairemos de tua casa, mas que saberás de onde viemos, contudo, antes da quarta hora voltaremos. Quantos filhos tens? Ele nos disse: tenho tantos, sendo-me todos altamente fiéis e dando-se todos perfeitamente bem, porque entre si são bons e cordiais amigos.

Tantos filhos tens, entre si são bons e cordiais amigos, contudo nem todos se darão tão bem, porque esta mesma noite haverá dissensão entre eles; não dissemos que te serão infiéis, nem que de ti se retirarão, mas que haverá dissensão entre teus filhos. Todavia, isto te advertimos: se porventura algum ou alguns dentre eles quiser de ti retirar-se, não o impeças, nem por isso te molestes; se te pedir sua parte, dá-la e não te preocupes o mínimo, porque a ti voltarão; se com parte ou sem ela, também não deves preocupar-te. Quando a ti voltarem, não te ensoberbeças contra eles; olhe para sua humilhação e abre-lhes a porta. Não se entristeça o seu coração porque te havemos dito. Haverá dissensão entre teus filhos, e se porventura alguns deles quiserem apartar-se de ti, não o impeças, console-te, porque voltarão. Dissemos mais: se porventura isso se dá, quando a ti voltarem, não feches o teu coração, olhe para sua humilhação e abra a porta, porque fazendo assim evitarás a ocasião de envergonhar-te perante muitos, porque terás cumprido com teu dever de pai, dando provas de um sublime e grande amor.

Alegra-te porque dentre teus filhos, sete homens e cinco mulheres, eternamente te serão fiéis, pois entre estes nunca haverá dissensão. Regozija-te, contudo, não te ensoberbeças nem te orgulhes, quando observares que um dentre os sete, aquele que tem seu aposento na parte sul, ao levantar-se pela manhã observarás que é o maior dentre todos, apesar de não ser o mais velho, contudo, é o maior em sabedoria, em poder e em virtude, não somente entre seus irmãos, como também tu mesmo apoiarás em sua grandeza. Seus irmãos fielmente o amarão e suas cinco irmãs o adorarão; grande pois será teu contentamento quando isto observares.

Contudo, alegra-te, não te ensoberbeças nem te orgulhes (porque isto não será feito por obra de tuas mãos, nem por obra de qualquer de teus conterrâneos), quando veres todos os filhos e filhas de todas as nações a ele chegarem-se, vereis os homens prostrarem-se à seus pés para admirarem suas riquezas, e as mulheres verás implorar-lhe seu nome, porém, ele já está desposado.

Alegra-te, não te ensoberbeças, quando a ti chegarem gente de todas as partes e te disserem: Paz e Eterna prosperidade ao Pai de nosso guia! Viva para todo o sempre!

Agora pois, por que suspiras? Por que dás ao teu rosto expressão de tão alto descontentamento? Acaso é por sentimento contra os que porventura não te hajam sido fiéis? Ou por despeito ao veres este filho ser tão grande que, tanto os de perto como os de longe, somente falarão em seu nome? Por que? Porventura não serás tu seu pai? Aonde há honra dos filhos, senão dos pais? Aonde há glória dos pais, senão nos filhos? Saiba pois, que um homem sem filhos é como um junco solitário que trabalhosamente levanta-se em meio de espinhais.

Alegra-te, porque tens muitos filhos, dentre os quais doze te serão fiéis eternamente; estes serão teu único deleite neste tua juventude e também na velhice permanecerás tranquilo, porque teu nome em virtude deste filho será eterno. Todos te admirarão e respeitarão e o teu nome ninguém poderá disputar.

Tudo isto acontecerá em ti, em virtude de que em tua mocidade não contaminaste com estranhas; olhe bem e atente para isto. Tome sobre ti mesmo este especial cuidado, assim como tens sido casto e fiel esposo de uma só mulher, conserva-te também em tua juventude, e sobretudo, não dês ouvido às promessas que outras te façam. Não te lances no leito da angustia, porque nesse caso, ai de ti! Seja puro e conserva-te puro, porque se te deixares levar por qualquer desejo ilusório e iludido pela formosura expansiva de outras, chegares a manchar tua pureza, não somente te deixará de cumprir o que sobre ti está decretado (e não por decreto falível), como também serás confundido na própria imundície de tua impureza, e neste caso grande dor sentirás, porque rebocarás no lamaçal de tuas próprias imundícies, pois, segundo tuas impurezas, assim serás confundido. Olhe, pois, e atente para o que fizeres, e o que fazes, faça-o bem.

Afasta-te de qualquer ilusão vã e não te deixes levar pelas asas da fraqueza, porque é enfermidade incurável, não ouças quaisquer das promessas que continuamente te fazem, e das que farão, sendo muitas dizendo querer-te bem.

Considera tua juventude! Considera para o que estás chamado, e isto a não ser por falta que tu mesmo cometas, não haverá quem remova, ademais, considera que essas já desde longo tempo tem perdido seu pudor, e ardilosamente te enganam, como já tem enganado a muitos anos. Suas promessas são raquíticas, quimeras ambicionadas de insaciáveis desejos, apoiados nas mais refinadas falsidades de comédia que muito caro lhes vem custar.

Inconstantes e intransigentes, prometendo sempre o que nunca podem cumprir e, como haverão de cumprir suas estudadas e refinadas promessas, se a si mesmo não as podem suportar?

Todo aquele que promete e não cumpre é mentiroso, é filho da mentira e, quando fala, diz aquilo que é propriamente seu, deleitando-se como animal sem razão em sua própria ascendência; e muitos há que são amantes de si próprios, avarentos, pretensiosos, soberbos, contradizentes e totalmente ingratos, ímpios e sem afeição natural, implacáveis caluniadores, incontinentes, cruéis, traidores e insolentes, presunçosos, inimigos do bem, amando mais os prazeres da vaidade que à sua própria vida.

Não confies em certas canas, embora as veja crescer e reverdecer, atente bem e verás que por dentro são totalmente ocas. Vê bem que entre elas és altamente cobiçado.

Não te glories por isso e não ensoberbeças, porém, conserva-te puro, porque de tua pureza depende como serás glorificado. Sê astuto apesar de tua juventude, porém, não malicioso, porque qualquer grau de malícia, em ti arrastarás irremediavelmente a mais certeira condenação, que seria esta: o teu nome seria confundido entre os indesejáveis, e em vez de ostentares grandeza (porque para isto foste dotado) serias pequenino e pouco desejado, porquanto havias desprezado o teu lugar sagrado.

Novamente te advertimos: Não confies em fortalezas corroídas, pois são totalmente ocas. Se porventura quiserem de ti alguma coisa, não insistas em nega-las, nem hesiteis em larga-las, permaneça tranquilo e sabiamente confiante, porque a ti voltará mesmo que de tal coisa não lembres mais. A ti voltará antes da quarta hora do dia, todavia, olhe para tua pureza, volte os olhos para ti mesmo e deixe as demais gente.

Deixe-os, são loucos desconcertados, deixe-os passarem pelo transe de sua loucura!

Se porventura, compromissos com algum deles tiveres, vê, um alto descuido que hás tido. Neste caso, vale-te do melhor modo possível, com pudor e com pureza, com galhardia e amor (este não fingido), desfaça-o. Ninguém te aponte como sendo prejudicado por ti. Assuma um único e sagrado compromisso contigo mesmo, além deste, não assumas outra responsabilidade. Guarde a tua pureza, volte os olhos para ti e zele divinamente. Todavia, sobre ti mesmo hás sofrido e estás sofrendo alguns descuidos, não muito tens movido para os filhos de teus filhos e, descuidadamente, tens consentido o engano e a mentira, a injustiça, a opressão, a escamoteação e a fraude, portanto, isto significa: humilhação forçada e miséria, porque por obra natural de tua juventude hás orgulhado um pouco e disseste: Eu sou jovem, sou rico, em mim só há abastança.

Um julgamento um tanto insano é este sobre ti mesmo, entretanto, outros tem se apoderado de muitas das tuas riquezas e com elas tem feito obras que pouco deves desejar, enquanto teus filhos, os de dentro e os de fora, estão sofrendo constantemente as consequências de teus descuidos. Volte teus olhos, atente para isto e vê que, verdadeiramente, desfrutas de juventude e de riquezas, mas vês também que dentro de ti mesmo há misérias e são totalmente indesejáveis para ti, porque tu pouco às deseja, mas em virtude do teu pouco madrugar, infelizmente, isto tem acontecido.

Muitos dos que se dizem teus e não o são, invejam tua riqueza e os tais por ti pouco se preocupam ou tem se preocupado.

Tu porém, atente para isto: examine muitas fortalezas que se dizem e parecem ser mas não o são, porque estão totalmente corrompidas e corroídas por dentro, examine-as, dentro e fora de ti e não apoies, nem confie nelas, porque em outro tempo e até o dia de hoje, nada sólido tem apresentado e para todas as obras que se tem prestado, acabaram por serem corroídas. Mas agora, ao sair do Sol, não é assim, pois para nada servem, a não ser para estorvos e tranqueiras no caminho da vida, para a qual és chamado por toda eternidade. Fortaleça-te enquanto é noite, com sólida argamassa de sã sabedoria, do conhecimento e da ciência natural, do amor e da virtude, que é muitíssimo mais sólida daquilo que chamais aço e, assim fortalecido prepara-te para ver raiar o novo DIA.

Ao sair do Sol todos de longe verão a tua fortaleza, porque os de perto já a terão visto e dirão: Que fortaleza é esta que nem mesmo o aço poderá destruir? Isto dirão em virtude que andam na escuridão de sua noite, nada podendo distinguir, porque eles apagaram suas lâmpadas e onde não há luz, densas serão as trevas!

Alegra e regozija-te, porém, não ensoberbeças, porque muitos que se dizem ricos, a ti virão e recolherão das migalhas que caírem de tua mesa, e as acharão altamente saborosas. Muitos dos que se dizem sábios a ti virão e mendigarão deste teu filho e o acharão excelente; também implorarão fortaleza e a acharão altamente sólida.

Ele durante todo o dia (porque a noite nunca mais chegará), abrirá as portas de seus aposentos, que são quatro: para o nascente uma porta, para o sul outra porta, para o ponte outra porta e para o norte outra porta; estas não se fecharão jamais.

Também abrirá a porta do interior de sua sala (que é como cristal) e preparará sua mesa, havendo para todos, de perto e de longe, saúde, luz e vida.

Do interior desta sala irradiará pelas portas exteriores, que são quatro, uma corrente de vivíssima luz que passará por doze portas; esta luz será permanente e não se apagará em todo o dia.

Seu nome é grande e permanece para toda eternidade.

Isto acontecerá breve, brevíssimo. Todos os que desta essência se alimentarem serão chamados Filhos da Luz, terão Vida e esta vida permanecerá, mas todos os que desta essência não quiserem se alimentar, passarão para mais densas trevas, porque a luz, com seus fulgurantes resplendores os dispersará.

Todavia, para que se confirme o que é: uma gente será grandemente obstinada. Esta essência não aceitarão, nem a teu filho quererá ver; tratará de difama-lo, deitando-lhe toda sorte de laços e em seus altos desvarios dirá: não vemos nele tanta formosura! E usará contra ele vários ardises, mas não o poderão abalar, permanecerá firme, sua boca não abrirá, nem seu braço levantará, e tu, seu pai, com isso grandemente te irritarás, também muito te excitarás.

Contudo, para que não leves tua irritação ao termo de desespero, isto te advertimos: Contenha-te, porque sobre essa gente cairá um forte inverno, não ficando-lhe onde amparar-se e em seu desconcerto dirão: antes devia-nos sobrevir a destruição, que sermos amparados por este. Isto dirão porque não sabem o que dizem e nunca conheceram teu filho.

Este porém, em troca, não verão suas teimosias, porque nele tudo é amor, e lhes abrirá sua porta, os aquecerá e confortará e os alimentará de seu alimento e tu mesmo verás a grandeza de seu amor e todos alegrarão.

Regozija-te pois, neste filho, porque o seu nome é para sempre, também o teu nome é para sempre, contudo, para que não se tome esta grandeza em miséria para ti, atente para o amor e este não fingido, porque tudo o que é fingido traz condenação. E tu, moço, que dentre tantos, e mesmo dentre teus irmãos, hás sido escolhido, o que se diz a teu pai, a ti também diz. Em lugar de soberba, atente para a humildade; em lugar de arrogância, simplicidade; em lugar do orgulho, humilhação pacífica; para que em sua honra seja exaltado.

E tu, seu pai, vê que das coisas pequeninas provêm as grandes, das que não são, nascem as que são e as que hão de ser. Considere também isto para não caíres em contradição perpétua consigo mesmo. Atente para os fracos, que o são por natureza, pois se os fracos não são sabiamente defendidos e amparados pelos fortes, que será deles? Defenda e ampare-os em virtude de tua fortaleza. Além de suas fraquezas, sucumbiriam sob o peso insuportável dos fortes. Tu, pois, és forte, embora não por tua própria fortaleza, mas pela que te foi dada desde o ventre, considera também isto: Quem te deu, igualmente, pode tirar, e dar a quem quiser.

Sabemos que dispões de inteligência e que tens sabedoria. Em virtude disso, advertimos como a sábio, todavia, considere: Um fraco quando o é, desde o ventre de sua mãe, admite sua fraqueza e, portanto, não atenta para ser forte, porém, um forte desde o ventre, quando decaído de sua fortaleza, melhor lhe fora haver sido um aborto, porque se a fortaleza do forte se torna em fraqueza, a fraqueza do fraco porventura aumentará? Não, não aumentará, porque a fraqueza do fraco depende da fortaleza do forte, e este havendo sempre sido forte, decaída sua fortaleza, não lhe fora melhor ter sido aborto?

Seja pois, em virtude de tua fortaleza: O socorro do necessitado; o auxílio do desvalido; o defensor dos humildes; o consolo do aflito, e o conforto do fraco; o abrigo do ancião e o esposo da viúva (que realmente é viúva); o pai do órfão e o amigo do pobre. Atente para isto e se bem atentares melhor te advirá.

Se bem atentares, não te dê cuidado pelo que porventura possas ver ou ouvir, tanto dentro como fora de ti. Não dês ouvido às promessas de outros, nem de suas ameaças te dê cuidado, ri delas. Todo ruído fora de ti, não te dê cuidado algum, porque outro por ti velará, se para tudo isto bem atentares. Atente pois, cuidadosamente, porque para muitos dos filhos de teus filhos, não hás atentado; não te passem estes despercebidos. Ouça seus lamentos e olhe para suas necessidades, vê que estes são os que glorificarão amanhã.

Volte os olhos para ti mesmo, em virtude do que estás chamado para ser, e vê que dentro de ti, verdadeiramente, há riquezas, mas veja também que há necessidade. Atente para isto e uma bênção de cima descerá sobre ti e sobre ti permanecerá.

Nunca te atemorizes, nem jamais receies, porque com a pedra que te quiserem ferir, com ela serão aplastados.

Jamais interpretes em teu coração que desejamos iludir-te, para sugerir vaidades, todavia, se quiseres, julga-te sábio, porém, isso não é bom julgar, antes, porta-te com sábio, para, da sã sabedoria beberes o leite racional, porque o leite racional é da Verdade, e a Verdade é alimento altamente salutar.

Usamos desta linguagem para expormos a Verdade, porque ao expressar-nos de outra maneira, a Verdade não exporíamos, portanto, te falamos em Verdade, e como a Verdade é uma só, de um só modo se pode expressar.

Temos visto e ouvido a Verdade e em sua casa nos alojamos desde longo tempo e todavia, se hoje te visitamos, lá temos nossa equipagem, juntamente com a Verdade habita a Virtude e entre estas, habita o Amor, por serem ambas suas únicas amigas.

Se te apresentássemos a Verdade adornada de qualquer enfeite, não podia ser Verdade, mas como não a enfeitamos (porque nunca a temos enfeitado), te dissemos a Verdade: Este é o nosso desejo: assim como não a havemos enfeitado, havendo te apresentado nua, permaneça ela sem enfeites ou outro adorno qualquer: Esta recomendação te fazemos.

Como nos compreenderás? Que nos havemos conjuntado à Verdade para subjugá-la e torna-la nossa escrava? Não, porque é nossa fundamental amiga.

Não estranhes nossa linguagem e saiba que antes de tua primeira infância te havemos amado, pois se assim não fora, não te haveríamos visitado.

Todavia, não penses em ti mesmo coisas vãs, nem perguntes em teu coração: Quem haverá descido para se levantar? Quem se haverá levantado para descer? Não pergunteis isto ao teu coração, porque há quem é maior que o teu coração.

E tu, moço, outra vez te advertimos: conserva-te a ti mesmo puro, para que sem tardar se opere o que desde longo tempo está decretado: Não te ensoberbeças e não serás abatido; cresça em entendimento, em sabedoria e em virtude: O Amor a ti virá. Não te exaltes contra teus irmãos, nem contra os de dentro, nem contra os de fora, porque estes também são do mesmo ventre. Nem contra teu pai jamais te levantes, porque lhe deve o mais alto e pleno respeito, pois se um filho não respeita ao seu pai, a quem porventura respeitará? Será considerado entre os desobedientes, profanos e insubordinados e seu pranto será grande, porque com desespero será olhado.

Portanto, não te orgulhes e jamais ufanes, porque o menor dentre teus irmãos bem pode ser maior do que tu; de teu pai, o filho mais desejado, e de todos o mais amado.

E tu, pai, mais uma vez te advertimos: Atente como deves portar para que em ti, mediante teu filho, se cumpra sem tardança o que desde longo tempo está decretado.

A hora terceira te advertimos, antes da quarta se cumprirá.

CAPÍTULO XII

      SETE CARTAS ESPIRITUAIS.

Primeira carta:

À senhora que se assenta sobre esmeraldas e rubis.

Senhora:

Grande poderias ser até agora e também futuramente, e teus filhos como grande multidão!

Grande para ti seria o meu amor, se tu o houvesse querido conquistar, porque por ti muito tenho trabalhado, e, todavia, estou trabalhando em virtude do meu amor, mas tu, senhora, tens olhado o meu amor com os olhos de interesse, não finjas, pois bem sabes que isto é verdade, portanto, conforme o teu procedimento, ouça:

Teus dias estão contados sobre ti e já passou a tua formosura, toda arrogância em ti é tirada e aquilo que parecia ser, já não é mais; ouça pois o conselho daquele que vê o mais oculto de tuas entranhas.

Despoja-te de teus vestidos, vista roupas mais humildes, assenta-te em cadeira baixa e todavia te levantarei. Não para que a ti volte a tua formosura, porque jamais voltará, mas sim, por amor a teus filhos te levantarei diante de mim, para salvação de tua alma.

Todo aquele que me ouve eu lhe darei lugar em minha mesa e de mim jamais se apartará.

Bem te vás e bem faças.

Segunda Carta:

Àquela que se assenta entre rosas e passeia em jardins de flores.

Senhora:

Te assentas e levantas, e mormente, gostas de andar entre flores; eu que conheço o teu coração (porque o visito cada vez que me apraz), sei perfeitamente tuas entradas e também tuas saídas, igualmente sei onde te apoias, tendo visto em ti certos esconderijos que a mim pouco agrada, contudo, eu sinto prazer por ti e maior prazer sentiria.

Ouça agora o conselho daquele que examina o mais íntimo de tua consciência:

Tu mostras o meu nome? Isto tens a teu favor, porém, digo-te que comigo não te hás desposado. Veja pois o que fazes.

Todo aquele que me obedece eu lhe porei na fronte uma estrelinha resplandecente, e aquele que não me obedecer é deserdado da vida. O que fizeres, para ti o faz.

Bem te hajas.

Terceira Carta:

Àquela que constantemente sobe ao pináculo do Templo:

Senhora:

Todos os dias e noites sobes ao pináculo do Templo, onde bocejas muitas e grandes coisas, que a meus olhos são altamente impuras e como se isto não bastasse, constantemente, mostras as formas de teu corpo, (que é a imagem viva das mesmas coisas que desenfreadamente propagas), enredando com isso a todos os incautos que imprudentemente ouvem tuas refinadas promessas!

Sabe, senhora, que isso assim não continuará mais. Ouça, se quiseres o conselho daquele que esquadrinha todos teus aposentos.

Procure lugares mais baixo para ti e cubra a tua nudez. Queres porventura ser rainha? Sem ter nascido de ventre! Considera a ti mesma e para tu mesma olhe. Procure para ti água limpa e lave a tua mancha. Em seguida lançarás os enfeites ao fogo e os queimarás para sempre; apresenta-te a mim limpa e eu te darei uma vestidura branca que tu não conheces, também te porei um anel no dedo e não te digo que darei o primeiro lugar à minha direita, mas o segundo não te faltará.

Todo aquele que se vestir com a vestidura que Eu lhe der, terá um lugar em meu aposento e aquele que desprezar a vestidura que eu lhe oferecer, também será desprezado e em seus olhos haverá lágrimas e sem mais demora, será confundido.

Bem passes.

Quarta Carta:

Àqueles que teimosamente vendam alimentos insanos:

Que tenho eu convosco? Acaso algum dia me tendes conhecido? Não, jamais me tendes conhecido, isto vos afirmo!

Contudo, eis que tenho compaixão de vós, ouça pois, o meu conselho: acaso o ouvirás?

Lançai fora de vós todo ócio e com lâmpadas vinde a meu armazém e eu darei alimentos sadios para vós, que muita falta tendes deles. Vedes pois o que fazeis, porque a seguir assim, do vosso ócio comereis e vossa perdição será certa.

Passe bem!

Quinta Carta:

À jovem arrogante que se deleita de si mesma.

Menina:

Muita é tua formosura, mas em parte é postiça.

Examine a ti mesma.

Não olhes ao espelho o dia todo e depois de haveres saído do teu toucador, mas olha-te um pouco ao levantar-te e antes de entrares em teu quarto de vestir. Todavia, pouco madrugas e isto altamente te desfavorece.

Deixe teus enfeites, porquê se podem tornar em sujos farrapos, cheios de manchas.

Reconheça o teu estado.

Todo aquele que madruga, e a mim se chegar, eu lhe darei o manto da virgindade e este manto é resplandecente.

Paz contigo.

Sexta Carta:

Aos que estão à beira do rio.

Amados:

Eu estou vendo vosso trabalho e vossas fadigas. Muitas obras boas tendes feito e preferes fazer, se em parte, não desperdices vosso trabalho.

Sofres frequentemente descuidos e deixas os espinhos crescerem; é tanto vosso descuido que em vós mesmos os deixas crescer. Vede pois, como a este respeito vos portais!

Uma coisa tendes a vosso favor e outras poderá ter, mas, vossos olhos ainda não viram e isso um tanto vos desabona; necessário é que vos digam as coisas, porque muitos dentre vós andam cheios de si próprios.

Já é tempo que houvésseis visto, e, todavia, ainda hoje não vedes, porque abris as janelas exteriores e deixais as interiores fechadas. Contudo, muito vos tenho amado e vos amarei mais ainda, mas para isto, necessário é que deis um passo além do vosso aposento. Arrancai de vós os espinhos.

Todo aquele que faz como eu lhe ensino, dou lugar à minha direita e este lugar será eterno.

Paz tenhais.

Sétima Carta:

Aos que estão de um e outro lado da praça:

Amados meus:

Com grande amor vos tenho amado e vos amo ainda. Com grande zelo vos tenho guardado e guardo ainda. Porém, pouco tendes visto o meu amor, pouco tendes percebido o meu zelo. Digo-vos, pouco tendes percebido as coisas que para vós em mim se manifestam e que permanentemente atuam.

Uma vez que o vosso amor está dividido é porque entendeis que o meu amor também está dividido, porém, não é assim e néscios sois ao assim julgar.

Quantos amores tenho eu? Porventura será dois? Ou será um só e único amor? Sim, um só e único amor tenho eu e de um só e único modo vos tenho amado, agora, pois, se o meu amor não está dividido, porque e para que dividis o vosso?

Em quantas frações tenho manifestado e todavia me manifesto a vós? Porventura não é em um só corpo? Pois se eu nunca me tenho dividido e jamais me dividirei, por que e para que essa divisão de vossa parte?

Não há uma só vida? Não há um só Pai? Não há um só que vos Ama? Por que e para que desvirtuais vós o que é virtuoso? Quantas vidas tendes? Ou quantos Pais tendes? Quantos são os que vos amam?

Isto de vós requeiro, sim, requeiro porque assiste-me o direito natural de, para mim, requerer tudo o que eu tenho comprado a preço do meu amor; quem pois me destituirá deste direito? Responde-me vós, porque uma vez que estais divididos, cada um deverá saber a causa da divisão.

Isto é o que de vós desejo saber e além disto nada vos devo dizer.

Bem-aventurado aquele que não tiver, porque se envergonhará perante si mesmo! Porque perante mim também se envergonhará! E eu o acolherei para mim mesmo e jamais o lançarei fora.

Paz seja convosco.

 

(Obs. Este livro foi Revelado e Escrito por Francisco Salmeron Lopes – Paco, no período de 1930 a 1942, no Bairro do Goulart, próximo do Bairro de Duas Barras, Nova Jerusalém, Município de Birigui-SP.)


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